Por dentro das notícias
“Roleta Russa Líquida”
● A venda de sangue por dinheiro é um modo de vida para milhares de pessoas hoje em dia. Em Carachi, no Paquistão, o Dr. Fauzia Quereshi, do Hospital Jinnah, diz que 90 por cento dos doadores de sangue são profissionais — desempregados, doentios, muitas vezes viciados em drogas, geralmente de má saúde. Os laboratórios japoneses recorrem ao sangue comprado para metade de seus suprimentos, e o jornal “The Daily Yomiuri” de Tóquio diz que “isto poderá explicar muito bem o fato de que a incidência de hepatite sérica ainda esteja no mesmo nível” como há dez anos atrás.
A situação nos Estados Unidos é similar. Um artigo na revista “New York” falou sobre doadores profissionais que vendem um quartilho de seu sangue tantas quantas 444 vezes num período de apenas quatro anos. Mas, quer seja comprado, quer não, o sangue e potencialmente perigoso. “Calculamos que 5.000 pacientes por ano morrem de complicações relacionadas com as transfusões de sangue” noticiou-se que disse o Dr. Clive O. Callender diretor de transplantes na Faculdade de Medicina da Universidade de Howard. “A complicação mais mortífera é a hepatite. Acreditamos que de 1.500 a 9.000 pacientes morrem cada ano de hepatite relacionada com as transfusões de sangue.” (“National Enquirer” 6 de maio de 1975) Pensava-se por muito tempo que o congelamento do soro por tanto quanto um ano matasse o vírus de hepatite. Daí, no ano retrasado, um técnico de laboratório no Hospital Walter Reed do Exército (nos E. U. A.) degelou amostras de sangue tiradas lá em 1941. Ele verificou que continham grandes quantidades de vírus de hepatite ainda vivos depois de trinta e três anos. Não é de se admirar que o artigo na revista “New York” que noticiou isso chamasse as transfusões de sangue de “roleta russa líquida”.
Cirurgia sem Sangue
● Em vista do acima, é interessante ler a respeito de alguns desenvolvimentos em cirurgia sem sangue, noticiados pela “Arkansas Gazette”. O Dr. Carl L. Nelson, do Centro sem Sangue Médico da Universidade de Arkansas (E. U. A.), desenvolveu técnicas de anestesia para a realização de operações de substituição de juntas (como da articulação entre o fêmur e o ílio) sem transfusões de sangue. Seus métodos são o resultado de tratar de casos de testemunhas de Jeová, que recusam a transfusão de sangue por motivos bíblicos. — Atos 15:20, 28, 29.
Um de seus métodos envolve o uso de nitroprussiato de sódio. Este afeta os músculos minúsculos que controlam o tamanho das veias e das artérias. Ao passo que os métodos comuns de operação na substituição da articulação coxofemural podem resultar na perda de três ou quatro unidades de sangue, este novo método tem reduzido a perda a menos de uma unidade, situação que pode ser facilmente remediada com o uso de “reforçadores de plasma” que não são de sangue, sem perigo de hepatite sérica. O Dr. Nelson tem realizado trinta de tais operações em testemunhas de Jeová nos últimos dois anos, sem transfusões de sangue.
Mundo sem Guerra?
● Ao terminar o conflito do Vietname, o jornal “Herald-Examiner”, de Los Angeles, publicou um artigo intitulado “Mundo sem Guerra”, dizendo: “Pela primeira vez em cerca de 45 anos, o mundo está sem conflito que possa ser classificado como guerra.” “Mas”, acrescentou, “a verdadeira paz permanece esquiva e as ameaças a ela são abundantes”.
As ameaças à paz são deveras múltiplas. No Oriente Médio prevalece pouco mais do que um estado de beligerância suspensa, inclusive em Chipre, e o mesmo se dá basicamente na Coréia. Atividade guerrilheira aflige a Tailândia. As Filipinas ainda enfrentam a latente rebelião muçulmana. Guerrilhas, na África, trouxeram a independência a vários países, mas os combatentes pela libertação muitas vezes ficaram envolvidos em lutas pelo poder entre si mesmos. A América Latina raras vezes vê passar uma semana sem derramamento de sangue em atividades guerrilheiras.
Talvez o país que mais graficamente ilustra a falta de verdadeira paz seja a Irlanda. Quase não há quarteirão na capital de Belfast que não exiba os sinais de bombardeios no conflito entre católicos e protestantes, de seis anos de duração. Ao lado da Prefeitura, a igreja metodista tem um grande letreiro popularmente conhecido como o “marcador”. Alista agora mais de 1.200 mortos desde 1969. Nove mil outros foram feridos ou aleijados, e a destruição de propriedades ascende a milhões de cruzeiros.
No entanto, terminado 1975, torna-se evidente que a humanidade precisa mais do que nunca do governo do “Príncipe da Paz”. — Isa. 9:6, 7.
Mulheres Liberadas?
● “A cabeça de todo homem é o Cristo, por sua vez, a cabeça da é o homem.” (1 Cor. 11:3) Visto que muitíssimos homens não agem hoje em harmonia com a chefia de Cristo Jesus, não é difícil de compreender por que algumas mulheres estão inclinadas a rejeitar a chefia masculina. Mas qual é o resultado quando fazem isso?
Entre outras coisas notadas desde o desenvolvimento do movimento de libertação feminina está o aumento nos crimes entre mulheres. Uma notícia da Associated Press citou o Dr. Gerhard Mueller, chefe da unidade de prevenção de crimes da ONU, como dizendo que, nos chamados “países progressistas” a criminalidade feminina, em todas as categorias, aumenta entre três a cinco vezes mais depressa do que a criminalidade masculina”. Nos Estados Unidos, roubos praticados por mulheres aumentaram em 300 por cento nos últimos cinco anos, em comparação com um aumento de apenas 20 por cento de roubos por homens. O aumento dos homicídios praticados por mulheres foi duas a três vezes maior do que entre os homens.
O Dr. Mueller indicou o movimento feminista como fator evidente neste crescente envolvimento das mulheres no crime. “Ao mergulharem em estudo de vida mais progressista”, disse ele, “adotam as mesmas reações anti-sociais que os homens”. A criminalidade feminina ainda é muito inferior à criminalidade masculina, mas as mulheres estão começando a alcançá-la.
Uma série de artigos da jornalista Linda Bernier, no “Herald-Examiner” de Los Angeles, apontam na mesma direção. Ela cita uma mulher encarcerada, que fora presa dez vezes, como dizendo: “Acho que o movimento feminista teve um efeito total sobre as mulheres — não só lá fora na sociedade, mas também aqui dentro. . . . visto que as mulheres são mais agressivas e assertivas na sociedade, é assim que são na prisão.” O aumento do crime entre as mulheres é apenas parte dum quadro maior, que inclui o constante aumento da delinqüência juvenil e o vertiginoso aumento na proporção dos divórcios. Tudo isso deriva da rejeição — tanto por homens, como por mulheres — das normas bíblicas, que são o próprio alicerce da verdadeira felicidade.