Conduta ’Digna das Boas Novas
1. De que valor importante é a Bíblia para nós?
A BÍBLIA revela a vontade de Deus para as suas criaturas. Estudando-a, alguém antes sem experiência e entendimento pode tornar-se sábio; ela guia a uma vida limpa que resulta numa boa consciência e em alegria de coração. Por isso a informação que se encontra na Bíblia concernente às leis, aos mandamentos e aos princípios de Jeová deve ser mais desejada do que as riquezas materiais do mundo. “A lei de Jeová é perfeita e restaura a alma. O lembrete de Jeová é fidedigno, tornando sábio o inexperiente. As ordens de Jeová são retas, e fazem o coração regozijar-se; o mandamento de Jeová é puro, e ilumina os olhos. O temor de Jeová é puro, e permanece para sempre. Os juízos de Jeová são verdadeiros; têm-se provado justos. Devem ser mais desejados do que o ouro, sim, mais do que o ouro refinado; e mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Também, seu próprio servo é admoestado por eles; em os guardar há grande recompensa.” — Sal. 19:7-11.
2. Como é que o conhecimento da Bíblia nos conduz numa conduta digna das boas novas?
2 Portanto, pode-se ver que para a nossa conduta ser ‘digna das boas novas’ precisamos fundamentalmente de conhecimento acurado da Palavra de Deus, a Bíblia, de apreciação sincera da informação contida nela e de temor puro de Jeová. Com este fundamento certo teremos o conceito correto sobre o bem e o mal. Isto nos ajudará a evitar o erro de cultivarmos a auto-justiça aos olhos dos homens. De tais o apóstolo Paulo escreveu o seguinte em Romanos 10:3 (ALA): “Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.” O adorador sincero de Deus não deseja ser como os fariseus dos dias de Jesus, aos quais disse ele: Vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mat. 23:28, ALA) Não, mas por um estudo sincero e diligente da Palavra de Deus, seu servo aprende a ‘aborrecer o que é iníquo e apegar-se ao que é bom’. — Rom. 12:9.
3, 4. (a) Em que dois grandes mandamentos se baseia a conduta correta? (b) Que relações atingem as normas e os mandamentos de Deus e qual é a relação mais importante?
3 A conduta ‘digna das boas novas’ baseia-se nos mesmos dois grandes mandamentos que serviam de base para os tratos de Deus com os israelitas, a saber, ‘amar a Deus de todo o coração, alma e força, e ao próximo como a si mesmo.’ Tendo presente estes dois mandamentos, examinemos alguns dos requisitos básicos de justiça que o nosso Criador e Pai celestial fez que fossem registrados na Bíblia. Com isso veremos que as normas ou mandamentos de Deus atingem diferentes pontos de nossa vida e de nossas relações: nossas relações para com Deus, nossa família e nossos semelhantes. E considerando os mandamentos de Deus, vemos que não é apenas obediência cega que se requer, mas buscar de ‘todo o coração e forças’ a entender e apreciar por que Deus assim quer e não assado, de modo que possamos servi-lo com entendimento. — Fil. 1:9; Mat. 22:37.
4 Como notamos, a nossa relação para com Deus é de importância vital. A adoração que rendemos a Ele precisa ser pura e indivisa. Requer então firme fé na sua Palavra, temendo e dando devoção exclusiva só a Deus.
5. (a) Que coisas deve a pessoa tirar de sua vida se desejar ser verdadeira adoradora de Deus? (b) Se um cristão professo seguir superstições, o que indica isto?
5 Para adorarmos assim a Jeová e chegarmos à relação correta com ele, temos que tirar de nossa vida qualquer prática de falsa adoração baseada em falsos ensinos, no paganismo ou na superstição. Por causa da superstição alguns têm achado difícil escapar de temores perniciosos. Um temor comum manifesto em muitos países é o temor de “espíritos” de mortos ou temor dos (às vezes chamados de “feiticeiros”) que pretendem ter poderes sobrenaturais. Para se protegerem contra tais coisas, as pessoas supersticiosas usam patuás no pescoço, no braço e em outras partes do corpo, sendo estes patuás feitos de diferentes coisas tais como ossos de crianças mortas, pensando que o espírito da criança sirva de proteção. Também se praticam elaborados costumes funerários para agradar o “espírito do morto”. “Velórios” duram a noite inteira, com choradores pagos para fazer bastante barulho, a fim de que o “espírito” não se sinta esquecido ou desonrado e volte, trazendo algum mal sobre a família. Todas estas idéias são baseadas na falsa doutrina de que a alma do homem seja imortal, que continue vivendo depois da morte. A Bíblia mostra claramente que não é assim. (Vejam-se Eclesiastes 9:5, 10; Salmo 146:3, 4) Seguir o professo cristão estas práticas indica falta de ‘fé e entendimento, demonstrando que não aprecia a sua relação correta para com Jeová. A verdadeira adoração não só requer conhecimento do que diz a Bíblia, mas também fé comprovada por ações em harmonia com a Palavra de Deus. Embora seja natural sentir-se pesar genuíno pela perda de um ente querido, o cristão evita qualquer demonstração hipócrita de pesar que visa apenas a satisfazer costumes ou tradições pagãos. — Tia. 1:22-25.
6. Quem são os “espíritos maus” e como se protegem os cristãos contra eles?
6 É verdade que há espíritos maus, mas estes não são espíritos de humanos mortos no passado. Deveras, até eram filhos angélicos de Deus e se rebelaram junto com Satanás, sendo agora conhecidos como demônios ou espíritos iníquos. (Tia. 2:19; Apo. 16:14; Efé. 6:12) Mas o verdadeiro cristão possui armadura apropriada para se defender contra as maquinações destes ímpios. Os que permanecem firmes na verdade da Palavra de Deus, que são ativos na proclamação “das boas novas de paz”, que têm fé firme como um grande escudo e que depositam esperança e confiança na salvação de Jeová têm certeza de proteção contra qualquer ataque dos iníquos. (Efé. 6:14-18) Por isso o cristão nunca recorre ao demonismo nem à feitiçaria em busca de proteção ou de cura. Deus ordena que o cristão dedicado tenha fé Nele.
RESPEITO PELA LEI DE DEUS SOBRE O SANGUE
7. (a) O que pode fazer o cristão que ficar doente, mas o que não fará Ele? (b) Por que a lei de Deus que proíbe o uso de sangue ainda se nos aplica hoje?
7 Isto não significa que quando um cristão fica doente fisicamente ele rejeita como um tolo a ajuda médica apropriada. Ele não espera egoistamente que Deus faça um milagre para curá-lo. Mas o cristão usa bom senso, tendo cuidado razoável e apropriado com o seu corpo e, se cai doente, aceita com gratidão qualquer ajuda médica que lhe possa ajudar. Mas não recorre à “cura pela fé”, visto que o dom miraculoso de curar e outros dons que existiam na congregação cristã de outrora, nos dias dos apóstolos, já passaram há muito. (1 Cor. 13:8) Tampouco recorre ele à feitiçaria. Ao mesmo tempo ele também fica alerta para ver se a espécie de tratamento que recebe não viola a lei de Deus referente ao sangue. A lei divina referente ao sangue aplica-se aos cristãos hodiernos, assim como se aplicava à nação de Israel. Embora o pacto da lei com Israel não mais esteja em operação, a lei de Deus que proíbe tomar sangue no corpo humano ainda se aplica. Isto se dá porque ela foi dada originalmente a um antepassado comum da humanidade, a Noé, logo após sair da arca, após o dilúvio global. Naquela ocasião Deus disse com clareza a Noé:“Somente a carne com sua alma — seu sangue — não deveis comer.” — Gên. 9:3-6.
8. Como foi esclarecida esta proibição do uso do sangue numa reunião especial dos apóstolos e dos irmãos mais idosos em Jerusalém?
8 A proibição do uso de sangue foi apresentada com clareza à congregação cristã numa reunião especial dos apóstolos e dos irmãos mais idosos de Jerusalém alguns anos após a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A decisão inspirada foi: “O espírito santo e nós próprios somos a favor de não vos acrescentar nenhuma carga adicional, exceto estas coisas necessárias, que vos conserveis livres das coisas sacrificadas aos ídolos, e de sangue, e das coisas mortas sem que se deixasse escorrer seu sangue, e da fornicação. Se cuidadosamente vos guardardes destas coisas, prosperareis. Boa saúde para vós!” (Atos 15:28, 29) Nota-se que abster-se de sangue era considerado tão necessário como abster-se de fornicação.
9. Como demonstram os cristãos respeito pela santidade do sangue com relação a comer carne?
9 É claro, portanto, que se requer que os cristãos respeitem a santidade do sangue, pois ele representa a vida. (Lev. 17:11) As testemunhas de Jeová demonstram este respeito, tendo o cuidado de evitar qualquer violação desta lei. A lei do sangue aplica-se a qualquer espécie de sangue, quer animal quer humano. O cristão está sob a obrigação de não comer coisas “estranguladas” porque não se lhes derramou o sangue. O princípio sobre isto é declarado em Levítico 17:13 (ALA): “Qualquer homem . . . que caçar animal ou ave que se come, derramará seu sangue, e o cobrirá com pó.” Pela mesma razão, um animal encontrado morto numa armadilha ou dilacerado por outro animal não serviria de alimento para os cristãos, visto que não se lhe derramou o sangue quando foi morto. Semelhantemente, quando alguém compra carne no açougue ou de caçadores deve ter certeza de que o animal foi sangrado apropriadamente para que não corra o risco de violar a lei de Deus. Embora na maioria dos países os matadouros sangrem a carne e ela geralmente seja apropriada para se comer, isto nem sempre acontece, especialmente quando se compra de matadouros particulares. Os cristãos também não comem molhos em que se mistura sangue. Naturalmente, algum sangue permanece na carne muito embora o animal tenha sido sangrado; isto não pode ser evitado. É o sangue que corre nas veias que deve ser escoado para se preencherem os requisitos da lei de Deus.
10. Por que recusam as testemunhas de Jeová transfusões de sangue?
10 Um costume muito comum nos hospitais no mundo hoje em dia é dar transfusões de sangue nos casos em que os pacientes perdem sangue devido a acidentes ou operações, ou então se diz que há necessidade de sangue para fortificar. Em harmonia com os textos bíblicos citados acima, as testemunhas de Jeová reconhecem que tomar sangue no corpo desta maneira também é uma violação da lei de Deus. É muito explícita a declaração dos apóstolos: “Que vos conserveis livres . . . de sangue.” A recusa de as testemunhas de Jeová tomarem sangue nos seus corpos mediante transfusões não é tolice obstinada, mas porque respeitam a lei de Deus; respeitam as Suas decisões quanto a como o sangue pode ser usado, visto que o sangue representa a vida que é um dom de Deus. Ao mesmo tempo as testemunhas de Jeová aceitam qualquer tratamento que não viole a lei de Deus, tais como transfusões de solução salina e outros preparados em vez de sangue.
11. Que principio declarado por Jesus em Mateus 10:39 se aplica em tais circunstâncias?
11 Todo o mundo quer viver e é natural buscar-se um remédio que prolongue a própria vida ou a vida dos entes amados. Todavia, os cristãos dedicados não procurarão salvar a vida, violando a lei de Deus. Compreendem que a sua vida eterna está em jogo. Têm em mente as palavras de Jesus, que disse: “Quem acha a sua vida, perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa, achá-la-á.” (Mat. 10:39, ALA) Requer fé para apegar-se à lei de Deus em tais ocasiões, mas, apegando-se a ela, os cristãos mostram que realmente obedecem ao primeiro grande mandamento de amar a Jeová de todo o coração, alma, força e mente. Entendem que é a sua relação dedicada a Jeová que precisam conservar a todo o custo.
CONDUTA HONROSA NO MATRIMÔNIO
12. (a) Por que tem Jeová o direito de decidir a conduta correta entre o homem e mulher? (b) Portanto, como se deve considerar o matrimônio?
12 O homem não foi criado para viver sozinho. O propósito de Jeová era encher a terra com criaturas humanas e ele fez arranjo para que isto se desse mediante a união matrimonial entre homem e mulher e a constituição de família. Por isso ele criou “homem e mulher” e deu o seguinte mandamento ao primeiro casal: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra.” Visto que foi Jeová Deus quem criou os órgãos diferentes de reprodução, ele tem o direito de decidir qual é a conduta correta entre o homem e a mulher. O matrimônio deve ser honrado e respeitado de modo correto. — Gên. 1:27, 28.
13. (a) Quem só pode ter o privilégio de coabitar? (b) É a poligamia permitida aos cristãos ou qual é o padrão que seguem?
13 Desde o início Deus tornou claro certos princípios concernentes a esta relação. O privilégio de coabitarem homem e mulher seria permitido só dentro do matrimônio. Por isso, depois de Deus criar a primeira mulher, ele a trouxe ao homem e deu-lhe por esposa. (Gên. 2:21-24) Embora Jeová permitisse mais tarde a poligamia na nação de Israel, ela não era segundo o padrão estabelecido no Éden e ele não a permite entre os cristãos. Mediante Cristo Jesus foi restaurado o princípio básico do matrimônio, que o homem deve ter só uma mulher. Este foi perfeitamente entendido pela primitiva congregação cristã e por isso encontramos entre os requisitos exigidos de um superintendente de congregação, segundo registrados em 1 Timóteo, capítulo 3, versículo 2, que ele deve ser “marido de uma só mulher”.
14. Que decisão precisa fazer o polígamo antes de ser aceito como associado dedicado da sociedade do Novo Mundo?
14 Nos países em que os homens costumam ter mais de uma mulher, este princípio bíblico pode apresentar alguma dificuldade. Talvez certo homem tenha mais de uma mulher, mas ouve as “boas novas” e as aprecia, desejando associar-se com a sociedade do Novo Mundo das testemunhas de Jeová. Mas a sua condição marital não está de acordo com os princípios que a Bíblia estabelece para os cristãos; portanto, o que deve fazer? Sim, neste sentido as “boas novas” lhe são um desafio. Isto lhe significará uma grande mudança na vida, separando-se de todas as suas esposas secundárias e ficando só com a que lhe é biblicamente permitido. Esta é uma decisão que ele mesmo tem de fazer, mas deve fazer, se é que deseja ser aceito como servo dedicado de Jeová e na associação com o povo de Deus.
15. (a) Como deve ser considerado o vínculo marital? (b) O que se pode dizer sobre a fornicação e o “casamento experimental”? (c) Que se precisa fazer primeiro para’ se entrar em matrimônio honroso?
15 O casamento que dá o direito de coabitarem homem e mulher seria um vínculo unificador que não devia ser quebrado por qualquer motivo. Depois de falar acerca do primeiro matrimônio no jardim do Éden, Jesus prosseguiu, dizendo: “O que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mat. 19:6, ALA) Nestas palavras Jesus demonstrou a seriedade do matrimônio cristão, e que não devia ser considerado levianamente. Portanto, qualquer coisa que violasse o arranjo divino do matrimônio seria injusto, e por isso desobediente e desagradável a Jeová, o Criador do homem. Por conseguinte, o homem e a mulher só poderiam coabitar quando casados, o homem com sua mulher legítima e a mulher com seu marido legítimo, a fornicação é proibida. Assim, é impróprio e uma violação dos mandamentos de Deus um homem solteiro coabitar com uma mulher, casada ou não. Do mesmo modo, é errado uma mulher solteira coabitar com qualquer homem. Isto elimina qualquer “casamento experimental” que é praticado em alguns países, sendo que jovens casais vivem juntos só para ver se dá certo, mas sem se unir permanentemente pelo matrimônio. Pelo contrário, é necessário que haja um casamento apropriado, reconhecido tanto por um como pelo outro como unificador e permanente, sendo registrado apropriadamente como testemunho de suas intenções honrosas, antes do privilégio de coabitarem. Mesmo que às vezes isto leve alguns meses para ser realizado, os jovens que se preparam para o matrimônio devem manter-se moralmente limpos, refreando-se de coabitarem até que o casamento seja registrado. Fazendo isto, demonstrarão respeito apropriado pela provisão divina do matrimônio, tratando-o de modo honroso.
16, 17. Como deve o casal demonstrar respeito pelo arranjo matrimonial e o que os ajudará a assim fazer?
16 Depois do casamento o casal precisa continuar respeitando o arranjo matrimonial. A Bíblia declara o seguinte concernente ao matrimônio cristão: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Heb. 13:4, ALA) Tendo presente que Jeová é o juiz e que todas as nossas ações estão descobertas diante dele ajudará o homem e mulher casados a evitar qualquer infidelidade ao seu cônjuge. Também, o amor de um ao outro ajuda a fortalecer a lealdade de um ao outro e a evitar a infidelidade. “Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.” Sem dúvida, um marido não estaria amando a sua esposa se cometesse adultério. Tampouco estaria amando a mulher com quem cometesse adultério, visto que a estaria fazendo pecar e merecer o juízo de Deus. — Efé. 5:28-31, ALA.
17 O homem e mulher foram criados para se ‘unir’ um ao outro. Isto quer dizer continuar firmemente unidos, ambos com o desejo de fazer o matrimônio durar. Como se pode fazer isto? Estando presente o amor. Em muitos casamentos não há esta qualidade. Em alguns países há pouca ou nenhuma associação entre o homem e mulher casados; não trocam idéias nem passam tempo na companhia um do outro, nem mesmo fazem suas refeições juntos. Às vezes a mulher é considerada mais como uma serva caseira do que uma companheira e cônjuge num contrato matrimonial.
18. (a) Que exemplo deu Jesus para os maridos cristãos? (b) De que maneiras práticas demonstra o marido amor pela sua mulher?
18 Qual então deve ser a atitude do cristão para com a sua esposa? Isto é expresso em Efésios 5:25 e 28 (ALA), que diz: “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos.” Jesus era misericordioso, paciente e bondoso para com seus irmãos cristãos na congregação. Tinha satisfação de estar com eles e falar-lhes acerca das maravilhas do reino de Deus. Além de declarar as “boas novas” ao povo em geral na Palestina, ele passou muitas horas com seus discípulos fiéis, explicando-lhes a verdade. Demonstrou a profunda qualidade do seu amor quando finalmente deu a sua vida terrestre em sacrifício para que toda a congregação pudesse ser salva para a vida eterna. Esta é a espécie de amor que um marido deve ter para com sua mulher. Ele aprende a desfrutar a sua companhia. Desejando que obtenha a vida eterna, procura as oportunidades de falar com ela acerca da maravilhosa esperança da vida no novo mundo, que ele aprendeu por intermédio das “boas novas”. Mesmo que ambos tenham aceitado as “boas novas”, continuarão a conversar sobre as coisas que edificam um ao outro na fé.
19. Em que duas maneiras está o cristão sob a obrigação de prover para a sua família?
19 É verdade que o marido tem dever e obrigação de cuidar da esposa e dos filhos em sentido material. A Bíblia declara distintamente: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente.” (1 Tim. 5:8, ALA) Mas além de cuidar de sua família materialmente, ele deve cuidar mais de suas necessidades espirituais, assim como Cristo cuidou da congregação.
20. Que espécie de futuro prepararão os pais cristãos para seus filhos e em que resultará isto?
20 Tem filhos o leitor? Se tiver, que espécie de futuro prepara para eles? Boa instrução do mundo para que possam melhorar a posição econômica e social deles? Estas não são as coisas todo-importantes. Apreciando que o casamento procede de Jeová e que os frutos do casamento, os filhos, são dádivas de Jeová, os pais que O amam quererão que os filhos cresçam para servi-lo. (Sal. 127:3) Por isso os pais cristãos treinam seus filhos desde tenra idade numa conduta sadia, no estudo da Bíblia e na declaração das “boas novas” a outros, tudo para a glória de Deus. “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Sendo obedecido este mandamento, os filhos se fortalecerão espiritualmente e serão capazes de resistir às tentações do mundo e pela fé e obras justas serão uma glória tanto para os pais como para Jeová. — Efé. 6:4, ALA.
21. Qual é a melhor maneira em que a esposa cristã pode demonstrar amor pelo marido?
21 Em todas estas coisas a esposa deve dar apoio amoroso ao seu marido e cabeça. A melhor maneira de a esposa mostrar o seu amor para com seu marido é em cooperar com ele, aceitando com humildade o arranjo de Jeová em que “o homem [é] o cabeça da mulher”. (1 Cor. 11:3, ALA) Compartilhando no estudo da Bíblia, nas reuniões com o povo de Deus, na proclamação das “boas novas” a outros e em todas as atividades do lar, a família, marido, mulher e filhos, crescerão em amor e alegria. A apreciação pelas “boas novas do reino” de Deus move cada pessoa sincera a viver em harmonia com estes excelentes princípios bíblicos.
22. (a) Em que única base permite a Bíblia um divórcio que realmente termina o matrimônio? (b) Em face da seriedade do matrimônio, que conselho sábio deve ser seguido na escolha de um cônjuge?
22 Mas o que se pode fazer onde o matrimônio não é feliz, onde há desacordo sobre religião e outros assuntos? Há qualquer base para tal matrimônio terminar em divórcio, permitindo que o homem ou a mulher se case com outra pessoa com quem acha que se dará melhor? A Bíblia não permite o divórcio por qualquer motivo. Embora a lei de certos países possa permitir o divórcio só porque o marido e a mulher não se combinam e desejam a liberdade para se casarem com outras pessoas, a Bíblia dá apenas um motivo para o divórcio que realmente termina o matrimônio, a saber, o adultério. Jesus tornou isto claro, quando disse: “Eu vos digo que qualquer que se divorciar de sua esposa, a não ser por motivo de fornicação [isto é, adultério], e se casar com outra, comete adultério.” (Mat. 19:9) Pelo adultério o cônjuge infiel se torna realmente uma só carne com outra pessoa além do seu cônjuge fiel. Naturalmente, o cônjuge fiel pode querer perdoar este ato e continuar vivendo com seu cônjuge, mas se quiser divorciar-se por causa de adultério, estará então livre para se casar com outrem, visto que o contrato do casamento termina assim tanto segundo a Bíblia como segundo a lei. Em face da necessidade de entendimento e de amor para que o matrimônio dure, o cristão dedicado dá ouvido ao sábio conselho bíblico de se casar “só no Senhor”, isto é, casar-se com alguém que, como ele, também é uma cristã dedicada. — 1 Cor. 7:39.
23. Onde houver divisão no lar, o que procurará fazer o cônjuge cristão?
23 No lar dividido por questões de religião, o cônjuge cristão que reconhece a seriedade do matrimônio fará tudo que puder para sanar as diferenças que existam. Não procurará abandonar o cônjuge descrente, mas, com paciência e bondade, trabalhará para a salvação do seu cônjuge na medida do possível. — 1 Cor. 7:10-16.
24. Como podem as “boas novas” ser um desafio ao círculo familiar e o que resultará em se enfrentar corretamente este desafio?
24 Portar-se de modo “digno das boas novas” então significa mais do que apenas falar a outros, professando servir a Deus. Deve ser uma conduta proveniente de uma ‘nova personalidade’ presente todo o tempo e certamente dentro do círculo familiar — marido para com a mulher, mulher para com o marido, pais para com os filhos e filhos para com os pais. Se a sua vida familiar, por causa de algum hábito ou por outras razões, não cumpre estes requisitos, então, certamente este conselho da Bíblia lhe é apresentado como um desafio. Está disposto a fazer a mudança necessária? Se estiver, poderá estar seguro das ricas bênçãos de Jeová, o Criador do matrimônio, Aquele que dará a vida eterna num novo mundo para todos os obedientes da família humana.