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IsmaelitaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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Jetur, Nafis e Quedemá), os maiorais das várias clãs ismaelitas. (Gên. 21:21; 25:13-16) Os ismaelitas, portanto, eram de início um quarto semitas e três quartos camitas, falando-se em sentido racial.
Conforme Deus prometera, os ismaelitas vieram a tornar-se uma “grande nação”, que ‘não podia ser contada por causa da sua multidão’. (Gên. 17:20; 16:10) Mas, em vez de se fixarem (construíram pouquíssimas cidades), preferiram a vida nômade. O próprio Ismael era “uma zebra de homem”, isto é, um irrequieto peregrino que perambulava pelo deserto de Parã e vivia de seu arco e de suas flechas. Os descendentes dele eram igualmente beduínos habitantes de tendas, na maior parte, um povo que peregrinava por toda a península do Sinai, isto é, desde “defronte do Egito”, até o E do Egito, e atravessando o N da Arábia até a Assíria. Eram famosos por serem um povo feroz e guerreiro, difícil de se conviver, assim como se dizia sobre seu pai, Ismael: “Sua mão será contra todos e a mão de todos será contra ele.” — Gên. 16:12; 21:20, 21; 25:16, 18.
Ao descrever ainda mais os ismaelitas, dizia-se: “Estabeleceu-se [Heb., naphál] na frente de todos os seus irmãos.” (Gên. 25:18) Similarmente, dizia-se que os midianitas e seus aliados “achavam-se estirados [nophlim, forma participial de naphál] na baixada”, em território israelita, até que o grupo de Gideão os desarraigou à força. (Juí. 7:1, 12) Por isso, quando os ismaelitas ‘se estabeleciam’ ou se fixavam, era evidentemente com a intenção de ficarem naquela região até serem removidos à força.
Com o decorrer do tempo, é bem provável que ocorresse o conúbio matrimonial entre os ismaelitas e os descendentes de Abraão por meio de Quetura (Gên. 25:1-4), resultando na raça de árabes que ocupava seções da Arábia. Visto que Ismael e Midiã eram meios-irmãos, qualquer casamento de seus respectivos descendentes entre si, com a mistura de seu sangue, de seus hábitos, de suas características e de suas ocupações, poderia ter dado origem a um emprego intercambiável dos termos “ismaelitas” e “midianitas”, conforme se observa na descrição da caravana que vendeu José para a escravidão egípcia. (Gên. 37:25-28; 39:1) Nos dias de Gideão, as hostes que invadiram Israel foram descritas como sendo tanto de midianitas como de ismaelitas, um dos sinais identificadores destes últimos sendo suas argolas de ouro para o nariz. — Juí. 8:24; compare com 7:25 e 8:22, 26.
A animosidade de Ismael para com Isaque parece ter sido transmitida para seus descendentes, até ao ponto de odiarem o Deus de Isaque, pois o salmista, ao enumerar aqueles que são ‘os que odeiam intensamente’ a Jeová, inclui os ismaelitas. (Sal. 83:1, 2, 5, 6) Evidentemente, contudo, havia exceções. Sob o arranjo organizacional instituído por Davi, Obil, que é citado como sendo ismaelita, tinha a supervisão dos camelos do rei. — 1 Crô. 27:30, 31.
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ISRAEL
[Deus contende, ou, contendor (perseverador) com Deus].
1. Nome dado por Deus a Jacó quando este tinha c. 97 anos. Foi durante a noite que cruzou o vale da torrente do Jaboque, ao ir ao encontro de seu irmão Esaú, que Jacó começou a lutar com o que se revelou ser um anjo. Devido à persistência de Jacó na luta, seu nome foi mudado para Israel, como sinal da bênção de Deus. Para comemorar estes eventos, Jacó chamou àquele lugar de Peniel ou Penuel. (Gên. 32:22-28; veja JACÓ). Mais tarde, em Betei, a mudança de nome foi confirmada por Deus, e, dali em diante até o fim de sua vida, Jacó foi freqüentemente chamado de Israel. (Gên. 35:10, 15; 50:2; 1 Crô. 1:34) Muitas das mais de 2.500 ocorrências do nome Israel, contudo, referem-se aos descendentes de Jacó como nação. — Êxo. 5:1, 2.
2. Todos os descendentes de Jacó, coletivamente, em qualquer tempo. (Êxo. 9:4; Jos. 3:7; Esd. 2:2b; Mat. 8:10) Como prole e descendência dos doze filhos de Jacó, amiúde eram chamados de “filhos de Israel”; com menos frequência, de “casa de Israel”, de “povo de Israel”, de “homens de Israel”, de “estado de Israel”, ou de “israelitas”. (Gên. 32:32; Mat. 10:6; Atos 4:10; 5:35; Efé. 2:12; Rom. 9:4; veja ISRAELITA). Em 1728 A.E.C., a fome fez com que a casa de Jacó viajasse para o Egito, onde, como residentes forasteiros, seus descendentes permaneceram por 215 anos. Todos os israelitas que foram reconhecidos como sendo “da casa de Jacó, que vieram ao Egito”, não contando as esposas dos filhos de Jacó, eram setenta. Mas, durante sua permanência ali, vieram a tornar-se uma sociedade mui ampla de escravos, totalizando talvez uns dois ou três milhões, ou mais. — Gên. 46:26, 27; Êxo. 1:7; veja ÊXODO.
Em seu leito de morte, Jacó abençoou seus doze filhos na seguinte ordem: Rubem, Simeão, Levi, Judá, Zebulão, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim; e, por meio deles, prosseguiu o arranjo tribal, patriarcal. (Gên. 49:2-28) Não obstante, durante o período de escravidão de Israel, os egípcios estabeleceram seu próprio sistema de supervisão, independente da instituição patriarcal, designando certas pessoas dentre os israelitas como oficiais dirigentes. Estes mantinham o cômputo dos tijolos produzidos e ajudavam os feitores egípcios, que obrigavam os israelitas a trabalhar sem cessar. (Êxo. 5:6-19) Moisés, por outro lado, quando tomou conhecidas as instruções de Jeová para a congregação, fez isso por meio dos “anciãos de Israel”, que eram os cabeças hereditários das casas paternas. Eram também os que o acompanhavam quando comparecia perante Faraó. — Êxo. 3:16, 18; 4:29, 30; 12:21.
No devido tempo, no fim do período predeterminado
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