Pais, protejam a vida do seu filho com o conhecimento acurado
1. Que perguntas devem fazer-se os pais e os filhos no tempo atual, e por quê?
OS PAIS da sociedade do Novo Mundo estão agora com seus filhos no limiar do novo mundo prometido de Deus, mas ainda precisam entrar neste. Satanás e seus demônios, e um mundo terrivelmente corruto e iníquo gostariam de impedir que entrem nele, se possível. Que podem os pais fazer para proteger a si mesmos, bem como aos seus filhos, para evitar que sejam tragados pela depravação e a destruição deste mundo? O que podem os filhos fazer para evitar a contaminação com este velho mundo, protegendo-se assim contra a destruição com ele no Armagedon? Que precisa ser feito tanto pelos pais como pelos filhos, deve interessar a todos os que desejam a vida.
2. A fim de sobreviverem ao fim deste mundo, que precisam fazer os pais e os filhos?
2 Jeová Deus, por meio de sua Palavra inspirada, informa-nos o que devemos fazer para sobreviver ao fim deste mundo. “Adquire sabedoria, adquire entendimento”, é o conselho sábio. “Não te esqueças nem te desvies dos dizeres da minha boca. Não a abandones, e ela te guardará. Ama-a, e ela te protegerá.” “A sabedoria é uma proteção assim como o dinheiro é uma proteção; mas a vantagem do conhecimento é que a sabedoria preserva vivos seus possuidores.” Portanto, se os pais hão de sobreviver a estes tempos de tribulação junto com seus filhos, e entrar no novo mundo prometido, precisam buscar a sabedoria de Jeová, ser ensinados sobre os seus caminhos e viver de acordo com eles. O conhecimento acurado da Palavra de Jeová tornar-se-á um escudo protetor em volta deles, nesta hora de tentação e de crise. — Pro. 4:5, 6; Ecl. 7:12, NM.
3. (a) Quando se deve começar a ensinar os filhos, e como? (b) Que responsabilidade descansa sobre os pais no que se refere aos filhos e o alvo deles na vida? (c) Para impedir que os filhos se percam, que mais se precisa ensinar-lhes e qual é o melhor modo de se fazer isso?
3 Os filhos precisam ser ensinados cedo na vida a sabedoria de Jeová, os princípios da vida cristã. Assim que a criança tiver bastante idade para fazer perguntas sobre a vida, ela tem bastante idade para receber respostas francas. Não é necessário explicar à criança as coisas em pormenores, mas simplesmente responda às perguntas de modo breve, claro e feliz. Não há razão para fazer rodeios. Jeová fala de modo claro na Bíblia e os pais podem falar com a mesma franqueza quando falam aos seus filhos. É da responsabilidade dos pais dar ao filho um alvo na vida. Os pais cristãos desejarão fazer do novo mundo, com suas bênçãos e vida, este alvo para seu filho. Para este fim, inculcarão agora no seu filho os princípios da vida segundo o novo mundo. Isto deve incluir a instrução sobre os fatos da vida, a constituição biológica da criança, suas emoções básicas e seus desejos. Nunca devem os pais sentir necessidade de introduzir contos de fadas sobre “a cegonha trazendo bebês”, ao explicarem a origem da vida. O milagre do nascimento não é nada de que se envergonhar. Satisfaça as pequenas mentes inquiridoras com as razões e as causas da vida, porque, se não lhes disser isso, outra pessoa o fará, mas p que as crianças possam aprender dos outros talvez nem sempre seja a verdade. As crianças devem também ser ensinadas a necessidade de autocontrole, que a força impelente neles em prol da procriação tem o poder de atrair, de embaraçar, de dividir e de destruir a relação feliz, se se abusar dela. Deve-se ensinar aos filhos que há coisas certas e coisas erradas, e eles precisam aprender a distingui-las. (Heb. 5:14) Precisam chegar a reconhecer que muitos erros não produzem o que é direito, que a amplamente difundida imoralidade entre os homens não justifica tornar-se imoral, que as leis de Jeová precisam ser cumpridas acima de tudo o mais, se se há de alcançar a vida. Visto que “é o desígnio íntimo do homem desce a sua mocidade” e visto que “a estultícia está ligada ao coração da criança”, talvez seja necessário restringir, disciplinar e até punir a criança, para impedir que se perca. (Gên. 8:21; Pro. 22:15, ALA) A criança aprende melhor pelo exemplo amoroso dos pais. A criança corretamente treinada poderá dizer com o salmista: “De todo mau caminho desvio os meus pés, para observar a tua palavra.” Sim, a Palavra de Jeová será uma proteção neste mundo desencaminhado. — Sal. 119:101-105, ALA.
4. (a) Que aviso bíblico temos sobre os perigos do sexo? (b) Qual é a condição moral doentia do mundo, e com que conseqüência para os jovens?
4 Talvez a mais perigosa de todas as corruções para a juventude seja a atitude moderna para com o sexo. Foi assim com os filhos de Israel, pouco antes de entrarem na Terra Prometida. Muitos deles perseveraram durante quarenta anos; daí, nas planícies de Moab, pouco antes de alcançarem a realização do seu sonho, milhares deles caíram vítimas das práticas imorais com as filhas de Moab. Vinte e quatro mil deles pereceram num só dia! (Núm. 25:1-9) Estamos hoje numa situação similar. Diante de nós está o novo mundo de promessa, mas em volta de nós há um mundo “louco pelo sexo”. Um professor de Harvard disse: Vivemos sob a “contínua pressão dum gigantesco exército de onipresentes estímulos do sexo”. Os livros e os filmes que estimulam a sugestividade são muito populares. Prevalecem o estupro, a homossexualidade, a ilegitimidade e as doenças venéreas. Histórias sobre as vidas devassas de celebridades de Hollywood enchem os jornais, mas raras vezes, ou nunca, se lê sobre as vidas de pessoas decentes, de boa moral, que criaram filhos sadios para o bem da comunidade. Este colapso moral foi predito para os “últimos dias”. (2 Tim. 3:1-7) Está produzindo os seus frutos: “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gál. 6:7, ALA) Em toda a parte se pode ver uma revolta aberta contra a boa moral e as convenções, com um efeito devastador especialmente sobre a juventude. Um censo feito em diversas universidades revelou que 79 por cento dos estudantes aprovavam as relações sexuais antes do casamento. Uns 36 por cento dos rapazes interrogados disseram que estavam determinados a ir até o ponto que pudessem, quando saíam com moças, dentro de três encontros. Bons rapazes e boas moças, conforme se sabe, perderam completamente o controle sobre si mesmos em questões de moral, acabando por fim confusos, amedrontados, deprimidos e à beira do suicídio. Os pais, na sociedade do Novo Mundo, sabem que estas condições confrontam também os seus filhos, que se vêem obrigados pelas circunstâncias a estar em contato com os jovens do mundo. Portanto, cuide de seus filhos, pois a vida deles está envolvida.
5. Que treinamento precisam receber os filhos para serem protegidos contra a devassidão do velho mundo?
5 Queremos que os nossos filhos se desenvolvam em homens e mulheres decentes, tementes a Deus, que entendem e reconhecem seu papel na vida. Mas, simplesmente desejar isso não o fará assim. Precisamos estar prontos para inculcar princípios justos, que os transformarão em companheiros desejáveis. É preciso dar muita ênfase, na mocidade, às exigências de Jeová quanto à conduta correta entre os sexos, a conveniência da pureza e as recompensas por se manter a integridade. A consciência da criança precisa ser treinada para saber que o estado de solteiro tem o seu lugar, mas que nunca, pode usurpar as prerrogativas pertencentes exclusivamente aos casados; que tratar levianamente ou abusar da consciência treinada significa, sofrer naufrágio no que se refere à fé. Significa a perda da vida no novo mundo. (1 Tim. 1:19) Tal treinamento precisa começar cedo na mocidade, para alcançar os melhores resultados. — 2 Tim. 3:15-17.
6. Que instrução podem os pais dar aos seus filhos sobre os fatos da vida e sobre o casamento e suas responsabilidades? Como ajudará isso aos filhos?
6 Quando a criança pergunta à mãe ou ao pai: “Donde vêm as crianças?” ou: “Por que são os meninos diferentes das meninas?” é tempo para começar a instruir o filho quanto a seu papel na vida. Explique ao filho que as meninas foram feitas por Deus para terem bebês, e que é por isso que são diferentes. Diga-lhes como nasce a criança, como são alimentados os bebês e como são mantidos quentinhos na mãe até poderem comer e respirar sozinhos; e que é assim que Jeová o fez e que isso precisa ser respeitado. A criança chegará assim a amar a Jeová e desejará harmonizar a sua vida com os princípios Dele. Durante os momentos de tentação, sua consciência treinada será uma força em prol do bem e restringirá o filho do proceder errado. Mais tarde na vida, o jovem olhará para as relações sexuais, não como algo “terrível” ou “sujo”, mas correto e limpo, no seu lugar — no matrimônio. Os pais podem também fazer muito para preparar os filhos para as obrigações que acompanham o matrimônio, tais como economia doméstica, cuidar de crianças e ter a atitude correta para com o matrimônio e suas responsabilidades. O ajuste marital será então muito mais fácil e mais feliz. — Gên. 1:28.
OS PERIGOS DA JUVENTUDE
7. Quais são alguns dos perigos de se cortejar alguém sem a presença de outras pessoas? Que estudos corroboraram isso?
7 Em alguns países, dentro e fora da cristandade, existe hoje o costume aceito de que um rapaz e uma moça saiam juntos sozinhos. Isto é considerado erroneamente como o primeiro passo em direção da relação adulta entre homem e mulher. Entretanto, tais períodos de se chegarem a conhecer melhor estão cheios de muitos perigos. O fato de que muitos pais permitem que seus filhos saiam sozinhos com os do sexo oposto mesmo antes dos seus quatorze anos, mostra que esses pais não se apercebem das implicações psicológicas e morais dum namoro prematuro entre os do sexo oposto. Os filhos a quem se permite adotar este proceder expõem-se a óbvios perigos morais e sociais, que surgem dum prematuro estímulo sexual, o que não pode culminar na expressão legítima ainda anos no futuro, a saber, o matrimônio. Num estudo feito entre 517 estudantes pré-universitários verificou-se que os estudantes que começaram a sair sozinhos com os do sexo oposto no tempo da escola primária ou nos primeiros anos da escola secundária estavam emocionalmente desajustados. O sobrepujante impulso sexual impeliu a muitos ao ponto donde não havia mais recuo — ao pecado. Em resultado, as crianças ilegítimas dadas à luz por adolescentes, durante os últimos quinze anos, aumentou ao dobro. O aumento dos casamentos cedo na vida tornou-se vertiginoso, e assim também a proporção dos divórcios entre este grupo. Muitas escolas secundárias relatam que há um casamento em cada vinte estudantes solteiros. No caso dos círculos religiosos, um grande número de rapazes e de moças foram sujeitos a um período de prova, ou foram até mesmo desassociados da congregação cristã, por causa de séria imoralidade, manchando assim a sua reputação e desqualificando-se por muitos anos de privilégios honrosos de serviço religioso. A razão disso pode ser traçada ao tempo em que se permitia que os rapazes e as meninas saíssem sozinhos juntos, logo cedo na vida, antes ou logo depois de atingirem a puberdade.
8. Que podem os pais fazer para proteger seus filhos contra os perigos de saírem sozinhos com alguém do sexo oposto?
8 O que podem os pais fazer para ajudar seus filhos a compreender os perigos de cortejarem cedo alguém do sexo oposto sem alguém para acompanhá-los? Pelo tempo em que o filho já tem idade suficiente para sentir o impulso sexual de querer sair sozinho com uma jovem, seu pai e sua mãe já devem ter tido uma longa conversa com ele sobre a força da paixão, sobre os perigos das carícias amorosas e sobre a conduta correta entre rapaz e moça, quando sozinhos. O apóstolo Paulo aconselhou o jovem Timóteo a ‘fugir dos desejos pertinentes à juventude’. (2 Tim. 2:22, NM) Fugir de tais desejos perigosos significa fugir das pessoas e dos lugares que possam suscitar tais desejos. Por isso, as moças cristãs nunca devem deixar-se levar por rapazes por caminhos solitários ou a lugares isolados, onde a paixão possa ter rédeas soltas sem ser observada. Os pais que se deixam induzir a permitir que seus filhos tenham associação desacompanhada com os do sexo oposto, deviam proteger seus filhos por fixarem uma hora para estes estarem em casa à noite. Nas horas após o escurecer é quando o corpo se cansa rapidamente, quando a resistência é baixa e quando a capacidade de fazer as decisões corretas em questões morais fica grandemente reduzida. As barreiras baixam. A paixão é facilmente suscitada e o jovem que corteja uma moça não é facilmente convencido de que é decente e aconselhável ir para casa. Deve-se fazer compreender às moças ou filhas que os rapazes são muito suscetíveis à tentação sexual. Os rapazes, por sua vez, também devem saber que as moças são igualmente suscetíveis. Por isso seria muito indecente da parte das moças ou dos rapazes excitarem-se mutuamente mediante vestimenta e ações impróprias, ou pela exibição de si mesmos. Os pais podem demonstrar que estão interessados no bem-estar do seu filho ou filha por lhes falarem sobre os fatos da vida e o papel que o sexo desempenha na vida. Os pais devem falar aos filhos sobre os perigos das carícias amorosas. Uma boa regra para os pais é nunca deixar seu filho ou sua filha sair com alguém a cortejar, se não gostariam que ele ou ela se case com tal pessoa, pois é com muita freqüência que tal cortejar acaba num casamento vexatório. O pai cristão, por amor do seu filho, deve proibir que o filho ou a filha se comprometa em particular com alguém do sexo oposto, que não seja da família, para saírem não acompanhados para diversões e recreação. O pai que é superintendente ou servo ministerial duma congregação cristã está de fato sob a obrigação de proibir tais compromissos impróprios e prematuros entre os sexos, da parte dos seus filhos. — 1 Tim. 3:4, 12, 13; Tito 1:5-9.
9, 10. (a) Por que são desaconselháveis as caricias amorosas? (b) Por que não se combinam o álcool e o cortejar a sós?
9 Em muitas partes da terra consideram-se coisa comum as carícias amorosas entre os solteiros mundanos. O motivo destas carícias amorosas não é a afeição, mas a gratificação sexual. Não têm por objetivo o matrimônio. Os jovens que se entregam a tais carícias e namoros mostram que suas emoções sexuais estão fora de controle. Revelam a necessidade de autodisciplina e exibem a sua ignorância dos costumes sociais aceitos e das conseqüências dos mesmos. Quando 159 mulheres foram interrogadas sobre tais carícias, cerca de 25 por cento delas admitiu que as faziam nervosas. Algumas das que se entregaram muito a carícias choraram incontrolavelmente antes de dormir, sem saber por quê. Os médicos consultados aconselharam que fossem menos íntimas com seus namorados. Quando reduziram a sua intimidade com os namorados, pararam os seus choros. Verificou-se que não se entregar aos abraços e às caricias está relacionado com o bom ajuste depois do casamento. Muitas vezes os jovens sentem-se seguros de namorar quando saem com um grupo. Dizem que há segurança no seu número. Mas o que acontece quando os namorados se afastam sorrateiramente sozinhos? Ou o que acontece quando o grupo inteiro se entrega a fortes namoros e começa a ir mais longe do que os simples namoricos? Dificilmente outra coisa senão a imoralidade. Portanto, lembre-se do aviso do apóstolo Paulo: “Más associações corrompem hábitos úteis.” — 1 Cor. 15:33, NM.
10 O comportamento da pessoa quando sai sozinha com alguém do sexo oposto por mero companheirismo é uma responsabilidade conjunta. Nenhum rapaz e nenhuma moça tem o direito de assumir o pleno controle da situação e introduzir a consciência do sexo. Outrossim, tomar bebidas alcoólicas e cortejar são duas coisas que absolutamente não se misturam bem. Especialmente as moças devem saber isso, visto que alguns homens introduzem premeditadamente a bebida alcoólica a fim de pôr a moça à vontade e reduzir a sua resistência, para que se resigne aos avanços sexuais. O álcool excita a paixão. O álcool enfraquece a força da vontade. Expõe assim a vítima ao desastre. A Palavra de Deus adverte: “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte turbulenta; e todo aquelle que é vencido por elles, não é sábio.” — Pro. 20:1.
11. Por que é bom juízo apresentar aos pais o companheiro ou a companheira que se corteja, e quando deve ser interrompido o namoro?
11 Quando o cortejar se torna permissível aos jovens cristãos, então é sábio que apresentem seu namorado ou sua namorada aos pais. Isto ajuda ao jovem interessado a julgar seu companheiro ou sua companheira do sexo oposto através do ponto de vista dos pais. Os olhos deles não estão ofuscados pelo sentimento romântico. Por exemplo, quando o servo de Abraão encontrou Rebeca junto à fonte, o que fez Rebeca? O relato de Gênesis diz: “A donzela correu, e fez saber estas cousas na casa de sua mãe.” De modo que o servo foi convidado à casa, onde contou à família a proposta de casamento que seu amo Abraão fazia para seu filho Isaac. Os pais e os irmãos de Rebeca escutaram atentamente e então perguntaram a Rebeca se ela iria para se casar com Isaac. A resposta de Rebeca foi: “Irei.” Rebeca foi acompanhada de mulheres em toda a viagem até Isaac. Quando por fim se encontrou com ela, Isaac tomou Rebeca e ela se tornou esposa dele e a amava. Estes dois casaram-se assim com a aprovação dos pais. Portanto, quando os filhos cristãos já receberam a necessária instrução e treinamento para os fazerem maduros em questões do sexo, de modo que se lhes pode permitir com segurança que cortejem alguém, é bom senso da parte dos pais (e estes devem cuidar disso) que fiquem conhecendo a pessoa ou as pessoas com quem seu filho sai. Se o jovem ou a jovem, depois de saírem várias vezes, verificarem que não há interesse mútuo nem acordo religioso, então é melhor que não se permita que a crescente amizade se desenvolva num namoro. Não seria nos melhores interesses de nenhuma das partes permitir a continuação de tal relação. — Gên. 24:15-67, Al.
OS PROBLEMAS DO NAMORO
12. Que problemas surgem quando se corteja alguém, e como se pode ter uma razoável certeza de ter o companheiro correto?
12 Nos países onde se permite o cortejar, é geralmente considerado como meio de ajudar os jovens a selecionar o tipo de pessoa com quem se hão de casar algum dia. O namoro leva usualmente ao casamento. Este cortejo ou namoro introduz muitos problemas, e há perigos morais que podem ser grandemente aumentados pela atração mais profunda entre os dois e pela freqüência com que se encontram sozinhos. Para determinarem a compatibilidade duradoura entre ambos os que se namoram, cada um deve formar uma opinião sobre o outro. Se pensarem no casamento, deviam ver-se em toda sorte de condições e situações. A moça deve ver seu namorado na sua roupa de trabalho e nas suas diversas disposições de ânimo e reações. O homem deve ver a sua namorada na sua maneia de vestir-se comumente em casa e chegar a conhecer os gostos e as aversões dela, bem como seu temperamento. Se com o tempo o casal de jovens é capaz de gostar da sua presença mútua, sossegada, se gostam de fazer as coisas junto e um para o outro, se têm saudade um do outro e se preocupam com a saúde um do outro, orando pelo bom êxito do outro e para que vença seus problemas, se uma palavra do companheiro ou da companheira traz alegria íntima, se a sua voz causa emoção, se o que diz edifica e promove respeito, então há uma boa probabilidade de que o amor dure e que ambos tenham prazer um no outro durante os anos que se seguirem ao casamento. — 1 Cor. 13:4-8.
13, 14. (a) Por que se deve manter alheio ao cortejo o consentimento deliberado para ser sexualmente estimulado? (b) Quanto tempo deve durar o cortejar, e quais são os perigos num namoro prolongado, quando não hã o espírito de Deus?
13 Quando se permite o namoro sem a presença duma pessoa de companhia, ambas as partes devem manter sempre afastado o perigo de consentirem deliberadamente na excitação sexual. Há mais probabilidade de felicidade quando o namoro não é manchado pela imoralidade. Os namoros impuros têm usualmente apenas um fim, a saber, contenda e desprezo mútuo entre os dois. Que os que se cortejam mantenham limpa a sua relação perante Jeová. — Sal. 19:2.
14 Onde tal cortejar é costumeiro, quanto tempo deve durar? Quando alguém está decidido e trata o assunto de modo correto, deve continuar até que diga solenemente, perante testemunhas: “Êste é meu companheiro (ou minha companheira) para toda a vida.” Então, mesmo depois disso, durante a vida de casado, deve continuar o cortejar. Num amplo estudo feito entre muitas mulheres, 85 por cento delas achavam que a moça não se deve casar “até que tenha conhecido seu prospectivo companheiro por seis meses até dois anos”. No entanto, estas mulheres do mundo estavam em geral de acordo que duas pessoas podem provavelmente conhecer-se bem dentro dum ano. Observaram que quanto mais durar o cortejo, tanto maior se torna a atração física entre os sexos e o perigo de imoralidade, isto é, para homens e mulheres do mundo. Num estudo entre 576 casais de noivos, verificou-se que, “embora menos de 40 por cento dos que eram noivos por oito meses ou menos se tivessem entregado a intimidades físicas, perto da metade (48,4%) dos que eram noivos por 28 ou mais meses tinham feito isso. De fato, o mesmo estudo indicou a presença de forte atração física entre dois terços destes em menos de seis meses”. Esta informação de fontes mundanas só contribui para provar que, no caso de homens e mulheres não dedicados a Deus e que não têm o espírito de Deus, os namoros indevidamente prolongados sem razões válidas não só são sem significado, mas são perigosos. Quando alguém se sente desditoso e descontente durante o namoro, é melhor que não entre num noivado para se casar. Ninguém deve edificar um matrimônio na areia movediça da incerteza. Deve ser observado que, nos tempos bíblicos, os pais costumavam deixar seus filhos noivar por um ano, a fim de prover um tempo mínimo para treinar os filhos para as responsabilidades maritais. Em muitos casos, este ano de noivado passava inteiramente sem cortejo da parte dos noivos. A conveniência do casamento era decidida pelos pais ou tutores dos noivos.
NOIVADO E CASAMENTO
15. Que questões devem ser discutidas durante o período do noivado, e quanto tempo deve durar o noivado?
15 O noivado, na cristandade, é uma promessa séria de se casar. Durante este período, os casais falam sobre as questões importantes que surgem depois do casamento, tais como filhos, finanças, religião, parentes, e assim por diante. Os casais revelam a sua condição de saúde, se há uma doença que poria em perigo a saúde do outro; e se alguém tiver dívidas, isto também é revelado. Saber estas coisas leva tempo. Verificou-se que as pessoas com noivados razoavelmente longos são mais felizes no matrimônio. Mas, quanto tempo deve durar o noivado? Não há regras fixas para isso. Muito depende do casal, quanto tempo já se conhecem e qual foi o período de se cortejarem. Um dia não é tempo suficiente e dez anos pode ser um tempo longo demais. Não importa quanto tempo dure o noivado, ainda não é matrimônio, e por isso os jovens não têm direito a relações sexuais. Quando os dois decidem casar-se, é recomendável um casamento com a presença de amigos, pois o casamento às escondidas tem-se mostrado muito arriscado. A presença de Jesus no casamento em Caná mostra a sua aprovação de tal arranjo. — João 2:1-11.
16. De que maneira mostram certas investigações a necessidade de que os jovens encarem a realidade quando pensam no casamento? E que devem procurar os jovens quando procuram um cônjuge?
16 O casamento é para pessoas maduras, adultas. Não é para crianças. Um estudo recente entre 15.000 adolescentes revelou que 96 por cento deles esperava ter mais de dois banheiros nos seus futuros lares. Outro estudo feito entre moças de vinte anos em doze cidades, revelou que os protótipos ideais para seus maridos eram os astros do cinema. Isto mostra uma atitude irrealística, infantil, para com o matrimônio, e explica o elevado número de divórcios nos Estados Unidos. Mostra a necessidade de se encarar a realidade no que se refere ao casamento. Considere seu prospectivo companheiro, não através dos olhos artificiais e irrealísticos de Hollywood, mas através dos olhos infalíveis da Palavra de Deus. A mulher deve considerar seu companheiro nos termos do que ela deseja: um marido, provedor, pai; o homem deseja corretamente uma esposa, cozinheira, dona de casa e mãe de seus filhos. Antes de a pessoa casar-se, deve ter o bom senso de saber que o contrato marital é para toda a vida. “A esposa está ligada durante todo o tempo em que seu marido está vivo.” — 1 Cor. 7:39, NM.
PARA QUEM É O ESTADO DE SOLTEIRO?
17. Por que é especialmente apropriado pensar-se em ficar solteiro no tempo atual, e que razões apresenta Paulo para a escolha do estado de solteiro?
17 Visto que estamos agora no limiar do novo mundo de Jeová, muitos jovens talvez desejem adiar o casamento até depois do Armagedon, quando a seleção duma esposa será feita em condições justas e quando as responsabilidades maritais serão cumpridas sem nenhuma das distrações que agora afligem a humanidade. O sábio Rei Salomão advertiu os jovens: “Lembra-te, agora, do teu grandioso Criador nos dias de tua idade viril, antes que venham os dias calamitosos.” (Ecl. 12:1, NM) Com a rápida aproximação do Armagedon, os jovens da sociedade do Novo Mundo devem querer aproveitar-se do grandioso privilégio que têm, isto é, dar seu tudo pela causa do Reino, protegendo assim a sua posição neste tempo do fim. O estado de solteiro oferece maior liberdade e menos distrações, segundo disse o apóstolo: “O homem solteiro se preocupa com as coisas do Senhor, como há de ganhar a aprovação do Senhor. Mas, o homem casado se preocupa com as coisas do mundo, como há de ganhar a aprovação de sua esposa, e ele está dividido. Ademais, a mulher solteira, e a virgem, se preocupa com as coisas do Senhor, a fim de que seja santa tanto no seu corpo como no seu espírito. Todavia, a mulher casada se preocupa com as coisas do mundo, como ela pode ganhar a aprovação de seu marido. Mas, digo isto para vosso proveito pessoal, não para que eu vos possa enredar, mas para mover-vos ao que é decoroso e ao que significa atender constantemente ao Senhor, sem distração.” (1 Cor. 7:32-35, NM) Para uma vida com menos distrações, Paulo aconselha assim o estado de solteiro, não o de casado.
18. Quando deve a pessoa solteira pensar seriamente em se casar?
18 Continuar solteiros é um dom concedido a alguns como recompensa pela vitória do espírito sobre a carne. Muitas vezes é uma vida solitária, mas é uma alegre. A pessoa solteira talvez se sinta solitária, mas está livre. Sua vida, não sobrecarregada pelas costumeiras considerações materiais, pode ascender mais. No entanto, quer alguém leve uma vida de casado, quer de solteiro, a vida que leva precisa ser limpa. Se uma pessoa solteira verificar que está ficando sujeita a distrações, isto é, quando se sente em tensão por causa de paixão, então, em vez de ser constantemente tentada pela fornicação ou por outros abusos, é mais sábio que procure um cônjuge e se case. O matrimonio é honroso aos olhos de Deus; a fornicação não o é. Porém, os que podem permanecer solteiros, deviam permanecer assim. Paulo diz que tais azem “melhor” do que os que se casam. — 1 Cor. 7:38; Mat. 19:12.
19, 20. (a) Que problema confronta muitas moças cristãs hoje em dia, e como devem elas considerar este assunto? (b) Em vista da proximidade do Armagedon, que devem todos os cristãos querer ser? Por quê?
19 Há muitas moças cristãs dedicadas que gostariam de casar-se antes do Armagedon, mas, parece haver falta de bons rapazes imaculados e elegíveis. Que devem elas fazer? Devem ir além da congregação de Deus para conseguirem um companheiro não dedicado a fazer a vontade de Jeová? Algumas têm feito assim, para a sua tristeza. A exortação bíblica é: Case-se somente “no Senhor”. (1 Cor. 7:39) De fato, o estado de solteiro pode impor uma grande prova de fé, para muitos, mas, suportar provações pela causa da justiça traz a bênção de Deus. Quem procura a companhia dos de fora, pode acabar casando-se fora da verdade. Tais matrimônios mistos trazem provações, em resultado de se desconsiderar o conselho de Deus. Essas provações fazem muitas vezes que a pessoa se torne espiritualmente doente e abandone a verdade; e assim perde a vida. Pedro declarou: “Se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom, do que praticando o mal.” (1 Ped. 3:17, ALA) Suporte a provação; uma bênção de Jeová o aguarda.
20 Visto que o Armagedon está tão perto e o novo mundo de promessa está ao nosso alcance, ‘mantenham-se puros os que levam os vasos de Jeová’, para que ele os preserve em vida para o seu novo mundo de promessa, a fim de que o possam servir para sempre em justiça. Seja esta a sua sorte feliz. — Isa. 52:11.