Esperança baseada no propósito de Deus, que se vai desenrolando
“Temos esta esperança como âncora para a alma, tanto segura como firme.” — Heb. 6:19.
1. Como se expressaram alguns homens, sábios nas coisas do mundo, a respeito da esperança?
OS ANTIGOS gregos, sábios nas coisas do mundo, faziam pouco da esperança. Adotavam o ponto de vista de que, visto o destino ser imutável, a esperança era uma ilusão. Um deles até mesmo chamou a esperança de “maldição do homem”. Em tempos mais modernos, certo autor inglês disse: “Pior do que a amargura da morte é a esperança.” E o filósofo ateu, alemão, Nietzsche, escreveu: “A esperança é o pior de todos os males, porque prolonga o tormento do homem.”
2. O que se aprendeu em anos recentes sobre o valor medicinal da esperança?
2 Mas, desde então, outros homens chegaram a conclusões inteiramente diferentes sobre a esperança. Um famoso pesquisador da medicina psicossomática verificou que os homens que tinham esperança eram muito mais aptos a sobreviverem a condições de tensão. Outro médico indicou a esperança como única explicação das curas de numerosos padecimentos que intrigavam os médicos. E uma das principais autoridades estadunidenses em doenças mentais devota muitas páginas num compêndio para mostrar o poder da esperança.
3. (a) Como mostrou Jeová que tomou conhecimento de nossa necessidade de esperança? (b) Como se pode ilustrar isso?
3 Nosso Criador, Jeová Deus, conhece ainda melhor a necessidade de esperança do homem, especialmente conforme se relaciona com o bem-estar espiritual (Sal. 103:14) Ele, na sua benevolência, fez provisões para cuidar desta necessidade vital. Além de fazer promessas inspiradoras de esperança, forneceu repetidos indícios de que elas serão cumpridas. Assim proveu uma sempre crescente base para a esperança. Isto pode ser comparado ao que o pai talvez faça, ao deixar os filhos saber o que planeja fazer. O pai talvez queira levar a família inteira a férias de uma semana. Informar ele os filhos disso, dá-lhes base para ter esperança e expectativa. Daí, ao deixá-los ver os preparativos para a viagem, a esperança deles é fortalecida. As possíveis dúvidas sobre realmente tirarem férias são eliminadas.
4. Que propósito teve Deus em mente ao criar a terra e o homem?
4 Assim como o pai pensa nas férias para si e sua família mesmo já antes de mencioná-las aos filhos, assim Jeová Deus teve um propósito para com a terra e o homem mesmo antes de criá-los. A Bíblia mostra que Deus não ‘criou a terra simplesmente para nada, mas formou-a para ser habitada’ por criaturas humanas perfeitas, vivendo sempre num paraíso. Ao criar o primeiro casal humano, declarou seu propósito para com eles, dizendo: “Sede fecundos e tornai-vos muitos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e tende em sujeição . . . toda criatura vivente que se move na terra.” — Isa. 45:18; Gên. 1:28.
5. Que promessa deu ele no Éden para mostrar que seu propósito original para com a terra e o homem não mudara?
5 Quando certo anjo se rebelou e fez de si mesmo Satanás, o Diabo, e Adão e Eva participaram na rebelião dele, mudou Jeová Deus seu propósito com respeito à terra e ao homem? De modo algum, porque naquela mesma ocasião ele proferiu sua primeira profecia, que aguardava o cumprimento deste propósito. Ele declarou: “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o calcanhar.” Nesta promessa (registrada em Gênesis 3:15) havia inerente a esperança de que, por fim, a justiça triunfaria e se cumpriria o propósito de Jeová para com a terra e o homem. Outras partes da Bíblia indicam que esta promessa inspiradora de esperança apontava para um Reino, nas mãos do principal do “descendente” e dum corpo de companheiros leais dele. — Efé. 1:8-12; 1 Ped. 1:18-21; 2:4-9; Rev. 5:9, 10.
A PALAVRA DE JEOVÁ SEMPRE SE MOSTROU VERAZ
6. Por que podemos confiar plenamente nas promessas de Jeová?
6 Por que podemos ter hoje confiança e certeza em que Jeová Deus cumpra esta promessa? Porque, por um lado, ele tem o poder e a sabedoria para a realização de seu propósito. É por isso que ele pode considerar “as coisas que não são como se fossem”. (Rom. 4:17) Por outro lado, podemos ter plena fé naquela original profecia e promessa do Reino, porque Jeová Deus sempre se mostrou fidedigno no cumprimento de sua palavra. (Jos. 21:45) Deus é fiel. — 1 Ped. 4:19.
7, 8. Que exemplos se podem citar quanto à fidedignidade da palavra de Jeová, desde o tempo de Noé até os dias de Salomão?
7 Não se cumpriram as palavras de Deus a Noé com respeito ao grande dilúvio e os meios de sobreviver a ele, quando os iníquos foram destruídos? (Gên. 6:17-19; 8:15-19) Não teve cumprimento a promessa de Deus a Abraão, de que ele e Sara teriam um filho na sua velhice? (Gên. 17:19; 21:1-3) Que dizer da palavra de Jeová a Moisés? Jeová prometeu libertar os israelitas da servidão egípcia e levá-los a uma terra que manava leite e mel. Fez isso? Certamente que sim, conforme atestou Josué: “Vós bem sabeis, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, que não falhou nem uma única de todas as boas palavras que Jeová, vosso Deus, vos falou. Todas elas se cumpriram para convosco. Nem uma única palavra delas falhou.” — Jos. 23:14.
8 Jeová prometeu adicionalmente aos israelitas que, se obedecessem, seriam para ele propriedade especial e teriam bom êxito, paz e prosperidade. Esta promessa cumpriu-se especialmente sob o reinado do Rei Salomão. Por ocasião da dedicação do templo, Salomão podia dizer: “Bendito seja Jeová, que deu ao seu povo Israel um lugar de descanso segundo tudo o que prometeu. Não falhou nem uma única palavra de toda a sua boa promessa que ele fez por intermédio de Moisés, seu servo.” — 1 Reis 8:56; Deu. 4:3-8, 37-40.
9. Que acontecimentos nos últimos dias da história de Israel mostram que a palavra de Jeová é fidedigna?
9 Mas, Jeová Deus advertiu também que, se se desviassem dele, seriam punidos. De fato, predisse que iriam para o exílio babilônico. Fiel à sua palavra, quando se desviaram dele, Jeová deveras os puniu. (Deu. 31:29; Isa. 39:5-7; 2 Crô. 36:15-21) Do mesmo modo, em harmonia com a sua promessa, restabeleceu um restante arrependido na sua pátria. (Lev. 26:41-45; Esd. 1:1-3) Finalmente, pela boca de seu maior profeta, seu próprio Filho, Jesus Cristo, Jeová predisse outra desolação de Jerusalém. Esta se cumpriu em 70 E. C., quando os exércitos romanos sob o General Tito, destruíram Jerusalém e seu glorioso templo. (Luc. 19:41-44) Não há dúvida, Jeová mostrou-se fiel e fidedigno, sempre cumprindo sua palavra. Sim, conforme nos assegura o apóstolo Paulo: ‘Deus não pode mentir.’ — Tito 1:2; Heb. 6:18.
BASE CUMULATIVA PARA FÉ
10. O que fez Jeová para fortalecer nossa esperança?
10 Não só se fortalece nossa esperança no cumprimento da promessa do Reino, por Jeová, por motivo de ele ter cumprido sua palavra em tantos outros casos, mas ela se fortalece também por vermos o cumprimento de seu propósito na sua grandiosa realização. Desde o começo, por meio de muitos atos sobrenaturais, Jeová tem dado evidência a homens fiéis de que sua original profecia do Reino será cumprida.
11, 12. Como serviram o Dilúvio e os tratos de Jeová desde o tempo de Abraão até Moisés para fortalecer a esperança de seus servos na profecia edênica?
11 O que apoiou aquela primeira profecia do Reino foi o dilúvio dos dias de Noé. Como? Ora, o Dilúvio foi expressão do interesse de Jeová na terra. Proveu evidência inegável de que Deus nem sempre deixaria prevalecer a iniqüidade, mas que ele, no seu tempo devido, cumpriria a promessa a respeito do “descendente”. — Gên. 6:3.
12 Além disso, Jeová Deus revelou que estava tomando medidas para produzir o “descendente” e proteger a linhagem que levaria a ele. Restabeleceu as faculdades reprodutivas de Abraão e Sara, habilitando-os a terem na sua velhice um filho, Isaque. (Heb. 11:11, 12) Mais tarde, um neto de Isaque, José, filho de Jacó, veio a ser escravo no Egito. Jeová Deus fez uso desta situação para impedir que a grande família de Jacó perecesse numa fome de sete anos. (Gên. 45:4-7) Com o tempo, a família de Jacó aumentou para ser uma nação no Egito e sofreu terrível opressão. Enviar Deus a Moisés para libertar os israelitas da escravidão opressiva foi ainda outro passo na produção do “descendente”. (Êxo. 3:13-17; 19:3-6) Daquele tempo em diante, Jeová usou toda uma nação para divulgar aspectos de seu propósito a respeito do “descendente”.
13. Que base para esperança proveram os reinados de Davi e de Salomão?
13 Nos seus tratos com a nação de Israel, Jeová Deus forneceu base adicional para a fé na sua promessa original do Reino. A Lei e o sacerdócio que deu aos israelitas apontavam para o principal do “descendente” e as coisas maravilhosas que ele e seus reis-sacerdotes associados realizariam, para tornar esta terra um belo lar, a ser habitada por uma raça humana perfeita, por toda a eternidade. (Col. 2:17; Heb. 10:1; Rev. 5:9, 10; 21:2-4) Durante o reinado do Rei Davi sobre toda a nação, tornou-se claro que o principal do “descendente” viria por intermédio de sua linhagem real. (2 Sam. 7:12-16) As conquistas de Davi e o reinado glorioso de seu filho Salomão forneceram vislumbres do grandioso Reinado deste “descendente”. Igual a Davi, ele obteria a vitória sobre todos os que se lhe opusessem. (Sal. 2:1-12; 110:1, 2; Mat. 22:41-45; Atos 4:24-30) E assim como foi no tempo de Salomão, seus súditos devotos morariam em segurança, usufruindo plenamente os frutos dos seus labores. — 1 Reis 4:25; Sal. 72:7, 8; Isa. 11:1-9.
14, 15. Que base para esperança forneceu Jeová por meio do ministério terrestre de Jesus?
14 Que evidência forte, de que Jeová Deus cumpriria a sua promessa edênica, apresentou-se ao enviar ele seu Filho unigênito, Jesus Cristo, para a terra! As particularidades a respeito do propósito de Jeová começaram então a desenrolar-se ainda mais depressa. Jesus, ao depor a sua perfeita vida humana em sacrifício, proveu a base jurídica para o Reino. Por meio de todo o seu proceder de fidelidade, enquanto sujeito a grande tensão e sofrimento, mostrou-se também digno de ser o rei do Reino. Conforme lemos na Bíblia: “Embora fosse Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu; e, depois de ter sido aperfeiçoado, tornou-se responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem.” Jesus ‘venceu o mundo’ ao recusar-se a tornar-se igual a ele. Em recompensa pela sua devoção inabalável ao seu Pai, tornou-se “o Rei dos que reinam e Senhor dos que dominam”. — Heb. 5:8, 9; João 16:33; 1 Tim. 6:15; Rev. 17:14.
15 Que garantia grandiosa do derradeiro triunfo da justiça e da bênção eterna da humanidade Jesus forneceu pelos muitos milagres que realizou! Não havia nada difícil demais para ele. Curou toda espécie de doenças e enfermidades, alimentou multidões com alguns pães e peixes, acalmou o vento e o mar, e ressuscitou os mortos, mesmo alguém morto já por quatro dias. Deveras, Deus ‘ungira seu Filho com espírito santo e poder’, dando assim a todos os homens uma base adicional para ter esperança na vinda certa do Reino. — Atos 10:38.
16. O que tem feito Jeová desde Pentecostes de 33 E. C. para promover o seu propósito do Reino?
16 E o que tem feito Jeová Deus desde a ressurreição e ascensão de Jesus ao céu, para desenrolar seu propósito com respeito ao “descendente”? Muita coisa, conforme mostram o livro de Atos e as demais das Escrituras Gregas Cristãs. A partir de Pentecostes de 33 E. C., por meio de milagres, Jeová mostrou que membros da congregação cristã haviam de ficar associados com Jesus, como parte do “descendente” predito no Éden. De fato, Jeová Deus tem escolhido estes durante os últimos 1.900 anos, até o total de 144.000 membros. Agora, este número parece já estar quase completo. — João 14:1-3; Atos 2:1-47; Rev. 14:1, 3; 20:6.
O PROPÓSITO DE JEOVÁ AVANÇA PARA O CUMPRIMENTO NOS NOSSOS DIAS
17. Desde o fim dos Tempos dos Gentios, que evidência se tem acumulado, mostrando que o propósito de Deus para com a humanidade se cumprirá em breve?
17 Também neste século vinte continua a aumentar a evidência a respeito do cumprimento certo do propósito de Deus para com a humanidade. No ano em que irrompeu a primeira guerra mundial, expiraram os “tempos designados das nações”. (Luc. 21:24) Os acontecimentos desde então — guerras, terremotos, escassez de víveres e pestilências — provam que a grande profecia proferida por Jesus (conforme registrada por Mateus, Marcos e Lucas) está tendo cumprimento. Também, conforme predito por Jesus, as “boas novas do reino” estão sendo pregadas. (Mat. 24:14; Mar. 13:10) Mais de dois milhões de proclamadores, falando mais de 160 idiomas e estando em mais de 200 terras e ilhas do mar, participam nisso. Tudo isso evidencia que o Reino nas mãos de Cristo virá em breve contra os seus inimigos, em cumprimento da promessa edênica de Deus.
18. Como ficou destacado o nome de Jeová e a que propósitos serviu isso em especial?
18 A Bíblia, em especial o livro de Ezequiel, revela ser do propósito de Jeová fazer com que todos os homens saibam, no fim deste sistema de coisas, que só ele, cujo nome é Jeová, é o único Deus verdadeiro. (Sal. 83:17, 18; Eze. 36:38; 38:23) Quão apropriado é, então, que Deus, em 1931, pôs na mente e no coração de seu povo aqui na terra adotar o nome que ele há muito deu aos seus servos, a saber, testemunhas de Jeová, ou melhor, testemunhas cristãs de Jeová. (Isa. 43:10-12) Isto tem sido uma bênção em pelo menos dois sentidos. Primeiro, serviu para divulgar mundialmente o nome exclusivo deste único Deus verdadeiro. E segundo, distinguiu os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, os verdadeiros servos de Jeová Deus, de todos os outros que professam ser cristãos, mas o são apenas de nome. O próprio destaque dado a este nome serve para fortalecer nossa fé em que está próximo o tempo de Jeová Deus de uma vez para sempre vindicar-se na mente de todas as suas criaturas inteligentes, visíveis e invisíveis!
19. A crescente luz a respeito de que classe de pessoas serviu para mostrar que o cumprimento do propósito de Deus prossegue até chegar ao clímax?
19 O que ajudou ainda mais a fortalecer a esperança dos servos de Jeová no pleno cumprimento de Seu propósito foi a luz surgida em 1935 sobre a identidade da “grande multidão” mencionada em Revelação 7:9. Discerniu-se então, à base dum estudo cuidadoso das Escrituras, que esta sobreviveria à “grande tribulação”, com a perspectiva de vida eterna na terra. O aparecimento de tal “grande multidão” — especialmente a partir de 1935, aumentando agora rapidamente em número — dentre todas as nações e terras, é evidência adicional de que deveras é iminente o cumprimento do propósito de Jeová. Por quê? Visto que já está em evidência uma “grande multidão”, a “grande tribulação” a que ela sobreviverá deve estar muito próxima. E visto que esta “grande multidão” constitui o núcleo da “nova terra”, segue-se logicamente que o tempo de se introduzir uma nova ordem justa de “novos céus” e uma “nova terra” também deve ser iminente. — 2 Ped. 3:13.
20. Que chamada se faz aos amantes da justiça que ainda estão em Babilônia, a Grande e o que indica isso quanto ao tempo em que vivemos?
20 O que também tem fortalecido a fé e esperança dos servos de Jeová tem sido o entendimento mais claro a respeito de “Babilônia, a Grande”, como sendo o império mundial da religião falsa. Por meio dum estudo cuidadoso das Escrituras Sagradas, aprenderam que a “grande tribulação” começará com a destruição da religião falsa e de todos os que fazem parte dela. Isto contribuiu para terem um senso de grande urgência em darem o aviso encontrado em Revelação 18:4: “Saí dela, povo meu, se não quiserdes compartilhar com ela nos seus pecados e se não quiserdes receber parte das suas pragas.” Os que permanecerem em Babilônia, a Grande, compartilharão dos pecados dela, serão culpados junto com ela e por isso sofrerão também a punição junto com ela, recebendo parte de suas pragas. O mero fato de que esta mensagem da iminente destruição de toda a religião falsa está sendo proclamada amplamente argumenta ainda mais de que a “grande tribulação” deve aproximar-se rapidamente.
21. Como fortaleceu Jeová a esperança de seu povo em tempos de grande oposição e perseguição?
21 As testemunhas cristãs de Jeová, como grupo, tiveram também sua esperança fortalecida por sentirem o cuidado amoroso de Deus. Por exemplo, durante a década dos 1930, houve ferrenha oposição e perseguição em países totalitários. Daí, depois de irromper a Segunda Guerra Mundial, começou a espalhar-se oposição intensa a quase cada nação da terra. Não obstante, as testemunhas cristãs de Jeová verificaram que se aplicavam no seu caso as palavras tranqüilizadoras de Isaías 54:17: “Nenhuma arma que se forjar contra ti será bem sucedida, e condenarás toda e qualquer língua que se levantar contra ti em julgamento.” Sim, apesar de toda a oposição e perseguição em forma de encarceramento, tortura, e, em alguns casos, execução brutal, os servos de Jeová, como grupo, emergiram da Segunda Guerra Mundial mais fortes e mais numerosos do que nunca. Nem mesmo os horríveis campos de concentração da Alemanha nazista destruíram sua determinação de continuar a servir fielmente a Jeová. Em 3 de maio de 1945, um grupo de 230 Testemunhas que sobreviveram às brutalidades dos campos de concentração expressaram-se como segue:
“Que se torne conhecido que nosso grande Deus, cujo nome é Jeová, cumpriu sua palavra a seu povo, em especial no território do Rei do Norte. Longo período de prova sobre nós já passou, e aqueles que foram preservados, tendo sido como que arrancados da fornalha ardente, não têm sobre si nem o cheiro de fogo. (Veja-se Daniel 3:27.) Pelo contrário, estão cheios de vigor e de poder da parte de Jeová.”
22, 23. (a) O que passaram finalmente a reconhecer os membros da congregação cristã quanto às designações de anciãos e servos ministeriais? (b) Como se fazem hoje as designações de anciãos e servos ministeriais, e como tem isso beneficiado as congregações?
22 A evidência de que o espírito irresistível de Jeová faz agora seu povo avançar pode ser vista no que está acontecendo dentro da congregação cristã. Durante muitos anos, as congregações individuais funcionavam segundo normas de certo modo democráticas, sendo que as congregações locais elegiam seus anciãos e diáconos (servos ministeriais). (Atos 14:23, Almeida, rev. e corr.) Mas, por fim, através do estudo cuidadoso e com oração, da Palavra de Deus, membros da congregação cristã, sob a orientação do espírito santo, chegaram a reconhecer que as designações deviam ser feitas pelos que ocupavam cargos comparáveis aos do corpo central de anciãos na congregação de Jerusalém, do primeiro século, e de outros anciãos, tais como o apóstolo Paulo, bem como comparáveis aos delegados de Paulo, seus associados Timóteo e Tito. (Atos 6:2, 3; 14:23; 1 Tim. 5:22; Tito 1:5) Isto resultou no gradual restabelecimento do arranjo congregacional do primeiro século.
23 Portanto, atualmente, as designações de anciãos e servos ministeriais são feitas diretamente por um corpo governante de anciãos ungidos pelo espírito ou são feitas por eles mediante outros anciãos que representam este corpo. Todos os homens que preenchem os requisitos bíblicos são designados, quer para servos ministeriais, quer para anciãos. A oportunidade está disponível a que qualquer homem ‘procure alcançar’ a responsabilidade de ancião, por esforçar-se a satisfazer os requisitos delineados na Bíblia. (1 Tim. 3:1-7; Tito 1:5-9) De fato, todos os homens são exortados a fazer isso. Os associados com as diversas congregações, em toda a terra, chegaram a reconhecer que a introdução do arranjo congregacional baseado na Bíblia ocorreu num tempo especialmente apropriado. O fardo de cuidar das necessidades espirituais das congregações em rápido crescimento não recai agora principalmente sobre um só ancião ou superintendente, mas é compartilhado por um corpo. As congregações puderam assim tirar proveito mais pleno das diversas capacidades de homens aptos.
A EXPANSÃO MUNDIAL
24, 25. O que prova o maravilhoso aumento nas fileiras do povo de Jeová?
24 O que tem acontecido nas congregações do povo de Jeová, nos anos recentes, foi simplesmente espantoso. Cumpriram-se repentinamente as palavras proféticas de Isaías 60:22: “O próprio pequeno tornar-se-á mil e o menor, uma nação forte.” Quando consideramos que apenas alguns milhares se identificaram como verdadeiros adoradores de Jeová Deus nos dias da Primeira Guerra Mundial, e quando comparamos isso com os mais de dois milhões de proclamadores do Reino atualmente, temos de confessar que o pequeno deveras tornou-se mil e o menor, uma nação forte. Certamente, isto fornece prova adicional de que devemos estar vivendo em tempos significativos, com respeito à realização do propósito maravilhoso de Jeová para com a humanidade.
25 É espantoso que tenha havido um aumento tão enorme, num tempo em que as organizações religiosas, tanto da cristandade como do paganismo, estão perdendo seu domínio sobre o povo. Os grandes sistemas religiosos não puderam lidar com as ideologias políticas, radicais, e as filosofias materialistas e hedonistas, que tornam o lucro egoísta a coisa mais importante na vida. Mas a adoração pura de Jeová Deus é mais forte do que todas as filosofias, todas as ideologias e todas as religiões do mundo, deste velho sistema de coisas. É por isso que centenas de milhares de pessoas adotaram a verdadeira adoração nos anos recentes e regozijam-se em ter encontrado verdadeira esperança. Ora, só durante o período de 1.º de setembro de 1973 a 31 de agosto de 1974, 297.872 pessoas adotaram esta esperança por se sujeitarem ao batismo em água, como discípulos do Senhor Jesus Cristo.
26. Por que podemos aguardar o futuro com confiança?
26 Deveras, Jeová Deus nos deu uma forte base de esperança, na realização final de seu grandioso propósito para com a humanidade. Vimos vez após vez como ele se mostrou fiel à sua palavra, demonstrando claramente que não pode mentir. E vimos também como Jeová Deus, desde que deu a primeira profecia do Reino no Éden, tem desenrolado seu propósito para com a humanidade e tem trabalhado durante os milênios para o seu cumprimento. O que ele tem feito serviu também para fortalecer seus servos para com tudo o que o futuro possa trazer. Por isso, podemos aguardar o futuro com confiança, certos de que seu glorioso propósito triunfará, para a bênção eterna da humanidade obediente. — Luc. 21:28.
[Fotos nas páginas 464, 465]
Promessa edênica
Iníquos destruídos nos dias de Noé
Abraão tem um filho
Israel liberto da escravidão
O Rei Davi vitorioso sobre os inimigos
O reinado pacífico de Salomão
Jesus curava os doentes
A morte de Jesus expiou o pecado
As boas novas pregadas mundialmente