A língua — um poder para o bem ou para o mal
“Eu vos digo que de toda declaração sem proveito que os homens fizerem prestarão contas no Dia do Juízo; pois é pelas tuas palavras que serás declarado justo e é pelas tuas palavras que serás condenado.” — Mat. 12:36, 37.
1, 2. Do que talvez dependa a nossa vida futura, e como podemos controlar o resultado?
QUANDO Jesus proferiu as palavras acima, talvez tivesse presente as palavras de Salomão em Eclesiastes 12:14: “O verdadeiro Deus mesmo levará toda sorte de obra a juízo, em relação com toda coisa escondida, quanto a se é boa ou se é má.” Isso nos faz parar e pensar. Será que a linguagem é tão importante que pode determinar a vida futura da pessoa? Se assim for, pareceria proveitoso que toda pessoa ‘examinasse a si mesma’. Vale a pena o esforço de controlar nossa vida daqui por diante, de modo que possamos ter esperança de vida na nova ordem de coisas de Deus?
2 Para que o esforço seja recompensado, tem de ter um propósito. Lembre-se do que disse o apóstolo Paulo: que antes preferia castigar o seu corpo e o controlar como escravo a enfrentar as conseqüências da rejeição. Compreendendo que “não é o homem dono de seu destino, e que ao caminhante não lhe assiste o poder de dirigir seus passos”, temos de procurar a devida orientação. (Jer. 10:23, CBC) A fonte de tal orientação é a Bíblia, a Palavra inspirada de Deus. “Confia em Jeová de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Considera-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Pro. 3:5, 6) Com tal orientação divina, devemos poder falar corretamente, controlar nossa linguagem de modo inteligente e trazer “todo pensamento ao cativeiro, para fazê-lo obediente ao Cristo”. — 2 Cor. 10:5.
3, 4. A respeito de que condição nas congregações estava preocupado Tiago, e ao que a podia atribuir?
3 Para avaliar a magnitude da tarefa, considere o que o discípulo Tiago tem a dizer a respeito do que chama de “coisa indisciplinada e prejudicial”. (Tia. 3:8) Avaliava que a língua tem poder, o qual poderia ser influência para o bem ou para o mal. Sendo superintendente na congregação de Jerusalém e membro do corpo governante da primitiva igreja ou congregação, estava profundamente preocupado com as dificuldades internas das congregações, assim como o estivera o apóstolo Paulo a respeito da congregação de Corinto, onde existia contenda, inveja, ira, disputas, calúnias, murmúrios, orgulho e desordens gerais. (2 Cor. 12:20) Tiago, por conseguinte, concitou as “doze tribos que estão espalhadas” a considerar com cuidado a necessidade de se despojarem de toda impureza, de toda maldade moral, de distinções de classe e das coisas que causem tropeço. — Tia. 1:1, 21; 2:4, 9.
4 Tiago lhes pediu que reconhecessem suas imperfeições e a tendência natural de tropeçar. Disse: “Se alguém não tropeçar em palavra, este é homem perfeito, capaz de refrear também todo o corpo. Se pomos freios nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam, dirigimos também todo o seu corpo. Eis que até mesmo barcos, embora sejam grandes, e sejam impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno para onde queira a inclinação do timoneiro. Assim também a língua é um membro pequeno, contudo, faz grandes fanfarrices. . . . Ora, a língua é um fogo. A língua constitui um mundo de injustiça entre os nossos membros, pois mancha todo o corpo e incendeia a roda da vida natural.” Daí, Tiago fala como pode agir este pequeno membro incoerente, a língua: “Com ela bendizemos a Jeová, sim, o Pai, e ainda assim amaldiçoamos com ela a homens que vieram a existir na ‘semelhança de Deus’. Da mesma boca procedem bênção e maldição.” Sim, a língua com certeza tem poder para o bem ou para o mal. — Tia. 3:2-6, 9, 10.
5, 6. (a) Que perguntas talvez cada pessoa considere? (b) Por controlarmos os nossos lábios, que favor poderemos obter?
5 Apenas ler estas palavras provavelmente lhe faz lembrar de pessoas que são assim de ‘língua doble’. Mas, espere — será que a consideração mais profunda das palavras de Tiago o obriga a aplicá-las a si mesmo? Será que constitui exceção à regra? Será que deixa a língua fugir de controle, como um fogo florestal, para o dano de outros, bem como o seu próprio? Será que esquece de usar a língua para refletir amor ao próximo, bem como amor a Deus? Isto é, será que louva ou bendiz a Deus parte do tempo e malha o próximo em outras ocasiões com a mesma língua? Será que até mesmo usa seus lábios para amaldiçoar a Deus, ou emprega mal Seu nome quando fala desfavoravelmente de outros? Estas são perguntas perscrutadoras, mas, lembre-se sempre delas; de modo algum reduza sua importância!
6 O fato de a pessoa ser imperfeita não a desculpa de fazer continuamente o mesmo erro. Se o faz, seu patrão achará inúteis os seus serviços. Assim acontece que “não pode faltar o pecado num caudal de palavras, quem modera seus lábios é um homem prudente. A língua do justo é prata finíssima, o coração dos maus, porém, para nada serve. Os lábios dos justos nutrem a muitos, mas os néscios perecem por falta de inteligência [ou bom motivo]”. Assim, não pare de falar com receio de errar, mas determine manter controlados os seus lábios, e isto é especialmente importante com respeito aos que são notavelmente honrados hoje em dia por Deus para serem ‘pastores’ em ‘nutrirem a muitos’. — Pro. 10:19-21, CBC.
7. (a) A que prática errada se entregam muitas pessoas? (b) Como se poderá evitar isto?
7 É difícil o homem pecaminoso controlar os lábios hoje em dia, quando, por toda a sua volta, há tamanho desrespeito pelas palavras saudáveis. Tantas pessoas estão inclinadas a ‘pagar na mesma moeda’, isto é, de responder com linguagem do mesmo tipo. (Pro. 24:29) Sem pararem para considerar que realmente se estão degradando a um nível inferior que deploram, perdem o controle e permitem que a língua fique descontrolada. O temperamento ruim faz que o homem diga o que pensa quando deveria pensar mais no que diz. Davi foi uma pessoa repetidas vezes provocada à ira. Mas, será que deu vazão a ela? Disse: “Velarei sobre os meus atos, para não mais pecar com a língua. Porei um freio em minha boca, enquanto o ímpio estiver diante de mim.” (Sal. 38:1, CBC; 39:1, Al) Conhecia a tendência pecaminosa do homem: “Com erro me deu à luz, com dores de parto, e em pecado me concebeu minha mãe.” Assim, orou pedindo ajuda: “Põe guarda, ó Jeová, à minha boca; põe um vigia à porta dos meus lábios.” (Sal. 51:5; 141:3) Nós, também, podemos e devemos não só fazer tudo para sujeitar a língua, mas, reconhecendo que “ao caminhante não lhe assiste o poder de dirigir seus passos”, devemos orar a Jeová para fazer-nos cumprir sua vontade. — Jer. 10:23, CBC.
FREANDO A LÍNGUA
8. (a) Que vício temos de evitar, e por quê? (b) Como poderá uma pessoa estigmatizar-se?
8 Este freio colocado em nossa língua não impede que falemos. Mas ajuda a purificar a linguagem. Alguns dizem que acham difícil, depois de se associarem por tanto tempo com as pessoas do mundo, conversar até mesmo por breve tempo sem usar “palavras insultuosas”. O hábito se torna tão difícil de largar como um hábito do álcool, de entorpecentes ou de fumar. Sem lhes ser permitido usar palavras que incluam a Deus ou a Jesus na conversa de forma “licenciosa”, ou a usar palavras vulgares que se acostumaram a usar, sentem a ‘língua presa’. Este é um mau hábito que traz desonra, não só àquele que está viciado a usá-lo, mas também a Jeová Deus, o Criador da língua. Será que simplesmente devemos dar de ombros e continuar a usar o nome de Deus de modo indigno quando sabemos que isso entristece a ele? Há alguma defesa lógica para o hábito prejudicial? Lembre-se: “Não usarás o nome do Eterno, teu Deus, de modo profano; pois o Eterno jamais eximirá qualquer pessoa que usar seu nome de modo profano.” (Exo. 20:7, Moffatt, em inglês) Não há nada elogioso a respeito de tal linguagem. Ao passo que a pessoa talvez não compreenda, quem emprega tal linguagem automaticamente se estigmatiza e se coloca numa classe distinta. Não há nada do que se jactar. “Proferem impiedades e falam cousas duras, vangloriam-se os que praticam a iniqüidade.” — Sal. 94:4, ALA.
9. Que razões bíblicas ditam que os cristãos hodiernos controlem a língua?
9 Os cristãos estão autorizados a ser “embaixadores, substituindo a Cristo”, para brilharem “como iluminadores no mundo”, para “que divulgassem as excelências” daquele que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz’, para serem “a luz do mundo”. (2 Cor. 5:20; Fil. 2:15; 1 Ped. 2:9; Mat. 5:14) Para nos provarmos dignos desta alta honra, temos de manter sob estrito controle aquele pequeno instrumento importante, nossa língua, de modo que não se frustre o propósito mesmo de seu uso no serviço de Deus. O que os cristãos dizem e fazem atualmente reflete-se na mensagem que levam, bem como naquele que representam. Como portadores da luz das boas novas do reino estabelecido de Deus, podem trazer glória a Deus, mas apenas se forem corretos portadores da luz. Assim, “deixai brilhar a vossa luz perante os homens, para que vejam as vossas obras excelentes e dêem glória ao vosso Pai, que está nos céus”. — Mat. 5:16.
10. Por que é importante fazer-se cuidadosa escolha dos amigos, hoje em dia?
10 Alguns estão sempre ‘deixando a língua solta’, aparentemente não se preocupando com o que resulta disso, até mesmo se influi adversamente sobre amigos íntimos. O leitor já aprendeu a evitar tais pessoas; até mesmo se sente contaminado por se associar com elas, temeroso de que sua conduta desconsiderada lhe seja transmitida. Sim, sabe que más associações estragam hábitos úteis, que más conversas corrompem os bons costumes, que a má companhia corrói a boa moral. (1 Cor. 15:33, NM; Ne; Versão Normal Revisada, em inglês) Assim, seja cuidadoso ao escolher amigos. Por que não escolher amigos que tenham resolvido: “Por intermédio dele [Jesus], ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que fazem declaração pública do seu nome”? — Heb. 13:15.
11. (a) Ao que pode levar a linguagem impensada e descontrolada? (b) Como poderá a pessoa corrigir um dano causado por meio duma palavra mal proferida, e quando?
11 Desculpas tais como ‘sinto muito’, ‘não queria dizer bem isso’, ‘foi um lapso da língua’, ‘falei sem pensar’, ajudam até certo ponto a curar feridas causadas sem intenção, quando a pessoa não controla a língua. Mas, quão muito melhor é pensar antes de falar! Quão muito melhor é a mente orientar a linguagem em sentido construtivo! Que calamidade pode causar a linguagem impensada! A linguagem descontrolada usualmente é linguagem impensada. Pode levar à desunião, à divisão, a mágoas. Quem deseja observar os dois grandes mandamentos do amor a Deus e amor ao próximo tem, por conseguinte, de frear a língua. Mas, quando alguém, sem intenção, por meio de linguagem impensada, fere a outrem, deveria ser o suficiente humilde para engolir seu orgulho e pedir desculpas, pedir perdão. Não deveria permitir que a brecha se ampliasse. Deveria saná-la na primeira oportunidade. Não deveria deixar que o sol se pusesse sobre ele em estado provocado. É elogiável corrigir indiscrições na linguagem. Não só a pessoa sanará o que poderia tornar-se uma ferida profunda, mas sua própria consciência ficará limpa perante Deus e a pessoa ofendida. — Efé. 4:26; Atos 24:16; Efé. 4:31, 32; Mat. 5:22.
12, 13. (a) Por que o cristão não deve usar “lábios suaves” ou uma “língua doble”? (b) Que perigo existe em se dar ouvidos à “linguagem suave”?
12 Davi apontou profeticamente para os dias em que vivemos, afirmando: “Pois as pessoas fiéis desapareceram dentre os filhos dos homens. Continuam a falar falsidade uns aos outros; continuam a falar com lábio suave, até com coração dúplice. Jeová cortará todos os lábios suaves, . . . os que têm dito: ‘Com a nossa língua prevaleceremos. Nossos lábios estão conosco. Quem será senhor de nós?’” (Sal. 12:1-4) Atualmente, os que têm “coração dúplice” são como os sacerdotes e anciãos infiéis que ainda permaneceram em Jerusalém depois de um número representativo ser levado cativo para Babilônia em 617 A. E. C. Ezequiel registra sua jactância e justificativa apresentada para se empenharem na adoração pagã falsa e detestável: “Jeová não nos vê.” (Ezequiel, capítulos 8 e 9) Pedro aconselha a respeito de tal coração dúplice e tal língua doble: “Aquele que amar a vida e quiser ver bons dias, refreie a sua língua do que é mau e os seus lábios de falar engano.” (1 Ped. 3:10) Ecoou as palavras de Salomão em Provérbios 4:24: “Remove-te da perversidão de linguagem; e o desvio dos lábios coloca bem distante de ti mesmo.” Um dos requisitos para o servo ministerial da congregação cristã é que não seja de “língua dobre”. A conversa macia, a linguagem lisonjeira e as saudações pias visam seduzir ou desviar os corações dos inocentes ou incautos. — 1 Tim. 3:8; Rom. 16:18; Mat. 23:6, 7.
13 Com demasiada freqüência, hoje em dia, as pessoas gostam de sentir comichão nos ouvidos. Apreciam uma ‘religião suave’. Gostam de ouvir coisas que lhes dêem a sensação de segurança e de bem-estar, não necessariamente as coisas que as despertariam às suas responsabilidades. Paulo disse que viria o tempo “em que não suportarão o ensino salutar, porém, de acordo com os seus próprios desejos, acumularão para si instrutores para lhes fazerem cócegas nos ouvidos; e desviarão os seus ouvidos da verdade”. (2 Tim. 4:3, 4) Assim, evite aqueles que usam linguagem lisonjeira, que se empenham em suave conversa doble, pois “mais suaves do que manteiga são as palavras de sua boca, mas seu coração está disposto a lutar. Suas palavras são mais macias do que o azeite, mas são espadas desembainhadas” que podem causar incalculável dano. Davi bem que poderia falar as palavras registradas no Salmo 55:21. Nos dias de Jesus (como nos dias de Isaías) havia tal ‘conversa doble’ que denunciou, citando o que Deus dissera mediante o profeta Isaías: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está muito longe de mim. É em vão que persistem em adorar-me, porque ensinam por doutrinas os mandados de homens.” — Mat. 15:8; Isa. 29:13.
USANDO-A POSITIVAMENTE PARA O BEM
14. O que está envolvido em se controlar a língua?
14 O controle da língua não se limita a evitar dizer coisas que desonram a Deus e ao homem, assim como a aprovação do patrão duma pessoa não é granjeada por evitar fazer erros. Há o lado positivo. Controlar a língua significa usá-la para honrar o Criador, a si mesmo e ao seu próximo. Que uso valioso é feito da língua, quando ela é utilizada para apoiar o nome, a supremacia e o reino de Jeová Deus! Todo cristão deveria resolver em seu coração reservar algum tempo, todo dia, para fazer exatamente isso, e a resolução deve ser feita agora. Não há tempo mais oportuno. — Col. 4:5, 6.
15. De que várias formas pode a língua ser usada para efetuar uma obra curativa?
15 Atualmente, o uso elevado da língua pode ser aplicado praticamente a toda fase de nossa vida. “Maçãs de ouro sobre prata gravada: tais são as palavras oportunas.” (Pro. 25:11, CBC) Na verdade, “o falador fere como golpes de espada, a língua dos sábios, porém, cura”. (Pro. 12:18, CBC) O controle perfeito da língua talvez esteja além do nosso alcance neste atual sistema iníquo de coisas, mas, para a maioria das pessoas, é possível uma obra maior de cura com a língua do que estão conseguindo. As palavras da língua que curam podem ser proferidas num lar, quando um membro da família está enfermo; quando alguém é ferido; em tempo de tristeza; quando há preocupações com a saúde, insegurança ou falhas; palavras confortadoras podem ser ditas quando há temor de que outros não gostem da pessoa; ou até para compensar o temor de se achar só. A pessoa de visão pode falar dos verdadeiros valores e pode ajudar a vencer ansiedades. “A aflição no coração do homem o deprime, uma boa palavra restitui-lhe a alegria.” — Pro. 12:25, CBC.
16. Quando é mesmo que se pode dar verdadeiro conforto, e como, nessa ocasião?
16 Assim como um médico é inútil a menos que saiba curar, ou, pelo menos, fornecer alguma melhora, assim também, a menos que a pessoa saiba como transmitir aos necessitados uma “boa palavra”, ela, com efeito, está com a língua presa. Assim, controlar a língua significa usá-la eficazmente. O estudo diligente da Palavra de Deus, a Bíblia, é recompensador. A Bíblia é a única fonte de verdadeiro conforto, pois é a palavra do Deus de todo conforto. É a Jeová Deus que nos voltamos de modo que possamos ter a língua corretamente orientada e assim usar nossa língua para o bem. Em Isaías 50:4 (Al), o profeta disse: “O Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado.” Para confortar os cansados, os esgotados, precisamos de tal língua erudita e deveríamos suplicar a Jeová para no-la conceder. Ele acolhe a oração do justo, conforme Tiago nos assegura: “A súplica do justo, quando em operação, tem muita força.” Assim, tal oração, “em operação”, tem de ser acompanhada de obras. — Tia. 5:16; 2:14-26.
17. O que garante a direção correta da língua?
17 A mente educada é responsável pela direção correta da língua. Assim, a mente deve ser alimentada com a verdade. Tem de ser guiada pela força ativa de Deus, seu espírito santo, de modo que possa orientar a língua a proferir “as declarações de Jeová [que] são declarações puras, como prata refinada numa fornalha de terra, clarificada [purificada] sete vezes”. (Sal. 12:6) Há um grupo de pessoas, atualmente, que oraram pedindo tal orientação divina e a tem aceito, e dedicaram a vida para servir a Jeová. Têm suplicado: “Faze-me conhecer os teus próprios caminhos, ó Jeová; ensina-me as tuas próprias veredas. Faze-me andar na tua verdade e ensina-me, pois tu és meu Deus de salvação.” (Sal. 25:4, 5) Por isso, usam seu tempo, seu esforço e os recursos que possuam para fazer as coisas que agradam a Deus. São uma organização de pessoas que falam. Esforçam-se em exercer estrito controle sobre a língua. Não têm a língua presa. Ficariam constrangidos se não pudessem usar a língua. Mais do que isso, seriam infiéis à sua comissão. (1 Cor. 9:16) Discernem, por conseguinte, a necessidade de renderem de forma inteligente os seus louvores. Assim, estudam a Bíblia.
18. Quão valioso é o estudo congregacional, mas, o que mais é parte necessária de nossa adoração a Deus?
18 Um estudo da Bíblia é necessário para render adoração aceitável a Deus. Não há substituto para o estudo pessoal, mas isso não basta. Por este motivo, as testemunhas de Jeová por toda a terra (exceto nos países em que as autoridades demonistas, contrárias a Deus, quer políticas quer religiosas, impeçam isso pela lei totalitária) fazem arranjos de ter cinco ocasiões, cada semana, para se reunirem a fim de estudarem juntas a Palavra de Deus e também para considerar como podem usar melhor suas línguas em louvar a Deus. Compreendem que adorar a Deus envolve mais do que se reunirem; têm de ‘obedecer à mensagem’ e não ‘simplesmente ouvi-la’ para ter a aprovação de Deus. Assim, acham-se interligadas o controle da língua e a nossa adoração a Deus. O servo de Deus tem de ser um louvador diário de Deus: em casa, com sua família, em associação com amigos, no trabalho, na escola, e na diversão. Jamais deverá “descuidar a vigilância” e deixar temporariamente de usar de maneira correta a língua controlada. Temos de lembrar-nos de que “nos temos tornado um espetáculo teatral para o mundo, tanto para anjos como para homens”. — 1 Cor. 4:9; Tia. 1:22.
19, 20. (a) Descrevam um uso especialmente desfrutável da língua. (b) Que inescapável responsabilidade pesa sobre os que são ajudados?
19 Não se deve desperceber o louvor diário a Deus no ministério de porta em porta. Que uso desfrutável e recompensador da língua! Em tal serviço a língua, sendo posta à prova, é verdadeiro poder para o bem. As pessoas de coração honesto buscam conhecer o que podem fazer a fim de terem o favor de Deus, como podem habilitar-se a ser “homens de boa vontade” e obter a vida. As testemunhas de Jeová sentem-se felizes de ter o privilégio de agir como ‘salva-vidas’, levando a “palavra da vida” a tais pessoas, sentando-se com elas em seus lares e estudando a Bíblia e mostrando-lhes o que é exigido a fim de se colocarem em linha para a vida. Não é de se admirar que exclamem, como fizeram os emissários enviados para prender Jesus: “Nunca homem algum falou como este” homem. Quão diferente isso é das coisas usuais que ouvem!
20 Tais honestos buscadores da justiça compreendem que, depois de serem ajudados a atingir o conhecimento exato da verdade, têm então uma responsabilidade; que, depois de terem recebido, têm então de dar, e verificam que se trata duma responsabilidade jubilosa, como Jesus disse que verificariam. (Atos 20:35) A declaração de Salomão se aplica então a eles: “Não negues um benefício a quem é devido, quando está em tuas mãos fazer isto. Não digas ao teu próximo: ‘Vai! Volta depois, eu te darei amanhã’, quando dispões de meios.” (Pro. 3:27, 28, CBC) Reter informações vitalizadoras por manter fechada a boca por qualquer motivo poderá resultar na perda da vida, tanto para aquele que retém as informações como para aquele a quem foram negadas. Mas, o uso correto da língua pode trazer vida a ambos. “Está escrito: ‘Por minha vida’, diz Jeová, ‘todo joelho se dobrará diante de mim e toda língua reconhecerá abertamente a Deus.’ Assim, pois, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.” — Rom. 14:11, 12.
21. Que ajuda adicional é provida?
21 A pessoa não precisa sentir-se angustiada atualmente por sua falta de habilidade em extrair da Bíblia as verdades tão necessárias para que aprenda a agradar a Deus. Atualmente, Jeová tem sua organização do seu “escravo fiel e discreto” na terra para prover o alimento espiritual neste “tempo apropriado”. (Mat. 24:45-47) A tal organização se associam 24.900 congregações por toda a terra, hoje em dia. Há uma congregação na sua vizinhança. Poderá identificar o local de reuniões pelo letreiro familiar: SALÃO DO REINO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ. Tal organização provê compêndios bíblicos em 166 línguas para ajudar as pessoas de toda nacionalidade. Esta revista, A Sentinela, é ela própria publicada em 74 idiomas e, na última impressão, a edição era de 5.000.000 de exemplares. Adicionalmente, a tal organização se associam mais de um milhão e cem mil pessoas que se empenham ativamente em usar a língua para magnificar o Soberano Supremo do universo, Jeová Deus, e exercer amor ao próximo. Tal amor é indicado por suas visitas persistentes a pessoas de todas as raças, línguas e convicções religiosas, a fim de ajudá-las a ter melhor apreciação do Pai celeste, de modo que possam ‘ser salvas e venham a ter um conhecimento exato da verdade’. (1 Tim. 2:4) Acolha-as quando visitarem o seu lar para lhe prestar tal ajuda.
22. Que erro mortífero cometeram Adão e Eva, e, assim, o que deve toda criatura atualmente resolver fazer?
22 Nossos pais comuns, Adão e Eva — criados à imagem e semelhança de Deus, com sua inquestionável habilidade de usar perfeitamente a língua para honrar seu Criador, desonraram-no e difamaram-no por tomarem o lado daquele que empregou mal a língua, o mentiroso original, o Diabo. Perderam o direito à vida futura. O privilégio de usar esse instrumento divinamente provido, a língua, de forma correta se estende ao homem atualmente. Todos os que buscam a verdade deveriam reconhecer Jeová como sendo o dador de todas as boas dádivas, inclusive a dádiva de linguagem, e dedicar-se inteiramente a Ele. Estamos no limiar da nova ordem de Deus sob o Seu eterno reino de justiça. Durante a nova ordem, “tudo que respira” louvará a Jeová. (Sal. 150:6) Inversamente, todo que não render tal louvor não se achará entre os que respiram. “Agora é o tempo especialmente aceitável” de usar nossas vozes para honrar nosso Criador, este proceder nos conduzindo à vida. (2 Cor. 6:2) A oração de cada pessoa deve ser: “Que os dizeres de minha boca e a meditação do meu coração se tornem agradáveis diante de ti, ó Jeová, minha Rocha e meu Redentor.” — Sal. 19:14.