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  • Altruísmo — chave para o casamento bem sucedido
  • Despertai! — 1970
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  • Lidar com Problemas
  • Altruísmo É Uma Necessidade
  • Como Opera o Altruísmo
  • Altruísmo em Questões de Saúde
  • Despreendimento Recompensador
Despertai! — 1970
g70 8/2 pp. 3-8

Altruísmo — chave para o casamento bem sucedido

O QUE é o casamento bem sucedido? É aquele em que há paz, alegria, contentamento, entendimento e afeição. É o casamento, em que cada cônjuge consegue em grande parte satisfazer as necessidades básicas do outro e verdadeiramente se preocupa em fazê-lo.

O casamento, segundo a Palavra de Deus, é monogâmico, um homem para uma mulher: “Os dois serão uma só carne.” (Mat. 19:5) A respeito disso, o Dr. Popenoe, um dos destacados conselheiros matrimoniais dos EUA, disse certa vez: “A monogamia está tão bem adaptada à natureza humana . . . que não exige super-homens ou super-mulheres para ter êxito. O êxito pode ser obtido quase por qualquer pessoa.” Também observou: “O casamento bem sucedido é algo crescente, nutrido pelo dar e receber que continuamente se sucede entre duas pessoas que amam uma à outra e que são movidas por tal amor a querer viver juntas pelo resto de suas vidas.”

Em sentido similar, o Dr. David Mace, Presidente da Comissão Internacional de Orientação Matrimonial, escreve: “O casamento é, afinal de contas, a relação básica entre os humanos adultos. Mais do que tudo, ajunta, reconcilia, e une em frutífera harmonia as duas espécies diferentes de ser humano, o macho e a fêmea . . . Ata duas pessoas num companheirismo duradouro.”

E as próprias possibilidades de felicidade no casamento testificam ter sido o homem criado por Deus, como até mesmo comenta o advogado Linton:

“A bondade e a infinita perícia do Deus que declarou que não era bom que o homem fosse solteirão, ao colocar no coração do homem o amor pela mulher e no coração da mulher o amor pelo homem, ao criá-los mental, física e emocionalmente tão parecidos de modo a serem companheiros e, ainda assim, tão diferentes de modo a suplementar e a interessar um ao outro, sempre estimulou minha gratidão e minha admiração como evidência inequívoca de desígnio criativo.” — A Lawyer Examines the Bible (Um Advogado Examina a Bíblia).

Temos aqui três eruditos que falam, obviamente à base de muita experiência e observação, louvando altamente a relação marital. Pelo seu testemunho, pareceria que o êxito no casamento está no alcance da maioria das pessoas. Todavia, o que notamos?

As enquêtes mostram que algumas cidades dos Estados Unidos apresentam um divórcio para cada dois casamentos, a média nacional sendo de um de cada quatro terminando em divórcio. Daí, então, as estatísticas mostram que cerca de dois milhões de casais vivem separados por não poderem dar-se um com o outro, embora não sejam divorciados. Certo é que todos estes casamentos não foram bem sucedidos. Por outras enquêtes nos Estados Unidos deduz-se que menos da metade dos casamentos podem ser considerados bem sucedidos. E certa revista feminina declarou recentemente: “A maioria dos casamentos são crônicas sociedades de queixas.” — Ladies’ Home Journal, de outubro de 1968.

Por que devia isto acontecer? Sem dúvida, uma razão é que os problemas surgem devido à imperfeição e ao egoísmo humanos. Certo conselheiro matrimonial veterano expressou-se dessa forma: “Jamais encontramos nem ouvimos falar de um casamento sem problemas.” É preciso madureza e, em especial, altruísmo, para se lidar com os problemas que surgem no casamento. Segundo o psiquiatra Dr. Brill, o maior fator no divórcio não é o álcool, nem o dinheiro, nem os parentes do cônjuge, e assim por diante, mas a imaturidade por ocasião do casamento. As pessoas imaturas consideram a certidão de casamento como garantia de felicidade conjugal; mas, ela simplesmente fornece à pessoa o direito legal de empenhar-se por ela.

Lidar com Problemas

Entre as chaves básicas que ajudarão os casais a enfrentar os problemas do casamento se acha a honestidade em lidar um com o outro. Destacando aptamente este ponto, diz o educador F. Alexander Magoun: “É preciso esforço para tornar bem sucedido o casamento. Todos os êxitos têm seu preço. Quanto mais digna a consecução, tanto mais, usualmente, a pessoa tem de pagar por ela no sentido de esforço.” Falando à base de longa observação, o Dr. Paul Popenoe comenta: “Se cada cônjuge verdadeiramente desejar chegar a entender melhor o outro, e não estiver simplesmente interessado em provar que ele ou ela está certo, a situação não é desesperadora . . . O que é necessário é que cada um respeite o outro em seus sentimentos, gostos e desgostos.”

As condições modernas têm tornado mais difícil do que nunca que os casais sejam honestos um com o outro. Muitas são as tentações de tapear na questão do interesse sexual, em questões financeiras e em como a pessoa usa seu tempo. A desonestidade tem um jeitinho de deixar-se revelar e bem que pode resultar em tornar o casamento um fracasso ao invés de bem sucedido. A Palavra de Deus bem que nos relembra: “Não há nada encoberto que não venha a ser descoberto e não há nada secreto que não venha a ser conhecido.” “De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” As palavras de Jesus, por conseguinte, poderiam ser aptamente parafraseadas: ‘Também, assim como deseja que seu cônjuge lhe trate, faça a mesma coisa para seu cônjuge.’ — Mat. 10:26; Gál. 6:7; Luc. 6:31.

Altruísmo É Uma Necessidade

Se se pode dizer que a honestidade é o alicerce para o casamento bem sucedido, pode-se dizer que o altruísmo é o próprio edifício, a superestrutura. As vidas dos cônjuges estão demasiado entremeadas ou ligadas intimamente um ao outro para que o egoísmo tenha êxito — exceto temporariamente. Magoun expõe esta tolice: “A idéia de que é possível obter-se cada vez mais para si mesmo simplesmente por tirá-lo de outrem tem sido uma forma de estupidez psicológica e de doença emocional da raça humana desde os dias de Caim e Abel.”

O egoísmo tende a ser autoderrotista porque vai de encontro aos princípios de Deus. Mas, o altruísmo tende a ser recompensador, assim como mostra a Palavra de Deus: “Praticai o dar, e dar-vos-ão. Derramarão em vosso regaço uma medida excelente, recalcada, sacudida e trasbordante. Pois, com a medida com que medis, medirão a vós em troca.” Não podemos fugir disso. Uma coisa gera outra parecida. A generosidade gera a generosidade. “Far-se-á que a própria alma generosa engorde, e aquele que rega liberalmente os outros também será regado liberalmente.” Quanto bom conselho neste sentido se acha na Palavra de Deus! E tudo isso se aplica com força peculiar àqueles que se acham na relação matrimonial, por causa da intimidade que a acompanha. — Luc. 6:38; Pro. 11:25.

Assim, o apóstolo Paulo destaca o mesmo ponto em seu conselho aos maridos: “Maridos, continuai a amar as vossas esposas, assim como também o Cristo amou a congregação e se entregou por ela . . . os maridos devem estar amando as suas esposas, como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, ama a si próprio, pois nenhum homem jamais odiou a sua própria carne; mas ele a alimenta e acalenta.” — Efé. 5:25-29.

Inerente em todo este conselho é que, para que o casamento tenha êxito, mais do que a justiça é exigida. Não pode ser governado por um arranjo de meio a meio. Cada um tem de dispor-se a ir mais do que meio caminho sempre que a situação o exija, assim como o inspirado apóstolo aconselha quando sugere que os maridos devem dispor-se a dar sua vida pelas esposas, seguindo o exemplo de Jesus. Isso significa ir todo o caminho!

E o que dizer das esposas? Mostram seu altruísmo por darem ouvidos ao conselho do apóstolo Pedro: ‘Esposas, estai sujeitas aos vossos próprios maridos; sede castas em vossa conduta, junto com profundo respeito; que vosso adorno seja o de o coração revestido de uma disposição branda e quieta.’ — 1 Ped. 3:1-6.

Com discernimento, o autor Klemer comenta: “Os casamentos bem sucedidos são aqueles em que as necessidades pessoais de cada cônjuge continuam a ficar subordinadas às necessidades pessoais do outro. . . . O verdadeiro estímulo no casamento se deriva de sua própria expectativa alegre do prazer que seu cônjuge obterá do que tem a lhe dar — sexual, emocional, espiritualmente. Ao por de lado suas próprias necessidades para satisfazer as do outro, há satisfação e há amor.” Pode-se dizer que tudo isto sublinha as palavras de Jesus Cristo: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” Tais palavras se aplicam não só no nível congregacional, mas também na família. — Atos 20:35.

Como Opera o Altruísmo

Mostrar altruísmo é, sem comparação, uma questão de ser considerado nas coisas pequenas, e pode ser bem recompensador. Assim, certo grupo de viajantes pausou à beira do Canyon Bryce, em Utah meridional, EUA. A tarde já estava quase a findar e o marido se preocupava em chegarem ao seu destino no Parque Nacional Sião antes que ficasse muito tarde. A esposa, contudo, queria passear um pouco por ali. Quando o marido notou que isto parecia significar muito para ela, cedeu e juntou-se a ela e a outros, ao percorreram uma trilha. Não demorou muito até que deram com a vista mais bonita que viram em sua inteira viagem de mais de onze mil quilômetros. O sol de fins da tarde refletia sua glória sobre os picos de forma fantástica, brilhantemente coloridos, apresentando uma vista quase inacreditável, de tão bela que era. Quão contente ficou o marido de não a ter perdido!

Outro exemplo da vida real é fornecido por um casal de ministros que moravam no coração duma grande cidade. A esposa via diversos motivos de um carro ser-lhes de valor prático. Ao passo que o marido achava que estavam vivendo muito bem sem um carro, por consideração para com a esposa, compraram um carro. Depois de começarem a usá-lo, o marido ficou muito mais entusiasmado com suas vantagens do que a esposa. Verificou que lhes economizava bastante tempo, habilitando-os a fazer mais no seu ministério. Ademais, com o carro puderam ajudar outros que não possuíam um. E, ao mesmo tempo, deu-lhes um senso de segurança, visto que era muito menos provável que fossem assaltados pelas costas ou roubados quando andavam de carro do que ao andarem pelas ruas escuras da vizinhança ruim em que efetuavam seu trabalho ministerial. Não se dá, contudo, que o desejo da esposa de ter um carro seja sempre judicioso. A esposa talvez deixe de considerar toda a desposa que está envolvida na manutenção dum carro — impostos, licenciamento, seguro, consertos, gasolina e óleo, para não se dizer nada do trabalho em lavá-lo, lustrá-lo, mudar pneus, e assim por diante. Tais fatores não raro fazem que o marido hesite quando se trata de comprar um carro, e com muita razão.

Naturalmente, as esposas não devem concluir destes incidentes que toda vez que tiverem uma preferência, seus maridos devem ceder. Pelo contrário, devem ser realistas e avaliar que por cederem altruistamente às vezes à preferência dos seus maridos, elas próprias talvez sejam similarmente recompensadas. Sim, torna-se necessário uma palavra de precaução, para que os maridos sentimentais não deixem que as esposas de pulso firme os dominem. Parece ser fobia feminina às vezes, em especial da parte das esposas sem filhos, colocar seus próprios luxos à frente das necessidades de seus maridos. A lógica deve misturar-se com o sentimento, mas não ser inteiramente substituída por este. Saber quando ser firme e quando ser bondoso e ceder é uma arte!

Altruísmo em Questões de Saúde

Os maridos e as esposas também têm uma obrigação mútua na questão da saúde. O marido devotado e consciencioso bem que poderia matar-se de trabalho se tiver uma esposa ambiciosa ou até mesmo impensadamente egoísta. É melhor que ela se contente com menos coisas materiais e um marido saudável do que ter uma abundância para gozar como viúva.

A preocupação pela saúde de sua família deve também fazer que a esposa se interesse em ver que sua família tenha uma dieta equilibrada, suficientes vitaminas, sais minerais, e assim por diante. O que acontece quando a esposa age à altura neste particular é ilustrado pela seguinte experiência da vida real. O médico recomendou que o marido comesse bastante flocos de aveia, mas o marido simplesmente não gostava de mingau de aveia. Assim, o que fez a esposa dele? Desistiu, dizendo: “Que adianta!”? Não, mas usou o engenho feminino. Preparou biscoitos de aveia com passas, e coisas semelhantes, que ele apreciava muito. Quando fazia bife a milanesa, usava flocos de aveia ao invés de farinha de rosca, e quando fazia o molho para os legumes, usava flocos de aveia ao invés de farinha de trigo. Esta foi apenas uma das formas de ela cuidar altruistamente da saúde do marido. Com que resultado? O marido dela, embora tendo mais de sessenta anos, ainda goza de excelente saúde.

Por esta experiência também se vê que o altruísmo tem de ser prático. A maioria das boas cozinheiras gostam de alimentar seus maridos com alimentos ricos em abundância, mas, será isto sempre sábio? Afirma certo médico: “Todo homem cuja esposa se considera boa cozinheira corre perigo mortal. Estas boas cozinheiras igualam a saúde com a obesidade. A seus olhos, se não estiver gordo, não é saudável. . . . No início do casamento, a maioria dos homens precisa aprender a resistir o desejo louco de toda mulher de engordar o marido.”

Outra área de interesse altruísta na questão da saúde é o sono. Às vezes, a esposa ou o marido talvez se queixe de não conseguir dormir bem à noite. Não raro o outro cônjuge dorme bem. Mas, não devia a falha de um em dormir bem deixar o outro genuinamente preocupado? Ambos precisam estar alertas ao problema e trabalharem para resolvê-lo. Recentemente, Despertai! trouxe um artigo que oferecia sugestões para os que confrontavam este problema. Certo casal verificou que dar um ao outro uma massagem da cabeça aos pés ajudava a resolver o problema para o afligido com insônia. Ambos se empenharam na solução do problema!

Mas, às vezes, o remédio talvez não seja tão simples. Se o sofredor é uma esposa sem filhos, a causa talvez seja psicossomática. Os casais que, voluntariamente ou devido a uma circunstância além de seu controle, não têm filhos, precisam uma compensação disto. Usualmente o marido tem poucas dificuldades, visto que o instinto paternal não é especialmente forte. Mas, a esposa talvez bem que necessite de mais afeição, solicitude, atenção e mais da presença do marido, se há de viver bem, apesar de lhe serem negados os frutos de seus instintos maternais. As palavras do apóstolo Pedro são apropriadas aqui: “Vós, maridos, continuai a morar com [vossas esposas] da mesma maneira, segundo o conhecimento, atribuindo-lhes honra como a um vaso mais fraco, o feminino, visto que sois também herdeiros com elas do favor imerecido da vida, a fim de que as vossas orações não sejam impedidas. Finalmente, sede todos da mesma mentalidade, compartilhando os sentimentos, exercendo amor fraternal, ternamente afetuosos, humildes na mente.” — 1 Ped. 3:7, 8.

Despreendimento Recompensador

No casamento, cada um tem de estar alerta de compensar os pontos fracos do outro. Sim, neste caso também se aplicam as palavras do apóstolo: “Nós, porém, os que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos que não são fortes, e não estar agradando a nós mesmos. Que cada um de nós agrade ao seu próximo naquilo que é bom para a edificação dele.” (Rom. 15:1, 2) Ao ponto que um erra, o outro talvez tenha de ser mais liberalmente perdoador. Está o seu cônjuge inclinado a ser um pouco mais egoísta? Então, a bem da paz e da harmonia, tem de aprender a ser mais altruísta, ao mesmo tempo esforçando-se jeitosamente a mostrar ao outro “um caminho que ultrapassa isso”, o do amor altruísta. — 1 Cor. 12:31-13:8.

Por outro lado, é a esposa extremamente cumpridora dos deveres, conscienciosa, altruísta, um modelo que traz à lembrança a esposa ideal descrita em Provérbios 31:10-31? Então, talvez aconteça que negligencie sua própria saúde, se não também sua aparência e suas necessidades espirituais. O esposo amoroso não ficará contente de deixá-la continuar neste proceder, apenas porque é para seu proveito. Antes, mostrará amoroso interesse em compartilhar as cargas da esposa e em verificar que ela descanse o suficiente, que apresente uma aparência que lhe seja um elogio e que sejam satisfeitas as necessidades espirituais dela. O mesmo princípio se aplica, naturalmente, se o marido se deixa ficar sobrecarregado.

A boa esposa dum ministro cristão também está vividamente interessada em seus discursos e mostra isto tanto por não interferir em sua preparação de discursos como por prestar boa atenção quando ele os profere. Mas, o marido deve estar igualmente interessado nos esforços mais humildes de sua esposa, estando pronto a oferecer sugestões prestativas e o necessário encorajamento. Afinal de contas, cada um fica alegre quando o outro tem êxito.

Não há dúvida de que o altruísmo é importante chave para o casamento bem sucedido. Como certo conselheiro matrimonial se expressou: “O casamento bem sucedido não é uma dádiva; é uma consecução.” Aqueles que consideram o casamento de forma egoísta, preocupando-se apenas com o que podem tirar dele, mui provavelmente estão condenados à frustração e ao fracasso. Mas, aqueles que se casam com a idéia de contribuírem para a felicidade e o bem estar de outrem, bem como para se beneficiarem disso, bem que podem ser recompensados com êxito, pois não podemos fugir disso: “HÁ mais felicidade em dar do que há em receber.” — Atos 20:35.

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