Ajuda ao Entendimento da Bíblia
[A matéria abaixo foi selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]
ANJOS. [Continuação]
PODERES E PRIVILÉGIOS
Visto que Deus criou o homem “um pouco menor que os anjos” (Heb. 2:7), segue-se que os anjos têm maior capacidade mental que o homem. Também têm poder super-humano. “Bendizei a Jeová, vós anjos seus, poderosos em poder, cumprindo a sua palavra.” O conhecimento e o poder angélicos foram demonstrados quando dois anjos trouxeram a destruição chamejante sobre Sodoma e Gomorra. Um único anjo matou 185.000 do exército assírio. — Sal. 103:20; Gên. 19:13, 24; 2 Reis 19:35.
Os anjos também podem viajar a tremendas velocidades, ultrapassando em muito os limites do mundo físico. Assim, quando Daniel estava orando, Deus enviou um anjo para responder à oração dele; e o anjo chegou em questão de instantes, mesmo antes de terminar a oração. — Dan. 9:20-23.
Mas apesar de todos seus poderes mentais e espirituais mais elevados, os anjos são limitados em muitos sentidos. Não sabiam o ‘dia e a hora’ quando será varrido este sistema de coisas, disse Jesus. (Mat. 24:36) Têm vívido interesse no desenrolar dos propósitos de Deus, todavia, há algumas coisas que não entendem. (1 Ped. 1:12) Regozijam-se com o arrependimento de um pecador, e observam o “espetáculo teatral” fornecido pelos cristãos aqui no palco mundial das atividades públicas. Observam, também, o exemplo correto das mulheres cristãs que usam um sinal de autoridade sobre as cabeças. — Luc. 15:10; 1 Cor. 4:9; 11:10.
Como ministros (servos) de Jeová, os anjos usufruíram muitos privilégios durante uma eternidade de tempo que passou. Os anjos ministraram a favor de Abraão, Jacó Moisés, Josué, Isaías, Daniel, Zacarias Pedro, Paulo e João, para se mencionar apenas alguns. (Gên. 22:11; 31:11; Jos. 5:14, 15; Isa. 66, 7; Dan. 6:22 Zac. 1:9; Atos 5:19, 20; 7:35; 12:7, 8; 27:23, 24; Rev. 1:1) Suas mensagens contribuíram para a escrita da Bíblia. Em Revelação, mencionam-se os anjos mais vezes do que em qualquer outro livro da Bíblia. Inumeráveis anjos foram vistos ao redor do grande trono de Jeová sete tocavam as sete trombetas, ao passo que outros sete derramaram as sete tigelas da ira de Deus; um anjo que voava no meio do céu tinha “boas novas eternas”; outro, porém, proclamava: “Caiu Babilônia, a Grande.” — Rev. 5:11; 7:11; 8:6; 14:6, 8; 16:1.
Ministrar e apoiar a Cristo e seguidores
Do início ao fim, os santos anjos de Deus acompanharam a jornada terrestre de Jesus com extremo interesse. Anunciaram sua concepção e seu nascimento, e ministraram-lhe após o jejum de quarenta dias. Um anjo o fortaleceu quando ele orou em Getsêmani na sua última noite como humano. Quando a turba veio prendê-lo, nada menos de doze legiões de anjos estavam sob seu comando, caso resolvesse usá-las. Os anjos também anunciaram sua ressurreição e estavam presentes à sua ascensão ao céu. — Mat. 4:11; 26:53; 28:5-7; Luc. 1:30, 31; 2:10, 11; 22:43; Atos 1:10, 11.
Depois disso, os mensageiros espirituais de Deus continuaram a ministrar a Seus servos na terra, assim como Jesus prometera: “Não desprezeis a um destes pequenos; pois eu vos digo que os seus anjos no céu sempre observam o rosto de meu Pai.” (Mat. 18:10) “Não são todos eles espíritos para serviço público enviados para ministrar aos que hão de herdar a salvação?” (Heb. 1:14) Estas poderosas criaturas angélicas não mais aparecem visivelmente em favor dos servos de Deus na terra, como no caso em que livraram da prisão os apóstolos; todavia, garante-se aos servos de Deus de que há invisíveis exércitos protetores, sempre presentes, tão reais como os que cercavam o profeta Eliseu e seu servo. “Dará aos seus próprios anjos uma ordem concernente a ti, para te guardar em todos os teus caminhos.” Sim, “o anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e ele os socorre”. — Sal. 91:11; 34:7; Atos 5:19; 2 Reis 6:15-17.
Mostra-se ainda mais que os anjos acompanham Jesus Cristo quando ele vem para julgamento, separando o trigo do joio, e as ovelhas dos cabritos. Os anjos se juntaram a Miguel em sua guerra contra o dragão e os demônios, por ocasião do nascimento do reino de Deus nos céus. Também apoiarão o Rei dos reis ao travar a guerra do grande dia de Deus o Todo-poderoso. — Mat. 13:41; 25:31; Rev. 12:7-10; 19:14-16.
ARCANJO. O prefixo arqui, que significa “superior” ou “preeminente”, pareceria subentender que só existe um arcanjo, o superior ou cabeça da hoste angélica; nas Escrituras, nunca se encontra a palavra “arcanjo” no plural. Primeira Tessalonicenses 4:16, ao falar da preeminência do arcanjo e da autoridade de seu cargo o faz com referência ao ressuscitado Senhor Jesus Cristo: “O próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro.” Por conseguinte, não deixa de ser significativo que o único nome diretamente ligado à palavra arcanjo seja o de Miguel. — Jud. 9; veja MIGUEL.
GABRIEL [um vigoroso de Deus]. O único outro santo anjo, além de Miguel, mencionado na Bíblia o único anjo materializado que forneceu seu nome. Duas vezes apareceu Gabriel a Daniel: a primeira, perto do rio Ulai, “no terceiro ano do reinado de Belsazar”, para explicar a visão de Daniel sobre o bode e o carneiro (Dan. 8:1, 15-26), e, a segunda, “no primeiro ano de Dario”, o Medo, para proferir a profecia a respeito das “setenta semanas”. (Dan. 9:1, 20-27) Para Zacarias, o sacerdote, Gabriel trouxe as boas novas de que ele e sua esposa idosa, Elisabete, teriam um filho, João (Batista). (Luc. 1:11-20) A Maria, a jovem virgem prometida em casamento a José, o próprio Gabriel se dirigiu, dizendo: “Bom dia, altamente favorecida, Jeová está contigo.” Ele então lhe disse que ela daria à luz um filho, Jesus, que “será chamado Filho do Altíssimo; e Jeová Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, . . . e não haverá fim de seu reino.” — Luc. 1:26-38.
Pelo registro bíblico, sabe-se que Gabriel é uma criatura angélica de alta categoria, associando-se intimamente com a corte celeste, alguém “que está a postos logo diante de Deus”; que ele foi aquele “enviado” por Deus para proferir mensagens especiais a servos de Jeová aqui na terra (Luc. 1:19, 26), que sua forma pessoal visualizada ou materializada, de acordo com o significado de seu nome, tinha a “aparência de um varão vigoroso”. — Dan. 8:15.
ANO. A principal palavra hebraica para “ano” ska·náh, tem o significado de “sucessão” ou “repetição”, e, semelhante à sua correspondente grega eniautós, inclui a idéia de um ciclo de tempo. Na terra, é a recorrência de estações que assinala visivelmente o término dos períodos anuais, as estações, por sua vez, são governadas pela translação da terra ao redor do sol. O Criador, portanto, proveu os meios para se medir o tempo em termos de anos, por colocar a terra em sua órbita designada, com seu eixo posicionado em ângulo inclinado em relação ao plano de viagem da terra ao redor do sol. Um meio conveniente de se subdividir o ano em períodos mais curtos também é fornecido pelas fases regulares da lua. Tais fatos são indicados bem cedo no registro bíblico. — Gên. 1:14-16; 8:22.
Desde o começo, o homem utilizou estes indicadores de tempo, divinamente fornecidos, medindo o tempo em termos de anos, subdivididos em meses. (Gên. 5:1-32) A maioria dos povos antigos usavam um ano de doze meses lunares. O ano lunar comum tem 354 dias os meses tendo vinte e nove ou trinta dias, dependendo do aparecimento de cada lua nova. Ele é, portanto, cerca de 111/4 dias mais curto que o verdadeiro ano solar de 365 dias (3651/4 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos).
NO TEMPO DE NOÉ
No tempo de Noé, dispomos do primeiro registro da maneira antiga de se contar a duração do ano. Ele evidentemente dividia o ano em doze meses de trinta dias cada um. Em Gênesis 7:11, 24 e 8:3-5, o “diário de bordo” que Noé mantinha mostra que cento e cinqüenta dias eqüivalem a cinco meses. Neste relato, o segundo, o sétimo e o décimo meses do ano do Dilúvio são diretamente mencionados. Daí, depois do décimo mês e seu primeiro dia, ocorre um período de quarenta dias, bem como dois períodos de sete dias cada um, ou um total de cinqüenta e quatro dias. (Gên. 8:5-12) Há também um tempo indeterminado entre o envio do corvo e o primeiro envio da pomba. (Gên. 8:6-8) Semelhantemente, outro período indeterminado é indicado após o terceiro e último envio da pomba, em Gênesis 8:12. No versículo seguinte, vemos que é mencionado o primeiro dia, do primeiro mês, do ano seguinte. (Gên. 8:13) Não se revela que método Noé ou os anteriores a ele usavam para reconciliar um ano composto de meses de trinta dias com o ano solar.
EGITO E BABILÔNIA
No antigo Egito, o ano era contado como tendo doze meses de trinta dias cada um, e cinco dias adicionais eram acrescentados anualmente para fazer com que o ano se harmonizasse com o ano solar. Os babilônios, por outro lado, apagavam-se a um ano lunar, mas adicionavam um décimo terceiro mês, chamado “veadar”, durante certos anos, a fim de manter as estações em harmonia com os meses a que normalmente correspondiam. Tal ano é chamado lunissolar, ou “demarcado” e, obviamente, é às vezes mais curto e, às vezes, mais longo, do que o verdadeiro ano solar, dependendo de se o ano lunar tem doze ou treze meses.
O CICLO METÔNICO
Em algum tempo, desenvolveu-se o sistema de adicionar um mês intercalar, ou décimo terceiro, sete vezes a cada dezenove anos, dando quase que exatamente o mesmo resultado que dezenove anos solares verdadeiros. Este ciclo veio a ser chamado de ciclo metônico, em honra ao matemático grego Méton, do quinto século A. E. C.
OS HEBREUS
A Bíblia não diz se este era o sistema originalmente empregado pelos hebreus para reconciliar seu ano lunar com o ano solar. O fato de que os nomes registrados de seus meses lunares são nomes estacionais mostra que realmente faziam tal adequação. Duas vezes a cada ano, o ‘centro do sol cruza o equador e, nessas ocasiões, o dia e a noite têm igual duração (aproximadamente doze horas de luz do dia e doze horas de escuridão) em toda parte. Essas duas épocas são chamadas de equinócio da primavera (ou ponto vernal) e o equinócio do outono (ou ponto de Libra). Ocorrem por volta de 21 de março e de 23 de setembro (inversamente no hemisfério sul), de cada um dos nossos atuais anos do calendário. Estes equinócios poderiam logicamente fornecer os meios para se notar quando os meses lunares estavam muito adiantados das estações relacionadas, e, assim, servir como guia para os ajustes necessários, pela adição dum mês intercalar.
Os anos eram antigamente contados como indo de outono a outono (hemisfério norte), o primeiro mês começando por volta de meados de nosso presente mês de setembro. Isto coincide com a tradição judaica de que a criação do homem ocorreu no outono setentrional. Visto que a Bíblia fornece um registro da idade de Adão, em termos de anos (Gên. 5:3-5), é razoável que a contagem começasse no tempo de sua criação, e, se esta deveras ocorreu no outono setentrional, isso explicaria, até certo ponto, a prática antiga de se iniciar um ano novo nessa época. Adicionalmente, contudo, tal ano seria particularmente apropriado para a vida agrícola das pessoas, mormente naquela parte da terra em que ambos os povos pré-diluvianos e pós-diluvianos se concentravam. O ano findava com o último período de colheita e começava com a aragem e semeadura, perto da primeira parte de nosso mês de outubro.
Um ano sagrado e um secular
Deus mudou o início do ano para a nação de Israel por ocasião de seu Êxodo do Egito, decretando que deveria começar com o mês de abibe (ou nisã) na primavera setentrional. (Êxo. 12:1-14; 23:15) O outono setentrional do ano, contudo, continuou a marcar o início de seu ano secular, ou agrícola. Assim, em Êxodo 23:16, a festividade da colheita, que acontecia no outono setentrional, no mês de etanim, o sétimo mês do calendário sagrado, é mencionado como se situando ”à saída do ano”, e, em Êxodo 34:22, como “na volta do ano”. Semelhantemente, os regulamentos sobre os anos de Jubileu mostram que começavam no mês outonal (hem. norte) de etanim. — Lev. 25:8-18.
O historiador judeu, Josefo (do primeiro século E. C.), afirma que o ano sagrado (que começava na primavera setentrional) era usado com relação às observâncias religiosas, mas que o ano secular original (que começava no outono setentrional) continuou a ser usado com relação à venda e à compra, e a outros assuntos comuns. Este sistema duplo de um ano sagrado e um ano secular é especialmente destacado no período pós-exílio, depois da libertação dos judeus de Babilônia. O primeiro dia de nisã (ou abibe) assinalava o começo do ano sagrado e o primeiro dia de tisri (ou etanim) assinalava o início do ano secular. Em cada caso, o que era o primeiro mês de um calendário tornava-se o sétimo mês do outro. — Veja a tabela em CALENDÁRIO.
Calendário correlato com festividades
Os pontos principais de cada ano eram as três grandes épocas de festividade decretadas por Jeová Deus: A Páscoa e a festividade dos pães não fermentados, que começava em 14 de nisã, a festividade das semanas ou Pentecostes, em 6 de sivã, e a festividade do recolhimento (precedida pelo dia da expiação) de 15 a 21 de etanim. A festividade dos pães não fermentados coincidia com a colheita da cevada, Pentecostes com a colheita de trigo e a festividade do recolhimento com a colheita gerai no fim do ano agrícola.
Os anos sabáticos e os de Jubileu
Sob o pacto da Lei, todo sétimo ano era um amo de descanso completo para o solo, um ano sabático. O período ou semana de sete anos era chamado de ‘sábado de anos’. (Lev. 25:2-8) Cada qüinquagésimo ano era um ano Jubileu de descanso, em que todos os escravos hebreus eram libertados e todas as possessões hereditárias de terra eram devolvidas a seus donos originais. — Lev. 25:10-41.
Método de contar a regência dos reis
Nos registros históricos, era costume, em Babilônia, contar os anos de regência dum rei como anos completos, a partir de 1.º de nisã. Os meses durante os quais o rei talvez tivesse realmente começado a reger antes de 1.º de nisã, eram considerados como formando seu ano de ascensão, mas eram historicamente creditados ou contados como pertencendo ao pleno período de anos de regência do rei que o precedera. Se, como indica a tradição judaica, este sistema era seguido em Judá, então, quando a Bíblia fala de tanto o Rei Davi como Salomão reinarem “quarenta anos”, os reinados abrangem plenos períodos de quarenta anos. — 1 Reis 1:39; 2:1, 10, 11; 11:42.
NA PROFECIA
Na profecia, a palavra “ano” é com freqüência usada num sentido especial como eqüivalendo a 360 dias (doze meses de trinta dias cada um). (Rev. 11:2, 3) Também é chamado de um “tempo” e, ocasionalmente é representado por um “dia”. — Rev. 12:6, 14; Eze. 4:5, 6.
ANTICRISTO (ar. antíkhristos) [contra ou ao invés de Cristo]. Esta expressão, singular e plural, ocorre cinco vezes, todas elas em duas das epístolas de João.
O assunto não era novo entre os cristãos quando João escreveu suas cartas (por volta de 98 E. C.). 1 João 2:18 declara: “Criancinhas, é a última hora, e, assim como ouvistes que vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos, sendo que deste fato obtemos o conhecimento de que é a última hora.” A declaração de João mostra que há muitos anticristos de per si, embora todos juntos talvez formem uma pessoa composta denominada “o anticristo”. (2 João 7) O uso da expressão “hora” como se referindo a um período de tempo, quer relativamente breve ou de duração indeterminada, é exemplificado em outros escritos de João. (Veja João 2:4; 4:21-23; 5:25, 28; 7:30; 8:20; 12:23, 27.) Ele não restringe assim a aparência existência e atividade de tal anticristo a apenas algum tempo futuro, mas mostra-o como já estando presente, e devendo continuar a estar. — 1 João 4:3.
IDENTIFICAÇÃO
Embora tenha havido muitos esforços no passado de identificar o “anticristo” com uma pessoa, tal como Pompeu, Nero ou Maomé (esta última pessoa sendo sugerida pelo Papa Inocêncio III, em 1213 E. C.), ou com uma organização específica, como, segundo o conceito protestante do “anticristo”, este se aplica ao papado, as declarações inspiradas de João mostram que o termo é amplo em sua aplicação, abrangendo todos aqueles que negam que “Jesus é o Cristo”, e que negam que Jesus é o Filho de Deus que veio “na carne”. — 1 João 2:22; 4:2, 3; 2 João 7; compare com João 8:42, 48, 49; 9:22.
A negação de Jesus como o Cristo e como o Filho de Deus necessariamente abrange a negação de qualquer ou de todos os ensinos bíblicos a respeito dele: sua origem, seu lugar no arranjo de Deus, seu cumprimento das profecias das Escrituras Hebraicas como o Messias prometido, seu ministério, seus ensinos e suas profecias, bem como qualquer oposição ou esforços de substituí-lo em sua posição qual Sumo Sacerdote e Rei designado por Deus. Isto se evidencia de outros textos que, ao passo que não usam o termo “anticristo”, expressam essencialmente a mesma idéia. Assim, Jesus declarou: “Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha.” (Luc. 11:23) 2 João 7 mostra que tais poderiam agir como enganadores, e, por isso, o “anticristo” incluiria aqueles que são “falsos Cristos” e “falsos profetas” bem como aqueles que realizam obras poderosas em nome de Jesus e, todavia, foram classificados por ele como “obreiros do que é contra a lei”. — Mat. 24:24; 7:15, 22, 23.
Em vista da regra de Jesus de que aquilo que é feito a seus verdadeiros seguidores é feito a ele (Mat. 25:40, 45; Atos 9:5), o termo precisa incluir aqueles que perseguem tais pessoas, inclusive a simbólica “Babilônia, a Grande”, e os descritos como o “escravo mau”, na parábola de Jesus. — Luc. 21:12; Rev. 17:5, 6; Mat. 24:48-51.
João menciona especificamente os apóstatas como estando entre o anticristo, por referir-se aos que “saíram do nosso meio”, abandonando a congregação cristã. (1 João 2:18, 19) Por conseguinte, inclui o “homem que é contra a lei”, ou “filho da destruição”, descrito por Paulo, bem como os “falsos instrutores” que Pedro denuncia por formarem seitas destrutivas e que “repudiarão até mesmo o dono que os comprou”. — 2 Tes. 2:3-5; 2 Ped. 2:1.
Reinos, nações e organizações são similarmente indicados como sendo parte do anticristo, na descrição simbólica em Revelação 17:8-15; 19:19-21; compare com o Salmo 2:1, 2.
Em todos os casos acima, indica-se que os que compõem o anticristo caminham para a eventual destruição como recompensa para seu proceder opositor — Veja HOMEM QUE É CONTRA A LEI.