As Escrituras Sagradas suprem as necessidades espirituais

“De Jeová são os passos do homem fisicamente capaz.” — Pro. 20:24.

 1. Como é que Jeová se tem magnificado como o grande Provedor de Alimento?

ALIMENTO, abrigo, roupa — todas as três coisas são necessidades da vida. O Criador do homem, Jeová Deus, está bem a par disso e realmente age de forma a suprir tais necessidades. Forneceu ao primeiro homem e à primeira mulher, Adão e Eva, a vegetação e as frutas como alimento. (Gên. 1:29) Mais tarde, nos dias de Noé, depois do Dilúvio global, Deus adicionou a carne animal à dieta do gênero humano, embora proibisse que se comesse sangue. (Gên. 9:3, 4) Até os dias atuais, Jeová “faz o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e faz chover sobre justos e sobre injustos”. (Mat. 5:45) Assim, continuam os ciclos da terra, sobeja a vida vegetal e animal, e Jeová é magnificado como o grande Provedor de Alimento.

 2. Que parte desempenha a atmosfera em manter a vida humana na terra, e como tem sido provido o abrigo essencial à vida aqui?

² Deus criou a terra como lar para o gênero humano, um lugar abrigado e apropriado num vasto universo. Várias características a tornam o único planeta conhecido atualmente pelo homem que é capaz de manter a vida humana. No tocante a apenas um destes fatores, tem-se dito: “Entre muitas outras funções, a atmosfera também mantém a temperatura dentro dos limites seguros para a vida; e leva bem terra adentro o suprimento vital de recém-produzido vapor d’água dos oceanos, a fim de irrigar a terra, sem o que ela se tornaria um deserto sem vida.”a Podemos regozijar-nos de que “o Artífice do céu e da terra” tem dado este planeta “aos filhos dos homens”. (Sal. 115:15, 16) Mas, Jeová também deu a inteligência ao homem. Utilizando-a, bem como as matérias-primas que a terra supre em abundância, seria possível construir habitações apropriadas e se ter o abrigo essencial à vida.

 3. Como tem Jeová provido a roupa necessária?

³ A roupa adequada é outra necessidade humana. Depois de Adão e Eva pecarem, ficaram envergonhados e procuraram cobrir-se. Misericordiosamente “Jeová Deus passou a fazer longas vestimentas de pele para Adão e para sua esposa, e a vesti-los”. (Gên. 3:6, 7, 21) Ademais, por meio do arranjo divino, a própria terra fornece os materiais necessários de modo que o homem, dotado de inteligência pelo seu Criador, pode confeccionar a roupa necessária.

 4. O que deveríamos reconhecer quanto à fonte do alimento, do abrigo, da roupa e de todas as boas dádivas?

⁴ Jeová é, por conseguinte, o grande Provedor de alimento, abrigo e roupa. Com efeito, “toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes celestiais”. (Tia. 1:17) O idoso Rei Davi e seus co-israelitas contribuíram para o templo a ser construído por Salomão, mas Davi teve de admitir: “Ó Jeová, nosso Deus, toda esta abundância que temos preparado para construir-te uma casa para o teu santo nome, de tua mão provém, e a ti tudo isso pertence.” (1 Crô. 29:16) Quão gratos devemos ser de que Jeová, a quem pertencem “os animais sobre mil montes” e “a terra produtiva e sua plenitude”, graciosamente supriu as necessidades físicas do gênero humano! — Sal. 50:10-12.

JEOVÁ SUPRE MAIOR NECESSIDADE

 5. Com que anseio foi criado o gênero humano com respeito à adoração? Pode ser satisfeito?

⁵ Mas, é preciso satisfazer a maior necessidade humana também. O gênero humano foi criado com o anseio de adorar a Deus. Em seu livro Man, God and Magic (O Homem, Deus e a Mágica), comenta Ivar Lissner: “Não deixa de causar admiração a perseverança com que o homem se tem esforçado, no decorrer de sua história, de ir além de si mesmo. Suas energias jamais foram orientadas unicamente para com as necessidades da vida. Sempre procurando, tateando em seu caminho adiante, aspirando o inatingível. Este anseio estranho e inerente no ser humano é sua espiritualidade. Constantemente o leva em direção a um alvo que está um pouco além de seu alcance. E tal alvo é Deus.” (Páginas 11, 12) Deveras, multidões têm tateado em busca de Deus e muitos também o encontraram. Aos seus ouvintes na Colina de Marte na antiga Atenas, disse certa vez o apóstolo Paulo: “O Deus que fez o mundo e todas as coisas nele . . . dá a todos vida, e fôlego, e todas as coisas. E ele fez de um só homem toda nação dos homens, para morarem sobre a superfície inteira da terra, e decretou as épocas designadas e os limites fixos da morada dos homens, para buscarem a Deus, se tateassem por ele e realmente o achassem, embora, de fato, não esteja longe de cada um de nós.” (Atos 17:24-27) O Deus Onipotente, que está acima de todos e não tem par, “condescende em considerar o céu e a terra”, e a respeito dele, diz-se: “Jeová está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em veracidade.” (Sal. 113:5, 6; 145:18) Mas, como é que aqueles que sinceramente tateiam em busca de Deus o podem encontrar?

 6. Além de prover as coisas materiais para o proveito do homem, de que outro modo se distingue Jeová qual Provedor?

⁶ Jeová não tem provido apenas as coisas materiais para o proveito do homem. Também se distingue qual Autor e Preservador da Bíblia, sua própria Palavra. O gênero humano precisa desta maravilhosa provisão espiritual, pois, citando Moisés, disse Jesus Cristo: “O homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Jeová.” (Mat. 4:4; Deu. 8:3; 2 Tim. 3:16, 17) O homem imperfeito não consegue orientar com êxito seus próprios passos pela simples sabedoria humana. Deveras verídicas são as palavras de Provérbios 20:24: “De Jeová são os passos do homem fisicamente capaz. Quanto ao homem terreno, como pode discernir seu caminho?” O favor de Deus paira sobre aqueles que reconhecem sua dependência dele e ele os orienta, suprindo-lhes as necessidades espirituais, assim como comentou o salmista Davi: “Por Jeová tem sido preparados os próprios passos do homem fisicamente capaz, e Ele se deleita no caminho dele.” — Sal. 37:23.

 7. Dêem exemplos para mostrar que os homens de várias rodas da vida têm considerado com respeito à Bíblia.

⁷ Os homens de várias rodas da vida têm considerado a Bíblia com profundo respeito. Note o que se tem dito sobre isso: “A Bíblia é a comunicação de Deus, a carta de Deus, para o homem.” (Merlin Grant Smith, matemático e astrônomo) “Existe a Revelação Divina Especial. Outro nome para ela é a Bíblia.” (Oscar Leo Brauer, físico e químico) “Creio que a Bíblia é a melhor dádiva que Deus já deu ao homem.” (Abraão Lincoln, presidente dos Estados Unidos) “A Bíblia está marcada com a Especialidade de Origem, e imensurável distância a separa de todos os competidores.” (W. E. Gladstone, estadista britânico)b Isto bem representa o testemunho de muitas pessoas refletidas.

8, 9. Qual era a atitude dos cristãos primitivos para com as Escrituras? Prove a sua resposta.

⁸ Os servos de Jeová têm prezado as Escrituras. Por isso, os cristãos primitivos, por exemplo, desejaram possuí-las na forma mais utilizável possível. Escrevendo sobre o assunto “Os Mais Primitivos Livros Cristãos”, disse C. C. McCown: “O caráter simples, prático e não literário do Cristianismo primitivo é destacado pelo que provam as descobertas recentes a respeito de sua utilização do códice. Os livros religiosos dos cristãos, tanto o Velho Testamento como os novos escritos que estavam em processo de se tornarem sagrados, não se prestavam à leitura descansada dos abastados. As pessoas trabalhadeiras do comércio desejavam incluir tanto quanto pudessem num livro. Elas e os fervorosos missionários cristãos desejavam poder consultar rapidamente a este ou àquele texto de prova sem terem de desenrolar muitos metros de papiro. Não estavam dominadas por quaisquer esnobes pretensões literárias. Semelhante ao conteúdo dos livros, a forma em que apareciam era produto da moral vital e do espírito religioso que em cerca de dois séculos conquistou o Império Romano.” — The Biblical Archaeological Reader, página 261.

⁹ Semelhante às hodiernas testemunhas de Jeová, os cristãos primitivos se sentiam gratos em ter a Palavra de Deus. Por causa da atitude apreciativa demonstrada pelos de Tessalônica, o apóstolo Paulo pôde escrever-lhes: “Deveras, é também por isso que agradecemos a Deus incessantemente, porque quando recebestes a palavra de Deus, que ouvistes de nós, vós a aceitastes, não como a palavra de homens, mas, pelo que verazmente é, como a palavra de Deus, que também está operando em vós, crentes.” — 1 Tes. 2:13.

O GUIA DADO POR DEUS PARA A ADORAÇÃO

10, 11. (a) Como é que as Escrituras suprem vital necessidade espiritual em relação com o nome divino? (b) Por que meio será santificado o nome de Jeová, e isto resultará em satisfazer que necessidade humana?

¹⁰ A própria criação material dá testemunho silencioso da existência de Deus. Por exemplo, os céus declaram a Sua glória. (Sal. 19:1) Todavia, tais coisas inanimadas não podem revelar o nome do Soberano Universal nem falar sobre seus propósitos. Por outro lado, as Escrituras, sendo a Palavra de Deus, são semelhantes a uma lâmpada que ilumina o lugar em volta da pessoa e dissipa as trevas. (Sal. 119:105, 130) Revelam o maior de todos os nomes, identificando o Altíssimo como Aquele “cujo nome é Jeová”. (Sal. 83:18) A Bíblia também deixa bem claro que Deus santificará seu nome memorável, pois nela declara Jeová: “Certamente santificarei o meu grande nome, que tem sido profanado entre as nações, que vós [Israel] tendes profanado entre elas; e as nações saberão que eu sou Jeová.” (Eze. 36:22, 23) Jesus Cristo ensinou seus seguidores a orar: “Pai, santificado seja o teu nome.” (Luc. 11:2) Para ter a aprovação de Deus e a vida, a pessoa tem de conhecer Seu nome, preocupar-se com a santificação do mesmo, invocá-lo, pois “todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo”. (Rom. 10:13; Joel 2:32) Por conseguinte, as Escrituras Sagradas suprem vital necessidade espiritual ao fornecerem informações a respeito do nome divino.

¹¹ A Bíblia também mostra que o nome de Jeová será santificado e exaltado altamente por meio do reino de Deus às mãos de Jesus Cristo. (Sal. 45:1-7; 110:1, 2; Isa. 9:6, 7; Dan. 2:44; 7:13, 14; Rev. 11:15-17; 12:5, 10; 19:11-16) Sob sua regência, as necessidades espirituais e materiais do gênero humano serão completamente satisfeitas. (Isa. 11:9; 65:20-25; Sal. 67:6; 72:16) O homem então ficará protegido das devastações da guerra, pois as espadas e as lanças serão transformadas em implementos que sirvam a fins pacíficos e construtivos. (Miq. 4:3, 4) A respeito das atividades pacíficas de Jeová no futuro próximo, declara o Salmo 46:9 (Al): “Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra: quebra o arco e corta a lança: queima os carros no fogo.” Certamente, por este meio serão plenamente satisfeitos o desejo e a necessidade naturais humanos de segurança e paz. Há, certamente, motivo de se expressar gratidão a Deus pelas Escrituras, que provêem a instrução de que se precisa para se obter a vida eterna sob tais condições abençoadas. — João 17:3.

12. O que revela a Bíblia em relação com o amor de Deus pelo homem que fornece base para verdadeira esperança?

¹² A Bíblia também revela que Jeová é um Deus de amor e que “o amor ao homem da parte de nosso Salvador, Deus”, por meio de Jesus Cristo “se manifestou”. Pelas Escrituras, os cristãos aprenderam que Deus o enviou “como sacrifício propiciatório pelos nossos pecados”. (Tito 3:4-7; 1 João 4:8-10) Sim, a Palavra de Deus delineia claramente o propósito de Jeová em relação com o sacrifício de resgate de Cristo e assim fornece base para verdadeira esperança. — João 3:16, 36; 1 Tim. 2:5, 6.

13, 14. (a) Dêem exemplos de práticas religiosas das nações pagãs que cercavam Israel. (b) De que modo tem Jeová suprido a orientação que torna possível evitar a adoração falsa?

¹³ Agora, considere os israelitas. Estavam cercados de nações pagãs que prestavam devoção a muitos deuses falsos. Por exemplo, os vizinhos fenícios e cananeus de Israel adoravam a deusa Astarote, ou Astarté, a respeito da qual está escrito: “Em Babilônia, Ishtar, cujo nome é cognato de Astarté (Ashtart), era identificada com Vênus. Era a deusa do amor sexual, da maternidade e da fertilidade. A prostituição como rito religioso no serviço desta deusa, sob vários nomes, é amplamente comprovada.” (The Westminster Dictionary of the Bible, página 46) Os amonitas adoravam Moleque, em cujos ritos sacrificavam-se crianças. — 1 Reis 11:7; 2 Reis 23:10.

¹⁴ Mas, Jeová suprira espiritualmente a Israel o que a nação precisava a fim de evitar tais práticas religiosas. Ele lhes dera sua Palavra, na qual lhes fora ordenado evitar alianças matrimoniais religiosamente prejudiciais com os pagãos. (Deu. 7:3, 4) Também ordenou: “Não deves ter quaisquer outros deuses diante da minha face.” (Êxo. 20:3) Ademais, nos Dez Mandamentos, instruiu-se também a Israel que rendesse adoração exclusiva a Jeová, bem como evitasse a imoralidade, que certamente incluiria “a prostituição como rito religioso”. (Êxo. 20:4-6, 14) Daí, também, mediante o profeta Jeremias, Jeová condenou a adoração impura que consistia em sacrificar os filhos no fogo a um deus falso como Moleque. Jeová nem ordenou tal coisa, nem lhe passou pelo coração. (Jer. 32:35) Naturalmente, Israel nem sempre aderiu aos requisitos de Deus. Havia, porém, adoradores leais de Jeová naquela nação e a Palavra de Deus os salvaguardava da religião impura. A Bíblia faz a mesma coisa pelas pessoas de disposição justa, atualmente, habilitando-as a adorar a Jeová Deus “com espírito e verdade”. — João 4:23, 24.

ORIENTAÇÃO QUANTO AO MODO DE VIDA APROPRIADO

15. Citem certos modos pelos quais as Escrituras suprem as necessidades espirituais ao fornecerem à pessoa a orientação apropriada na vida.

¹⁵ As Escrituras também suprem as necessidades espirituais ao fornecerem orientação apropriada para a vida. Por exemplo, identificam as obras da carne e dão aviso contra elas, contrastando-as com o fruto do espírito e mostrando que “os que pertencem a Cristo Jesus penduraram na estaca a carne com as suas paixões e desejos”. (Gál. 5:19-24) Se a pessoa der ouvidos à Bíblia, não cederá a tais emoções prejudiciais como a raiva ou ao ciúme, pois ela diz: “Deixa a ira e abandona o furor; não te mostres indignado ao ponto de fazeres o mal.” “O coração calmo é a vida do organismo carnal, mas o ciúme é podridão para os ossos.” (Sal. 37:8; Pro. 14:30) Por se manter vigilante através da aplicação da Palavra de Deus, evita-se também a imoralidade. (Sal. 119:9-16) A pessoa compreende que a conduta imoral não é algo em que devam tomar parte aqueles que desejam agradar a Jeová e anseiam obter a vida sempiterna. (1 Cor. 6:9, 10) Por meio de Provérbios, capítulo sete, pode aprender a ficar em guarda contra os engodos astutos duma prostituta, tal capítulo concluindo com a admoestação: “Portanto, ouve-me agora, meu filho, e presta atenção às palavras de minha boca. Não se transvie o teu coração atrás dela, nem te deixes extraviar nas suas veredas, porque a muitos fez cair feridos, e são numerosos os mortos por ela. A sua casa é caminho para o seol, a qual conduz até aos mais tenebrosos abismos da morte.” — Pro. 7:24-27, PIB, margem.

16. Qual é o motivo básico de os servos de Jeová acatarem as Escrituras?

¹⁶ Há séculos atrás, instou-se com Israel: “Procurai o que é bom, e não o que é mau, a fim de que possais continuar vivendo; e para que assim Jeová, o Deus dos exércitos, possa continuar a estar convosco, assim como dissestes. Odiai o que é mau, e amai o que é bom, e dai à justiça um lugar à porta. Talvez aconteça que Jeová, o Deus dos exércitos, mostre favor aos remanescentes de José.” (Amós 5:14, 15) O motivo básico pelo qual os servos de Jeová acatam as Escrituras não é somente para evitar dificuldades ou angústias. Vieram realmente a ‘odiar o que é mau e a amar o que é bom’. Também, desejam agradar a Jeová e alegrar o coração dele. — Pro. 27:11.

SATISFAZENDO A NECESSIDADE DE PROFECIAS FIDEDIGNAS

17, 18. Como é que as Escrituras satisfazem o desejo de se obter conhecimento quanto ao futuro? Dêem exemplo.

¹⁷ Atualmente, muitos homens sentem grande temor e ansiedade quanto ao futuro. Por isso, semelhantes ao Rei Saul, alguns procuram obter conhecimento do futuro por consultarem médiuns espíritas, um proceder que é condenado por Deus. (1 Sam. cap. 28; Deu. 18:10-12) Haveria satisfação em sabermos, contudo, o que o amanhã nos reserva. Neste caso, novamente, as Escrituras suprem vital necessidade. Contêm profecias fidedignas, fato que pode ser demonstrado vez após vez. Todavia, até mesmo breves exemplos ajudam a fortalecer a fé.

¹⁸ Jeová inspirou o profeta Oséias a escrever: “Samaria será punida (porque ela se revoltou contra o seu Deus). Seus habitantes cairão sob os golpes da espada, seus filhinhos serão esmagados, e rasgados os ventres de suas mulheres grávidas.” (Osé. 13:16, CBC) Apesar de suas muralhas maciças que deviam parecer inexpugnáveis, Samaria realmente caiu diante dos assírios em 740 A. E. C., cumprindo esta profecia.

19, 20. (a) Em que consistia a visão de Daniel sobre um carneiro e um bode? (b) Como explicou Gabriel esta visão, e foi correta a explicação dele?

¹⁹ Em visão, o profeta Daniel contemplou um carneiro de dois chifres, daí, um bode que tinha conspícuo chifre entre os olhos. Atacou o carneiro e o abateu, quebrando-lhe os dois chifres. Subseqüentemente, o grande chifre do bode se quebrou e surgiram no lugar dele quatro chifres. (Dan. 8:1-8) O que tudo isso significava? Explicou o anjo Gabriel: “O carneiro dotado de dois chifres, que viste, indica os reis da Média e da Pérsia. O bode hirsuto é o rei da Grécia, e o grande chifre que havia entre os seus olhos é o primeiro monarca. O fato de, quebrado aquele, terem nascido quatro chifres em seu lugar, indica que surgirão quatro reinos da sua nação, não, porém, com a força dele.” — Dan. 8:20-22, PIB.

²⁰ Estava certo Gabriel? Naturalmente que estava, conforme provou a História. O carneiro ‘de dois chifres’, o Império Medo-Persa, chegou ao fim. Como? O bode representativo, “o rei da Grécia”, com o conspícuo chifre, Alexandre Magno, derrubou o Império Mundial Medo-Persa. Ademais, em conformidade com a profecia, depois da morte de Alexandre, seus quatro generais, os “quatro chifres”, o substituíram — o “grande chifre” — por se alçarem ao poder.c

21. Dêem exemplos para mostrar como os escritores das Escrituras Gregas Cristãs aplicaram as profecias messiânicas das Escrituras Hebraicas a Jesus Cristo.

²¹ As Escrituras também preenchem vital necessidade por identificarem o Messias. E note-se que tem havido muitos falsos Messias. A respeito deles, diz a Cyclopaedia de M’Clintock e Strong: “Nada menos de vinte e quatro de tais impostores têm sido enumerados como tendo surgido em diferentes lugares e em diferentes épocas; e até mesmo isto não esgota a lista.” (Vol. VI, página 141) Dezenas de profecias messiânicas registradas nas Escrituras Hebraicas poderiam ser citadas como tendo sido cumpridas em relação com Jesus Cristo. Não obstante, algumas delas foram diretamente aplicadas a ele, sob inspiração divina, pelos próprios escritores das Escrituras Gregas Cristãs. Considere alguns exemplos. Mateus foi inspirado por Jeová Deus a mostrar que Jesus nasceu duma virgem, conforme predisse Isaías 7:14 (Mat. 1:18-23), que a morte dos bebês depois do nascimento dele cumpria Jeremias 31:15 (Mat. 2:16-18), que foi chamado do Egito, em harmonia com Oséias 11:1 (Mat. 2:14, 15), que teve precursor, em consonância com Isaías 40:3 (Mat. 3:1-3), e que Jesus levou nossas enfermidades, como Isaías 53:4 profetizara. (Mat. 8:16, 17) Atuando sob inspiração divina, o apóstolo João mostrou que Zacarias 9:9 se cumpria quando Jesus entrou em Jerusalém montado num jumentinho (João 12:12-15), que a profecia do Salmo 22:18 foi cumprida depois de Jesus ser pendurado na estaca, quando os soldados dividiram suas vestes entre eles mesmos e lançaram sorte para ver quem ficava com sua veste interior (João 19:23, 24) e que não serem quebrados os ossos de Jesus e ser ele transpassado também cumpria profecias. (Compare-se Salmo 34:20 e Zacarias 12:10 com João 19:33-37.) Estes são apenas alguns exemplos de profecias messiânicas das Escrituras Hebraicas serem aplicadas a Jesus pelos próprios escritores inspirados da Bíblia. Mas, até mesmo estas bastam para identificar Jesus Cristo como sendo o Messias nas mentes dos que aceitam a Bíblia inteira como a Palavra de Deus. Podemos ser gratos a Jeová de que as Escrituras suprem tal informação.

22. Por que se pode dizer que a Bíblia não deixa nada a desejar no campo das profecias?

²² As profecias registradas por Oséias, Daniel e outros profetas de Deus deveras se provaram verídicas. Certamente, portanto, pode-se ter confiança naquelas que foram proferidas pelo próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. Indicando nossos dias e a geração final que viveria neste sistema de coisas, Cristo predisse coisas tais como incrementadas guerras, escassez de víveres e terremotos. Tais se acham agora em evidência, provando que a segunda presença de Cristo no poder do Reino é uma realidade. (Mateus, cap. 24) As condições preditas pelo apóstolo Paulo, e que qualificam os “últimos dias”, também existem. (2 Tim. 3:1-5) Tais profecias, comprovadas pelos fatos da História corrente, são tão fidedignas quanto as profecias bíblicas que se cumpriram no passado. Assim, a Bíblia não deixou nada a desejar. Satisfaz a necessidade vital dos dias atuais quanto a informações fidedignas a respeito do futuro. Revela o propósito divino para os nossos dias e fornece o vislumbre dos maravilhosos eventos e bênçãos futuras que Jeová amorosamente propõe para o gênero humano.

23. (a) De que modos, então, suprem as Escrituras Sagradas as necessidades espirituais? (b) Se a pessoa crê na Palavra de Deus, que bênção poderá usufruir neste mundo infeliz?

²³ Verdadeiramente, as Escrituras Sagradas suprem as necessidades espirituais. São um guia dado por Deus para a adoração. Fornecem orientação sobre a maneira apropriada de se viver. E satisfazem a necessidade de profecias fidedignas. Por isso, assim como Jeová demonstra ser o grande Supridor das necessidades materiais — tais como alimento, abrigo e roupa — assim também se tem magnificado como o Provedor de coisas espirituais valiosas e essenciais. Quão gratos devem ser todos os que amam a Deus por Sua indizível bondade para com o gênero humano em prover as Escrituras Sagradas. Se crê na Palavra de Deus, poderá também usufruir a bênção de falar a outros a respeito dos propósitos de Jeová. Fazer isso o tornará feliz, pois, num mundo cheio de angústia e tristeza, declarará assim “as gloriosas boas novas do Deus feliz.” (1 Tim. 1:11) Todavia, a fim de fazer isto alegremente, talvez seja necessário que enfrente certos problemas pessoais na vida. Poderá fazer isto por derivar orientação e conforto das Escrituras.

[Nota(s) de rodapé]

[Foto na página 44]

O bode ataca o carneiro, quebrando seus dois chifres.