Por dentro das notícias
Restauração dum Local Atômico
● Recentemente, o povo do atol de Eniwetok, local das experiências com bombas nucleares pelos E. U. A., de 1948 a 1958, começou a retornar à sua ilha pátria. Agências governamentais dos Estados Unidos estão retirando o solo e os escombros radioativos, a fim de ajudar a restaurar o meio ambiente para os ilhéus. No entanto, os cientistas já se estão maravilhando com a espantosa capacidade de recuperação da terra, depois de vinte anos sem bombas. “Atualmente, os peixes e os corais medram nas crateras [atômicas], o que atesta a capacidade da natureza de se recuperar de quase qualquer tipo de perturbação”, escreve certo biólogo marinho.
Um funcionário governamental se admirou: “Não vemos nenhuma mutação na vida marinha ou na vegetação. Simplesmente não vemos nenhum monstro de duas cabeças, que a ficção científica sugere como resultado da prolongada radiação.”
Certamente, pois, não importa o que os homens façam para arruinar o meio ambiente, antes de Deus trazer a sua prometida “nova terra”, os danos não serão permanentes. Com o tempo, a espantosa capacidade de recuperação de Sua criação, com a Sua bênção, restaurará a condição ajardinada da terra, que Ele originalmente intencionou para ela. — Rev. 11:18; 21:14.
Perspicácia Índia
● A revista “National Geographic” fez recentemente uma reportagem sobre os incomuns índios huichol, da cordilheira Sierra Madre Ocidental, na parte oeste do México. Falando sobre os missionários que haviam trabalhado entre estes índios que adoram o fogo e o sol, o escritor observou: “Achei que [eles] tiveram de moderar seu papel evangelizante.” Para ilustrar, ele disse que “na pequeníssima capela notei que o altar [católico] encarava o leste sagrado dos huichóis; em cada lado do altar havia uma cadeira cerimonial xamã [curandeiro], também encarando o leste”. Mencionou que “os santos cristãos e as antigas divindades nativas são honrados tanto na igreja como nos templos dos huichóis”.
A revista “National Geographic” citou também a observação dum índio feita a um explorador, há alguns anos: “Se os cristãos oram aos santos fabricados pelos carpinteiros, por que não devem os huichóis orar ao sol, que foi feito muito melhor?” — Junho de 1977, p. 850.
Muitos séculos antes disso, fez-se uma observação similar a respeito da madeira nas mãos dum antigo escultor, conforme registrado na versão católica do Pontifício Instituto Bíblico: “Queima no fogo metade dessa madeira, sobre as brasas assa a carne, come o assado até fartar-se, aquece-se também. . . . Com o resto faz um deus, o seu ídolo, faz-lhe reverências, adora-o, roga-o, exclama: ‘Salva-me, porque tu és o meu Deus!’ “Tal pessoa continua, nunca admite que: “Não será falso o que tenho nas mãos?” — Isa. 44:16, 17, 20.
Hodierno Ataque por Turba
● A maioria dos estadunidenses provavelmente acredita que os ataques por turbas são coisa do passado, no seu país. Entretanto, o jornal “Times” de Nova Iorque noticiou que as “Testemunhas de Jeová, procurando pregar sua mis são evangélica” em Brooklyn, foram confrontadas com “tantos quantos 40 jovens judeus [hassideanos(ultra-ortodoxos)]” que exigiram que as Testemunhas “saíssem daquela área, na maior parte judaica, cujo centro é a Rua 47 e a Avenida 14”.
A turba apoiou suas demandas com varas de metal, tijolos e pedras. “Sete Testemunhas relataram que haviam sido atacadas”, disse o “Times”. Mais tarde verificou-se que uma das Testemunhas, tratado por um ferimento no ombro, no Centro Médico Maimônides, sofrera também uma concussão. — 30 de maio de 1977, p. 19.
Testemunhas oculares relataram que hassideanos (“os pios”) de todas as idades atacaram até mesmo pessoas idosas, inclusive uma senhora de mais de 60 anos. Automóveis foram danificados, e Bíblias e publicações bíblicas foram destruídas. Uma lista de pessoas da congregação local das Testemunhas foi roubada, e os que constavam dela passaram a receber telefonemas ameaçadores.
Sem dúvida, a maioria dos judeus étnicos, embora discordando dos conceitos religiosos das Testemunhas, não aprovam esta violência contra um povo pacífico, motivado apenas pelo desejo de ajudar. Contudo, é trágico ver tal intolerância demonstrada por alguns daqueles que anteriormente sofreram terrível perseguição as mãos dos nazistas. Estas antigas vítimas da intolerância, certamente, deviam odiar mais do que tudo esta intolerância.