BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • w81 15/8 pp. 30-32
  • A unção e os ungidos

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • A unção e os ungidos
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1981
  • Subtítulos
  • ESFREGAR OU UNTAR COM ÓLEO
  • UNÇÃO
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1981
w81 15/8 pp. 30-32

A unção e os ungidos

A BÍBLIA faz uma diferença entre o costume comum de esfregar o corpo com óleo e a unção especial com óleo de coisas e pessoas dedicadas. Esta diferença é mantida com bastante constância por meio de diferentes palavras originais, tanto no hebraico como no grego. Algumas versões da Bíblia não mantêm esta fina distinção, mas traduzem todas essas palavras pelo único termo “ungir”.

ESFREGAR OU UNTAR COM ÓLEO

Nas terras do Oriente Próximo era costume esfregar o corpo com óleo, e, entre outras coisas, isto ajudava a proteger as partes expostas contra os raios intensos do sol. O óleo ajudava também a manter a pele flexível. Em geral, usava-se azeite de oliveira ao qual amiúde se acrescentava perfume. O costume era aplicar o óleo após o banho. (Rute 3:3; 2 Sam. 12:20) Ester passou por um período de seis meses de massagens com óleo de mirra, e seis meses com óleo de bálsamo, antes de ser apresentada ao Rei Assuero. (Ester 2:12) Aplicava-se também óleo ao cadáver em preparação para o sepultamento. — Mar. 14:8; Luc. 23:56.

Quando Jesus enviou os doze apóstolos aos pares, eles untaram com óleo a muitos dos que curaram. A cura do padecimento não se devia ao próprio óleo, mas à operação milagrosa do espírito santo de Deus. O óleo, que possuía algumas propriedades curativas e revigorantes, era simbólico da cura e do revigoramento sentidos. — Mar. 6:13; Luc. 9:1; veja Lucas 10:34.

Untar a cabeça com óleo era sinal de favor. (Sal. 23:5) Os chefes de Efraim agiram de modo favorável para com os soldados judeus capturados por untá-los e devolvê-los a Jericó, conforme aconselhados pelo profeta Odede. (2 Crô. 28:15) Jeová falou sobre causar uma escassez de azeite para ser esfregado no corpo, para indicar seu desagrado. (Deut. 28:40) Não esfregar o corpo com óleo era considerado como sinal de luto. (2 Sam. 14:2; Dan. 10:2, 3) Untar com óleo a cabeça dum convidado era considerado como ato de hospitalidade e cortesia, conforme indicam as palavras de Jesus a respeito duma mulher que lhe untou os pés com óleo perfumado. — Luc. 7:38, 46.

Jesus disse aos seus discípulos que deviam untar a cabeça e lavar o rosto quando jejuassem, a fim de terem aparência normal, não ostentando uma santimoniosidade e renúncia assim como faziam os líderes religiosos, judaicos, hipócritas, para impressionar os outros. — Mat. 6:16, 17.

Tiago fala sobre uma espiritual ‘tintura com óleo’ em nome de Jeová para os espiritualmente doentes, como procedimento correto para quem precisa de ajuda espiritual. Que ele se refere a uma doença espiritual é indicado pelas declarações: “Chame a si os anciãos da congregação”, não os médicos, e, “se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-á isso perdoado”. (Tia. 5:13-16) Jesus fez uma aplicação espiritual deste costume quando disse à congregação laodicense que ‘comprasse dele ungüento para os olhos, para passar nos olhos, para que visse’. — Rev. 3:18.

UNÇÃO

A Bíblia usa muitas vezes a palavra hebraica sukh e a grega aléifo para a tintura comum com óleo. Mas, para uma unção especial com óleo, ela costuma usar a palavra hebraica masháhh, da qual vem a palavra mashíahh (“Messias”), e a palavra grega khrio, da qual vem khristós (“Cristo”). O sentido original de masháhh parece ter sido o de “besuntar” ou “lambuzar”. Uma forma desta palavra é usada em Jeremias 22:14 com respeito à aplicação de vermelhão ao forro. No entanto, o termo é usado na Bíblia quase que só para a unção com óleo de modo sagrado ou cerimonial.

Quando alguém era ungido com óleo , este era derramado sobre a sua cabeça e deixado escorrer sobre a barba, e sobre o colarinho de suas vestes. (Sal. 133:2) Nos tempos da história bíblica, tanto os hebreus como alguns dos não-hebreus tingiam cerimonialmente os governantes. Isto constituía a confirmação de sua nomeação oficial para o cargo. (Juí. 9:8, 15; 1 Sam. 9:16; 2 Sam. 19:10) Samuel ungiu Saul como rei, depois de Deus ter indicado Saul como sua escolha. (1 Sam. 10:1) Davi foi ungido como rei em três ocasiões diferentes: uma vez por Samuel, depois pelos homens de Judá e finalmente por todas as tribos. (1 Sam. 16:13; 2 Sam. 2:4; 5:3) Arão foi ungido após a sua nomeação para o cargo de sumo sacerdote. (Lev. 8:12) Depois, aspergiu-se o óleo de unção junto com o sangue dos sacrifícios sobre a vestimenta de Arão e de seus filhos, mas só Arão recebeu o óleo derramado sobre a cabeça. — Lev. 8:30.

As coisas dedicadas como sagradas também eram ungidas. Jacó tomou a pedra sobre a qual descansara a cabeça quando tivera um sonho inspirado e a erigiu como coluna, ungindo-a e marcando assim este lugar como sagrado, e ele chamou o lugar de Betel, que significa “casa de Deus”. (Gên. 28:18, 19) Pouco tempo depois, Jeová reconheceu esta pedra como tingida. (Gên. 31:13) No ermo de Sinai, Moisés, às ordens de Jeová, ungiu o tabernáculo e sua mobília, indicando que eram coisas sagradas e dedicadas. — Êxo. 30:26-28.

Houve casos em que alguém era considerado como ungido por ter sido designado por Deus, embora não se lhe derramasse óleo sobre a cabeça. Este princípio foi demonstrado quando Jeová mandou que Elias tingisse Hazael como rei sobre a Síria, Jeú como rei sobre Israel e Eliseu como profeta em seu próprio lugar. (1 Reis 19:15, 16) O registro bíblico passa a mostrar que um dos filhos dos profetas, associado com Eliseu, fez a unção de Jeú com óleo literal, para ser rei sobre Israel. (2 Reis 9:1-6) Mas não há nenhum registro de alguém ungir com óleo quer a Hazael, quer a Eliseu. Moisés foi chamado de Cristo ou Ungido, embora não fosse ungido com óleo, porque Moisés foi designado por Jeová para ser mediador do pacto da Lei, e Líder e libertador de Israel. (Heb. 11:24-26) Outro caso pertinente é o do rei persa Ciro, predito por Isaías como sendo aquele a quem Jeová usaria como o seu ungido. (Isa. 45:1) Ciro não foi realmente ungido com óleo por um dos representantes de Jeová, mas podia-se dizer que era ungido porque fora designado por Jeová para fazer certa obra.

Jeová determinou na lei que deu a Moisés a fórmula para o óleo de unção. Era uma composição especial dos ingredientes mais seletos: mirra, canela fragrante, cálamo fragrante, cássia e azeite de oliveira. (Êxo. 30:22-25) Era considerado crime capital se alguém fabricasse esta mistura e a usasse para qualquer fim comum ou não autorizado. (Êxo. 30:31-33) Isto demonstra figurativamente a importância e a santidade da designação para um cargo que fora confirmado pela unção com óleo sagrado.

Em cumprimento de muitas profecias das Escrituras Hebraicas, Jesus de Nazaré mostrou ser o Ungido de Jeová e podia ser corretamente chamado de Messias ou Cristo, títulos que transmitem esta idéia. (Mat. 1:16; Heb. 1:8, 9) Em vez de ser ungido com óleo literal, foi ungido com o espírito de Jeová. (Mat. 3:16) Jeová o designou assim para ser rei, de modo que ele foi chamado de ungido de Jeová. (Sal. 2:2; Atos 4:26, 27) Na cidade onde morava, Nazaré, Jesus confirmou esta unção quando aplicou a si mesmo a profecia de Isaías 61:1, onde ocorre a frase: “Jeová me ungiu.” (Luc. 4:18) Jesus Cristo, nas Escrituras, é o único que foi ungido para todos os três cargos: profeta, sumo sacerdote e rei. Jesus foi ungido com “óleo de exultação mais do que a [seus] associados” (os outros reis da linhagem de Davi). Isto se deu porque recebeu a unção diretamente do próprio Jeová, não com óleo, mas com espírito santo, não para um reinado terreno, mas para um celestial, conjugado com o cargo de Sumo Sacerdote celestial. — Heb. 1:9; Sal. 45:7.

Iguais a Jesus, os seguidores dos seus passos, que foram gerados pelo espírito e ungidos com espírito santo, podem ser chamados de ungidos. (2 Cor. 1:21) Assim como Arão foi ungido diretamente como chefe do sacerdócio, mas não se derramou individualmente o óleo sobre a cabeça de seus filhos, assim Jesus foi ungido diretamente por Jeová, e sua congregação de irmãos espirituais recebeu a unção como grupo de pessoas por meio de Jesus Cristo. (Atos 2:14, 32, 33) Receberam assim uma designação de Deus para ser reis junto com Jesus Cristo nos céus. (2 Cor. 5:5; Efé. 1:13, 14; 1 Ped. 1:3, 4; Rev. 20:6) O apóstolo João indicou que os cristãos são ensinados pela unção com espírito santo que recebem. (1 João 2:27) Este os comissiona e habilita para o ministério cristão do novo pacto. — 2 Cor. 3:5, 6.

Jeová tem grande amor e preocupação pelos seus ungidos, e vela cuidadosamente por eles. (1 Crô. 16:22; Sal. 2:2, 5; 20:6; 105:15; Luc. 18:7) Davi reconheceu que é Deus quem escolhe e designa seus ungidos, e que é Deus quem os julga. Erguer a mão para prejudicar os ungidos de Jeová ou alguém a quem ele designou resulta no desagrado de Jeová. — 1 Sam. 24:6; 26:11, 23. Tirado de Ajuda ao Entendimento da Bíblia, pp. 82, 83, em inglês.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar