O Hodierno Sacerdócio Geral
“Derramarei o meu espírito sobre toda espécie de carne, e vossos filhos e vossas filhas certamente profetizarão. Quanto aos vossos velhos, sonharão sonhos. Quanto aos vossos mancebos, terão visões. E até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu espírito naqueles dias.” — Joel 2:28, 29.
1, 2. Quem lidera na cristandade a atual campanha em prol do sacerdócio geral e quais são seus motivos?
POR séculos tem sido do conhecimento dos teólogos da cristandade que a organização das igrejas que eles apoiavam como sacerdócio especial é anticristã e antibíblica; mas não foi senão neste século vinte que começaram a fazer alguma coisa acerca disto. Muito falam agora acerca de um “sacerdócio geral”. Estranho como pareça, levando-se em conta a estrutura hierárquica, é a Igreja Católica Romana que lidera na cristandade a campanha atual de fazer voltar ao trabalho os “leigos” que ela tão cuidadosamente manteve inativos por séculos.
2 Deve-se notar, entretanto, que o seu desejo de assim fazer não é tanto por querer ver uma mudança na organização da igreja para voltar ao primevo sacerdócio geral quanto é a extrema necessidade devida à fatídica escassez de homens católicos romanos que queiram ser padres.a Esta escassez ameaça frustrar a procura do poder mundial por parte da organização católica e por isso é necessário ativar os leigos católicos. Esta é a razão de se falar em sacerdócio geral numa igreja que de outra sorte não podia estar interessada em fazer quem quer que seja recordar-se desta doutrina antiga.
3. Segundo o Papa Pio XII, há apostolado geral em que todos os católicos podem participar e conseguirão os leigos igualdade no sacerdócio por participarem no apostolado?
3 Ao Segundo Congresso Mundial do Apostolado Leigo realizado em Roma em 1957, o Papa Pio XII explicou que dentro da Igreja Católica há dois apostolados um ‘hierárquico’ e outro ‘leigo’. O papa suscitou a questão: “Passa do apostolado leigo para o ‘hierárquico’ o leigo a quem se confiou o ensino de religião pelo fato de ter recebido uma missão canônica (um mandato eclesiástico) de ensinar e cujo ensino constitua talvez a sua única atividade profissional” A resposta foi não. O poder real de ensinar é possuído apenas pelo papa e pelos bispos. “Todos os demais, quer sejam padres ou leigos, colaboram na medida em que a autoridade eclesiástica lhes confia o ensino acurado e a orientação dos fiéis.”b
4. Quão geral é o sacerdócio em que os leigos católicos romanos são convidados a participar?
4 Em outras palavras, a despeito de tudo o que se fala acerca do sacerdócio geral, não devemos esperar que a Igreja Católica anule daqui em diante as suas ordens e supra todos os seus leigos de Bíblias e compêndios de estudo, para que todos os católicos possam cumprir o seu dever cristão de pregar a Palavra de Deus a outros. Segundo o Papa Pio XII, “nem todos os cristãos são chamados ao apostolado leigo num sentido estrito”.c Só uma minoria de leigos especialmente treinados serão usados e a tais ministros leigos de alta categoria a igreja está disposta a pagar o salário de 12.000 dólares por ano.d Isto, pode-se argumentar, não deixa muita generalidade.
5. Por que calou o papa de os leigos participarem num apostolado em sentido “menos correto do termo”? O que se espera que façam?
5 O que então vão fazer os milhões de católicos aos quais se não ‘confiou o ensino acurado’ da fé católica, mas que, contudo, são chamados para participar no “sacerdócio geral”? Embora não sejam “chamados ao apostolado leigo num sentido estrito”, eles são animados a participar num “apostolado de oração e de exemplo pessoal, como um apostolado num sentido mais amplo e menos correto do termo”. A razão de se chamar de sentido “menos correto do termo” torna-se evidente quando se examina mais de perto. Para estes milhões de católicos não há oferta de sacrifícios espirituais a Deus na forma de ‘frutos de lábios que fazem declaração pública do seu nome’ para os identificar com a primitiva igreja nem há privilégios de serviço junto com os princípios do sacerdócio geral. O trabalho deles no mundo é, segundo o Papa Pio XII, para formar células católicas nos lugares de trabalho, para penetrar na vida pública, econômica, social e política, para reunir-se com movimentos sindicais comerciais e associações cooperativas de produtores e consumidores, bem como organizações internacionais, tais como a UNESCO, a fim de “pôr nela a marca de Cristo”.e
6. De que nos faz lembrar o programa católico referido como sacerdócio geral e como foi ela usada no passado?
6 Tudo isto tem mais sabor de infiltração semelhante à usada por certos movimentos políticos do que trabalho feito por ardorosos membros pregadores do primevo sacerdócio geral cristão. A ramificação mais importante do movimento católico leigo é a chamada Ação Católica, um movimento semi-religioso que é a miúdo usado pela igreja semelhante ao modo em que o nazismo usava na Alemanha de Hitler as suas tropas SA como, por exemplo, o uso que a igreja fez da Ação Católica nos anos pouco antes e durante a Segunda Guerra Mundial para interromper violentamente nos Estados Unidos e em outros países as reuniões religiosas das testemunhas de Jeová, só porque ela não gosta dos fatos ditos em tais reuniões.f
7. (a) Como têm atendido os leigos á chamada da igreja para participarem no apostolado? (b) Pode-se dizer verazmente que não há sacerdócio geral na Igreja Católica? O que está faltando?
7 Apesar de todos os esforços, há Lamentações pelos poucos resultados. S. Em.a Mons. Valerian Gracias, arcebispo de Bombaim, disse: “Como se explica a apatia dos de grande maioria que com seus dons intelectuais e morais podiam estar ativos e ser participantes poderosos no apostolado da hierarquia, mas que infelizmente não são? Cada um hoje em dia, na linguagem de São Paulo, busca o que é seu e não o que é de Cristo. Não há fogo nos seus corações, mas apenas brasas que se apagam. Muitos católicos acalentam a noção de que a Igreja é uma espécie de sociedade à qual basta pertencerem; a idéia de que a Igreja é um organismo vivo é estranha às suas mentes.”g Tudo isto vem provar que o chamado sacerdócio geral da Igreja Católica Romana não é nada disto e que Deus não outorgou o seu espírito aos seus esforços. — Atos 1:8.
8. Participa a Igreja Ortodoxa Grega no atual falatório da cristandade referente ao sacerdócio geral?
8 A Igreja Ortodoxa Grega é quase tão hierárquica na sua estrutura quanto a Igreja Católica Romana, mas, ao contrário desta última, ela se abstém de falar muito acerca de um sacerdócio geral.
O PROTESTANTISMO E O SACERDÓCIO GERAL
9. (a) Como se chamou atenção para o sacerdócio geral depois de ele ter desaparecido por séculos? (b) Como foi que Lutero explicou o sacerdócio geral?
9 Foi o reformador Lutero que trouxe de volta à luz do dia a doutrina do sacerdócio geral. Ele era um ardente estudante da Bíblia e logo viu quanto a Igreja Católica se afastava da primitiva igreja pelo seu sacerdócio especial e na sua luta contra o papado fez esforço diligente para usar o que tinha descoberto. “Todos nós fomos consagrados em nosso batismo para sermos sacerdotes”, frisou ele, e zombou de o papa pensar que pudesse fazer padres dos cristãos já batizados, mediante uma cerimônia de ordenação. “Que o papa ou um bispo faça a unção, a tonsura, ordene, consagre e vista diferentemente uma pessoa dentre os leigos”, disse ele, “pode muito bem fazer dela um hipócrita ou um tolo, mas nunca fará dela um cristão ou um homem espiritual”.h
10. (a) O que considerou Lutero como dever principal do cristão? (b) O que fez Lutero depois que descobriu a doutrina do sacerdócio geral? Quais foram os resultados?
10 A seguir Lutero, com grande zelo, restabeleceu a prática do sacerdócio geral na sua igreja recém-formada, ensinando que o trabalho mais. importante do cristão, o trabalho que incorpora todos os outros deveres sacerdotais, era “ensinar a Palavra de Deus”.i Sem embargo, neste ele foi derrotado. Ele teve que aprender que o povo comum tinha sido tão negligenciado espiritualmente pela Igreja Católica que o sacerdócio geral e os seus deveres estavam além de sua compreensão. O trabalho de Lutero neste sentido nunca foi seguido pelos seus sucessores. Acabou-se.
11. Quem mais tentou praticar o sacerdócio geral? Com que resultados?
11 Já movimentos pré-reforma, tais como os valdenses na Europa Central e os lolardos na Inglaterra, tinham tentado viver segundo o sacerdócio geral. Depois da “Reforma”, um movimento alemão conhecido como “pietismo” e o movimento Oxford de nossa geração tentaram fazer o mesmo até certo ponto, mas todos estes movimentos estavam evidentemente sem o apoio do espírito santo de Deus, visto que todos acabaram em nada e mesmo dentro da Igreja Luterana atual a situação não mudou desde os dias de Lutero: A doutrina do sacerdócio geral cristão é reconhecida teòricamente, mas não praticada.
12. (a) Como é que alguns clérigos protestantes pretendem que haja sacerdócio geral em suas igrejas? Quais são os fatos? (b) Por exemplo, como é evidente que as igrejas estatais luteranas da Dinamarca e da Suécia não têm sacerdócio geral?
12 Todavia, muitos clérigos protestantes não-episcopais, inclusive os luteranos, dizem que são um sacerdócio geral e que seus ministros são apenas servos tirados do rebanho para serviços especiais. Na teoria se diz que qualquer membro da congregação pode ser ministro, assim como os que se estabeleceram na América escolheram dentre eles o mais adequado dos seus leigos para ser seu ministro, contudo, foi escolhido até que pudessem conseguir “verdadeiros” ministros ou eram como os capitães de navio que a miúdo são considerados ministros para a tripulação e passageiros. Não obstante, o fato é que as igrejas protestantes, inclusive os luteranos, têm um sacerdócio especial. O fato é que comumente ninguém pode pregar nem presidir cerimônia nas suas igrejas sem ordenação especial. E normalmente ninguém é ordenado sem treinamento acadêmico especial, vestindo-se diferentemente dos demais, pelo menos enquanto oficializa. Qualquer exceção é tão rara que ela apenas frisa a regra. Nas igrejas protestantes não se dá como na primitiva igreja em que, segundo Hallesby, um professor norueguês, “todas as cerimônias da igreja podiam ser presididas por qualquer cristão”.j Por isso, os ministros, protestantes sinceros, cujas igrejas ensinam o sacerdócio geral, admitem que na realidade têm é um sacerdócio especial.k
TENTATIVAS INFRUTÍFERAS
13, 14. Como sabemos que os protestantes da cristandade não estão satisfeitos com a atual situação relativa ao sacerdócio geral?
13 Isto falha tão lamentavelmente em imitar os primitivos cristãos em viver segundo a doutrina do sacerdócio geral que o conhecimento do que precisa ser feito e a falta de capacidade de fazê-lo só podem naturalmente atormentar qualquer igreja que se diz ser cristã. Por isso, quando se inaugurou o Concílio Mundial de Igrejas em Amsterdão, em 1948, foi arranjado um “Departamento dos Leigos” com o fim de “manter perante as igrejas a responsabilidade de elas ajudarem os leigos a serem a igreja do mundo”.l
14 Os relatórios da assembléia do concílio de Amsterdão dizem: “Precisamos reconsiderar o que significa falar da igreja como sendo ‘um sacerdócio real, uma nação santa, um povo peculiar’ (1 Pedro ii, 9) e como sendo o ‘Corpo de Cristo’ (Efésios iv, 16) à qual cada membro contribui a sua parte.”a E o relatório sobre sua assembléia em Evanston, EUA, em 1954: “A frase ‘ministério dos leigos’ expressa o privilégio de toda a igreja participar o ministério de Cristo ao mundo. Precisamos entender sob nova forma a implicação do fato de todos nós sermos batizados; de assim como Cristo veio para ministrar, assim também todos os cristãos precisam tornar-se ministros para Seu propósito salvador.”b Finalmente, o protestantismo desperta-se para o que significa ser cristão, para que deve haver um sacerdócio geral, mas que não há no protestantismo, e para que algo deve ser feito a respeito.
15. (a) Como é que os leigos protestantes atendem geralmente a chamada para o sacerdócio geral? (b) O que requer a prática do sacerdócio geral?
15 Semelhantes à Igreja Católica, os clérigos protestantes se queixam por toda a parte da falta de progresso dos seus esforços em prol de um sacerdócio geral. “Por exemplo, leigos que participam voluntária e gratuitamente na obra de pregação cristã são muito menos do que há algumas décadas atrás. Acha-se também em decréscimo o número de cristãos que participam no testemunho livre e espontâneo e na oração. É difícil achar pessoas que estejam dispostas a aceitar responsabilidade e levar fardos”, queixou-se certo ministro norueguês, comentando a situação no seu país,c que nos faz lembrar de Romanos 9:16: “Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” (ALA) O que a cristandade precisa para poder praticar o sacerdócio geral não é nada mais do que precisou a primitiva igreja — o derramamento do espírito santo.
A PRÁTICA DO SACERDÓCIO GERAL — UM SINAL DO ESPÍRITO SANTO
16. O que prova que a profecia de Joel se tem cumprido nas testemunhas de Jeová?
16 Quando Pedro explicou no dia de Pentecostes o derramamento do espírito santo, ele citou a profecia de Joel, dizendo: “‘E nos últimos dias’, diz Deus, ‘derramarei do meu espírito sobre toda espécie de carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, e vossos mancebos terão visões, e vossos velhos sonharão sonhos; e até sobre meus escravos e sobre minhas escravas derramarei do meu espírito, naqueles dias, e eles profetizarão’.” O derramamento do espírito nos dias de Pedro foi apenas temporário e em pequena escala, cumprindo aquela profecia. Nestes últimos dias deste velho sistema de coisas se tem cumprido sobre as testemunhas de Jeová, não sobre as igrejas da cristandade católica e protestante, o prometido derramamento final, duradouro e completo do espírito. A prova é que as testemunhas de Jeová não só entendem e reconhecem o ensino bíblico do sacerdócio geral, mas também o podem praticar. — Atos 2:17, 18.
17. Desde quando têm as testemunhas modernas de Jeová o entendimento correto sobre o sacerdócio geral?
17 Desde o inicio de sua história moderna, as testemunhas de Jeová têm o entendimento correto daquela doutrina, conforme se demonstrou no artigo publicado em inglês sob o título: “O Sacerdócio Real”, na primeira edição da sua revista oficial, a Torre de Vigia de Sião (hoje, A Sentinela) de julho de 1879. Depois de referir-se aos quatro textos bíblicos principais acerca do sacerdócio geral (1 Ped. 2:9; Apo. 1:5, 6; 5:10; 20:6), o artigo diz: “Os textos bíblicos acima ensinam claramente que pelo menos uma parte de nosso trabalho no futuro será oficiarmos como os sacerdotes de Deus. Visto que o trabalho dum sacerdote é de interceder e instruir na justiça, eles então provam claramente que o glorioso trabalho de evangelização continuará . . . através das ‘eras das eras’. . . . Nós . . . sairemos como sacerdócio real, segundo a ordem de Melquisedeque, plenamente preparados para condoermo-nos das nações, conduzindo-as no caminho da justiça e encorajando-as no caminho da vida.”
18. Quando foi que as Testemunhas começaram a praticar plenamente o sacerdócio geral? Como foi isto demonstrado?
18 Considerando a sua história, observa-se contudo que embora as Testemunhas tendessem desde 1879 a importância de cada cristão ser um ativo instrutor público da Palavra de Deus, não foi senão até 1919, particularmente em 1922, que elas tiveram a coragem e a força de se organizar e praticar completamente o sacerdócio geral, segundo os métodos da primitiva igreja. Dali em diante fizeram-se empenhos para que todos os membros da congregação pregassem de casa em casa e não apenas distribuíssem tratados bíblicos, mas falassem direta e pessoalmente com cada morador, oferecendo revistas, livros e folhetos bíblicos mediante uma contribuição nominal. Desde então têm ‘profetizado’ todas as testemunhas de Jeová:moços e idosos, moças e idosas, bem como crianças. Para ajudá-las a fazer o enorme trabalho ministerial da pregação das boas novas do reino de Deus em todo o mundo, receberam uma “grande multidão” de pessoas de boa vontade desejosas de prestarem ajuda ao sacerdócio real e ungido nos serviços do templo, assim como os netineus e os gibeonitas se alegravam em ajudar o sacerdócio levítico. — Luc. 8:1; Atos 17:17; 20:20; Apo. 7:9, 10.
19. Como se pode ver o sacerdócio geral nas congregações das testemunhas de Jeová?
19 Notamos o sacerdócio geral também na vida congregacional das testemunhas de Jeová. Embora certo número de membros seja designado a serviços especiais nas congregações, tais como supervisionar, compilar estatísticas, receber literatura e contribuição, designar territórios para a obra de pregação e presidir a estudos bíblicos, correspondendo ao padrão da primitiva igreja, estes membros são servos aos irmãos, não clérigos, e os demais não são leigos. Nas reuniões congregacionais todos os presentes participam nas palestras. Visto que é um ministro, qualquer membro varão competente pode presidir funerais, batismos, casamentos e dirigir os trabalhos da comemoração anual da morte do Senhor. Depois de treinamento apropriado, que é dado a todos, qualquer membro varão qualificado é designado para ensinar e para pregar da tribuna e isto é possível visto que são tantas e tão variadas as matérias ensinadas numa congregação em que todos são ministros que há designações para todos os graus de instrução e de habilidade de pregar. Por conseguinte, semelhantes a primitiva igreja, ‘todas as cerimônias são presididas por qualquer cristão’. — Fil. 1:1; 1 Tim. 2:12; Efé. 4:11-13.
20. Por que se refinem as testemunhas de Jeová com mais regularidade do que outros e como se compara a freqüência às suas reuniões com a de outras igrejas em geral?
20 É evidente que, todos os membros sendo instrutores públicos, a exigência de instrução e reuniões é muito maior do que se este não fosse o caso. Por isso as testemunhas de Jeová têm cinco reuniões regulares, reuniões congregacionais semanais de uma hora cada, com uma média de freqüência de 75 por cento dos membros em todo o mundo, em contraste com as reuniões de uma vez por semana que têm os freqüentadores de igreja e com o baixo nível de freqüência de que se queixa geralmente na maioria das igrejas.
21. Por que as reuniões das testemunhas de Jeová são diferentes das de outras igrejas?
21 A maioria das reuniões das testemunhas de Jeová são diferentes dos chamados cultos divinos e reuniões de muitas igrejas da cristandade, visto que precisam atender às exigências do sacerdócio geral. Além dos sermões dominicais aos quais o público é especialmente convidado e além de dois estudos bíblicos semanais, as Testemunhas têm duas reuniões semanais com o propósito especial de instruir e treinar a si mesmas para os seus serviços ministeriais entre si e ao público.
22. Que reuniões são especialmente programadas para mudar na prática do sacerdócio geral?
22 Uma delas e a Reunião de Serviço. Nela as testemunhas de Jeová discutem os modos em que a congregação pode mais eficientemente ombrear a obrigação de pregar com regularidade a todos os moradores do seu território designado e estudar a Bíblia com as pessoas interessadas. A outra reunião é a Escola do Ministério Teocrático que provê treinamento individual para a Testemunha como ministro público das boas novas. Homens, mulheres e crianças são matriculados. O programa da escola inclui discursos de instrução, deveres de leitura pública da Bíblia, sermões e ministério de casa em casa seguidos por conselhos instrutivos do servo da escola. Todas as reuniões são francas e o público é bem-vindo.
23. Que conclusões podem ser tiradas do fato de que as testemunhas de Jeová podem praticar o sacerdócio geral em todo o mundo?
23 Tornar louvadores públicos de Deus todos os membros de uma organização religiosa, somando 989.192 em 189 países é algo para se tomar nota. Não são trabalhadores sociais nem cantores literais de rua, mas ministros que seguem as pisadas de Cristo Jesus, pregando e ensinando de porta em porta e nos lares, segundo o estilo apostólico, a despeito de idade, sexo, língua, raça e instrução secular; sendo esta uma realização pela qual homem ou organização alguma pode receber crédito. No mundo inteiro as testemunhas de Jeová gastaram 142.046.679 horas na pregação de casa em casa no ano de 1962. As infrutíferas tentativas de a cristandade fazer o mesmo a despeito de grande desejo e esforços, dá testemunho disto. É o resultado do poder do espírito de Deus e é evidência do fato de que não só estamos vivendo nos “últimos dias” referidos em Joel, mas também de que a congregação que pratica o mui desejado sacerdócio geral tem recebido o espírito de Deus, sendo a única que ele usa na terra para representá-lo entre as nações. Por que então não se familiarizar mais com as testemunhas de Jeová? Podem ser encontradas em todas as partes do mundo. E será bem-vindo às suas reuniões para estudo bíblico nos seus Salões do Reino.
[Nota(s) de rodapé]
a The Lay Apostolate, discurso do Papa Pio XII ao Segundo Congresso Mundial do Apostolado Leigo, 1957, § 15.
b The Lay Apostolate, §§ 5-9.
c Idem, § 29.
d Time, Edição Atlântica de 9 de junho de 1961, pág. 56.
e The Lay Apostolate, §§ 43, 48, 50, 57, 23, 58, 44.
f Jehovah’s Witnesses in the Divine Purpose. Págs. 123, 146, 147, 151, 193.
g Actes du 1er Congrès Mondial pour l’Apostolat des Laïques, pág. 181.
h Til det tyske folks kristne odel, por Martinho Lutero.
i Ibidem, 12, 180.
j Troslcere II, pág. 390, segunda edição.
Segundo a lei dinamarquesa de 1947 para a igreja estatal luterana, não é permitido a um leigo pregar na igreja durante os cultos divinos comuns. (Lovbekendtgorelse nr. 456 af 23/9/1947, § 2, stk. 3.) Uma emenda da referida lei considerada pelo parlamento dinamarquês em 1961 permite que um leigo fale em tais ocasiões, sendo que o ministro fala sobre o texto para o dia. (Kristeligt Dagblad 15, 16/4/1961.)
A Igreja Estatal Sueca luterana tem até sucessão apostólica.
k Vi er alle prestar, por Arthur Berg, pág. 28.
l World Council of Churches, por WCC Information.
a The First Assembly of the World Council of Churches, por Visser’t Hooft, pág. 154.
b Laity, Buletim do Departamento de Leigos do Concilio Mundial de Igrejas, dezembro de 1958, No. 6, pág. 45.
c Vi er alle prester, men . . . , por Svend Wisløff Nielsen, pág. 62. Para exemplos similares dos EUA, Inglaterra, Alemanha e Austrália, veja-se Awake! de 8 de outubro de 1961, págs. 30, 31.