Mordomia Fiel
“Deveras, de todo aquêle a quem muito foi dado, muito será exigido, e daquele a quem pessoas encarregam de muito, exigirão mais do que o usual.“ — Luc. 12:48, NM.
1. Que responsabilidade tem o mordomo?
MORDOMO é alguém que está encarregado de alguma coisa ou cuida
dela, tendo a administração quer sôbre bens imóveis, quer sobre bens pessoais, ou sôbre ambos. O mordomo principal torna-se, em efeito, superintendente, administrador, governador. A mordomia e a responsabilidade estão intimamente relacionadas. Ter responsabilidade significa prestar contas pelo desempenho dum dever ou dum encargo; significa prestar contas ao superior correto; poder responder pela sua própria conduta e obrigação; ser fidedigno.
2. Mencione alguns requisitos bíblicos para o mordomo
2 O apóstolo Pedro expressa a ligação íntima entre a mordomia e a responsabilidade, quando diz: “Em proporção ao dom que cada um recebeu, usai-o para ministrar uns aos outros como a espécie correta de mordomo da benignidade imerecida de Deus, que se expressa de várias formas.” E Paulo diz: “Que se nos avalie assim como sendo subordinados de Cristo e mordomos dos segredos sagrados de Deus. Além disso, neste caso, o que se espera dos mordomos é que o homem seja achado fiel.” “Pois o superintendente tem de estar livre de acusação como mordomo de Deus, não obstinado, nem dado à ira, nem desordeiro embriagado, nem espancador, nem cobiçoso de lucro desonesto, mas alguém que ame os estranhos.” — 1 Ped. 4:10; 1 Cor. 4:1, 2; Tito 1:7, 8, NM.
3. Como reconheceu Paulo a sua responsabilidade de mordomo?
3 Paulo reconheceu claramente a sua responsabilidade pelo seu encargo, quando escreveu: “Ouvistes a respeito da “mordomia da benignidade imerecida de Deus, que me foi dada visando a vós, para que, por meio duma revelação, me fosse dado a conhecer o segredo sagrado.” “Tornei-me ministro desta congregação, de acordo com a “mordomia de Deus, que me foi dada em vosso interesse, para pregar a palavra de Deus cabalmente.” “Segundo as gloriosas boas novas do Deus feliz, que me foram confiadas.” “Assim como temos sido provados por Deus como dignos de se nos confiarem as boas novas, assim falamos, agradando, não a homens, mas a Deus, quem prova nossos corações.” — Efé. 3:2, 3; Col. 1:25; 1 Tim. 1:11; 1 Tes. 2:4, NM.
4. Com que responsabilidade confiam Jeová e Cristo Jesus interêsses aos cuidados de mordomos?
4 Jeová Deus, por meio de Cristo Jesus, tem confiado grandes interesses aos cuidados do verdadeiro povo de Deus, nestes últimos dias. Isso é de muita importância para todos os dedicados ao serviço de Jeová. A seguinte ilustração é dada a todos os escravos ou mordomos de Deus: “Certo homem de nobre ascendência . . . chamando dez escravos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: “Negociai até que eu volte ... Por fim, quando êle voltou para casa, depois de ter assumido o poder régio, ordenou que lhe chamassem esses escravos a quem dera o dinheiro de prata, a fim de verificar o que tinham lucrado com a atividade comercial. Apresentou-se-lhe, então, o primeiro, dizendo: ‘Senhor, a tua mina, pelo comércio, aumentou para dez minas.’ Por isso lhe disse êle: ‘Muito bem, escravo bom! Porque provaste ser fiel num assunto muito pequeno, aceita a autoridade sôbre dez cidades. Veio, porém, um diferente, dizendo: ‘Senhor, eis a tua mina, que guardei num pano. Vê, eu tinha mêdo de ti, porque és um homem rigoroso; apanhas o que não depositaste e colhes o que não semeaste.’ Dito isso, falou aos que estavam próximos: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem as dez minas Mas êles lhe disseram: ‘Senhor, êle tem dez minas!’ . . . ‘Eu vos digo: A todo aquêle que tem, mais será dado; mas de todo aquêle que não tem, até aquilo que tem será tirado ” (Luc. 19:12-17, 20, 21, 24-26, NM) Aqui se mostra como o Rei confiou interêsses do Reino aos cuidados dos seus escravos e como esperava aumento. Expressam-se definidamente a aprovação pelo aumento, e a reprovação pela falta de aumento. O mesmo princípio é enfatizado pela ilustração dos talentos, em Mateus 25:14-30. Não pode haver paralisação.
5. Declare alguns dos interêsses confiados aos discípulos.
5 O Senhor Jesus confiou certamente interêsses aos cuidados dos seus discípulos, quando disse: “Eu lhes dei a tua palavra.” ‘Tenho-lhes tornado manifesto o teu nome.’ “Também lhes dei a glória que me deste, para que sejam um, assim como nós somos um.” (João 17:6, 14, 22,, NM) “O reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que produza os seus frutos.” (Mat. 21:43, NM) “Não temas, pequeno rebanho, porque aprouve a vosso Pai dar-vos o reino.” (Luc. 12:32, NM) Depois, Paulo declara: “Todas as coisas provêm de Deus, quem nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.” (2 Cor. 5:17, 18, NM) “Continua a vigiar o ministério que aceitaste no Senhor, para que o cumpras.” (Col. 4:17, NM) “Tu, porém, mantém teu equilíbrio em tôdas as coisas, sofre o mal, faze a obra missionária, cumpre cabalmente o teu ministério.” (2 Tim. 4:5, NM) Êstes são alguns dos muitos textos que mostram alguns dos interêsses preciosos entregues aos cuidados do povo de Deus, a saber, a Palavra de Jeová, o nome de Jeová, o reino de Deus, o ministério da reconciliação e a obra de evangelistas.
6. Por que têm de ser aumentados os interêsses do Reino? É Isso razoável, e por quê?
6 Os interêsses confiados têm de ser aumentados, pois a regra das Escrituras é fixa: “A todo aquêle que tem, mais será dado; mas de todo aquêle que não tem, até aquilo que tem será tirado.” (Luc. 19:26, NM) Esta é uma regra da justiça. Dá-se encorajamento aos industriosos. Os que fazem esforços especiais para fazer as coisas, devem ter aumentadas as oportunidades do serviço do Reino. Jeová abençoa os que trabalham pelo aumento, e dá-lhes o aumento. Os que são negligentes e displicentes perderão o que têm. Portanto, temos de entesourar com grande cuidado nossas oportunidades de serviço do Reino e pôr-nos em harmonia com a regra bíblica. A recompensa pelo serviço fiel e diligente é maior responsabilidade. O modo de se qualificar para maiores privilégios é andar no temor de Jeová e com oração fervorosa.
EXEMPLO BÍBLICO
7. Que proveito tiramos da consideração de José e da sua mordomia?
7 Há muitos exemplos bíblicos, mas trataremos agora de um só, e êste é a experiência de José. A bênção de Jeová acompanhava José por causa da mordomia fiel, e é para nosso proveito considerarmos sua história. Uma coisa é certa, e esta é quê a prosperidade vem da amizade com Jeová. É interessante notar-se que, nos primeiros seis versículos de Gênesis, capítulo 39 (NM), faz-se cinco vezes a menção de que José gozava do favor de Jeová. “Mas, Jeová provou estar com José, de modo que ele mostrou-se homem bem sucedido ... E seu senhor chegou a ver que Jeová estava com êle e que Jeová tornava bem sucedido na mão dele tudo o que fazia. . . . Jeová continuou a abençoar a casa do egípcio devido a José,... a bênção de Jeová veio a estar sobre tudo o que tinha na casa e no campo.” Em resultado disso, note a declaração de bom êxito adicional: “Finalmente, êle deixou tudo o que era seu na mão de José, e não sabia nada sobre que lhe pertencia, exceto o pão que comia.” A história maravilhosa dum mordomo fiel que se desincumbia fielmente da, sua responsabilidade.
8. Mencione algumas das bênçãos da amizade com Jeová, conforme claramente indicadas pelas experiências de José.
8 José temia a Deus. Pode-se ter confiança na pessoa que tem mais mêdo de desagradar a Jeová do que de desagradar a homens. Andar com Jeová é um estado bendito, e os escravos de Deus são sempre felizes no seu serviço, não importa qual a designação. Tem de se buscar a amizade de Jeová e orar por ela, e ela é alcançada por se fazerem as coisas que a produzem. Não há companheiro melhor para a jornada, e felizes são os que reconhecem a presença de Jeová com êles, pois então nenhum lugar é solitário. Êle nos acompanha nas mais severas provas, e até a perda de alguma coisa ou de alguém fará que nós prezemos a sua companhia mais do que nunca. Se Jeová estiver realmente conosco, então êle está tão próximo na terra como no mar, em qualquer país ou condição. Êle é nosso amigo e companheiro; sim, o temor e a companhia de Jeová são a melhor proteção que poderíamos ter. A glória de Jeová se reflete na bênção e há felicidade de seus filhos. Êle dirige os nossos passos porque o reconhecemos em todos os nossos caminhos. Quão feliz é o povo de Jeová, de ter tal companhia e garantia!
9. Mostre como a mordomia pode trazer tentações, e como estas podem ser enfrentadas com bom êxito.
9 Ainda haverá tentações para os que são fiéis mordomos de Jeová Deus. Embora estejamos cônscios da sua bênção, não somos imunes aos perigos, e, portanto, temos de andar sempre no temor de Jeová. E assim foi com José, pois teve uma terrível experiência na sua vida. O registro declara: “Além disso, José desenvolveu-se belamente em estatura e belo de aspecto. Então, depois destas coisas, aconteceu que a esposa de seu senhor começava a levantar os olhos para José e a dizer: ‘Coabita comigo.’ Mas êle recusava e dizia à esposa de seu senhor: ’Eis que meu senhor não sabe o que lhe pertence na casa, e tudo o que êle tem entregou na minha mão. Não há ninguém maior nesta casa do que eu, e êle não reteve nada de mim, exceto a ti, porque és sua esposa. Então, como poderia eu cometer esta grande iniquidade e em realidade pecar contra Deus? ” Quando ela persistiu e agarrou-o pela roupa, José deixou a vestimenta para trás e fugiu. Êste, então é o proceder seguro que os mordomos fiéis devem adotar hoje. Quando confrontado com a tentação, fuja dela, pois se tentar arrazoar, pode significar que perca a batalha. A fuga é o proceder seguro. Faça isso depressa, como se fugisse duma cobra venenosa; — saia do perigo. Veja como José obteve proteção no seu reconhecimento instantâneo do fato de que a sugestão era “em realidade pecar contra Deus”. Também para nós, o temor de Jeová será nossa segurança. Não peque contra Deus. Ninguém fica de repente extremamente iníquo, mas, antes, enfraquece gradualmente. Por outro lado, por meio do temor de Jeová, a pessoa afasta-se do mal e está segura. — Gên. 39:6-9, NM.
A BÊNÇÃO DE JEOVÁ
10. Por que é essencial a bênção de Jeová? Como pode ser obtida?
10 Cada um do povo de Deus deseja a sua bênção. “É a benção de Jehovah que enriquece, e não a faz seguir de dor alguma.“ (Pro. 10:22) “A bênção do Senhor está sobre a cabeça do justo, ela o enriquece e não se lhe acrescenta tristeza de coração.“ (Versão dos Setenta) Também está escrito: “E tens de lembrar-te de Jeová, teu Deus, porque é êle quem te dá o poder para produzir riquezas, a fim de cumprir seu pacto que êle jurou a teus antepassados, como neste dia.“ (Deu. 8:18, NM) Tudo depende da bênção de Jeová, mas ela nunca é dada para a consecução dum fim egoísta, senão somente para cumprir a sua vontade. “Quando os caminhos do homem agradam a Jehovah, faz que tenham paz com ele até os seus inimigos.“ (Pro. 16:7) Obtém-se a bênção de Jeová por se fazerem as coisas que êle ordena, por realmente agradá-lo. Certamente não podemos agir de nossa própria iniciativa, a menos que tenhamos primeiro a aprovação para isso. Jesus disse: “Quando tiverdes levantado o Filho do homem, então sabereis que sou eu, e que não faço nada da minha própria iniciativa, mas, falo estas coisas assim como me ensinou o Pai. E aquêle que me enviou está comigo; êle não me deixou abandonado, porque eu faço sempre as coisas que lhe agradam.“ (João 8:28, 29, NM) Jesus foi um mordomo fiel e desincumbiu-se da sua responsabilidade, e assim obteve a plena recompensa. Êle é nosso exemplo perfeito.
11. Que proceder tem de se seguir e que deve ser evitado para se obter a bênção de Jeová?
11 Para sermos enriquecidos pela bênção de Jeová, temos de estar sempre ocupados no seu serviço. Isto significa diligência, fazendo-se em todo o tempo um verdadeiro esforço, e ter muita paciência e determinação para cuidar da obra a fazer e ver que seja feita, cumprindo cabalmente a tarefa designada. Certamente não significa fugir da responsabilidade, fazer desculpas, a fim de escapar da culpa. Não adianta nada para o mordomo, que busca a aprovação, dizer ou fazer as coisas que o eximem da responsabilidade, para assim evitar a acusação de não ter dado atenção a certo assunto. A pessoa que evita a responsabilidade não é fidedigna, nem se agradará Jeová com tal conduta. Aquêle que quiser obter a bênção de Jeová tem de ter o espírito de abnegação, não de comodismo que leva o homem a agradar a si mesmo antes que a Jeová. Significa ter honestidade, pureza, fidelidade, lealdade e ser de confiança.
ESCRAVO FIEL E DISCRETO
12. Quem é o “escravo fiel e discreto”, e por que o explica assim?
12 Jesus disse: “Quem é, realmente, o escravo fiel e discreto, a quem seu senhor nomeou sôbre os seus domésticos, para dar-lhes o sustento no tempo apropriado? Feliz é aquêle escravo se o seu senhor, quando vier, o achar assim fazendo. Em verdade vos digo: Êle o nomeará sôbre todos, os seus bens.” (Mat. 24:45-47, NM) Os que pertencem à organização de Jeová sabem que o “escravo fiel e discreto“ é uma classe composta do fiel restante dos ungidos de Deus, reunida agora numa só companhia e trabalhando unidamente sob a direção e autoridade do corpo governante da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Os leitores que ainda não se associam com as testemunhas de Jeová têm talvez um pouco de hesitação em aceitar essa declaração, porém as manifestações da bênção de Jeová sôbre as atividades desta classe de cristãos ungidos ajudar-lhe-ão certamente a apreciar a veracidade dela, e eliminarão seguramente qualquer dúvida ou receio. Isso resultará em sua felicidade, porque lhe ajudará a ver que o Deus Altíssimo, Jeová, tem agora tratos com seu povo e a Sua bênção está sôbre êles.
13. Que publicação expressa amplamente os objetivos e a orientação da Sociedade? Com que resultado?
13 A revista oficial da Sociedade é A Sentinela, e esta está sendo publicada desde julho de 1879, nunca faltando mesmo um só número. Ela atingiu agora a tiragem de 3.250.000 exemplares de cada número e está sendo impressa em quarenta e seis idiomas. Será de ajuda para o leitor voltar à segunda página desta revista e ler ali a finalidade dela. Verá que ela avisa de perigos, anuncia boas novas, vê as coisas sempre do ponto de vista bíblico, está alerta ao que se passa, indica a via de escape, anuncia o reino de Jeová, alimenta os co-herdeiros espirituais de Cristo com o sustento espiritual, anima os homens de boa vontade com as perspectivas gloriosas da vida eterna, e, nos interesses da salvação, focaliza nítida e fielmente as verdades da Bíblia. Expressam-se ali os objetivos, os ideais e a orientação da Sociedade. Ela tem tido bom êxito e a bênção de Jeová.
14. (a) Como se tem a classe do “escravo fiel e discreto” desincumbido da sua responsabilidade doméstica? (b) Contraste as condições dentro e fora da casa do Senhor.
14 O “escravo fiel e discreto“ foi nomeado sobre a casa para dar a todos seu sustento no tempo apropriado. Isso tem sido feito fielmente. As verdades relativas ao Reino, à segunda presença de Cristo, ao cumprimento da profecia, a Satanás e seu mundo, e ao fim do seu mundo, têm sido servidas como alimento espiritual rico e nutritivo à família da fé, já por setenta e oito anos. Está escrito: “Todo instrutor público, quando ensinado a respeito do reino dos céus, é como o homem, o dono de casa, que tira do depósito do seu tesouro coisas novas e velhas.” (Mat. 13:52, NM) Ao passo que se tem servido o alimento, mais tem sido provido, pois não há falta de alimento espiritual. Ninguém ouve falar de fome, por falta de alimento, na organização de Jeová. “Nutri-lo-ia com a melhor farinha de trigo, e com o mel que mana da rocha eu te saciaria.” (Sal. 81:16) Fora da casa há fome: “Eis que veem os dias, diz o Senhor Jehovah, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão nem sêde de agua, mas de ouvir as palavras de Jehovah. Andarão errantes de mar a mar, e do Norte até o Oriente; correrão por toda a parte para buscar a palavra de Jehovah, e não a acharão.” (Amós 8:11, 12) “Um dá liberalmente, e se lhe acrescenta mais e mais; outro poupa mais do que é justo, mas se empobrece.” (Pro. 11:24) Em resultado disso, o povo de Jeová é espiritualmente forte e vigoroso, sendo bem cuidado pela classe do “mordomo”. O cuidado constante da casa tem obtido a bênção de Jeová, e isso é o cumprimento de profecia. Portanto, os que quiserem a mesma bênção, terão de fazer a mesma espécie de serviço.
15. Que serviço notável tem prestado a classe do mordomo, com a ajuda e a bênção de Jeová? Como se refere Paulo a isso?
15 Êste mesmo restante ungido, ou classe do “escravo”, tem-se desincumbido fielmente da sua responsabilidade de cuidar que somente a Bíblia seja nosso guia. A doutrina verdadeira tem produzido adoração pura. Desconsiderando teorias e tradições de homens e de organizações, tem-se apegado tenazmente ao livro de sabedoria, a Palavra de Deus. As testemunhas de Jeová sabem agora que a Bíblia é verdadeira, conforme se declarou: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17) Hoje em dia, a palavra de Deus está concentrada nelas. Foram-lhes confiados os proferimentos sagrados de Deus. Sim, o valioso tesouro da revelação divina tem sido confiado a esta classe fiel de es — cravo. É um testemunho e uma lei que Deus confirma. Não lhes acrescentamos nem tiramos nada. São cartas de Jeová Deus ao seu povo, proclamações seladas, confiadas seguramente aos seus fiéis. Paulo declara: “Continua a apegar-te ao padrão de palavras saudáveis que de mim ouviste, com a fé e o amor que estão em conexão com Cristo Jesus. Esta bela confiança guarda pelo espírito santo que habita em nós.” (2 Tim. 1:13, 14, NM) Êste mordomo é agora o guardião da pura Palavra de Jeová Deus. (Isa. 8:16) Êste fato é um cumprimento da profecia, resultando na bênção de Jeová. Se também quiser receber a bênção, então apegue-se à verdade, creia de todo o coração e atue em harmonia com ela.
16. Que obra bem prática tem sido realizada por êste mordomo fiel antes de 1918 e desde então?
16 Outra responsabilidade, confiada a esta classe fiel, que tem recebido atenção e que tem sido cumprida é o ajuntamento dos “escolhidos’, conforme predito em Mateus 24:31 (NM): “E ele enviará seus anjos com grande som de trombeta e eles ajuntarão seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma extremidade dos céus até à sua outra extremidade.” Em novembro de 1880, A Sentinela, em inglês, publicou um artigo intitulado “Ajuntamento a Cristo”, usando como base o texto de Salmo 50:5 (Al): “Congregai os meus santos, aquêles que fizeram comigo um concêrto com sacrifícios”, mostrando claramente que o ajuntamento não se daria depois da morte, mas sim na terra, no fim do sistema de coisas. Êste ajuntamento continuou até que em 1918 milhares de pessoas estavam reunidas para serem julgadas, ocasião em que Jeová veio repentinamente ao seu templo. (Veja-se A Sentinela de l.° de agosto de 1956, página 154.) Desde 1918, o julgamento tem prosseguido, purificando esta classe do templo, refinando e purificando-os para que constituam um edifício em que Jeová habite pelo espírito. (Efé. 2:22) Nenhuma outra organização na terra tem suportado as provações, os expurgos, o calor e a perseguição. De fato, nenhum outro grupo de pessoas possui as evidências da severidade, da correção, da misericórdia e da benignidade imerecida de Jeová como as tem êste povo.
17. Como demonstraram os tratos de Jeová com esta classe do servo a relação dela com êle, conforme predito?
17 Já se demonstraram quase por quarenta anos os tratos de Jeová com êles. Milhares têm sido rejeitados e postos fora da organização porque eram pecadores e hipócritas. “Os peccadores em Sião estão assombrados; o tremor apodera-se dos ímpios. Quem dentre nós habitará com o fogo devorante? quem dentre nós habitará com os ardores sempiternos?” (Isa. 33:14) Os próximos versículos mostram quem habitará. Os do restante ungido que resistiram ao fogo do julgamento de Deus e que suportaram a sua ira e seu desfavor são agora felizes, declarando-se em Isaías 33:17: “Os teus olhos verão o rei na sua formosura; verão a terra que se extende amplamente.” Ó feliz e bendito restante de Deus, vossa terra é boa, vosso Rei está convosco! Agora se cumpriu: “Há um só corpo, e um só espírito, como também fostes chamados em uma só esperança à qual fostes chamados; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai... até que todos cheguemos à unidade da fé ... ao estado de homem feito, à medida do crescimento que pertence à plenitude do Cristo.” (Efé. 4:4-6, 13, NM) Êste é também o cumprimento dum dos grandes sinais do fim dêste presente sistema mau de coisas. Por isso se vê a bênção de Jeová tanto em evidência. Gostaria de ter também a Sua bênção? Então, junte-se aos ungidos de Deus no seu serviço, em unidade e em louvor a Jeová Deus, trabalhando sob a direção dêles, em paz.
18. Que atividade mais extensiva tem de ser completada ainda com bom êxito, em que período limitado de tempo?
18 Depois da obra de ajuntamento do restante dos ungidos, do pequeno rebanho, tem de ser feito outro ajuntamento. Jesus disse: “Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco, estas também é necessário que eu as traga; elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um pastor.” (João 10:16) E em Apocalipse 7:9: “Depois destas cousas olhei, e eis uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda a nação e todas as tribus, povos e linguas, que estavam em pé deante do trono.” O ajuntamento desta grande multidão de “outras ovelhas” tem sido realizado desde o ano de 1931, especialmente desde 1935, ao ponto de que agora o número dos ajuntados excede em muito o número dos que foram ungidos para fazer primeiro o ajuntamento. É como um milagre. O número reconhecido como pertencente ao restante hoje na terra é de cerca de 16.000, no entanto, o número dos que foram ajuntados e que estão proclamando a mensagem do Reino é agora superior a 640.000. Isto se deu somente pela bênção de Jeová, e é maravilhoso aos nossos olhos. Êle tem dado prosperidade e bom êxito a esta grande obra e, assim mesmo, pode haver ainda centenas de milhares de outros para serem ajuntados antes do “grande e terrível dia de Jehovah”, antes da destruição do mundo no Armagedon. Está vendo a Sua maravilhosa bênção hoje? Deseja também ter a Sua bênção? Se a desejar, então faça as mesmas obras realizadas pelos que obtiveram esta bênção. O caminho lhe está aberto; ninguém o impedirá, de fato, muitos terão prazer em lhe ajudar a obter esta bênção. Êste ministério realizado é também um cumprimento da profecia e não pode ser negado com bom êxito.
19. Que outros cumprimentos maravilhosos de profecia podem ser vistos em realização desde 1914 E. C.?
19 O Rei Cristo Jesus deu a promessa que um dos sinais dos tempos do fim do mundo de Satanás seria: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações, e então virá o fim consumado.” (Mat. 24:14, NM) O Rei foi entronizado no céu em 1914, como dominador legítimo da terra. O Reino está aqui. É verdade que muito trabalho tem sido feito pelo Rei em preparação para a remoção do Velho reino de Satanás, e estamos bem próximos da decisão final. Antes que isso aconteça, é essencial que ajuntemos todo o “pequeno rebanho” e a “grande multidão”, e avisemos o mundo do seu fim. Mas as gloriosas boas novas do Reino serão pregadas em todo o mundo. Desde o ano de 1922 têm-se proclamado de modo bem especial “estas boas novas do reino estabelecido“; sim, mais de trinta e cinco anos de proclamação intensificada do novo Rei da terra e do Reino. Esta mensagem está sendo pregada em 162 países, por mais de 640.000 ministros. O mundo tem ouvido a proclamação e não tem desculpa. Portanto, o cumprimento, em escala mundial, está-se realizando perante nossos olhos, tudo isso sob a direção e com a autoridade da classe do “escravo fiel e discreto” de Jeová. A Sua bênção tem estado e está hoje sôbre a grandiosa obra. Deseja o favor e a bênção de Jeová? Então siga a liderança e o rumo marcado por esta classe fiel, e avance falando a outros sôbre o Reino e as suas bênçãos.