BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g81 22/9 pp. 13-15
  • Cooperação para a sobrevivência

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Cooperação para a sobrevivência
  • Despertai! — 1981
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • “Domesticação” de Plantas e Animais
  • Potencial Genético
  • Por que certas variedades de plantas estão desaparecendo?
    Despertai! — 1998
  • Novos frutos procedentes dos antigos
    Despertai! — 1978
  • Trigo
    Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Trigo
    Estudo Perspicaz das Escrituras, Volume 2
Veja mais
Despertai! — 1981
g81 22/9 pp. 13-15

Cooperação para a sobrevivência

Do Correspondente de “Despertai!” no Peru

A TEORIA evolucionista darwiniana sustenta que todas as formas de vida estão numa luta sangrenta e competitiva pela sobrevivência. Muitos biólogos e outros cientistas vêem a cooperação, a união e a harmonia entre as diversas formas de vida como a chave para a sobrevivência. A revista Time, fazendo a crítica dum livro recente do Dr. Lewis Thomas, biólogo e presidente do Centro de Câncer SloanKettering, de Nova Iorque, declara: “Thomas argumenta que a tendência dominante na natureza é em direção à simbiose, à união, à harmonia. A concepção pós-darwiniana da vida como luta assassina, constante . . . não se harmoniza com os fatos observados por Thomas.”

Um cuidadoso exame de nossas fontes atuais de alimento nos convence de que é a cooperação, e não a competição, o caminho para a sobrevivência. Apenas 30 produtos agrícolas principais e sete fontes animais de carne nos fornecem quase todas as necessidades nutricionais. Em cada caso, as centenas de milhões de toneladas de alimento são providas por plantas e animais “domesticados” que estão numa relação ímpar e harmoniosa com o homem. Sem estes colaboradores fiéis, a atual população de mais de quatro bilhões de pessoas não poderia sobreviver. Inversamente, a maioria das plantas e dos animais “domesticados” também pereceria sem o constante cuidado e atenção do homem.

“Domesticação” de Plantas e Animais

Desde o início da história humana o homem pôde notar as qualidades e possibilidades de certas plantas e animais como fontes de alimento. De fato, a Bíblia declara que o Criador deu o exemplo ao homem por tornar-se o primeiro Agricultor. Plantou um belo jardim com toda a variedade necessária para prover o alimento ao primeiro casal humano. (Gên. 2:8, 9) Também, na primeira parte da Bíblia, faz-se menção de animais domésticos para o uso do homem. Era a vontade do Criador que o homem exercesse domínio sobre as formas de vida inferiores e as usasse com sabedoria para prover suas necessidades. Usando de inteligência, o homem pôde usar e cooperar com todas as outras formas de vida na terra para assegurar sua própria sobrevivência, bem como a da variedade infindável de vida animal e vegetal.

A relação do homem com as formas de vida inferiores pode ser comparada à do oleiro com o barro. O oleiro perito usa materiais ao natural para moldar vasos de cerâmica de variedades e usos infindáveis. Através da seleção e do cruzamento de variedades, o homem forma, da multidão de organismos vivos, as plantas e os animais que preenchem suas necessidades. Naturalmente, os próprios organismos possuem o potencial interno de corresponder a esta “domesticação” por parte do homem.

O termo “domesticar” revela algo sobre o processo. A palavra vem duma raiz latina que significa “casa”. Por conseguinte, domesticar significa trazer a planta ou o animal para dentro do arranjo “familiar”, sob a supervisão e o cuidado diretos do homem. Cria-se uma relação interdependente. O homem se torna dependente das plantas e dos animais “domesticados” para a sobrevivência, e eles, por sua vez, dependem dele. É um processo de reorganização das formas silvestres de acordo com os interesses do homem.

Para ilustrar adicionalmente como se realiza este processo, examinemos o modo em que uma planta produtora de sementes, tal como o trigo, foi possivelmente “domesticada”. O trigo é uma das plantas “domesticadas” mais antigas. Sem dúvida, o homem pôde notar o valor das sementes comestíveis do primitivo trigo silvestre. Colheu-as e depois resolveu plantá-las e cultivá-las para facilitar a colheita e aumentar a produção. Aquele primeiro passo iniciou um processo de seleção que levou à “domesticação”.

As novas variedades tornaram-se dependentes dos agricultores para sobreviverem. Entretanto, as plantas cultivadas não estão inteiramente isoladas das variedades silvestres, e, ocasionalmente, ocorrem cruzamentos, aprimorando às vezes a qualidade da planta. O homem, sempre atento para desenvolver seu provisor “domesticado”, seleciona as variedades aperfeiçoadas e as semeia. E o processo prossegue com o aparecimento constante de variedades aprimoradas.

As variedades de trigo que proporcionam agora uma safra mundial de quase 400 milhões de toneladas por ano não são as mesmas variedades semeadas nos tempos bíblicos.a

Essas variedades antigas de trigo eram o que é conhecido como trigo glumáceo, isto é, possuíam uma gluma ou casca interior semelhante à concha que tinha de ser rompida após a colheita. Em algum ponto na corrente do tempo, o triticum dicoccum passou por uma mutação (modificação básica em sua composição genética) de modo que a gluma se rompe facilmente quando a espiga é colhida. Ao mesmo tempo, a espiga se tornou mais forte, retendo as sementes até o tempo da colheita. Esta é uma variedade de trigo com 21 pares de cromossomos, os cromossomos extras sendo evidentemente provenientes dum cruzamento com uma gramínea silvestre. As variedades deste trigo de pão são as principais produtoras atuais da safra de trigo mundial.

Potencial Genético

A espantosa capacidade das plantas e dos animais corresponderem à orientação inteligente dá testemunho do potencial genético que cada forma de vida possui em si mesma. Para ilustrar: a couve primitiva (Brassica oleracea) produziu, sob a direção do homem, seis diferentes plantas “domesticadas” que adornam nossas mesas e agradam ao paladar. Em cada caso, na “domesticação”, determinadas partes da planta original foram selecionadas e acentuadas. Da planta original temos o repolho (o botão terminal desenvolvido), a couve-flor (a parte da flor), a couve-rábano (o caule), a couve-de-bruxelas (os botões laterais), o brócolos (caules e flores) e a couve (folhas). A couve comum é a planta que mais se assemelha à couve primitiva.

Ao passo que o conhecimento da biologia aumenta, o homem é capaz de aperfeiçoar a seleção e orientar melhor a formação de novas variedades diferentes de trigo, arroz, milho, etc. Disto resultou a “revolução verde”. Novas variedades produzem 10 vezes mais do que as originais. Contudo, há um perigo: demasiada dependência de apenas algumas variedades de plantas.

As batatas são um exemplo. Elas foram “domesticadas” em um dos oito centros gerais ou áreas geográficas de “domesticação”. Foram “domesticadas” há uns 1.800 anos junto à costa ocidental da América do Sul, nos planaltos andinos, onde se encontram hoje mais de 150 variedades. Com a conquista da América do Sul, os invasores espanhóis levaram a batata para a Europa, onde se aclimatizou. Com o tempo, a batata foi levada para a Irlanda, onde prosperou. Os irlandeses passaram a depender desta única colheita essencial como principal fonte de alimento. O resultado? A fome, quando uma doença vegetal inesperada, a praga da batata, destruiu a safra de 1845-46, obrigando muitos irlandeses a emigrarem para outras terras.

O homem “domesticou” muitas plantas e animais para outros fins, além da alimentação. Veja os cavalos, os gatos, os cães e os peixes de aquário e mais as infindáveis variedades de flores. Muitos destes foram “domesticados” para satisfazer o amor do homem pela beleza e outros para aliviar o fardo do trabalho. O processo prossegue; surgem anualmente novas variedades. Em 1980, apareceu uma nova variedade de ervilhas de horta, cujas vagens são exatamente tão saborosas como as ervilhas maduras, de modo que, para muitos, o valor nutritivo da ervilha comum será multiplicado.

Todas as variedades de animais, peixes, aves e plantas que a “domesticação” produziu são possíveis porque dentro da constituição genética de cada forma de vida (espécie) há certos genes ocultos ou recessivos (características hereditárias) que podem ser retirados e utilizados no desenvolvimento de novas variedades. Embora seja verdade que se pode desenvolver novas variedades, não se pode criar novas espécies de vida. Quando certa espécie fica extinta, seu reservatório de genes é perdido e é humanamente impossível restabelecê-la. O homem, como a forma mais elevada de vida na terra, incumbido do cuidado das formas mais inferiores de vida, tem a pesada responsabilidade, não de destruí-las, mas, de preservá-las.

A vida na terra portanto não foi planejada para ser uma competição assassina, mas, em vez disso, para um harmonioso trabalho conjunto. O homem moderno começou a compreender isto recentemente e está procurando, até certo ponto, preservar a ecologia da terra. Entretanto, na nova ordem de Deus, a cooperação e a harmonia de toda a criação alcançarão sua expressão máxima.

[Nota(s) de rodapé]

a Um antigo trigo cultivado era chamado “trigo candial” (triticum monococcum). O exame citológico (celular) revela que é uma planta diplóide. Cada célula da planta contém sete pares de cromossomos. Outro trigo antigo era tetrapóide, tendo 14 pares de cromossomos. Este trigo, chamado triticum dicoccum, foi o trigo do Egito até depois da conquista de Alexandre, o Grande, no quarto século A.E.C., quando foi substituído por uma nova variedade de trigo de pão.

[Foto na página 14]

Da couve primitiva provêm

Brócolos

Couve-de-bruxelas

Couve-rábano

Couve

Repolho

Couve-flor

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar