O motivo de se escolher adorar a Jeová
1, 2. (a) Como aplicam as pessoas a Deus o ditado de “ver para crer”? (b) De que astronauta russo, comunista, fazem lembrar tais pessoas?
“VER para crer!” Isto expressa a atitude das pessoas materialistas hoje em dia para com Deus. Visto que não o podem ver com o olho humano nu, nem com a ajuda dos mais poderosos telescópios hoje em uso, não crêem na existência dele; não conseguem persuadir-se a crer que ele existe.
2 Tais pessoas nos fazem lembrar o segundo astronauta que os comunistas russos mandaram ao espaço numa nave espacial, para estar em órbita em volta de nossa terra. Segundo um despacho da Associated Press, de 6 de maio de 1962, este major russo “proclamou hoje sua descrença em Deus. Ele disse que não viu ‘nem Deus nem anjos’ durante as suas dezessete órbitas em volta da terra. . . . ‘O foguete foi feito pelo nosso povo. Não creio em Deus. Creio no homem, na sua força, nas suas possibilidades e na sua razão.’” — Times de Nova Iorque, de 7 de maio de 1962.
3, 4. (a) Em que era Moisés diferente daquele astronauta russo? (b) O que queria Moisés ver a respeito de Deus e o que se lhe disse?
3 Nem todos são assim. Por exemplo, tome um homem mais famoso do que aqueles astronautas comunistas e que fez maior bem à humanidade. Aquele homem era Moisés, filho de Anrão, o hebreu. Atesta-se a respeito deste Moisés que ele “permanecia constante como que vendo Aquele que é invisível”. (Heb. 11:27) Não ficou desapontado com este seu Deus invisível. Não ficou envergonhado de sua crença neste Deus. Depois de Moisés levar seu povo para fora da escravidão no Egito e milagrosamente através do Mar Vermelho, até o monte Sinai, na Arábia, e depois de receber as duas tábuas dos Dez Mandamentos, no meio dum espetáculo espantoso naquele monte, Moisés não teve motivo para descrer na existência deste Deus todo-poderoso, invisível. O que ele queria era conhecê-lo melhor, ver a glória deste Deus invisível.
4 “Por favor, faze-me ver a tua glória”, foi o pedido que Moisés fez por intermédio do anjo de Deus. A resposta divina a isso foi: “Eu mesmo farei toda a minha bondade passar diante da tua face e vou declarar diante de ti o nome de Jeová.” Mas, por que apenas tal manifestação, Jeová Deus explicou a Moisés: “Não podes ver a minha face, porque homem algum pode ver-me e continuar vivo.” — Êxo. 33:18-20.
5. O que disse Deus a respeito de si mesmo ao proclamar seu nome perante Moisés?
5 Não importa o que o homem possa dizer sobre este Deus de Moisés, o que deve importar para nós é que espécie de Deus ele mesmo diz que é. Lemos na narrativa de Moisés sobre este acontecimento o que Deus disse a respeito de si mesmo, nas seguintes palavras: “E Jeová passou a descer na nuvem e a pôr-se ali junto dele, e passou a declarar o nome de Jeová. E Jeová ia passando diante da sua face e declarando: ‘Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade, preservando a benevolência para com milhares, perdoando o erro, e a transgressão, e o pecado, mas de modo algum isentará da punição, trazendo punição pelo erro dos pais sobre os filhos e sobre os netos, sobre a terceira geração e sobre a quarta geração.’” — Êxo. 34:4-7.
6, 7. (a) De quais destas qualidades divinas mencionadas precisamos que se usem para conosco na nossa condição? (b) O que nos garante, com respeito ao reinado da iniqüidade Ele não ‘Isentar da punição’?
6 Não é esta a espécie de Deus que queremos ter, a espécie de Deus que escolhemos adorar? Ele é Deus “misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade”. Certamente, nós na nossa atual condição humana arruinada precisamos de tais qualidades divinas exercidas para conosco. No entanto, ele não deixa suas criaturas humanas safar-se com tudo, para sempre, sem a merecida punição. Ele é Deus que ‘perdoa o erro, a transgressão e o pecado’, mas não está em concordância com tais coisas erradas e não deixa de punir os que deliberadamente praticam tais coisas e se agradam nelas.
7 Por este motivo, podemos ter certeza do seguinte: Embora ele tenha sido “vagaroso em irar-se” e tenha permitido que a iniqüidade e a transgressão prevalecessem entre a humanidade durante estes últimos seis mil anos, não permitirá que o domínio da iniqüidade prossiga para sempre na terra. Não ‘isentará da punição’, para sempre, este sistema iníquo de coisas, cujo deus é o autor da iniqüidade, Satanás, o Diabo. Podemos hoje sentir-nos felizes de que sua longa permissão da iniqüidade já está no fim!
8. Não se precisa duvidar da capacidade de Deus, de acabar com um sistema mundial de coisas, em vista de que acontecimento nos dias de Noé?
8 Sua perfeita capacidade de acabar com todo este sistema mundial de coisas em nossa própria geração não precisa ser duvidada no mínimo. Mais de oito séculos antes de ele declarar seu nome ao profeta Moisés, deu-nos um exemplo histórico de seu pleno poder de destruir todo um mundo de pessoas. Isto se deu nos dias do antepassado de Moisés, Noé. Pode-se calcular o ano daquela destruição mundial como sendo 2370 antes de nossa Era Comum. O mundo da humanidade atual não é grande demais nem disperso demais para que seja incluído por ele na sua predita destruição deste sistema global de coisas. Nos dias de Noé, as águas do dilúvio arrasaram o globo inteiro.
9. Assim, como lá naquele tempo, o que pode Deus fazer similarmente hoje em dia?
9 Todo o globo terrestre encontrava-se então assim como era no começo do primeiro “dia” criativo, quando o Criador disse: “Venha a haver luz.” A superfície de toda a terra estava coberta de água. (Gên 1:1-3) Só que, enquanto as águas do dilúvio prevaleceram sobre toda a terra, havia uma enorme arca construída por Noé e sua família flutuando a salvo sobre as ondas daquelas águas. Com exceção da família de Noé na arca, toda a vida humana na terra morreu. Todos foram submersos, assim como Faraó, seus carros e seus cavaleiros que perseguiram os hebreus de saída, sob Moisés, foram submersos no Mar Vermelho. O que o Todo-poderoso Deus Jeová fez por ocasião do Dilúvio, ele poderá fazer hoje: destruir um sistema mundial de coisas ‘cheio de violência’. — Gên. 8:11 até 7:23.
O DEUS DO NOVO SISTEMA DE COISAS
10. Por que é que a destruição do atual sistema de coisas não deixará um vácuo na terra, e, assim, por que devemos adorar a Jeová?
10 O fim da permissão da iniqüidade por Deus e sua destruição deste velho sistema de coisas, numa tribulação mundial sem paralelo, não deixará um vácuo na nossa terra. Ele tem algo de ideal com que substituir as coisas anteriores. É um novo sistema de coisas, no qual não se permitirá a iniqüidade. O Criador deste novo sistema justo também será o Deus dele. Este é o motivo válido pelo qual devemos escolher adorar a Jeová, o Criador, qual Deus.
11. Por que não será Satanás algum deus naquele novo sistema de coisas, e o que acontecerá com os adoradores dele?
11 O deus do atual sistema iníquo de coisas, Satanás, o Diabo, terá então desaparecido, junto com todos os outros deuses falsos que homens materialistas e sem fé têm adorado até agora. Aquele “dragão, a serpente original, que é o Diabo e Satanás”, não se mostrará adversário para Deus, o Todo-poderoso. Ele será despojado de seu poder qual deus e lançado num abismo, junto com todos os seus anjos demoníacos. (Rev. 20:1-3) Os que escolheram adorar a ele como seu deus perecerão junto com este sistema de coisas controlado pelo Diabo, na maior de todas as tribulações que agora ameaça o mundo.
12. Em contraste com o que Satanás deu à humanidade, que espécie de governo global dará Jeová a humanidade, nas mãos de quem?
12 Satanás, o Diabo, o “deus deste sistema de coisas”, deu ao povo um governo político, mundial, simbolizado no último livro da Bíblia por uma “fera” de sete cabeças e dez chifres. Este surgiu do “mar” da humanidade alheada de Deus, sob influência satânica. (Rev. 13:1-8) Em contraste com isso, Jeová, como Deus do novo sistema justo de coisas, dará à humanidade um governo global superior ao de homens e mulheres opressivos, egotistas e imperfeitos. Será um governo celestial, nas mãos do Amo que ensinou seus discípulos a orar: “Nosso Pai nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Realize-se a tua vontade, como no céu, assim também na terra.” (Mat. 6:9, 10; Luc. 11:2) Quem ensinou esta oração foi Jesus Cristo. Ele era o Filho de Deus, a quem Jeová enviou para a terra, há dezenove séculos atrás, a fim de que se tornasse descendente carnal do Rei Davi e assim se tornasse herdeiro permanente do reino eterno que havia de permanecer na linhagem real de Davi. Deste modo, tornou-se o Messias prometido. — João 1:40-49.
13. Que tentação se apresentou ao ungido Jesus para engodá-lo à adoração errada e à política deste mundo?
13 Como Herdeiro ungido deste reino messiânico, por que é que Jesus Cristo se envolveria na política suja deste mundo? Ele não esperava um reino ou um império mundial do “deus deste sistema de coisas”. Depois de ter sido ungido com o espírito de Deus, para ser o Rei Designado do governo messiânico, o “deus deste sistema de coisas” chegou-se a ele para engodá-lo à uma adoração falsa e à política deste mundo condenado. Levantando descaradamente a questão da adoração, o Tentador mostrou a Jesus “todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo”, e disse: “Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles, porque me foi entregue e a dou a quem eu quiser. Se tu, pois, fizeres um ato de adoração diante de mim, tudo será teu.” Então, a quem escolheria Jesus adorar?
14, 15. Para que governo havia sido Jesus ungido como Rei Designado, e por que não adoraria ele a Satanás, nem por todos os reinos do mundo?
14 Jesus não fez assim como a “fera” de sete cabeças e dez chifres, que subiu do mar, a saber, aceitar poder político e um trono material, bem como grande autoridade da parte do dragão cor de fogo, Satanás, o Diabo. (Rev. 13:1, 2) Ele já havia sido ungido para governar o reino messiânico, porque adorava a Jeová qual Deus. Conforme se disse profeticamente a Jesus Cristo: “Amaste a justiça e odiaste o que é contra a lei. É por isso que Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de exultação mais do que a teus associados.” (Heb. 1:9; Sal. 45:7) Nunca se curvaria Jesus em adoração diante do “deus deste sistema de coisas”, nem mesmo em troca de “todos os reinos da terra habitada”. Nascido como homem sob o pacto da Lei, mediado por Moisés no monte Sinai, Jesus citou logo as palavras de Moisés, no livro de Deuteronômio, e disse a Satanás, o Diabo:
15 “Está escrito: ‘É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.’” — Luc. 4:5-8; Deu. 6:13; 10:20.
16. Em vez de fazer campanha em prol dum governo político na terra, que mensagem passou Jesus a proclamar, e por quê?
16 Jesus Cristo permaneceu inabalavelmente a favor do Deus do justo novo sistema de coisas. Isto significava que Jesus se apegava fielmente ao reino messiânico procedente das mãos deste Deus, o Soberano Senhor Jeová. Portanto, não fez campanha em prol de qualquer reino político da terra habitada, mas adotou a mensagem de seu precursor, João Batista, que havia proclamado a todo o Israel: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” (Mat. 4:17) A fim de se tornar o Messias celestial, Jesus tinha de depor sua vida em plena devoção àquele reino dos céus, o reino de Deus.
17. Que testemunho deu Jesus a Pôncio Pilatos a respeito do reino de Deus?
17 Quando perguntado por Pôncio Pilatos, governador romano da Província da Judéia, se era rei que constituía ameaça para o império dos césares, Jesus respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” (João 18:36) Portanto, Jesus testemunhou a Pilatos em prol do reino de Deus.
JÁ É HORA DE ESCOLHER!
18. Que papel desempenhou Jesus na história humana e como provou que cria em Deus e o adorava?
18 Este Jesus Cristo é homem da história. Não pode ser relegado a segundo plano por judeus e gentios incrédulos como mera figura lendária ou mito. Há mais evidência a respeito de sua existência aqui na terra, há dezenove séculos atrás, do que há de qualquer outro homem mencionado nas páginas da história. Sua vinda marcou um ponto decisivo na história humana, não apenas na questão da religião, mas no assunto dum governo mundial para a humanidade, o reino de Deus. Ele surgiu no cenário terrestre no tempo marcado por Deus, o tempo indicado de antemão na Bíblia Sagrada. Para Jesus Cristo, não havia dúvida quanto à existência de Deus. Ele veio da parte de Deus. Ele o havia visto, havia falado e trabalhado com ele. Não era mentiroso, ao trazer à atenção estes fatos de sua vida pré-humana no céu. Embora na terra, como homem que tinha apenas visão humana, não pudesse ver a Deus, ainda assim continuou a crer nele e a adorá-lo. As obras de Jesus na terra, atestadas por muitas testemunhas honestas, provam que ele cria em Deus e que Deus estava com ele. — Atos 10:38.
19. Quanto a crer que há um Deus, que pergunta surge sobre o exemplo de quem se deve seguir?
19 Jesus conhecia a Jeová Deus, seu Pai, melhor do que os demônios espirituais, invisíveis. Contudo, os demônios criam na existência de Deus. Homens incrédulos talvez sorriam sofisticadamente diante disso, mas o meio-irmão terrestre de Jesus Cristo, chamado Tiago, disse aos que professavam ser discípulos de Cristo: “Crês tu que há um só Deus? Fazes muito bem. Contudo, os demônios crêem e estremecem.” (Tia. 2:19) De acordo com isso, os demônios sobre-humanos fazem melhor do que a vasta maioria dos homens e das mulheres que não crêem absolutamente em Jeová Deus. Neste sentido, o exemplo de quem seguiremos com segurança? O dos homens e das mulheres incrédulos! Ou o dos demônios que crêem e ainda assim não fazem nada mais do que estremecer? Ou o de Jesus Cristo, cuja vida pessoal na terra é confirmada pelos vinte e sete livros das inspiradas Escrituras Gregas Cristãs?
20. Quem se saiu melhor, os a quem faltavam fé em Deus e obras condignas, ou Jesus, por crer e provar sua crença? Como?
20 Jesus Cristo cria; mais do que isso, porém, fazia coisas em prova de sua crença. Saiu-se pior do que os homens e mulheres incrédulos ou do que os demônios? A vida de quem, em crença e obras, resultou em maior bem para a humanidade, mesmo só até agora, na história humana, sem se falar do futuro? A resposta real a estas perguntas terá de indicar Jesus Cristo como aquele que se saiu melhor e que fez o maior bem. Ele está lá onde está hoje por causa duma vida de fé e obras na terra, até à morte de mártir por defender lealmente o reino de Deus. Ocupa agora a posição mais elevada em todo o céu e terra, com exceção da de seu Pai celestial, do próprio Jeová Deus. (Fil. 2:5-11; 1 Ped. 3:21, 22) E ele não estaria hoje naquela posição enaltecida, se não houvesse Deus, e se Jeová não fosse este Deus, o Deus capaz de ressuscitar os mortos à vida celestial. — Efé. 1:19-22.
21. Então, o exemplo de quem devem seguir os que anseiam ter vida eterna?
21 Sem margem para contradições bem sucedidas, a vida de fé e obras resultou no melhor para ele, ao ponto de ultrapassar a tudo o que qualquer e todas as outras criaturas no universo pudessem esperar usufruir. Seu exemplo deve ser seguido por todas as pessoas sensatas, que anseiam ter vida eterna em plena felicidade. Seguir seu exemplo é prático, não algo apenas idealístico. Ele fez de Jeová seu Deus e o adorou, mesmo em face da tentação de Satanás, governante dos demônios.
22. Então, quem é Jeová e que dois motivos muito importantes temos para adorá-lo?
22 Em resposta à pergunta: “‘Quem é Jeová’, que todos devam adorá-lo?” podemos responder efetivamente: Jeová é o Deus do Senhor Jesus Cristo, e isto em si mesmo já é um motivo muitíssimo importante pelo qual todos devem adorar a Jeová como Deus. Todos os que desejarem ter vida eterna no novo sistema justo de coisas, de Deus, terão de seguir o exemplo de Jesus Cristo, Principal de toda a criação de Deus. Também, já o mero fato de que Jeová colocou o reino messiânico nas mãos de Jesus Cristo torna urgente que todos adorem a Jeová Deus.
23. Por que não podem escapar da responsabilidade perante Deus os que negam a Sua existência, e como agem tais descrentes?
23 Homens e mulheres pensam hoje que podem escapar da responsabilidade perante Jeová, por descrerem e negarem que ele existe e é Deus. Mas pensarem em fugir da responsabilidade perante Alguém a quem não podem ver é pura imaginação da sua parte. O Rei Davi, antepassado de Jesus Cristo, disse no Salmo quatorze, versículos um e dois: “O insensato disse no seu coração: ‘Não há Jeová.’ Agiram ruinosamente, agiram de modo detestável na sua ação. Não há quem faça o bem. Quanto a Jeová, olhou para baixo sobre os filhos dos homens, desde o próprio céu, para ver se havia alguém com perspicácia, alguém que buscasse a Jeová.” O Rei Davi, mesmo nos seus dias, observava que os que negavam a existência de Jeová agiam ruinosamente. Jeová Deus, no céu, os observa. Ri-se deles, sabendo muito bem que são mantidos cativos dentro do domínio de Suas leis e não podem escapar do cumprimento destas leis. A desconsideração e negação de tais leis por eles só lhes causará dano.
24. Por que trata a questão suprema hoje não só da religião, e de que modo refletiam os tratos de Faraó com Moisés os dos políticos da atualidade?
24 A questão suprema perante todo o universo hoje não é só a da religião. É também a do governo. Faremos bem em lembrar-nos de que foi o principal político daqueles dias que lançou na face do profeta Moisés a pergunta: “Quem é Jeová, que eu deva obedecer à sua voz?” (Êxo. 5:2) Ao fazer tal pergunta, o faraó do Egito desafiava não só o Deus da religião pura, mas também um Governante, o Governante Soberano do universo. Também, Jeová estava então prestes a estabelecer seu reinado sobre a nação de Israel. O mesmo se dá com os políticos da atualidade e seus apoiadores patrióticos. Eles não lidam apenas com o campo religioso, ao questionarem a existência de Jeová e sua capacidade como Deus. Lidam também com um governo. Hoje, lidam com a soberania de Deus conforme representada pelo Seu governo messiânico, o reino de Deus. Este é um governo real e tanto é mais alto como é mais poderoso do que o deles mesmos.
25. (a) Por quem e desde quando tem sido pregado às nações esse governo messiânico? (b) Depois de tal aviso às nações, o que se mandará que aquele governo faça, com que efeito sobre os políticos?
25 Especialmente desde o fim da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918, as testemunhas cristãs de Jeová têm proclamado esse governo, esse reino celestial de Deus nas mãos de seu Cristo. Portanto, durante os últimos cinqüenta e seis anos, na maior parte, este reino messiânico foi só pregado. (Mat. 24:14; Mar. 13:10) Em breve, porém, deixará de ser pregado em testemunho a todas as nações políticas. Mas, depois de tal aviso antecipado a essas nações, mandar-se-á que o reino messiânico de Jeová tome ação. Esta ação provará que Jeová é o Deus de verdadeira profecia, Inspirador das profecias bíblicas que são verdadeiras e infalíveis. O reino messiânico fornecerá esta prova pelo cumprimento daquelas profecias. Esses políticos desafiadores saberão então quem é Jeová e o que acontece aos que desprezam adorá-lo. A ação do Reino não os converterá à adoração de Jeová, mas os destruirá. — Dan. 2:44.
26. (a) Além de destruir os manipuladores visíveis deste sistema de coisas, o que fará o Reino quanto ao deus deste sistema? (b) Os atuais súditos terrestres do Reino serão levados a que, e como?
26 Este reino messiânico fará mais do que apenas destruir os manipuladores visíveis do atual sistema iníquo de coisas. Lançará no abismo o poder real, sim, o invisível, atrás do atual sistema de coisas, a saber, “o deus deste sistema de coisas”, Satanás, o Diabo, junto com seus demônios. (Rev. 20:1-3) O reino messiânico preservará em segurança, durante a “grande tribulação” sem precedentes, que aguarda logo a humanidade, os últimos membros remanescentes dos 144.000 co-herdeiros de Cristo e também a “grande multidão” dos atuais súditos terrestres daquele reino celestial. (2 Ped. 3:11-15; Rev. 7:9-17) Estes sobreviventes desta “grande tribulação”, na terra, serão levados pelo Reino para o novo sistema prometido de coisas, no qual Jeová será o Deus e Soberano universal.
27. Segundo Revelação 21:3-5, que diferença fará para os habitantes da terra esse novo sistema com o seu Deus?
27 Fará isso alguma diferença para todos os habitantes terrestres dum sistema que tem a Jeová por Deus? Não se poderia dar melhor resposta a esta pergunta do que a escrita sob inspiração em Revelação 21:3-5: “Com isso [eu, João,] ouvi uma voz alta do trono dizer: ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’ E o que estava sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas.’ Ele diz também: ‘Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.”‘
28. O que diremos em resposta à pergunta: “‘Quem é Jeová’, que todos devam adorá-lo?”
28 Portanto: “‘Quem é Jeová’, que todos devam adorá-lo?” Escute, ó Faraó do antigo Egito! Escute, você de mentalidade materialista da atualidade! Jeová é o Deus que é “de tempo indefinido a tempo indefinido” e merece toda a adoração. (Sal. 90:2) Ele é o Governante Soberano de todo o universo. Ele é nosso Criador e a Fonte do reino messiânico, por meio do qual serão abençoadas todas as famílias da terra, os vivos e os mortos. — Gên. 12:3; 22:18.
28 Cremos nisso? Mostraremos nós, os que respondemos Sim, a nossa fé por meio de obras adequadas? Neste caso, responderemos calorosamente à exortação do salmista inspirado: “Entrai, adoremos e dobremo-nos; ajoelhemo-nos diante de Jeová, Aquele que nos fez. Pois ele é nosso Deus, e nós somos o povo do seu pasto e as ovelhas da sua mão.” — Sal. 95:6, 7.
29. Se realmente crermos nisso, a que exortação do salmista responderemos?
[Destaque na página 618]
“Jeová, Jeová, Deus misericordioso e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade . . . ‘Não é esta a espécie de Deus que queremos ter?”
[Destaque na página 622]
“Jeová é o Deus do Senhor Jesus Cristo, e isto em si mesmo já é um motivo muitíssimo importante pelo qual todos devem adorar a Jeová como Deus.”
[Destaque na página 622]
‘Ao questionarem a existência de Jeová, os políticos da atualidade e seus apoiadores lidam com o reino de Deus. Este é um governo real e tanto é mais alto como é mais poderoso do que o deles mesmos.’
[Foto nas páginas 620 e 621]
Jesus Cristo negou-se a ser títere de Satanás, o Diabo, e tornar-se parte do sistema político do mundo.
[Foto na página 623]
O novo sistema de Jeová tornará possíveis saúde vibrante e vida eterna para todos os habitantes obedientes da terra paradísica.