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  • De que proveito é o sofrimento?

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  • De que proveito é o sofrimento?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1987
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1987
w87 15/2 pp. 22-25

De que proveito é o sofrimento?

QUANDO confrontados com intenso sofrimento, muitos ficam amargurados. Outros, passando pelas mesmas experiências, ou por piores ainda, ficam mais compassivos e ternos nos seus sentimentos para com seus semelhantes. De modo similar, há aqueles que negam a própria existência de Deus, quando sujeitos a prolongadas dificuldades, ao passo que outros passam por severas provas com inabalável fé no Todo-poderoso. Por que se dá isso?

Alguns costumam ficar amargurados e perdem a fé por se considerarem importantes demais e por deixarem de reconhecer que são gente pecaminosa, vivendo num mundo que não faz caso da lei de Deus. Atribuem erroneamente ao Todo-poderoso as coisas más de que os homens têm culpa. Por isso, não tiram nenhum proveito das dificuldades, e, depois de obterem alívio, talvez demonstrem tendências de personalidade ainda mais indesejáveis do que antes.

Para que isso não aconteça conosco, devemos fazer questão de tirar proveito de tudo o que nos possa sobrevir. Isto requer ter o conceito correto para com o sofrimento humano. O livro bíblico de Lamentações é muito útil para colocar este assunto na perspectiva correta.

Não Perca a Esperança

O próprio livro consiste em cinco poemas que lamentam ou pranteiam a terrível destruição que sobreveio a Jerusalém às mãos dos babilônios. No terceiro destes poemas, o profeta Jeremias, impelido pelo espírito de Deus, expressa seus intensos sentimentos, aplicando-os à nação inteira sob a figura dum varão vigoroso. (Lamentações 3:1) Embora Jeremias tivesse sofrido junto com a nação inteira, a experiência não o amargurou. Aguardava esperançoso o tempo em que o favor de Deus estaria novamente com o povo Dele, e aceitou o que sobreveio à nação como execução legítima do julgamento divino.

A esperança dum futuro livramento sustentava Jeremias. Lemos: “Sem falta, a tua alma [o próprio Jeová] se lembrará e se curvará sobre mim. Isto é o que retornarei ao meu coração. Por isso é que me mostrarei em atitude de espera.” (Lamentações 3:20, 21) Não havia dúvida na mente de Jeremias de que Jeová finalmente olharia com favor para os do Seu povo arrependido. De fato, tinham sido muito rebaixados em total derrota. Mas Jeová como que se encurvaria da sua posição celestial elevada, erguendo-os da condição rebaixada. Com tal idéia, Jeremias podia consolar seu coração e esperar pacientemente até que Jeová agisse a favor do Seu povo arrependido.

Portanto, quando passamos por uma experiência penosa, não devemos perder a esperança. Devemos lembrar-nos de que as provações têm começo e também têm fim. O Altíssimo nunca permitirá que seus servos fiéis sofram indefinidamente junto com os que não são seu povo devotado. É por isso que devemos esperar pacientemente até que Jeová dê alívio certo.

O mero fato de alguém ainda estar vivo deve dar-lhe motivo de esperança. Lá no tempo de Jeremias, a cidade de Jerusalém e a terra de Judá foram desoladas, e muitos israelitas pereceram. Ainda assim, havia sobreviventes. Isto garantia a contínua misericórdia de Deus para com o seu povo. Lemos: “É pelos atos de benevolência de Jeová que não se deu cabo de nós, porque as suas misericórdias certamente não acabarão. São novas cada manhã. Tua fidelidade é abundante. ‘Jeová é meu quinhão’, disse a minha alma, ‘por isso é que me mostrarei em atitude de espera por ele’.” — Lamentações 3:22-24.

Se não fosse a benevolência de Deus, e sua preocupação compassiva com o seu povo, não teria havido sobreviventes entre os israelitas. Mas Jeová Deus teve misericórdia. De modo que suas expressões de misericórdia continuariam a estender-se para com o seu povo, renovadas cada manhã. O fato de que a fidelidade de Jeová é abundante tornava certo que se podia depender das suas misericórdias. Seriam constantes, nunca fracas ou ineficazes. Visto que o Altíssimo continuava a ser o quinhão ou a herança do Seu povo, havia bons motivos para este continuar a esperar pela inversão da situação provadora que ele permitira que lhe sobreviesse por causa da sua infidelidade.

Como Esperar com Paciência

Como se deve caracterizar tal espera? O livro de Lamentações responde: “Jeová é bom para com o que espera nele, para com a alma que continua a buscá-lo. É bom que se espere, mesmo silencioso, a salvação da parte de Jeová. É bom que o varão vigoroso carregue o jugo durante a sua mocidade. Fique sentado sozinho e fique quieto, porque pôs algo sobre ele. Ponha ele a sua boca no próprio pó. Talvez haja esperança. Ofereça a face àquele que o golpeia. Tenha fartura de vitupério.” — Lamentações 3:25-30.

Note que, em tal tempo de aflição, deve-se continuar a olhar com esperança para Deus, em busca de alívio, e chegar-se ainda mais a ele. Deve-se ser paciente, esperando silencioso, ou sem queixa, até que o Todo-poderoso dê livramento ou salvação. Aprender assim na mocidade a suportar o jugo do sofrimento é bem proveitoso. Por quê? Porque torna mais fácil suportar tais experiências mais adiante na vida, sem perder a esperança. Sabendo-se que já se passou antes por grandes dificuldades, tem-se uma base para a esperança de que se pode fazer isso de novo.

Agora, quando alguém carrega um jugo de aflição, ele não deve andar por aí queixando-se. Não, deve ficar sentado sozinho, como alguém de luto, e ficar quieto. Deve prostrar-se, com a boca no próprio pó. Significa que deve humildemente sujeitar-se às provações que Deus permite que suporte, e deve olhar com esperança para o vindouro livramento. Não se deve erguer em revolta contra seus perseguidores, mas deve suportar pacientemente todos os ultrajes físicos e verbais. Isto nos lembra como o próprio Jesus Cristo se comportou. O registro bíblico relata: “Quando estava sendo injuriado, não injuriava em revide. Quando sofria, não ameaçava, mas encomendava-se àquele que julga justamente.” — 1 Pedro 2:23.

Outro ponto vital a lembrar quando se sofre é que Deus não dá a sua aprovação às coisas odiosas que os homens talvez façam. No entanto, o Altíssimo permite que certas coisas aconteçam, visando um bom objetivo. Isto é bem expresso nas seguintes palavras do livro de Lamentações: “Porque Jeová não continuará a deitar fora por tempo indefinido. Pois, ainda que tenha causado pesar, certamente também terá misericórdia segundo a abundância da sua benevolência. Pois não é do seu próprio coração que ele tem atribulado ou está causando pesar aos filhos dos homens. Para com o esmagamento debaixo dos pés, de todos os prisioneiros da terra, para com o desvirtuamento do julgamento do varão vigoroso diante da face do Altíssimo, para com a perversão do homem na sua causa jurídica, o próprio Jeová não teve contemplação.” — Lamentações 3:31-36.

No caso dos israelitas infiéis, Jeová Deus permitiu que passassem por uma terrível experiência às mãos dos babilônios. Deitou-os fora, a ponto de permitir que fossem levados ao exílio. Contudo, isso visava um bom objetivo, a saber, produzir um restante arrependido entre os sobreviventes e seus descendentes. Era para com este restante que Jeová teria misericórdia. O Todo-poderoso não tinha prazer em punir os israelitas. Não era o desejo de seu coração causar-lhes pesar e aflição por entregá-los nas mãos de seus inimigos. Jeová não aprovava o tratamento terrível que dispensavam ao seu povo. Ele não contemplava com aprovação os homens que oprimiam prisioneiros de guerra, que negavam a alguém seus direitos dados por Deus e que se negavam a fazer justiça numa causa jurídica.

Por conseguinte, quando sofremos às mãos de homens, não devemos culpar a Deus pelos males que os homens cometem. O Altíssimo não aprova a opressão e a violência deles. Por fim, terão de responder a ele pelos seus atos errados.

Por outro lado, alguns talvez causem sofrimentos a si mesmos. Os israelitas infiéis viraram as costas para Jeová Deus, rejeitando o cuidado protetor dele. Assim, ele corretamente os abandonou aos inimigos deles. Portanto, não tinham nenhuma base para se queixar do que lhes sobreveio. Isto é salientado na pergunta: “Como é que o homem vivente pode entregar-se a queixas, o varão vigoroso, por causa do seu pecado?” (Lamentações 3:39) Em vez de se queixar, os israelitas deviam ter-se voltado arrependidos para Jeová, implorando a sua misericórdia. Lemos: “Pesquisemos deveras os nossos caminhos e exploremo-los, e retornemos deveras diretamente a Jeová. Elevemos nosso coração junto com as palmas das nossas mãos ao Deus nos céus: ‘Nós é que transgredimos e nos comportamos rebeldemente.’” — Lamentações 3:40-42.

Sim, não era hora de resmungar e de se queixar. Era hora de examinarem com cuidado seus caminhos, seu proceder na vida ou sua conduta, e considerar o resultado. Em vez de continuar nos seus próprios caminhos para o seu prejuízo, deviam retornar a Jeová e acatar as ordens dele. Expressões de aparente arrependimento, meramente elevar as palmas das mãos em oração, não bastavam. Precisava haver um arrependimento de coração por causa das transgressões.

Assim, quando sofremos, devemos examinar nosso proceder na vida. Causamos as dificuldades a nós mesmos por desconsiderar a lei de Deus? Neste caso, não temos base para culpar o Altíssimo. Antes, devemos mostrar que tiramos proveito da disciplina dolorosa por abandonar o proceder errado e voltar-nos arrependidos para Deus. Se tivermos tentado levar uma vida reta e ainda assim sofrermos aflição, não deveremos esquecer que aquilo que homens iníquos talvez nos façam não é aprovado por Deus. No ínterim, devemos humildemente agüentar as nossas provações, esperando com paciência e sem queixa que Jeová Deus dê alívio. Tiraremos proveito da aplicação do conselho da Palavra de Deus quando confrontados com sofrimento. Aprenderemos paciência, perseverança e total confiança em Jeová. Nunca imitaremos o proceder odioso de homens opressivos, mas continuaremos a ser bondosos e compassivos para com o nosso semelhante.

[Foto na página 23]

Jeremias, que compôs Lamentações, pôde escrever de experiência própria sobre o sofrimento.

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