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  • Da Roma pagã à cristandade
  • Despertai! — 1972
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Despertai! — 1972
g72 8/12 pp. 12-16

Da Roma pagã à cristandade

DOS antigos impérios mundiais, nenhum teve mais glória e poder do que Roma. Em seu auge, ia da Espanha a oeste até o Golfo Pérsico a leste, e do Egito ao sul até a Bretanha ao norte. Todavia, com o tempo declinou e caiu. De suas ruínas surgiu a cristandade.

A antiga história romana bem que pode ser dividida em três períodos: a monarquia, de 753 a 509 A. E. C.; a chamada república, de 509 a 27 A. E. C., e o império, de 27 A. E. C. a 476 E. C.

De Rômulo a Júlio César

Segundo a tradição romana, o primeiro rei de Roma foi Rômulo, que começou a reger em 753 A. E. C. Depois de Rômulo, seis outros reis regeram, segundo se afirma. Daí, em 509 A. E. C., os romanos derrubaram seu rei etrusco, um estranho, e estabeleceram a chamada república.

Uma vez que Roma se tornou suficientemente forte para frustrar os ataques inimigos, seus regentes empenharam-se em guerras de expansão. Por volta de 133 A. E. C., Roma já subjugara a Grécia, a Macedônia, Cartago (no Norte da África) e a província da Ásia.

Mais tarde, Júlio César ascendeu ao poder por meio do uso liberal de suas riquezas, por seus grandes feitos militares no exterior e por derrotar os rivais em casa. Foi o último homem forte da república e deteve a autoridade de 49 a 44 A. E. C.

De Augusto a Cláudio

Júlio César foi assassinado por nobres suspeitosos e invejosos. Sua morte levou a outras guerras de rivalidade. O vitorioso final foi Otávio, o sobrinho-neto e filho adotivo de Júlio. Em 30 A. E. C., Otávio subjugou o Egito. Isto assinalou o começo de Roma como a sexta potência mundial da história bíblica. Os historiadores seculares, contudo, geralmente contam o início de Roma como império a partir do ano 27 A. E. C. Nesse ano, Otávio recebeu o título de “César Augusto”, Augusto significando “exaltado, sagrado”. Augusto regeu por uns quarenta anos, de 27 A. E. C. até 14 E. C. Estava no poder quando o Rei Herodes regia a Palestina para Roma, e Jesus nasceu na cidade Judéia de Belém. — Mat. 2:1; Luc. 2:1.

A Augusto se seguiu seu filho adotivo, Tibério César, que regeu de 14 a 37 E. C. Este período de regência incluiu os três anos e meio do ministério terrestre de Jesus. (Luc. 3:1, 23) Naquele tempo, o governador Pôncio Pilatos representava Roma na Judéia (e Samaria) e o tetrarca Herodes Ântipas representava Roma na Galiléia e na Peréia. Nos anos finais do reinado de Tibério, o verdadeiro Cristianismo começou a espalhar-se por todo o Império Romano, por parte dos judeus crentes e pelos prosélitos judeus que voltavam para suas casas depois da festa de Pentecostes em Jerusalém, em 33 E. C. — Atos 2:5-11, 41, 42.

Tibério adotou como seu filho a Gaio, apelidado de Calígula. Este filho adotivo enlouqueceu e foi assassinado pela sua guarda palaciana depois de reinar quatro anos. Sucedeu-o Cláudio (4154 E. C.). Ele é mencionado em Atos 18:1, 2, como promulgando o decreto de expulsão dos judeus de Roma. Sua quarta esposa, Agripina, que também era sua sobrinha, conseguiu que Cláudio nomeasse o filho dela de um anterior casamento como herdeiro de Cláudio, ao invés de seu próprio filho Britânico. Ela, mais tarde envenenou Cláudio, elevando seu jovem filho Nero ao trono.

De Nero a Trajano

Nero regeu de 54 a 68 E. C. Ao passo que hoje há certa dúvida de que ele tenha posto fogo em Roma, realmente usou esta conflagração como desculpa para perseguir os cristãos. Um dos métodos utilizados por Nero, segundo relatado, era envolver os cristãos em roupas cobertas de piche, prendê-los em postes e então acender o fogo para iluminarem seus jardins durante as festas noturnas. É bem provável que o apóstolo Paulo tenha sofrido o martírio durante o reinado de Nero, por volta de 66 E. C Esse ano também presenciou os fanáticos sicários eliminarem a fortaleza romana de Masada. Isto iniciou a guerra entre os judeus e os romanos, que deveria terminar sete anos depois no mesmo local.

Os seguintes três imperadores (Galba, Oto e Vitélio) regeram seis meses, três meses e cerca de um ano respectivamente, cada um por sua vez enfrentando a morte violenta. Depois deles veio Vespasiano, que regeu por dez anos, de 69 a 79 E. C. Ele substituíra Galo como o líder das legiões romanas que combatiam os judeus. Quando foi escolhido imperador, deixou seu filho natural, Tito, como encarregado. Vespasiano foi sucedido por Tito como imperador. Durante seu reinado de dois anos (79-81 E. C.), o famoso Coliseu foi terminado. O Monte Vesúvio também entrou em erupção naquela época, destruindo Pompéia, bem como outras cidades.

Domiciano, o irmão de Tito, repetidas vezes tramou contra ele. Bem que pode ter acontecido que provocou a morte de Tito. Então, Domiciano regeu de 81 a 96 E. C. e reviveu a perseguição oficial contra os cristãos. Diz-se que foi o primeiro imperador a ordenar que, durante seu próprio tempo de vida, fosse adorado como Dominus et Deus (Senhor e Deus). Segundo a tradição, perto do fim do reinado de Domiciano, o apóstolo João foi banido para a Ilha de Patmos, recebendo João ali a Revelação.

Domiciano foi seguido por Nerva, que regeu apenas um ano e meio. Foi um dos melhores imperadores de Roma e incorreu na hostilidade de muitos por causa de suas diretrizes justas. Repeliu a lei que Domiciano promulgara contra os cristãos. Mas, por causa da animosidade dos fanáticos religiosos pagãos para com o evangelho cristão, isto não fez em si mesmo que cessasse a perseguição contra os cristãos. Daí, também, os cristãos eram impopulares devido a serem tão diferentes. Recusavam adorar o imperador, misturar-se na política, e a ir para a guerra. Sua maneira de viver e seu zelo evangélico faziam com que fossem vistos como oponentes do judaísmo e uma ameaça a todos que lucravam com as religiões pagãs. — Atos 8:1; 9:1, 2; 12:1-5; 18:12-17; 19:23-41.

Trajano (98-117 E. C.), se seguiu a Nerva, manteve as diretrizes sábias e justas de Nerva, e também o fez seu sucessor Adriano (117-138 E. C.). Relata-se que Adriano foi um dos mais hábeis imperadores que Roma teve. Instituiu um sistema de impostos aparentemente justo e melhorou grandemente o quinhão dos escravos. Expediu um edito proibindo as autoridades romanas de prestar qualquer atenção às denúncias públicas dirigidas contra os cristãos. Este edito declarava que era seu prazer que nenhum cristão fosse morto exceto os que tivessem sido legitimamente acusados e julgados como sendo culpados de algum crime.

É digno de nota que os imperadores romanos que melhor regeram foram também em geral os mais tolerantes para com os cristãos.

Os Perseguidores Marco Aurélio e Diocleciano

O reinado seguinte, o de Antonino Pio (138-161 E. C.), o filho adotivo de Adriano, foi bem provavelmente o mais pacífico de todos. Marco Aurélio regeu a seguir (161 a 180 E. C.).a Nesse período, o segundo século E. C., Roma viu sua maior expansão — abrangendo uma área de uns nove milhões de quilômetros quadrados e se jactando duma população de uns 55 milhões de pessoas. No entanto, a regência de Aurélio foi prejudicada por enchentes, incêndios, terremotos, pragas de insetos, insurreições, guerras de conquistas e a perseguição aos cristãos. Os soldados que voltavam de suas campanhas militares trouxeram com eles uma praga mortífera que dizimou muitos por todo o império.

Marco Aurélio era ardente fanático religioso. Ao passar pela Grécia, iniciou-se nos mistérios eleusinianos. Com oito anos, era um sacerdote saliano. Nos últimos baixos-relevos de seus triunfos, era ainda mostrado como sacerdote no altar sacrificial. Considerando seu fervor religioso, pode-se avaliar por que era um perseguidor dos cristãos por todo o seu reinado.

Aurélio era também um homem de proezas militares. Ele mesmo conduzia seus soldados à batalha, por anos de cada vez.

Suas “Reflexões” supostamente seriam um guia para seu filho, Cômodo. Mas, Cômodo, que regeu de 180 a 192 E. C., mostrou ser um dos mais desprezíveis de todos os imperadores romanos. Era insolente, tirânico, sanguinário, extravagante e tão vão em suas façanhas físicas que ordenou que fosse adorado como o Hércules romano. Diversas de suas tencionadas vítimas, contudo, certificaram-se de que ele morresse primeiro.

Com Cômodo, o Império Romano entrou em seu período de declínio. Seu assassinato não acabou com o governo ruim, mas foi seguido por um século de anarquia e confusão. Em certo período de sessenta e sete anos, de vinte e nove imperadores e pretendentes ao trono, todos, exceto quatro, morreram de forma violenta. Também, durante estes anos, os cristãos foram amargamente perseguidos por Décio (249-251 E. C.) e Valeriano (253-260 E. C.). Estas perseguições terminaram com a morte dos imperadores que as instituíram.

Diocleciano (284-305 E. C.) fez uma tentativa desesperada de restaurar o império à sua anterior glória e poder por meios despóticos. Usava um diadema real e copiou do Oriente as complicadas cerimônias da corte para lhe darem uma santidade misteriosa aos olhos do povo. Perto do fim de seu reinado, começou as terríveis perseguições aos cristãos que duraram uns dez anos (303-313 E. C.), perseguições que foram continuadas por seus sucessores.

Constantino Torna “Cristão” o Império Romano

Por uns vinte anos depois disso, os rivais de Diocleciano chafurdaram em mares de sangue em suas batalhas pela supremacia. Por fim, em 324 E. C., Constantino, “o Grande”, ao se tornar o regente indisputado, dispôs-se a reunir o império. (Diocleciano o havia dividido, ele regendo o Oriente, e Maximiano o Ocidente.) Para atingir seus objetivos, Constantino entregou “os reis ‘bárbaros’ às feras, junto com seus seguidores, aos milhares”, e encontrou motivos de matar uma de suas esposas e um de seus filhos.

Segundo certo mito ou lenda, Constantino, ao se empenhar em uma de suas guerras pela supremacia, teve uma visão ou sonho em que viu o sinal de uma cruz com as palavras “com este signo vencerás”. Diz-se que isto o inspirou ao êxito. Mudou a capital do Império de Roma para Bizâncio e a redenominou de Constantinopla (Cidade de Constantino). Professou ter-se convertido ao Cristianismo, mas só foi batizado em seu leito de morte.

O chamado “Edito de Milão”, pelo qual Constantino e seu co-regente Licínio supostamente concederam aos cristãos a liberdade de religião, não era nada mais do que uma carta que Licínio enviou “a uma autoridade governamental do Oriente, exigindo que se certificasse de que o edito de Galério fosse cumprido de maneira cabal”. Galério fora aquele que influenciara Diocleciano a perseguir os cristãos. Pouco antes de sua morte, contudo, Galério compreendeu quer a injustiça quer a futilidade disso tudo e ele (Galério) sancionou o edito que concedia a liberdade de religião.

Desapontado de que os cristãos professos estavam divididos doutrinalmente, Constantino convocou o Concílio de Nicéia, com a esperança de uni-los. Ele mesmo o presidiu. Notando que a maioria era a favor da doutrina da Trindade, conforme exposta por Atanásio, decretou que se tornasse a lei do Império. Constantino então baniu Ário e aqueles que criam como este. (Ário sustentou que Jesus Cristo não era parte de uma trindade coigual, mas tinha sido criado por Deus e estava subordinado a Ele.)

Constantino tornou o Catolicismo Romano a religião do Império Romano e perseguiu os que discordavam dele. Afirma o teólogo jesuíta McKenzie em seu livro The Roman Catholic Church (A Igreja Católica Romana; 1969): “Entendo que o Catolicismo Romano começou com a conversão de Constantino.” Igreja, ao invés de ser perseguida, tornou-se a perseguidora. A respeito disto, certo historiador moderno escreve:

“A quarta centúria foi um período de surpreendente crescimento da Igreja Cristã. A centúria se iniciou com a perseguição dos cristãos, ainda uma pequena minoria da população por parte dum imperador pagão. Em seu término, o Cristianismo era a única religião oficial do império, protegida por um imperador cristão que promulgou as leis de perseguição contra . . . todos que se desviassem de qualquer modo das doutrinas aceitas da igreja estatal.

“Mas, este rápido crescimento não foi todo puro lucro para a igreja. O influxo de grandes números de pessoas indiferentes ou interesseiras inevitavelmente reduziu a média geral da moral e do zelo religioso da igreja, ao passo que, ao mesmo tempo, introduzia elementos não-cristãos em sua doutrina e prática.” — A Survey of European Civilization (Um Exame da Civilização Européia), de Ferguson & Bruun.

Depois de Constantino Até o Fim do Império

Depois da morte de Constantino, em 337 E. C., seguiu-se um período de muitas contendas internas ao continuar a declinar o Império Romano. O imperador romano, Juliano (361-363 E. C.), voltou-se contra a religião que lhe havia sido imposta e procurou restabelecer o paganismo como a religião estatal. Antes de morrer, teve de admitir seu fracasso. Mas, no que tange aos seus princípios, parecem ter sido superiores aos dos muitos que professavam ser imperadores cristãos. Durante a regência do Imperador Teodósio (379-395 E. C.), o Catolicismo Romano se tornou a religião estatal e todas as demais foram proscritas.

À medida que as administrações seculares se tornaram mais fracas devido a decadência moral e às invasões bárbaras os bispos romanos passaram e exercer um poder cada vez maior. Assim, depois de Alarico, o rei gótico, ter saqueado Roma, em 410 E. C. Inocêncio I, bispo de Roma, assumiu a liderança em reconstruir a cidade. Ao mesmo tempo insistiu que todos os bispos ocidentais o reconhecessem como chefe nas questões de adoração.

Leão I foi um pouco mais além nesta direção. Poder-se-ia dizer que foi o primeiro papa real, pois o Imperador Valentiniano III lhe conferiu jurisdição sobre todos os bispos do Império Ocidental.

Em 476 E. C. o Rei Odoacro (Odovakar), um general de descendência alemã, depôs o imperador romano Rômulo Augústulo e deixou vago o trono. Assim, depois de quinhentos anos, o antigo Império Romano veio ao fim; isto é, no que tange à sua ala ou parte ocidental.

Roma foi o mais poderoso dos antigos impérios mundiais. Foi também o mais amplo. Na Bíblia é representada como um “animal, atemorizante e terrível, e extraordinariamente forte. E tinha dentes de ferro, grandes”. (Dan. 7:4-14; 2:36-44) Por que, então, enfraqueceu-se e caiu? Certo historiador descreveu seu declínio como “o maior problema da história”.

O declínio e a queda de Roma, contudo, não apresenta nenhum problema para as pessoas familiarizadas com os princípios bíblicos. Jesus disse que a “casa dividida contra si mesma não permanece”. (Mat. 12:25) Por certo a divisão e os conflitos internos apressaram o declínio e a queda de tal império. A Bíblia também diz que “o que d homem semear, isso também ceifará”. — Gál. 6:7.

Citando-se N. F. Cantor em Medieval History (História Medieval): “Havia lados muito feios da vida do mundo romano, que os classicistas usualmente preferem ignorar: enorme população escrava, vastas favelas urbanas e terrível pobreza, a prática difundida do homossexualismo.” A estes, precisa-se também acrescentar a crassa licenciosidade e avareza; as festanças voluptuosas, a desenfreada crueldade, práticas religiosas revoltantes e a clamorosa corrupção política. Será de admirar, então, que Roma tenha chegado a seu fim?

[Nota(s) de rodapé]

a Durante os anos 161 a 169, Marco Aurélio compartilhou os “poderes imperiais em plena igualdade” com Lúcio Aurélio Vero.

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