Que proveito tirou de sua Assembléia “Boas Novas”?
As testemunhas de Jeová, jovens e idosas gostam de se reunir em assembléias, assim como ordenado em Hebreus 10:24, 25. Esta é a razão por que centenas de milhares delas viajaram muitos quilômetros para assistir a uma das Assembléias de Distrito “Boas Novas Para Todas as Nações”. Elas foram realizadas em mais de 120 cidades, em mais de vinte e cinco países, contando-se só o hemisfério setentrional, durante julho e agosto do ano passado. E quão grandes foram as multidões que vieram! Em quase cada país, a assistência foi de 10 a 30 por cento acima daquela do ano anterior, num total de 928.756.
As testemunhas que não tinham liberdade de se reunir em grandes números em suas próprias terras viajaram a países onde podiam reunir-se. Uns 5.000 viajaram da Espanha até Toulouse, na França, assim como fizeram também mais de 600 testemunhas portuguesas. Mais de 2.000 da Iugoslávia estiveram na assembléia de Villach, na Áustria, e acima de 500 da Grécia usufruíram uma assembléia em Ulm, na Alemanha. Todas estas assembléias, naturalmente, foram realizadas no próprio idioma delas.
Quão bem os jovens estiveram representados nestas assembléias! A imprensa pública, vez após vez, comentou este fato e observou que não havia ‘gerações em conflito’ entre as Testemunhas. Assim, o B. T. (um dos maiores diários da Dinamarca), publicou uma entrevista com várias Testemunhas jovens, apresentando seu conceito sobre a Bíblia, a moral, o casamento, a maneira de se vestir e outras coisas. Declarou nas suas observações introdutórias:
“Não se trata de um assunto para gente velha — há muitos casais mais jovens e jovens solteiros, moços, adolescentes e crianças. Todos escutam com atenção e confiança os discursos e as explicações bíblicas dadas pelos mais velhos. Não há rebelião da juventude entre as testemunhas de Jeová. O que as mantém unidas pode ser expresso em uma única palavra: verdade. Mas, que espécie de verdade é tão forte que os vence completamente, que transforma completamente toda a sua atitude para com a vida e os faz adotar um modo de vida que, quase em todos os sentidos, os separa de todos os outros da mesma idade?”
Que estes jovens apreciam tais assembléias pôde ser visto também pela participação que eles mesmos tiveram no programa e pelo modo em que se prontificaram para ajudar nos diversos departamentos, tais como os de refrigerantes, restaurante e limpeza. E demonstraram isso pelo esforço que fizeram para chegar às assembléias, visto que nem todos os pais puderam arcar com a despesa adicional de levar toda a sua família. De modo que, na Irlanda, dois meninos, de sete e oito anos de idade, cortavam lenha e depois a vendiam para ter os meios para chegar à assembléia. Lá no estado de Washington, E. U. A., jovens foram catar minhocaçus, grandes minhocas usadas pelos pescadores, às dezenas de milhares, vendendo-os a um centavo cada um, para poderem chegar à assembléia. No Bronx, em Nova Iorque, moças adolescentes faziam serviço doméstico após as aulas, servindo de babás às noitinhas, e um rapaz se tornou jornaleiro itinerante para poder chegar à assembléia de Washington, D. C.
BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS COM BENEFÍCIOS ADICIONAIS
Sem dúvida, todos os que assistiram às assémbléias receberam muitas bênçãos menores que poderiam ser classificadas como benefícios adicionais. Tiveram suas refeições juntos e palestraram com seus irmãos, encontraram-se com velhos amigos e fizeram novos, e participaram em entoar cânticos. Mas, teria sido um engano de se contentar com tais, em vista das bênçãos espirituais maiores, mais importantes, à disposição. Que proveito tiraram os presentes à assembléia do próprio programa dela? Que proveito tirou pessoalmente dele?
As diversas particularidades do programa da assembléia foram muito bem ideadas e se fez muita preparação para elas. Um relatório procedente da Irlanda declarou a seu respeito: “Nunca teve um programa de assembléia de distrito tal impacto; nunca se manteve tão facilmente vívido o interesse durante todos os quatro dias; nunca ficaram os nossos corações tão incentivados a aplicar os princípios de Jeová à nossa vida diária e ao nosso ministério. . . . Foi uma assembléia a ser lembrada pela sua forte influência sobre a nossa espiritualidade e pela sua provisão de um magnífico instrumento para nos ajudar como ministros das boas novas.”
Todavia, houve os que não puderam assistir a estas assembléias. Por outro lado, alguns dos presentes estiveram ocupados com o funcionamento da organização do congresso e por isso perderam partes do programa. E é provável que os ouvintes perderam muitos dos pontos fortes apresentados, por causa de distração difícil de evitar em grandes multidões. Por isso parece aconselhável recapitular brevemente o programa, dia a dia, e observar os pontos salientes.
O PRIMEIRO DIA
Estas assembléias se iniciaram com o discurso de boas-vindas: “As ‘Boas Novas’ Nos Congregaram.” “Onde estaria se não fosse pelas ‘boas novas’?” perguntou o orador, e depois acrescentou: “Alguns talvez nem estivessem vivos.” Estas boas novas mudaram nossa vida, dando-nos paz mental e segurança; deram-nos algo para o qual viver. Por se concentrar no alimento espiritual concentrado apresentado nesta assembléia, ela bem que pode tornar-se um marco na sua vida cristã:
A seguir veio o discurso do presidente: “Apreciando o Que Deus Tem Feito por Nós.” Entre outras coisas, o orador indicou as muitas maravilhas da criação, tais como a mão humana, sem a qual seria impossível qualquer produção humana, desde o pequeníssimo transístor até o poderoso transatlântico, e os olhos humanos, duas belas câmaras cinematográficas pequenas, esféricas. Destacou também as muitas bênçãos espirituais, a principal das quais foi a dádiva do Filho de Deus como Resgatador da humanidade. Este discurso foi uma obra-prima em prol de maior apreço pelo que Deus tem feito, e serviu como bom início.
Seguiu-lhe “O Que Está Fazendo com a Sua Vida?”, uma apresentação dramática que realizou diversas coisas. Mostrou de que modo os cristãos podem gozar de uma ocasião espiritualmente proveitosa quando se reúnem socialmente, lendo certos trechos da Bíblia, alguns versículos por vez, e depois palestrando sobre eles. Mostrou também como o fato de Esaú desprezar sua primogenitura pode servir de aviso para cristãos, hoje em dia, que talvez tenham falta de apreço de sua herança. (Mat. 25:34) E, além disso, o drama serviu para fazer Abraão, Isaque, Jacó e Esaú viver na mente dos que o ouviram, como nunca antes se fizera. A representação tocante de Abraão oferecer Isaque fez brotar lágrimas nos olhos de muitos.
O programa da noite iniciou-se com experiências interessantes e bons comentários de jovens no ministério de pioneiro, de tempo integral. Houve expressões típicas, tais como: “Descobri que exige mais do que apenas querer ser pioneiro. Exige a determinação de ser pioneiro.” “O serviço de pioneiro oferece a máxima emoção de se ajudar pessoas à dedicação.” Em mais de uma assembléia, os que se formaram em escolas secundárias contaram que rejeitaram bolsas de estudo para serem pioneiros.
Depois destas expressões veio o drama de duas horas sobre “O Que os Jovens Fazem no Ministério”. Com um elenco de cerca de trinta personagens, que todos falaram eles mesmos as suas partes, representaram-se franca e dramaticamente os problemas que confrontam os jovens cristãos no ministério, tais como o laço do materialismo e a tentação de cometer fornicação, e como podem ser resolvidos com bom êxito. O drama, baseado na maior parte em incidentes da vida real, salientou o que os, pais podem fazer para ajudar seus filhos. Disse-se enfaticamente aos pais: “Não basta que seus filhos assistam às reuniões e se empenhem no serviço; sabem por que o fazem? Sabem quais são os conceitos e as aspirações que eles tem? Sabem em que se fixa realmente o seu interesse?” Na conclusão disse-se aos pais: “Seus filhos são o barro nas suas mãos. Podem ajudar a Jeová a moldá-los como vasos para uso honroso, ou . . . abandoná-los para que este sistema os molde em vasos para uso desonroso. A escolha é sua!”
O SEGUNDO DIA
Sexta-feira, o segundo dia da assembléia, teve por particularidade um serviço matinal de batismo: “Batismo em Resposta às ‘Boas Novas’.” Entre outras coisas mostrou-se que a dedicação é necessária para se ter uma boa consciência; é a coisa sábia a fazer, visto que conduz à vida eterna, e é a coisa amorosa a fazer, de gratidão por tudo o que Deus tem feito por nós. Não é, porém, um acordo negociado, mas, antes, uma rendição incondicional, baseada na confiança em Deus. Em 119 assembléias foram batizados 17.613 pessoas.
Depois de se relatarem experiências interessantes de alguns que acabavam de ser batizados, o programa da tarde de sexta-feira prosseguiu com um discurso baseado em Mateus 11:28-30. Este mostrou que o jugo e o fardo do mundo eram duros e pesados em razão do egoísmo e da iniqüidade amplamente difundidos. Pesado também é o fardo da culpa por causa dos pecados que se tem. Mas o jugo e o fardo da dedicação são suaves e leves porque Jeová Deus e Jesus Cristo são Amos razoáveis e amorosos. A fé, a obediência, um conceito correto e a associação com irmãos cristãos contribuem mais ainda para aliviar o fardo.
Daí se seguiu imediatamente o discurso “Treina-se Agora Para as Provações à Frente?”. Como o pode fazer? Por aprender a controlar seus pensamentos, por bons hábitos de estudo, por enfrentar vitoriosamente as provações atuais, tais como as produzidas pelo nacionalismo, pela imoralidade sexual, pelo materialismo e pela crescente indiferença para com a mensagem do Reino. É também importante ser criterioso quanto à diversão. Exortou-se a assistência: “Elimine o que enfraquece espiritualmente, tal como muita TV.”
A seguir veio o discurso que relatou “Onde Há Necessidade de Mais Pregadores das ‘Boas Novas’”. Ainda se ouve a chamada macedônia, pois há muitas terras onde há apenas um pregador do Reino para 5.000 habitantes, e em um país a proporção é de um para 840.000. Muitas bênçãos o aguardam se atender à chamada, mas o planejamento prudente é essencial. Se não se puder mudar para longe, talvez haja lugares no seu próprio país onde a necessidade é maior. (Atos 16:9, 10) A este se seguiu o forte discurso básico: “As ‘Boas Novas’ de um Mundo sem Religião Falsa”, cujo texto integral será publicado na Sentinela.
Na conclusão dele, lançou-se uma nova ajuda para o estudo bíblico, A Verdade Que Conduz à Vida Eterna. Contém 192 páginas e é do tamanho de bolso. Quanto ao seu conteúdo, uma carta de apreço, procedente da Dinamarca, declarava em parte:
“Envolve o leitor ou o estudante quase que desde o princípio e o faz participar na consideração. Segue o método de apresentar tanto a matéria do assunto, como ao mesmo tempo a atitude do leitor para com ele. Induz a se fazerem muitas decisões, ao passo que se apresenta a matéria, e isto o ajudará a chegar à verdade. Afinal de contas, chegar à verdade não é apenas uma decisão feita após o término do estudo do livro, mas o resultado de muitas decisões feitas, ao passo que o conhecimento aumenta . . . Este livro e o plano de estudo parecem ser os mais oportunos que já recebemos.”
A Sentinela (15 de setembro de 1968), anunciando estas assembléias, havia declarado: “Na sexta-feira, está planejado algo que não só o deleitará, mas também, sem dúvida, o surpreenderá, pois terá considerável influência sobre a obra que estaremos fazendo durante os anos vindouros.” A “surpresa” incluiu mais do que o novo livro. Incluiu também um programa de estudo bíblico de seis meses! Por causa da maneira em que o novo livro envolve o estudante a cada instante, sem dúvida fará que queira tomar alguma ação no tempo em que termine com ele, o que deve levar aproximadamente seis meses. Os estudos não mais devem ser realizados ano após ano, sem que o estudante aja à base do conhecimento obtido!
O programa noturno começou com experiências de bom êxito com estudos bíblicos. Uma “história de bom êxito” das mais incomuns foi narrada na assembléia de Lewiston, Maine, nos E. U. A. Dois pioneiros especiais contaram que, num tempo comparativamente curto, puderam ajudar a dez jovens adultos, juntos com os pais de alguns deles, a tomar sua posição a favor da verdade de Deus, na maior parte em resultado do que era como que uma reação em cadeia. Dez deles subiram ao palco, um por vez, e relatou-se que doze tinham sido batizados nos últimos oito meses.
O programa salientou, então, as muitas particularidades boas da nova ajuda para o estudo da Bíblia e como deve ser apresentada ao público: O livro está cheio de considerações fáceis de compreender, de assuntos que a maioria das pessoas precisa saber ou em que está interessada. É gentil, mas firme, de progresso rápido e denotando certa urgência. Dá conselho sobre a conduta cristã e a vida familiar, e apresenta o conceito bíblico sobre práticas tais como o aborto e o espiritismo.
De interesse especial para todos os que têm cônjuges incrédulos foi “Unindo a Família Dividida”, que veio a seguir. Delineou de modo bondoso e compreensivo a obrigação bíblica dupla de manter a integridade e de ajudar o incrédulo a tornar-se crente. Exemplos demonstraram o valor de consideração e tato amorosos, e da recusa de contemporizar. “Melhor ser ultrajado do que ultrajar”, foi o conselho dado a tais, e: “Ser submissa é tanto um requisito para a esposa cristã como é a pregação das boas novas do reino de Deus.” Como se pode evitar, em primeiro lugar, que a família se divida? Por envolver ambos os cônjuges em palestras bíblicas, logo desde o início, e por ‘casar-se somente no Senhor’.
O TERCEIRO DIA
No programa de sábado à tarde se ouviram primeiro experiências em que superintendentes contaram como puderam aumentar a assistência às reuniões, algumas a mais de 100 por cento do número de publicadores. Conseguiram isso por terem reuniões bem ensaiadas, que aplicam as instruções às condições locais, por enfatizarem a freqüência às reuniões nos grupos de estudo de livro, por terem as reuniões em horas mais convenientes para a maioria, e assim por diante.
Estas experiências foram seguidas pelo discurso sério sobre “Mais do Que Qualquer Outra Coisa, Resguarde Seu Coração”. Assim como um coração físico sadio é essencial para a saúde física, assim um coração espiritual sadio, a sede das emoções, da motivação e do desejo, é essencial para a boa saúde espiritual. A maneira de absorvermos conhecimento e nos sujeitarmos à disciplina determina em grande parte quais os desejos que criaremos e qual a intensidade deles. Desejos corretos podem ser satisfeitos com moderação, mas, desejos impróprios precisam ser eliminados ou mantidos sob estrito controle. Os desejos errados começam no coração, e isto já nos primeiros anos da vida, com “eu quero, eu quero, eu quero” isto, aquilo ou aquela outra coisa. Todos os que não tiverem corações sadios serão destruídos no Armagedom.
A seguir se deu bom conselho na parte “Treinados Para Distinguir Tanto o Certo Como o Errado”. Os cristãos precisam ter certeza quanto a que é certo e que é errado, e isto exige tanto bom conhecimento dos princípios bíblicos como bom raciocínio. Este programa mostrou, por meio de várias palestras interessantes, que os cristãos devem considerar o noivado com a máxima seriedade, o fumar como algo impuro, a jogatina como egoísmo, e assim por diante. O programa de sábado à tarde concluiu com o bom discurso sobre “A Felicidade da ‘Nação Cujo Deus É Jeová’”, que repassou as razões por que o povo de Jeová está tão feliz. Será publicado na sua inteireza na Sentinela.
Os que contaram experiências na noite de sábado foram pais que tiveram bom êxito em criar seus filhos. Estudavam a Bíblia regularmente com seus filhos, oravam junto com eles; levavam-nos a todas as reuniões e assembléias, entretinham-se juntos em passatempos bíblicos, e, acima de tudo, punham diante deles o alvo do ministério de tempo integral. Um notável exemplo foi o dum lavrador, na assembléia de Rennes, na França. Ele contou que, dos seus seis filhos homens, dois eram homens casados e superintendentes; dos seus quatro filhos solteiros, um está, servindo na filial francesa da Sociedade Torre de Vigia, outro está na obra de circuito, outro é pioneiro especial e o último é ministro pioneiro regular. Das suas três filhas, uma foi pioneira especial e agora é a esposa de um bom superintendente; a adolescente é pioneira de férias e a mais jovem tem seu próprio estudo bíblico.
Depois destas boas experiências, apresentou-se o drama de duas horas, “O Caminho de Jeová É o Caminho da Vitória”. Este mostrava como Jefté, primeiro proscrito, foi depois escolhido para ser juiz de Israel, e como ele conseguiu libertar Israel do jugo amonita, depois que os israelitas se voltaram para a adoração de Jeová. Narrava também o equivalente moderno destes eventos. Mostrava como os hodiernos amonitas, os regentes políticos, oprimiam o povo de Jeová, como este escolheu “Jefté” por aceitar a regência teocrática sob Jesus Cristo, e como Jeová lhe concedeu então a vitória. Fornecia exemplos vibrantes e cativantes do destemor do povo de Jeová em face da perseguição nazista na Alemanha e da Ação Católica nos Estados Unidos. Em diversas assembléias, este drama foi apresentado duas vezes, para que todos o pudessem ver, e em muitas outras foi transmitido por circuito fechado de televisão a salões adicionais.
O DIA FINAL
De manhã, após a consideração do texto do dia e uma oração, veio o caloroso discurso “Edifiquemo-nos Uns aos Outros”. Este salientou que “morte e vida estão no poder da língua”. Usada corretamente, como exemplificado pelo apóstolo Paulo, pode trazer vida aos ouvintes; mas, usada erradamente, como pelos dez espias no antigo Israel, ela pode levar à morte. Sim, com a língua podemos derrubar ou podemos edificar. Evite ‘brincadeiras’ e queixas, pois tais coisas não edificam. Encaminhe a conversa na direção certa. Não importa qual o assunto, pode ser tornado edificante por se notarem os princípios bíblicos envolvidos. Isto é o que a Despertai! faz. Siga seu exemplo. Inicie conversas edificantes. As vezes se precisa apenas de uma palavra, mas esta palavra precisa ser dita. Especialmente os membros da mesma família têm muitas oportunidades para se edificarem mutuamente. Edificar-se mutuamente pode ser feito também por ações. Ao visitar os doentes ou incapacitados, esteja atento a mais do que a apenas proferir palavras encorajadoras. Há alguma coisa que possa fazer? Pode lavar a louça, lavar a roupa, fazer as compras ou limpar a casa? Em tempos de necessidade, tais coisas podem também ser espiritualmente edificantes.
Muito prático foi também o discurso que se seguiu, “Empenhe-se Pelas Coisas Que Produzem Paz”. A verdadeira paz é muito mais do que ser aprazível quando as coisas vão bem como as queremos. O contato contínuo entre nós, os que somas imperfeitos, produz tensões que tendem a romper a paz. Quando vê que está prestes a surgir uma altercação, está fazendo tudo o que pode para amainá-la? Realmente, nossa capacidade de nos empenharmos pela paz depende de quanto nos empenhamos pela paz com Jeová. A boa consciência, livre de tensão, ajuda-nos a suportar as tensões causadas pelas imperfeições dos outros. O indevido amor próprio dificulta o empenho pela paz, por isso, seja humilde, pela causa da paz.
O discurso seguinte: “Preste Mais do que a Costumeira Atenção”, mostrou que a nossa capacidade de prestarmos atenção precisa receber a direção certa. Podemos demonstrar nosso amor a Deus pela maneira em que a prestamos. Prestar atenção significa aguçar a mente. É impossível prestar atenção às coisas sem ser influenciado por elas. Por isso precisamos ser muito seletivos quanto às coisas a que prestamos atenção. Embora as coisas rotineiras, cotidianas, exijam certa atenção da nossa parte, é à Palavra de Deus que precisamos prestar mais do que a costumeira atenção. Nas reuniões, seja como Lídia, que prestou atenção às palavras de Paulo.
O drama bíblico, em trajes da época, intitulado “Oferece-se Para Ser Usado?”, encerrou a sessão matinal. Tratava da disposição da filha do Juiz Jefté de se sujeitar ao voto de seu pai, de servir no templo como virgem. Este drama comovente fêz que muitos na assistência vertessem lágrimas. Apresentou-se, também, seu equivalente moderno: Os do “restante” ungido, semelhantes a Jefté, dedicam os frutos de suas vitórias, a grande multidão de “outras ovelhas”, ao serviço de Jeová, assim como a filha de Jefté foi devotada ao serviço do templo. Este drama terminou com um apelo aos jovens ministros cristãos para se oferecerem para o ministério de tempo integral. Este apelo estava em parte na forma de um cântico melodioso, cuja primeira estrofe tinha o seguinte teor:
“Ofereça-se para ser usado hoje
No serviço do Reino, de tempo integral.
Por que não se oferece inteiramente
E ingressa nas fileiras dos missionários?
Os campos estão maduros para a colheita,
A chamada de trabalhadores soa clara.
Ofereça-se e,
Se puder, seja pioneiro.”
A muito anunciada conferência pública, o clímax e a parte principal destas assembléias, foi proferida na tarde de domingo (após um belo programa de música). Ela continha as boas novas de que “A Regência do Homem [Está] Prestes a Ser Substituída Pela Regência de Deus”, e já foi publicada no número precedente desta revista. A assistência total, nas assembléias mencionadas, foi de cerca de 925.000.
Após um breve intervalo, apresentou-se outra parte seleta da assembléia, as “Observações Finais”. Estas foram proferidas pelo presidente da Sociedade Torre de Vigia dos E. U. A., N. H. Knorr, em três das assembléias nos Estados Unidos. Os congressistas foram informados de que “o ano de serviço de 1968 foi formidável”. Nunca antes foram tantos os que participaram na pregação das “boas novas”, havendo em abril um auge de 1.204.288, um aumento de dez por cento sobre a média do ano anterior. E nunca antes se colocaram tantas revistas e tantos livros encadernados; a distribuição do livro Veio o Homem a Existir por Evolução ou por Criação? foi realmente extraordinária. Muitos foram os países, tais como o México, o Brasil e o Equador, que tiveram um aumento de mais de 20 por cento. Até mesmo os países atrás da Cortina de Ferro tiveram um bom aumento: 42 por cento.
Consideraram-se também os planos para as assembléias internacionais de 1969, seis delas nos Estados Unidos e no Canadá, (incluindo-se depois uma para Toronto, Canadá, de 6 a 13 de julho, perfazendo um total de sete,) e outras na Europa e em volta do mundo. A maior parte dos missionários em designações no estrangeiro vão ser levados à assembléia mais próxima ao seu lar, anunciou-se na assembléia em Washington, D. C., E. U. A. Na conclusão, observou-se que a grande obra para 1969 é a com o novo livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna. O orador disse: “O tempo é curto. É importante que dirijamos estudos bíblicos, para ajudar as pessoas a fugir de Babilônia, a Grande, e que estudemos pessoalmente. Não permita que se exclua isso da sua vida. O congresso ilustrou de que maneira deve andar. Tenha bom ânimo e avance, fazendo dos dias à frente dias de louvor ao nome de Jeová. Nas palavras de Jesus: ‘Erguei-vos e levantai as vossas cabeças, porque o vosso livramento está-se aproximando.’ Luc. 21:28.
Daí, com um grato cântico de louvor, “A Ti Somos Gratos, Jeová!” e uma oração de súplica e agradecimento, encerrou-se a Assembléia de Distrito “Boas Novas Para Todas as Nações”. Deveras, estas assembléias tiveram um programa cheio de ricas bênçãos espirituais. Sem dúvida, merecem que se diga outra vez: “As melhores até agora!” (Mais informação sobre as assembléias, tal como sobre a publicidade relacionada com elas, poderá encontrar na Despertai! de 8 de maio de 1969.)
[Foto na página 285]
A filha de Jefté fica sabendo do voto de seu pai, conforme se encenou na assembléia de Bruxelas.