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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1977
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  • AUTORIA E CANONICIDADE
  • ESTILO
  • DATA E CIRCUNSTÂNCIAS
  • MENSAGENS DE BENEFÍCIO DURADOURO
  • ESBOÇO DO CONTEÚDO
  • JEOVÁ DEUS E JESUS CRISTO
  • O que alegra a Deus
  • FRUTO DO ESPÍRITO
  • QUALIDADE DO CORAÇÃO
  • ALEGRIA NO SERVIÇO DE DEUS
  • Perseguição é causa de alegria
  • OUTRAS ALEGRIAS PROVIDAS POR DEUS
  • ALEGRIAS FALSAS OU NÃO DURADOURAS
  • ALEGRIA ETERNA
  • ORIGEM
  • TEORIA DA ESCRITA PICTOGRÁFICA
  • ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Despertai! — 1977
g77 8/5 pp. 23-26

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

(Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.)

AGEU [festivo]. Um profeta hebreu de Judá e Jerusalém durante a governança de Zorobabel no reinado do rei persa, Dario Histaspes. (Ageu 1:1; 2:1, 10, 20; Esd. 5:1, 2) “Ageu” pode ser uma forma abreviada de “Haggiah”, que significa “festividade de Já (Jeová)”.

A tradição judaica sustenta que Ageu era membro da Grande Sinagoga. À base de Ageu 2:10-19, tem-se sugerido que ele pode ter sido sacerdote. Seu nome aparece junto com o do profeta Zacarias nos cabeçalhos do Salmo 111 (112) na Vulgata latina, dos Salmos 125 e 126 na Versão Peshita siríaca, do Salmo 137 na Versão dos Setenta, do 145 na Versão dos Setenta, na Peshita e na Vulgata, e dos Salmos 146, 147 e 148 na Versão dos Setenta e na Peshita. É provável que Ageu tenha nascido em Babilônia e que tenha voltado a Jerusalém junto com Zorobabel e o restante judaico em 537 A. E. C. Mas, pouco realmente se sabe sobre Ageu, pois as Escrituras não revelam a ascendência, a tribo do profeta, etc.

Ageu, o primeiro profeta depois do exílio, a quem se juntou, dois meses depois, Zacarias (Ageu 1:1; Zac. 1:1) avivou o zelo dos exilados judeus repatriados para que continuassem a construção do templo, depois de uma paralisação de alguns anos, motivada pela oposição inimiga, mas prolongada pela apatia judaica e pela busca egoísta dos interesses pessoais. (Esd. 3:10-13; 4:1-24; Ageu 1:4) Quatro mensagens dadas por Deus, proferidas por Ageu durante um período de cerca de quatro meses, no segundo ano de Dario Histaspes (520-519 A. E. C.) e registradas pelo profeta no livro bíblico de Ageu, foram especialmente eficazes em inicialmente mover os judeus a reiniciar a obra de construção do templo. (Ageu 1:1; 2:1, 10, 20; veja AGEU, LIVRO DE.) Ageu e Zacarias continuaram a instar com eles a executar tal obra até que o templo foi concluído no sexto ano de Dario, em 515 A. E. C. — Esd. 5:1, 2; 6:14, 15.

AGEU, LIVRO DE. Um livro inspirado das Escrituras Hebraicas, alistado entre os chamados “Profetas Menores”. Consiste em quatro mensagens de Jeová para os judeus que retornaram do exílio babilônico instando com eles a concluir a reconstrução do templo em Jerusalém. Sendo também profético, o livro predisse tais coisas como o enchimento da casa de Jeová de glória e a derrubada de reinos humanos. — Ageu 2:6, 7, 21, 22; compare com Isaías 2:2-4.

AUTORIA E CANONICIDADE

Ageu, o profeta, foi o escritor, tendo primeiro proferido pessoalmente cada mensagem encontrada no livro. (Ageu 1:1; 2:1, 10, 20; veja AGEU.) Ao passo que a maioria dos catálogos antigos das Escrituras não alistam nominalmente o livro de Ageu, este é evidentemente incluído em suas referências aos ‘doze profetas menores’, o número doze sendo assim completo. Os judeus jamais questionaram seu direito a um lugar entre as Escrituras Hebraicas, e a canonicidade do livro é definitivamente estabelecida pela citação de Ageu 2:6, que aparece em Hebreus 12:26. — Compare com Ageu 2:21.

ESTILO

A linguagem é simples e o seu significado se torna plenamente claro. Suscitam-se às vezes perguntas que nos fazem pensar. (Ageu 1:4, 9; 2:3, 12, 13, 19) O livro de Ageu contém censuras, encorajamento e profecias que inspiram esperança. O nome divino, Jeová, aparece trinta e cinco vezes nos seus trinta e oito versículos, e mostra-se claramente que as mensagens procediam de Deus, Ageu servindo como Seu mensageiro comissionado. — Ageu 1:13.

DATA E CIRCUNSTÂNCIAS

As quatro mensagens registradas por Ageu foram proferidas em Jerusalém em questão dum período de cerca de quatro meses, no segundo ano do rei persa, Dario Histaspes (520/519 A. E. C.), o livro, pelo que parece, sendo terminado em 520 A.E.C. (Ageu 1:1; 2:1, 10, 20) Zacarias estava profetizando com o mesmo propósito durante a atividade profética de Ageu. — Esd. 5:1, 2; 6:14.

MENSAGENS DE BENEFÍCIO DURADOURO

Entre outras coisas, o livro de Ageu suscita fé em Jeová, essencial aos servos de Deus. Mostra que Deus está com seu povo (Ageu 1:13; 2:4, 5) e também insta com eles a colocar em primeiro lugar na vida os Seus interesses. (Ageu 1:2-8; Mat. 6:33) O livro torna claro que a mera adoração formalística não agrada a Jeová (Ageu 2:10-17; compare com Isaías 29:13, 14; Mateus 15:7-9), mas que as ações fiéis que se harmonizam com a vontade divina resultam em bênção. (Ageu 2:18, 19; compare com Provérbios 10:22). O escritor do livro bíblico de Hebreus aplica Ageu 2:6 como tendo cumprimento maior em conexão com o reino de Deus às mãos de Jesus Cristo. — Heb. 12:26-29.

ESBOÇO DO CONTEÚDO

I. Primeira mensagem, no Segundo ano de Dario Histaspes, no primeiro dia do sexto mês (Ageu 1:1-15)

A. Repreensão por deixarem de reconstruir templo (Ageu 1:1-12)

1. Povo mais interessado em suas próprias casas, comer e beber, enquanto casa de Deus permanecia desolada (Ageu 1:3-8)

2. Removida a bênção de Deus sobre suas colheitas e labuta. (Ageu 1:9-11)

B. Zorobabel e Josué lideram; povo estimulado a reiniciar reconstrução no vigésimo quarto dia do sexto mês (Ageu 1:12-15)

II. Segunda mensagem, no vigésimo primeiro dia do sétimo mês (Ageu 2:1-9)

A. Os que viram templo construído por Salomão consideram insignificante a reconstrução, pelo que parece desanimam outros (Compare com Zacarias 4:10.) (Ageu 2:1-3)

B. Jeová reassegura-lhes que está com eles, relembrando Seu pacto com Israel; ele encherá esta casa de glória (Ageu 2:4-9)

1. Ele fará tremer céus, terra, mar e solo seco (Ageu 2:4-6)

2. Coisas desejáveis de todas as nações entrarão, de modo que glória desta casa será maior que da anterior (Ageu 2:7-9)

III. Terceira mensagem, no vigésimo quarto dia do nono mês (Ageu 2:10-19)

A. Pessoas impuras em todo seu trabalho e o que apresentam (Ageu 2:10-14)

B. Mesmo quando assoladas com escassez seca, e saraiva, não se voltaram para Jeová (Ageu 2:15-17)

C. Desde esse dia, Jeová concederá bênção (Ageu 2:18, 19)

IV. Quarta mensagem, no vigésimo quarto dia do segundo mês (Ageu 2:20-23)

A. Jeová fará tremer céu e terra, derrubará reinos das nações (Ageu 2:20-22)

B. Estabelecerá Zorobabel (descendente de Davi e antepassado do Messias) como anel de chancela, como Seu escolhido (Veja 1 Crônicas 3:1-19; Mateus 1:6-16; Lucas 3:23-31.) (Ageu 2:23)

Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, págs. 159-161.

ALEGRIA. A emoção suscitada pela aquisição ou pela expectativa do que é bom, estado de felicidade; exultação. As palavras hebraicas e gregas usadas na Bíblia para alegria, exultação, regozijo e regozijar-se expressam várias nuanças de significado, diferentes estágios ou graus de alegria. Denotam, de forma variada, o júbilo, a base ou a ocasião para alegria, dançar como que com alegria, rodopiar com agradável emoção, exultar ou pular de alegria exuberante, e gloriar-se ou gabar-se (de algo).

JEOVÁ DEUS E JESUS CRISTO

Jeová é chamado o “Deus feliz” (1 Tim. 1:11) Ele cria e trabalha com alegria por si mesmo e suas criaturas. O que Ele faz surgir o torna alegre. (Sal. 104:31) Deseja que suas criaturas igualmente gozem as obras dele em seu benefício, e usufruam seu próprio trabalho. (Ecl. 5:19) Visto que Ele é a Fonte de todas as coisas boas (Tia. 1:17), o principal prazer de todas as criaturas inteligentes, tanto humanas como angélicas, é de virem a conhecê-lo. (Jer. 9:23, 24) Disse o Rei Davi: “Seja prazenteira a minha reflexão sobre ele. Eu, da minha parte, me alegrarei em Jeová.” (Sal. 104:34) Ele também cantou: “O justo se alegrará em Jeová e deveras se refugiará nele: e jactar-se-ão todos os retos no coração.” (Sal. 64:10) O apóstolo Paulo instou com os cristãos a se alegrarem sempre em conhecer a Ele e nos Seus tratos com eles, escrevendo-lhes: “Alegrai-vos sempre no Senhor [‘Jeová’ em algumas versões hebraicas]. Mais uma vez direi: Alegrai-vos!” — Fil. 4:4.

Jesus Cristo, que era o íntimo de Jeová, é quem melhor o conhece (Mat. 11:27), e pode explicá-lo a seus seguidores. (João 1:18) Jesus, por conseguinte é alegre, sendo chamado “o feliz e único Potentado”. (1 Tim. 6:14, 15) Por amor a seu Pai, está ansioso de sempre fazer as coisas que agradam a Ele. (João 8:29) Portanto, quando foi colocada diante dele a tarefa de vir à terra, sofrer e morrer, a fim de vindicar o nome de Jeová, “pela alegria que se lhe apresentou, ele aturou uma estaca de tortura, desprezando a vergonha.” (Heb. 12:2) Também sentia grande amor pela humanidade e alegria nela. As Escrituras, personificando-o em sua existência pré-humana como sabedoria, apresentam-no como dizendo: “Então vim a estar ao . . . lado [de Jeová] como mestre-de-obras, e vim a ser aquele de quem ele gostava especialmente de dia a dia, regozijando-me perante ele todo o tempo regozijando-me com o solo produtivo da sua terra, e as coisas de que eu gostava estavam com os filhos dos homens.” — Pro. 8:30, 31.

Jesus queria que seus seguidores sentissem a mesma alegria, dizendo-lhes: “Estas coisas eu vos falei para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria se torne plena.” Os anjos sentiram alegria por ocasião da criação da terra. (João 15:11; 17:13; Jó 38:4-7) Também observam o proceder do povo de Deus, alegrando-se em seu proceder fiel e, em especial, exultando quando uma pessoa se desvia de seus modos pecaminosos para a adoração e o serviço puros de Deus. — Luc. 15:7, 10.

O que alegra a Deus

O coração de Jeová pode alegrar-se com seus servos, devido à fidelidade e lealdade deles para com Ele. Satanás, o Diabo, desafia constantemente a correção da soberania de Deus e a integridade dos que servem a Deus. (Jó 1:9-11; 2:4, 5; Rev. 12:10) A eles se aplicam as palavras: “Sê sábio, filho meu, e alegra meu coração, para que eu possa replicar àquele que me escarnece.” (Pro. 27:11) O povo de Jeová na terra pode fazer com que Deus se regozije por meio de sua fidelidade e lealdade a Ele. — Isa. 65:19; Sof. 3:17.

FRUTO DO ESPÍRITO

Visto que Jeová é a Fonte da alegria e deseja que seu povo sinta alegria, a alegria é um fruto do seu espírito santo. A alegria é mencionada logo depois do amor na lista de Gálatas 5:22, 23. O apóstolo escreveu aos cristãos de Tessalônica: “Vós vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, visto que aceitastes a palavra sob muita tribulação, com alegria de espírito santo.” (1 Tes. 1:6) Assim, Paulo aconselhou os cristãos em Roma que o reino de Deus não consistia em coisas materiais, de modo que uma pessoa tropeçasse devido a outra, ou julgasse a outra à base de tais coisas como o que esta comia ou bebia, “o reino de Deus não significa comer e beber, mas significa justiça, e paz, e alegria com espírito santo”. — Rom. 14:17.

QUALIDADE DO CORAÇÃO

A verdadeira alegria é uma qualidade do coração, e pode influir no corpo inteiro para o bem. “O coração alegre tem bom efeito sobre o semblante”, e “o coração alegre faz bem como alguém que cura [ou, “faz bem ao corpo”, NM, ed. 1950, em inglês, nota marginal]”, afirma o sábio escritor de Provérbios. — Pro. 15:13; 17:22.

ALEGRIA NO SERVIÇO DE DEUS

O que Jeová pede de seus servos não é pesado. (1 João 5:3) Ele deseja que usufruam Seu serviço. Seu povo, Israel, deveria gozar as festividades periódicas que Ele programou para eles, e deviam regozijar-se em outros aspectos de sua vida e da adoração a Deus. (Lev. 23:40; Deu. 12:7, 12, 18) Deviam falar sobre Deus com alegria. (Sal. 20:5; 51:14; 59:16) Caso não servissem a Deus com alegria de coração, devia haver algo de errado quanto a seus corações e seu apreço pela benevolência e bondade Dele. Por conseguinte, ele os avisou do que aconteceria se se tornassem desobedientes e não sentissem alegria em servi-lo: “Todas estas invocações do mal virão certamente sobre ti . . . porque não escutaste a voz de Jeová, teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos . . . E têm de permanecer sobre ti e sobre a tua descendência . . . devido ao fato de que não serviste a Jeová, teu Deus, com alegria e contentamento do coração pela abundância de tudo.” — Deu. 28:45-47.

O cristão, igualmente, deve usufruir seu serviço a Deus. De outra forma, algo está faltando quanto ao apreço de coração. (Sal. 100:2) “O regozijo de Jeová é o vosso baluarte”, disse um dos servos fiéis de Deus. (Nee. 8:10) As boas novas que o cristão proclama foram anunciadas pelo anjo de Deus como “boas novas duma grande alegria que todo o povo terá”. (Luc. 2:10) O nome de Jeová sobre Suas testemunhas e a verdade encontrada na Bíblia devem ser uma alegria para elas. Disse o profeta Jeremias: “Tua palavra torna-se para mim a exultação e a alegria do meu coração; pois o teu nome foi invocado sobre mim, ó Jeová, Deus dos exércitos.” — Jer. 15:16.

Ademais, as decisões judiciais justas e retas de Jeová, postas em vigor na congregação cristã e na vida dos cristãos, são causa de alegria, em especial num tempo em que o mundo deita abaixo a justiça e a retidão. (Sal. 48:11) Daí, a maravilhosa esperança adiante, por certo, fornece forte base para alegria. “Alegrai-vos na esperança.” — Rom. 12:12; Pro. 10:28) Sua salvação é uma base para alegria. (Sal. 13:5) Adicionalmente há a alegria que o servo de Deus tem naqueles que ele ajuda a obter conhecimento de Jeová e a servi-lo. (Fil. 4:1; 1 Tes. 2:19) Reunir-se junto com o povo de Deus e trabalhar junto com ele é uma das maiores alegrias. — Sal. 106:4, 5; 122:1.

Perseguição é causa de alegria

Para o cristão que guarda seu coração até mesmo a perseguição, embora em si não seja prazeirosa, deve ser considerada com alegria, pois suportá-la com integridade é uma vitória. Deus ajudará o fiel. (Col. 1:11) Adicionalmente, é prova de que a pessoa é aprovada por Deus. Jesus disse que quando o vitupério e a perseguição sobrevierem ao cristão, ele deve ‘pular de alegria’. — Mat. 5:11, 12; Tia. 1:2-4; 1 Ped. 4:13, 14.

OUTRAS ALEGRIAS PROVIDAS POR DEUS

Jeová tem provido muitas outras coisas que a humanidade pode usufruir dia a dia. Algumas destas são: o casamento (Deu. 24:5; Pro. 5:18); ser pai ou mãe dum filho sábio e justo (Pro. 23:24, 25); alimento (Ecl. 10:19; Atos 14:17); vinho (Sal. 104:14, 15; Ecl. 10:19) e as múltiplas coisas de Sua criação. — Tia. 1:17; 1 Tim. 6:17.

ALEGRIAS FALSAS OU NÃO DURADOURAS

Jesus fala de alguns que ouviriam a verdade e a receberiam com alegria, mas sem entenderem o real sentido dela. Tais não cultivam a palavra implantada em seu coração, e, como conseqüência, logo perdem sua alegria por tropeçarem quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra. (Mat. 13:20, 21) A alegria baseada no materialismo é uma alegria falsa, errada, e que tem vida curta. Também, alguém que se regozija com a calamidade de outrem, mesmo de alguém que o odeie, tem de responder perante Jeová por seu pecado. (Jó 31:25-30; Pro. 17:5; 24:17, 18) Um rapaz será tolo de regozijar-se de sua juventude, no sentido de que cede em seguir os “desejos pertinentes à mocidade”. (Ecl. 11:9, 10; 2 Tim. 2:22) Similarmente, o amor à hilaridade porá a pessoa em má situação (Pro. 21:17; Ecl. 7:4) Até mesmo o cristão que exulta em comparar-se com outros está errado. Antes, deve provar quais são suas próprias obras e ter causa de exultação apenas em si mesmo. — Gál. 6:4.

ALEGRIA ETERNA

Jeová prometeu restaurar seu povo, Israel, depois de seu cativeiro em Babilônia. Ele deveras os trouxe de volta a Jerusalém em 537 A. E. C. e eles se regozijaram grandemente quando foi lançado o alicerce do templo. (Isa. 35:10; 51:11; 65:17-19; Esd. 3:10-13) Mas, a profecia de Isaías (65:17) evidentemente tem um cumprimento maior no estabelecimento de “um novo céu e uma nova terra”, arranjo pelo qual toda a humanidade sentirá alegria para sempre, sob a “Nova Jerusalém”. — Rev. 21:1-3.

Sob as atuais condições, a iniqüidade, a doença e a morte impedem a alegria plena e irreprimível. Mas em harmonia com a regra bíblica: “O rei sábio dispersa os iníquos”, o rei de Deus, Jesus Cristo, porá fim a todos os inimigos de Deus e da justiça. (Pro. 20:26; 1 Cor. 15:25, 26) Assim, todos os obstáculos à completa alegria serão removidos, pois até mesmo “não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor”. (Rev. 21:4) O pesar quanto aos que já morreram terá desaparecido para sempre, sendo removido pela ressurreição dos mortos. Este conhecimento conforta os cristãos até mesmo hoje em dia, que, por causa disso, não ficam “pesarosos como os demais que não têm esperança”. — 1 Tes. 4:13, 14; João 5:28, 29.

ALFABETO. Este nome em português do sistema de letras empregado para assentar por escrito os sons fonéticos usados na linguagem deriva-se das duas primeiras letras gregas, alfa e beta, que, por sua vez, provêm do hebraico ‘áleph e behth (álefe e bete).

ORIGEM

Há muitas teorias quanto à origem do alfabeto, a escrita cuneiforme suméria e babilônica, os hieróglifos “hititas”, e as formas egípcias de escrita sendo todas sugeridas como possíveis fontes. No entanto, destacada autoridade, o Dr. David Diringer, declara em seu livro The Story of the Aleph Beth (A História do Aleph Beth; 1958, p. 31): “Concorda-se agora de modo geral que todos os alfabetos existentes, e os não mais usados, derivaram-se de um só alfabeto original.” Na página 39, ele cita G. R. Driver como tendo dito: “Foi uma, e apenas uma das dádivas dos semitas à humanidade”, e então declara: “Foi este alfabeto que se tornou o ancestral de todos os caracteres alfabéticos de escrita que o mundo conheceu.”

Com respeito às descobertas arqueológicas, entre os exemplos mais antigos preservados do alfabeto, segundo os métodos de datar empregados pelos arqueólogos, há as inscrições descobertas em Serabit el-Khadem, na Península do Sinai, que se crê serem do século dezenove ou dezoito A. E. C., as tábuas de argila ugaríticas encontradas em Ras Shamra, na Síria, que contêm um alfabeto cuneiforme e são atribuídas aos séculos quinze e quatorze A. E. C., e as inscrições em Biblos, na Fenícia, consideradas como datando de cerca de 1100 A. E. C. As letras fenícias são quase que idênticas às do primitivo alfabeto hebraico, ao passo que as de Sinai apresentam considerável variação. As mais antigas inscrições hebraicas preservadas incluem uma inscrição fragmentária de Laquis, atribuída ao século doze ou onze A. E. C., o chamado “Calendário de Gezer” (veja CALENDÁRIO) que se calcula seja do século onze ou dez A. E. C., o belamente escrito óstraco samaritano, registrado em estilo cursivo ou escrito à mão livre, e atribuído ao reinado de Jeroboão II (844-803 A. E. C.), e a inscrição do túnel de Siloé evidentemente do reinado do Rei Ezequias (745-716 A. E. C.). Não foi senão por volta do terceiro século A. E. C. que uma abundância de material dos primitivos escritos judaicos se tornou disponível.

À base destas descobertas, a tendência é considerar os alfabetos fenício e sinaítico como antecedendo o hebraico. Esta, é claro, não é forçosamente a conclusão lógica, e, na publicação supracitada, o Dr. Diringer propõe a pergunta: “É possível que os antigos hebreus, que presentearam o mundo com a Bíblia e o Monoteísmo, também lhe deram o Alfabeto? A possibilidade certamente existe.” (The Story of the Aleph Beth, p. 37) A relativa escassez de antigas inscrições hebraicas não argumenta contra isto, visto que os hebreus não costumavam erigir monumentos nem fazer placas em memória das proezas dos reis e heróis, como faziam outros povos antigos. O clima e o solo da Palestina, semelhantemente, não são dos que contribuem para a preservação de escritas de papiros, como se dá com a terra do Egito.

A ordem hebraica das letras do alfabeto é claramente indicada nos acrósticos dos Salmos (34, 111, 112, 119 e outros), de Provérbios 31:10-31, e de Lamentações capítulos 1-4 [exceto por uma inversão das letras ‘áyin e pe’ (aine e pê) nos caps. 2-4]. Nestes escritos, as letras do alfabeto aparecem em ordem consecutiva como as letras iniciais de cada versículo, seção ou estrofe sucessivas. O alfabeto hebraico, tanto no passado como agora, consiste em vinte e duas letras, todas elas consoantes, e provavelmente representavam cerca de vinte e oito sons. Parece que não foi senão no sexto século E. C. que se aperfeiçoou um sistema de sinais para indicar os sons vocálicos. Os peritos judeus conhecidos como massoretas empregaram cerca de sete diferentes “pontos vocálicos”, de per si ou combinados, para representar os sons vocálicos hebraicos.

TEORIA DA ESCRITA PICTOGRÁFICA

A teoria comum é de que o alfabeto hebraico se derivou da escrita pictográfica. Esta teoria procura apoio no fato de que os nomes das letras hebraicas são amiúde, iguais ou similares aos nomes hebraicos de certos objetos, álefe significando “touro”, bete significando “casa”, guímel sendo similar à palavra hebraica gamal ou “camelo”, e assim por diante. No entanto, surgem dificuldades ao se seguir esta idéia com todas as letras, e a suposta similaridade entre a forma das letras e o significado sugerido do nome é amiúde tal que requer considerável imaginação. Assim, embora alguns creiam que a letra guímel originalmente representasse um camelo (ou o pescoço do camelo), outros sugerem que retratava originalmente um “taco de arremesso”; alguns, que dálete representava uma porta, outros, que talvez originalmente um peixe; zaine, uma arma ou talvez uma oliveira; tete, uma serpente ou talvez um cesto, e assim por diante. É interessante portanto, notar a declaração do Dr. Diringer na página 40 de The Story of the Aleph Beth, em que depois de mostrar que o valor fonético de cada letra hebraica corresponde ao som inicial do nome aplicado a ele, afirma: “Seria errado presumir que [isto] indique necessariamente o uso de representações pictóricas dos objetos cujos nomes as letras levavam: em outras palavras, não há evidência clara de que os símbolos fossem originalmente pictográficos.” Assim, um professor, ao ensinar a alguém o alfabeto português, poderia dizer que A representa “árvore”, B representa “banana”, C representa “casa”, e com isso dizer meramente que o valor fonético da letra é representado pela letra inicial da palavra que segue, e não que a forma da letra se pareça em algum sentido com o formato ou as caraterísticas do objeto identificado por essa palavra.

Não há base sólida para a teoria de que o alfabeto seja o resultado de uma evolução gradual através das escritas pictográfica, ideográfica ou silábica. Embora os antigos egípcios usassem com o tempo diversos de seus sinais fonéticos para representar consoantes específicas, nunca os isolaram como alfabeto distinto, e continuaram a usar seus ideogramas e fonogramas silábicos até o tempo da Era Comum. Depois disso adotaram o alfabeto grego. Não há registro histórico de alguma escrita pictográfica que se tenha transformado de modo independente em alfabeto. Além do caso da escrita egípcia, outros povos, como os maias, empregavam evidentemente a escrita pictográfica por milênios, sem nenhuma evolução em um alfabeto. Os chineses, até os dias atuais, não desenvolveram um alfabeto de sua escrita originalmente pictográfica.

ACONTECIMENTOS POSTERIORES

Referindo-se ao alfabeto original, o Dr. Diringer mostra que outros povos ou civilizações criaram mais tarde suas próprias variantes daquele alfabeto básico variantes estas que, com o passar do tempo, por fim chegaram a se tornar quase que irreconhecíveis na sua relação com outros membros da mesma família (bem como com o alfabeto original). Acrescenta: “Destarte, o alfabeto brâmine, o grande alfabeto-mãe da Índia, o alfabeto coreano, os alfabetos mongólicos derivaram-se da mesma fonte que os alfabetos grego, latino, rúnico, hebraico, árabe e russo, embora seja, a bem dizer, impossível um leigo ver qualquer verdadeira semelhança entre eles.” — The Story of the Aleph Beth, p. 39.

Após o cativeiro em Babilônia, os judeus adotaram o estilo aramaico de letras e disto se desenvolveu o estilo quadrado de letras, caraterístico do alfabeto hebraico moderno. Não obstante, há evidência que indica que o antigo alfabeto hebraico continuou a ser usado nos tempos após o exílio.

O alfabeto grego deriva-se do alfabeto semítico. Os gregos fizeram valiosa adição a ele, no sentido de que tomaram as letras excedentes, para as quais não tinham consoantes correspondentes (álefe, hê hete, aine, vau e iode) e empregaram-nas para representar os sons vocálicos a, e (curto), e (longo), o, y, i. Dos dois estilos de escrita grega, o oriental e o ocidental, este último se tornou a fonte do alfabeto latino e por sua vez, de nosso alfabeto português. — Veja cada letra sob seu nome; também ESCRITA.

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