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  • Devotado a Jeová
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1965
w65 15/2 pp. 124-126

Devotado a Jeová e ao Ministério

Conforme narrada por R. Hopley

QUANDO era criança, meus pais começaram a realizar reuniões de estudo da Bíblia em nossa casa, em Chase Terrace, próximo de Walsall, Inglaterra. Estas reuniões semanais aumentaram, ao se juntarem a nós os meus irmãos e alguns outros amigos. Costumava ficar ouvindo as palestras sobre o reino de Deus e suas bênçãos, e me impressionava especialmente o relato em Isaías, capítulo 11, a respeito dos animais e como um meninozinho os conduziria.

O pouco que eu entendia a respeito das doutrinas bíblicas, tais como a condição dos mortos, a alma, Deus e Cristo e o Reino, aceitei prontamente. Mas, não foi senão quando tinha dezoito anos de idade, aproximadamente, que comecei a encarar com maior seriedade a minha devoção a Deus e ao ministério. Até então, me voltava muito para os esportes e houve uma luta quando chegou a temporada do futebol, quanto a se me entregaria ou não de toda a alma ao futebol. Por volta dessa época, meus irmãos começaram a falar a respeito de assistir a uma assembléia em Londres, patrocinada pela Sociedade Torre de Vigia. Estavam todo entusiasmados a respeito da mesma e eu peguei o espírito da ocasião, assistindo a ela junto com eles. Um amigo, o secretário de nosso clube local de futebol, também veio e disse que gostou dos discursos. Ele tinha uma irmã de quem me tornei amigo. Não demorou muito, contudo, até que cheguei a perceber que tal amizade interferia com meu estudo da Bíblia. De forma que decidi cortar tal associação.

Não muito depois disso, meu amigo, o secretário do clube de futebol, preferiu o futebol ao estudo da Bíblia e perdeu todo o interesse. No entanto, nunca permiti que isto me afetasse. Tinha desejo firme de servir a Deus e progredir no conhecimento de seus propósitos. A minha família ajudou-me grandemente nisto, visto que todos os nove de nós éramos unidos com forte amor uns pelos outros, à medida que crescíamos no conhecimento de Jeová. Foi o exemplo dado pelos meus irmãos que me ajudou a fazer a firme decisão de devotar minha vida a Jeová Deus. Assim, em 1921 com dezenove anos, fui batizado em símbolo de minha dedicação a Jeová.

DEVOTANDO O TEMPO INTEGRAL AO MINISTÉRIO

De modo gradual, meu discernimento das coisas espirituais foi crescendo e senti o impulso de deixar meu serviço secular e devotar todo o tempo à obra do ministério. Um dos meus irmãos já era ministro de tempo integral, chamado “colportor” naquela época, e decidi juntar-me a ele. Ele já tinha cinco anos de experiência e estava bem habilitado para me treinar para este serviço. Isto se deu em 1925. Minha primeira designação, junto com meu irmão, foi em Kings Lynn, em Norfolk, Inglaterra. Viajamos de bicicleta por volta de todo o interior, debaixo de todos os tipos de tempo e em breve tínhamos bem amplo círculo de amigos. Eram dados discursos públicos e davam-se os primeiros passos para começar uma congregação.

Mudamo-nos então para Wisbeech. Foi aqui que dei meu primeiro discurso público. Foi realmente um marco na minha vida. Terminei em menos de meia hora, proferindo-o quase que de memória, mas foi um começo. Foi aqui também que encontramos um homem do Exército de Salvação, muito conhecido na cidade. Gastamos muito tempo considerando os assuntos do inferno, da alma e da trindade. Ele ficou surpreso com os textos bíblicos que pudemos mostrar-lhe, refutando as idéias populares a respeito destes assuntos. Não demorou muito até que se convenceu de que ensinávamos a verdade. Fez tudo que pôde para nos ajudar, e, mais tarde, edificou um ótimo Salão do Reino, onde se realizaram as reuniões regulares.

Por volta desta época, meu irmão decidiu casar-se. Obteve um emprego secular, e isto me deixou sem companheiro. Até mesmo antes disso a idéia de me casar me viera à mente, mas achei que desejava permanecer inteiramente livre para o serviço de Jeová, e mantive a idéia de ficar solteiro. Portanto, aderi à minha obra ministerial de tempo integral, mudei para outra cidade, e passei felizes ocasiões. Senti que o espírito de Deus me ajudava a continuar, muito embora estivesse só.

Eventualmente, juntei-me ao Irmão Clarence Taylor, que agora serve na África do Sul. Ele era bem adiantado no conhecimento da Bíblia e passamos ótimas ocasiões pregando juntos. Trabalhamos em Great Yarmouth e outros lugares de East Anglia, indo finalmente para a cidade natal do Irmão Taylor, Sheffield.

SERVIÇO NO ESTRANGEIRO

Em 1931, a Sociedade Torre de Vigia organizou um congresso em Paris. Assistimos ao mesmo e ali nos encontramos com o servo da filial da Índia. A cidade natal dele também era Sheffield, de modo que ao voltarmos para casa ele nos convidou para jantar. Foi então que recebemos nosso primeiro convite de irmos para a Índia. Outro irmão, Gerald Garrard, que também serve na África do Sul agora, foi convidado a ir conosco. Em breve partíamos de Londres num navio, destinados ao serviço no estrangeiro.

Foi uma longa viagem, mas gostamos dela. Chegamos em Bombaim, e o Irmão Skinner, o servo da filial, veio nos receber e nos deu boas-vindas à Índia. Naquele tempo, havia muito poucas testemunhas de Jeová na Índia. Mas, as pessoas nos recebiam mui bondosamente, pois a hospitalidade indiana é proverbial. Na maioria das casas nos ofereciam refrigerantes ou uma chávena de chá. Recebemos uma longa série de designações, em diferentes partes do país, visto que a diretriz naqueles dias era cobrir o território tão rápido quanto fosse possível, colocando publicações, e daí indo adiante. Pregamos em Quetta, no longínquo norte, daí, do outro lado, em Délhi, nas Colinas do Himalaya em Naini Tal, até Kanpur, Allabad, Agra, Calcutá e eventualmente chegando até o outro lado da fronteira, a Birmânia.

Verificamos que a obra na Índia é muito diferente do que na Inglaterra. Era fácil colocar publicações, mas não era tão fácil convencer os hindus e a outras comunidades religiosas que a vida somente pode vir como resultado do sacrifício resgatador de Cristo. Os hindus têm muitos “deuses”. Alguns dos mais populares têm a forma dum homem com cabeça de elefante, ou dum macaco, ou, em alguns casos, apenas um montículo de barro com alguma espécie de aparência dum homem. Algumas seitas crêem que Deus está em tudo e são muito estritos em evitar matar qualquer coisa, até mesmo uma barata, um rato ou um percevejo. Os lares hindus são usualmente ornamentados com muitos quadros religiosos de seus “deuses”. Os muçulmanos, por outro lado, detestam imagens. Os muçulmanos ficam atônitos quando lhes dizemos que não cremos na “trindade” ou em três deuses em um. Têm as suas próprias idéias sobre Jesus Cristo, mas amiúde dispõem-se a palestrar sobre o assunto. Daí, então, há os parsees, que são zoroastrianos por religião e usam o fogo como símbolo da deidade. Sim, há por certo abundância de idéias religiosas entre o povo da Índia.

Ao trabalharmos em Calcutá, tivemos oportunidade de gastar algum tempo, durante a época de mais calor, pregando nos Himalayas, em Darjeeling e Kurseong. Que visão que inspira temor apresentam aquelas montanhas cobertas de neve! A visão do poderoso Kanchinjunga é verdadeiramente emocionante, maravilhosa exibição da obra criativa de Jeová!

Eventualmente, fui enviado à Birmânia. Havia algumas famílias que já tinham interesse na Bíblia e estavam ativamente empenhadas na obra de pregação em Rangum e em outros lugares. Pude ajudar a estes irmãos a organizarem-se melhor para o ministério. Diversas famílias mostraram interesse vivo na verdade bíblica, e ao crescerem seus filhos, tornaram-se também Testemunhas ativas. Estas famílias foram realmente o começo da obra de testemunho hodierna na Birmânia. Usufruí grandemente o privilégio de ajudá-las em direção à madureza cristã.

Em 1938, fui designado a Madras, Índia. De lá, trabalhei na direção da região costeira sudeste, colocando publicações em Trichinopoly, Madura e Tuticorin, além de muitos lugarejos. Nesta época, tive a companhia dum irmão jovem da Malaia, antigo sikh chamado G. P. Singh. Trabalhamos juntos por bastante tempo. Ele eventualmente teve o privilégio de freqüentar a Escola Bíblica de Gilead da Torre de Vigia, nos Estados Unidos, e, na sua volta à Índia, continuou no ministério de tempo integral.

Então veio a Segunda Guerra Mundial. O governo britânico na Índia pisou firme sobre as nossas publicações, confiscando-as sempre que puderam encontrá-las. Ao nos mudarmos de povoado em povoado, ficamos constantemente acossados pela polícia, que levava embora as nossas publicações. Então, a Sociedade me instruiu que fosse para Bangalore e trabalhasse apenas com a Bíblia, ajudando os irmãos locais a fazer o mesmo. Por este meio, suplantamos a muito preconceito, especialmente entre os católicos-romanos. Depois de passar três anos em Bangalore, fui enviado a Calcutá, a fim de ajudar a pequena congregação que se formava ali. No entanto, minha saúde fraquejou e voltei à Inglaterra, onde fui operado de apendicite e passei algum tempo recuperando-me.

DESIGNADO À FILIAL

Ao voltar à Índia, em 1949, fui convidado a trabalhar na filial em Bombaim. Outro irmão e eu trabalhávamos juntos numa pequena máquina, imprimindo A Sentinela na língua malaiala, bem como imprimindo outras coisas. Cuidava também do despacho de publicações e do estoque das mesmas. Isto me mantinha ocupado, mas era um trabalho do qual derivava completo prazer.

A vida na filial e no lar tem sido espiritualmente edificante e ótimo privilégio o de trabalhar junto com os que já tem estado por muitos anos na obra de pregação. Gradualmente, a atividade na Índia se expandiu, até que há agora setenta e cinco congregações das testemunhas de Jeová em toda a Índia. Tem sido inspirador eu trabalhar e viver junto com os irmãos indianos e observá-los crescer à madureza. Os bebês de há muito tempo atrás são agora pregadores ativos e superintendentes das congregações. Então, em 1960, o escritório e o lar da filial em Bombaim se mudaram para o subúrbio, para excelente edifício novo de propriedade da Sociedade, onde ainda é o meu privilégio estar servindo.

Passaram-se agora mais de trinta e três anos desde que cheguei à Índia, e trinta e nove anos desde que me tornei pregador de tempo integral das boas novas. A minha vida tem sido devotada a Jeová e aos interesses do Reino. Confio que minha experiência sirva para animar a outras pessoas a fazerem a mesma coisa, isto é, a devotarem sua vida a Jeová e se tornarem ministros de tempo integral. Se tivermos confiança em Jeová e em sua Palavra, e formos corajosos em ser suas testemunhas, então podemos ter certeza de sua proteção e bênção e podemos estar seguros de que ele nos sustentará, ao cumprirmos fielmente a nossa devoção a Jeová e ao ministério.

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