Jovens que se lembram de seu Criador
O TEMA da sessão vespertina de sexta-feira nos mais de 100 congressos internacionais “Fé Vitoriosa” das Testemunhas de Jeová, durante 1978 (e algumas em 1979), foi: “JOVENS, SEJAM EXEMPLOS DE FÉ.” Durante a parte do programa intitulada “Jovens Que se Lembram de Seu Criador”, jovens dedicados falaram sobre a sua vida como servos ou servas de Jeová. Apresentamos a seguir algumas experiências que contaram.
Observará que diversos dos jovens entrevistados decidiram devotar todo o seu tempo à pregação destas “boas novas do reino”. (Mat. 24:14) Alguns fazem isso como “pioneiros especiais”, gastando por mês pelo menos 140 horas nesta atividade. Muitos tornaram-se “pioneiros regulares”, que devotam o mínimo de 1.000 horas por ano à proclamação das “boas novas”. Consideremos algumas das coisas que esses jovens cristãos disseram.
No congresso da cidade de Nova Iorque, uma moça relatou: ‘Sei que alguns jovens hesitam em se comprometerem com Jeová Deus. Mesmo alguns dos batizados refreiam-se de colocar os interesses espirituais em primeiro lugar. Falo por experiência própria, porque eu mesma pensava assim. Mas os princípios bíblicos, tais como o de Malaquias 3:10, onde diz que devemos pagar a Deus o que lhe devemos, ajudaram-me a mudar de idéia. Eu exorto a todos vocês, jovens, aqui presentes, a colocar em primeiro lugar os interesses espirituais. Quem já tiver idade bastante para ir a festas, ou para ser imoral ou tomar drogas, já tem também idade bastante para dedicar sua vida a Jeová.’
PRAZER NO “SERVIÇO DE CAMPO”
“O campo é o mundo”, disse Jesus. (Mat. 13:38) É por isso que as Testemunhas de Jeová chamam sua atividade de pregação de “serviço de campo”. No congresso de Nova Iorque, uma adolescente falou sobre o que significava para ela o serviço de campo:
‘Minha atividade de transmitir verdades bíblicas a outros começou já cedo na vida. Acompanhando os pais de casa em casa, eu cumprimentava o morador com um sorriso alegre e lhe entregava uma pequena mensagem impressa. Com o tempo, consegui falar às pessoas sobre tópicos bíblicos. Dava-me prazer ver que alguns daqueles a quem falava queriam ajuda em entender a Bíblia. Eu os visitava regularmente e ficava emocionada de ver seu progresso em conhecimento de Deus e observar eliminarem práticas impuras, bem como mostrarem o desejo de compartilhar com outros as suas recém-encontradas crenças bíblicas. O empenho no serviço de campo freqüentemente me tem fortalecido a fé na vindoura nova ordem de Deus, que restabelecerá o paraíso em toda a terra. (Rev. 21:1-5) Se hei de convencer os outros sobre esta esperança, ela primeiro precisa ser forte no meu íntimo.’
Uma Testemunha jovem, que falou na sessão em inglês de Montreal, Canadá, contou: ‘Meu serviço de campo começou logo na infância. Eu costumava acompanhar os pais na sua atividade de pregação. Aos cinco anos de idade, comecei a fazer apresentações simples de porta em porta.
‘Durante aqueles primeiros anos, o serviço de campo era realmente divertido. Mas, com o tempo, passei a aperceber-me de que me destacava na escola dos demais da turma. Ficou então embaraçoso para mim falar aos colegas na escola sobre a verdade. Pregando de casa em casa, comecei a temer encontrar alguém conhecido da escola. Quando olho para trás, para este período, acho que no meu caso o problema era o temor do homem, o qual, conforme diz a Bíblia, “arma um laço”’. — Pro. 29:25.
‘Depois de sair da escola, decidi ser pioneiro temporário. Em resultado disso, a pregação passou a agradar-me mais do que nunca. Não a encarava mais como atividade divertida, nem como fardo pesado. Ao ver meus estudantes da Bíblia progredir na verdade, sentia profunda satisfação diante da evidência de que Jeová Deus apoiava meus esforços. Agora já sou pioneiro por mais de dois anos e meio. Lembrando-me das oportunidades que tive de escolher outras carreiras, meus sentimentos são os mesmos do apóstolo Paulo, que escreveu: “Considero também, deveras, todas as coisas como perda, por causa do valor superior do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele tenho aceito a perda de todas as coisas e as considero como uma porção de refugo, para que eu possa ganhar a Cristo.”’ — Fil. 3:8.
APREÇO PELA CONGREGAÇÃO
Alegram-se os jovens de estarem associados com a congregação cristã? Daniel, que serve como pioneiro em Quebeque, Canadá, contou a sua própria experiência: ‘Só fui batizado em 1975, e minha vida antes de conhecer a verdade bíblica foi muito desenfreada e nada cristã. Procurando sensações, embriagava-me muitas vezes. Quando isso deixou de ser um prazer, passei a fumar maconha e a experimentar outras drogas. À idade de 17 anos, fumava maconha quase que diariamente.
‘Mas a felicidade que achava ter naquele tempo não se compara em nada com a alegria que tenho desde que entrei em contato com o povo de Jeová. Minha primeira reunião no Salão do Reino foi memorável. O que me impressionou mais foi que, depois da reunião, diversos se chegaram a mim e se apresentaram, num esforço de me fazer sentir à vontade. Daquele tempo em diante, tenho freqüentado regularmente as reuniões no Salão do Reino. Antes de aprender a verdade, não tinha nenhum desejo de me associar com gente mais velha, visto que não tínhamos nada em comum. Mas, entre os concristãos, tenho encontrado muitos amigos bons de todas as idades.’
Outra Testemunha jovem, de Nova Iorque, apresentou um motivo diferente por gostar da associação com a congregação: ‘Alegro-me de fazer parte da congregação porque posso servir os outros. Gosto de ajudar os irmãos e irmãs mais idosos, quando precisam disso, para limpar seu apartamento. Ocasionalmente tenho o privilégio de ajudar concristãos a mudar de um lugar para outro. Sendo jovem, tenho força e energia. Pode haver um modo melhor de usá-las do que em glorificar a Jeová por servir os outros na congregação?’
MENINO DE 10 ANOS PROCURA AJUDA
No congresso de Munique, na Alemanha, um jovem contou a seguinte experiência na sessão em grego daquela assembléia: ‘Quando eu freqüentava a escola primária, meus pais pararam de se associar com a congregação cristã. Tenho o prazer de contar-lhes que, apesar de ser apenas menino, consegui manter algum contato com a congregação.
‘À idade de 10 anos, comecei a orar a Jeová, pedindo ajuda. Visto que meus pais não me permitiam associar-me abertamente com as Testemunhas de Jeová, parecia-me que a única maneira de apoiar a obra de pregação era por contribuir dinheiro. Por isso, comecei a ajuntar dinheiro da mesada que meus pais me davam. Num período de dois anos, juntei 500 dracmas. Alegremente ofereci-as à congregação. Os irmãos oraram por mim e fizeram planos para que um jovem da minha idade me visitasse. Durante a hora de brinquedo com ele, estudávamos a Bíblia, o que fortaleceu minha fé. Anos depois, fui para um país estrangeiro para estudar. Meu motivo real, porém, era estar livre para assistir às reuniões congregacionais.
‘Quando meus pais souberam disso, teve um bom efeito sobre eles. Começaram novamente a assistir às reuniões no Salão do Reino, e meu pai ocupa agora um cargo de responsabilidade na congregação. Quanto a mim, tenho agora a alegria de servir como pioneiro regular, e desejo isso a todos os jovens.’
Dá deveras prazer ouvir algo dos muitos jovens que fizeram da adoração de Jeová a coisa mais importante na sua vida. Esperamos que estas experiências estimulem muitos outros a acatar a ordem bíblica: “Lembra-te, pois, do teu Grandioso Criador nos dias da tua idade viril.” — Ecl. 12:1.