Capítulo 28
Contenda com dois animais ferozes
Visão 8 — Revelação 13:1-18
Assunto: A fera de sete cabeças, a fera de dois chifres e a imagem da fera
Tempo do cumprimento: Desde os dias de Ninrode até a grande tribulação
1, 2. (a) O que João diz a respeito do dragão? (b) Como João descreve, em linguagem simbólica, uma organização visível usada pelo dragão?
O GRANDE dragão foi lançado para baixo à Terra! Nosso estudo de Revelação torna claro que a Serpente e seus seguidores demoníacos nunca mais terão permissão de voltar para o céu. Mas ainda não terminamos com o assunto do “chamado Diabo e Satanás, que está desencaminhando toda a terra habitada”. O relato identifica a seguir em mais pormenores os meios usados por Satanás para lutar contra ‘a mulher e sua semente’. (Revelação 12:9, 17) João diz a respeito desse dragão serpentino: “E ficou parado na areia do mar.” (Revelação 13:1a) Portanto, detenhamo-nos para examinar os meios de operação do dragão.
2 Os santos céus não são mais afligidos pela presença de Satanás e seus demônios. Esses espíritos iníquos foram expulsos do céu e confinados na vizinhança da Terra. Isso, sem dúvida, explica o enorme aumento de práticas espíritas na atualidade. A astuta Serpente ainda mantém uma organização espiritual corrupta. Mas ela usa também uma organização visível para desencaminhar a humanidade? João informa-nos: “E eu vi ascender do mar uma fera, com dez chifres e sete cabeças, e nos seus chifres, dez diademas, mas nas suas cabeças, nomes blasfemos. Ora, a fera que vi era semelhante a um leopardo, mas os seus pés eram como os dum urso, e a sua boca era como a boca dum leão. E o dragão deu à fera seu poder e seu trono, e grande autoridade.” — Revelação 13:1b, 2.
3. (a) Que animais ferozes o profeta Daniel viu em visões? (b) O que representavam os animais gigantescos de Daniel 7?
3 O que é essa fera grotesca? A própria Bíblia fornece a resposta. Antes da queda de Babilônia, em 539 AEC, o profeta judeu Daniel teve visões envolvendo animais ferozes. Em Daniel 7:2-8, ele descreve quatro animais subindo do mar, o primeiro parecendo um leão, o segundo, um urso, o terceiro, um leopardo, e, “eis aqui um quarto animal, atemorizante e terrível, e extraordinariamente forte . . . e tinha dez chifres”. Isso tem notável semelhança com a fera vista por João por volta do ano 96 EC. Esta fera também tem características de leão, de urso e de leopardo, e tem dez chifres. Qual é a identidade dos animais gigantescos vistos por Daniel? Ele nos informa: “Estes animais gigantescos . . . são quatro reis que se erguerão da terra.” (Daniel 7:17) Sim, esses animais representam “reis”, ou potências políticas da Terra.
4. (a) Em Daniel 8, o que retratavam o carneiro e o bode? (b) O que se indicava quando o grande chifre do bode foi quebrado e sucedido por quatro chifres?
4 Em outra visão, Daniel vê um carneiro de dois chifres, que é derrubado por um bode que tem um grande chifre. O anjo Gabriel explica-lhe o que isso significa: “O carneiro . . . representa os reis da Média e da Pérsia. E o bode peludo representa o rei da Grécia.” Gabriel continua a profetizar que o grande chifre do bode seria quebrado e sucedido por quatro chifres. Isso aconteceu na realidade mais de 200 anos depois, quando Alexandre Magno (ou: o Grande), faleceu e seu reino foi dividido em quatro reinos, governados por quatro dos seus generais. — Daniel 8:3-8, 20-25.a
5. (a) Que conotações tem a palavra grega para fera? (b) O que a fera de Revelação 13:1, 2, junto com as suas sete cabeças, representa?
5 Torna-se assim claro que o Autor da Bíblia inspirada considera as potências políticas da Terra como animais. Que espécie de animais? Um comentarista chama a fera de Revelação 13:1, 2 de “bruta”, e acrescenta: “Aceitamos todas as conotações que θηρίον [the·rí·on, palavra grega para “fera”, “animal”] transmite, tais como a de um monstro cruel, destrutivo, medonho, voraz, etc.”b Quão bem isso descreve o sistema político manchado de sangue, por meio do qual Satanás tem dominado a humanidade! As sete cabeças desta fera representam seis das principais potências mundiais apresentadas na história bíblica até os dias de João — Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma — e uma sétima potência mundial profetizada a aparecer mais tarde. — Veja Revelação 17:9, 10.
6. (a) Em que as sete cabeças da fera tomaram a dianteira? (b) Como Roma foi usada por Jeová para executar no sistema judaico de coisas o próprio julgamento Dele, e como os cristãos em Jerusalém se saíram?
6 É verdade que tem havido outras potências mundiais na história, além dessas sete — assim como a fera vista por João se compunha dum corpo, bem como de sete cabeças e dez chifres. Mas as sete cabeças representam as sete potências principais que, cada uma por sua vez, tomaram a dianteira em oprimir o povo de Deus. Em 33 EC, enquanto Roma estava em ascensão, Satanás usou esta cabeça da fera para matar o Filho de Deus. Naquele tempo, Deus abandonou o sistema judaico, que não tinha fé, e, mais tarde, em 70 EC, permitiu que Roma executasse naquela nação o julgamento Dele. Felizmente, o verdadeiro Israel de Deus, a congregação dos cristãos ungidos, havia sido advertido de antemão, e aqueles que estavam em Jerusalém e na Judeia haviam fugido para a segurança encontrada além do rio Jordão. — Mateus 24:15, 16; Gálatas 6:16.
7. (a) O que estava para acontecer quando chegasse a terminação do sistema de coisas e começasse o dia do Senhor? (b) O que mostrou ser a sétima cabeça da fera de Revelação 13:1, 2?
7 Por volta do fim do primeiro século EC, porém, muitos naquela primitiva congregação haviam apostatado da verdade, e o verdadeiro trigo cristão, “os filhos do reino”, havia sido na maior parte sufocado pelo joio, “os filhos do iníquo”. Mas, quando chegou a terminação do sistema de coisas, surgiram novamente cristãos ungidos como grupo organizado. Durante o dia do Senhor, os justos haviam de ‘brilhar tão claramente como o sol’. Portanto, a congregação cristã foi organizada para trabalho. (Mateus 13:24-30, 36-43) Nesse tempo, já não existia mais o Império Romano. O enorme Império Britânico, junto com os poderosos Estados Unidos da América, ocupavam o centro do cenário mundial. Esta potência mundial dupla mostrou ser a sétima cabeça da fera.
8. Por que não deve ser chocante que a potência mundial dupla, anglo-americana, seja comparada a uma fera?
8 Não é chocante identificar as potências políticas governantes com uma fera? Isso foi o que alguns opositores afirmavam durante a Segunda Guerra Mundial, quando se questionava a posição das Testemunhas de Jeová como organização e como indivíduos, em tribunais em todo o mundo. Mas pare e pense um pouco! Não adotam as próprias nações certos animais ou criaturas selváticas como seus símbolos nacionais? Por exemplo, há o leão britânico, a águia americana e o dragão chinês. Então, por que deveria alguém objetar a que o Autor divino da Bíblia Sagrada também use animais para simbolizar potências mundiais?
9. (a) Por que ninguém deveria objetar a que a Bíblia diga que Satanás deu à fera sua grande autoridade? (b) Como Satanás é descrito na Bíblia, e como ele influencia os governos?
9 Além disso, por que deveria alguém objetar a que a Bíblia diga que é Satanás quem dá à fera a grande autoridade dela? A Fonte desta declaração é Deus, e perante ele ‘as nações são como uma gota dum balde e como camada fina de pó’. Seria melhor que essas nações granjeassem o favor de Deus, do que ofender-se com o modo que a Palavra profética Dele as descreve. (Isaías 40:15, 17; Salmo 2:10-12) Satanás não é uma pessoa mítica, designada para atormentar almas de falecidos num inferno de fogo. Não existe tal lugar. Antes, Satanás é descrito nas Escrituras como “anjo de luz” — mestre da impostura, que exerce forte influência nos assuntos políticos em geral. — 2 Coríntios 11:3, 14, 15; Efésios 6:11-18.
10. (a) O que denota cada um dos dez chifres ter um diadema? (b) O que os dez chifres e os dez diademas simbolizam?
10 A fera tem dez chifres nas suas sete cabeças. Talvez quatro cabeças tivessem um chifre cada uma e três cabeças tivessem dois cada uma. Além disso, ela tem dez diademas nos seus chifres. No livro de Daniel descrevem-se animais terríveis, e o número de seus chifres deve ser interpretado literalmente. Por exemplo, os dois chifres num carneiro representavam um império mundial composto de dois associados, a Média e a Pérsia, ao passo que os quatro chifres num bode representavam os quatro impérios coexistentes que surgiram do império grego de Alexandre Magno. (Daniel 8:3, 8, 20-22) Entretanto, na fera vista por João, serem os chifres dez em número parece ser simbólico. (Veja Daniel 7:24; Revelação 17:12.) Eles representam a totalidade dos estados soberanos que constituem a inteira organização política de Satanás. Todos esses chifres são violentos e agressivos, mas, conforme indicado pelas sete cabeças, a chefia cabe apenas a uma só potência mundial por vez. De modo similar, os dez diademas indicam que todos os estados soberanos exerceriam poder governante simultaneamente com o estado dominante, ou potência mundial, da época.
11. O que é indicado por ter a fera ‘nomes blasfemos nas suas cabeças’?
11 A fera tem ‘nas suas cabeças nomes blasfemos’, fazendo afirmações a respeito de si mesma que mostram grande desrespeito por Jeová Deus e por Cristo Jesus. Tem usado os nomes de Deus e de Cristo como fachada para atingir fins políticos; e tem cooperado com a religião falsa, permitindo até mesmo que clérigos participem nos seus processos políticos. Por exemplo, a Câmara dos Lordes, na Inglaterra, inclui os bispos. Cardeais católicos têm desempenhado importantes funções políticas na França e na Itália, e, mais recentemente, sacerdotes têm ocupado cargos políticos na América Latina. Os governos imprimem lemas religiosos, tais como “NÓS CONFIAMOS EM DEUS” no seu papel-moeda, e reivindicam nas suas moedas a aprovação divina para os seus governantes, declarando, por exemplo, que estes são designados “pela graça de Deus”. Tudo isso, na realidade, é blasfemo, porque tenta envolver Deus na suja arena política nacionalista.
12. (a) O que é indicado por a fera sair “do mar”, e quando começou a emergir? (b) O que é indicado pelo fato de o dragão dar à fera simbólica a grande autoridade dela?
12 A fera sai “do mar”, o qual é símbolo apropriado das turbulentas massas que dão origem aos governos humanos. (Isaías 17:12, 13) Esta fera começou a emergir do mar da turbulenta humanidade lá nos dias de Ninrode (por volta do século 21 AEC), quando o sistema de coisas pós-diluviano, oposto a Jeová, se manifestou pela primeira vez. (Gênesis 10:8-12; 11:1-9) Mas foi somente no dia do Senhor que a última das suas sete cabeças se manifestou plenamente. Note, também, que é o dragão que “deu à fera seu poder e seu trono, e grande autoridade”. (Veja Lucas 4:6.) A fera é a criação política de Satanás nas massas da humanidade. Satanás é realmente “o governante deste mundo”. — João 12:31.
O Golpe Mortal
13. (a) Que calamidade sobrevém à fera logo cedo no dia do Senhor? (b) Como a fera inteira sofreu quando uma cabeça recebeu um golpe mortal?
13 Logo cedo no dia do Senhor, sobrevém uma calamidade à fera. João relata: “E eu vi uma das suas cabeças como que abatida até a morte, mas o golpe mortal que sofreu foi curado, e toda a terra seguia a fera com admiração.” (Revelação 13:3) Esse versículo diz que uma das cabeças da fera recebeu um golpe mortal, mas o versículo 12 fala como se a fera inteira tivesse sofrido. Por que se dá isso? Pois bem, as cabeças da fera não ascenderam simultaneamente. Cada uma, por sua vez, tem exercido domínio sobre a humanidade, especialmente sobre o povo de Deus. (Revelação 17:10) De modo que, quando começa o dia do Senhor, há apenas uma cabeça, a sétima, atuando como potência mundial dominante. Um golpe mortal nessa cabeça causa grande aflição à fera inteira.
14. Quando foi dado o golpe mortal, e como um oficial militar descreveu o efeito disso sobre a fera de Satanás?
14 O que era o golpe mortal? Mais adiante, é chamado de golpe de espada, e uma espada é símbolo de guerra. Esse golpe de espada, dado logo cedo no dia do Senhor, deve estar relacionado com a Primeira Guerra Mundial, que devastou e esgotou a fera política de Satanás. (Revelação 6:4, 8; 13:14) O autor Maurice Genevoix, que havia sido oficial militar durante aquela guerra, disse sobre ela: “Todos concordam em reconhecer que, em toda a história da humanidade, poucas datas tiveram a importância de 2 de agosto de 1914. Primeiro a Europa, e logo depois quase toda a humanidade viu-se mergulhada num horrendo evento. Costumes, acordos, leis de moral, todos os alicerces estremeceram; de um dia para o outro, tudo foi posto em dúvida. Este evento havia de exceder tanto as premonições instintivas como as expectativas razoáveis. Atroz, caótico, monstruoso, ainda nos arrasta na sua esteira.” — Maurice Genevoix, membro da Academia Francesa, citado no livro Promise of Greatness (Promessa de Grandeza; 1968).
15. Como a sétima cabeça da fera recebeu seu golpe mortal?
15 Para a sétima cabeça dominante da fera, essa guerra foi uma enorme calamidade. Junto com outras nações europeias, a Grã-Bretanha perdeu seus jovens em números traumáticos. Numa única batalha, a Batalha do Somme, em 1916, houve 420.000 baixas entre os britânicos, além de umas 194.000 entre os franceses e 440.000 entre os alemães — mais de um milhão de baixas! Também economicamente, a Grã-Bretanha — junto com o restante da Europa — foi arruinada. O enorme Império Britânico cambaleou sob o golpe, e nunca se restabeleceu plenamente. De fato, aquela guerra, na qual participaram 28 nações de destaque, fez o mundo todo cambalear como que atingido por um golpe mortal. Em 4 de agosto de 1979, apenas 65 anos depois do irrompimento da Primeira Guerra Mundial, The Economist, de Londres, Inglaterra, comentou: “Em 1914, o mundo perdeu a coerência que nunca mais conseguiu recuperar desde então.”
16. Durante a Primeira Guerra Mundial, como os Estados Unidos mostraram que faziam parte duma potência mundial dupla?
16 Ao mesmo tempo, a Grande Guerra, como então era chamada, abriu o caminho para os Estados Unidos emergirem nitidamente como parte da Potência Mundial Anglo-Americana. Durante os primeiros anos de guerra, a opinião pública manteve os Estados Unidos fora do conflito. Mas, conforme escreveu o historiador Esmé Wingfield-Stratford, “tudo era uma questão de se, nesta hora de suprema crise, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos enterrariam as suas diferenças no reconhecimento da [sua] sobrepujante união e do fideicomisso comum”. Conforme os eventos mostraram, fizeram isso. Em 1917, os Estados Unidos contribuíram com os seus recursos e seu potencial humano para redobrar os esforços de guerra dos Aliados cambaleantes. Assim, a sétima cabeça, o conjunto Grã-Bretanha e Estados Unidos, saiu dela como o lado vencedor.
17. O que aconteceu ao sistema terrestre de Satanás depois da guerra?
17 O mundo depois da guerra era enormemente diferente. O sistema terrestre de Satanás, embora devastado pelo golpe mortal, reviveu e tornou-se mais poderoso do que nunca, e assim granjeou a admiração dos homens por causa de sua capacidade de se recuperar.
18. Como se pode dizer que a humanidade em geral ‘tem seguido a fera com admiração’?
18 O historiador Charles L. Mee Jr. escreve: “O colapso da velha ordem [causado pela Primeira Guerra Mundial] era um prelúdio necessário para a propagação da autonomia, para a libertação de novas nações e classes, para a introdução de liberdade e independências novas.” Quem liderava o desenvolvimento desta era do após-guerra era a sétima cabeça da fera, agora curada, assumindo os Estados Unidos da América o papel dominante. A potência mundial dupla tomou a dianteira na promoção tanto da Liga das Nações como das Nações Unidas. Até 2005, o poder político dos Estados Unidos havia liderado as nações mais privilegiadas em criar um nível de vida superior, em combater as doenças e em promover a tecnologia. Até mesmo colocou 12 homens na lua. Portanto, não é de admirar que a humanidade em geral tenha ‘seguido a fera com admiração’.
19. (a) Em que sentido a humanidade tem ido até mesmo além de admirar a fera? (b) Quem exerce autoridade indisputada sobre todos os reinos da Terra, e como sabemos isso? (c) Como Satanás delega autoridade à fera, e com que efeito sobre a maioria das pessoas?
19 A humanidade tem ido até mesmo além de apenas admirar a fera, conforme João declara a seguir: “E adoravam o dragão porque dera a autoridade à fera, e adoravam a fera com as palavras: ‘Quem é semelhante à fera e quem pode batalhar contra ela?’” (Revelação 13:4) Enquanto Jesus estava aqui na Terra, Satanás afirmava ter autoridade sobre todos os reinos da Terra. Jesus não contestou isso; de fato, ele mesmo chamou a Satanás de o governante do mundo e negou-se a participar na política daquele tempo. João escreveu mais tarde sobre os verdadeiros cristãos: “Sabemos que nos originamos de Deus, mas o mundo inteiro jaz no poder do iníquo.” (1 João 5:19; Lucas 4:5-8; João 6:15; 14:30) Satanás delega autoridade à fera e faz isso em base nacionalista. Assim, em vez de a humanidade estar unida num vínculo de amor piedoso, ela está dividida pelo orgulho de tribo, raça e nação. A grande maioria das pessoas, na realidade, adora a parte da fera que exerce autoridade no país em que elas moram. Desse modo, toda a fera obtém admiração e adoração.
20. (a) Em que sentido as pessoas adoram a fera? (b) Por que é que os cristãos que adoram a Jeová Deus não participam nessa adoração da fera, e o exemplo de quem seguem?
20 Adoração em que sentido? No sentido de colocar o amor ao país à frente do amor a Deus. A maioria ama o seu país natal. Os verdadeiros cristãos, como bons cidadãos, também respeitam os governantes e os emblemas do país em que moram, obedecem às leis e fazem uma contribuição positiva para o bem-estar da sua comunidade e de seus vizinhos. (Romanos 13:1-7; 1 Pedro 2:13-17) No entanto, não podem dar devoção cega a um país em detrimento de todos os outros. “Nossa pátria! . . . com razão ou não, é sempre a nossa pátria”, não é ensino cristão. Portanto, os cristãos que adoram a Jeová Deus não podem participar em dar orgulhosa adoração patriótica a qualquer parte da fera, porque isto significaria adorar o dragão — a fonte da autoridade da fera. Não podem perguntar admirados: “Quem é semelhante à fera?” Antes, seguem o exemplo de Miguel — nome que significa “Quem É Semelhante a Deus?” — ao passo que defendem a soberania universal de Jeová. No tempo designado de Deus, esse Miguel, Cristo Jesus, batalhará com a fera e a vencerá, assim como ele triunfou ao expulsar Satanás do céu. — Revelação 12:7-9; 19:11, 19-21.
Travar Guerra Contra os Santos
21. Como João descreve a manipulação da fera por Satanás?
21 O astuto Satanás tinha planos para manipular a fera para os seus próprios fins. João explica isso: “E foi-lhe [à fera de sete cabeças] dada uma boca que falava grandes coisas e blasfêmias, e foi-lhe dada autoridade para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e da sua residência, mesmo dos que residem no céu. E foi-lhe concedido travar guerra com os santos e vencê-los, e foi-lhe dada autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua, e nação. E todos os que moram na terra a adorarão; o nome de nem sequer um deles está inscrito no rolo da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.” — Revelação 13:5-8.
22. (a) A que período se referem os 42 meses? (b) Durante os 42 meses, como os cristãos ungidos foram ‘vencidos’?
22 Os 42 meses mencionados aqui parecem corresponder aos três anos e meio, nos quais os santos são hostilizados por um chifre que surge de um dos animais da profecia de Daniel. (Daniel 7:23-25; veja também Revelação 11:1-4.) Assim, desde o fim de 1914 até 1918, enquanto as nações em guerra literalmente se dilaceravam umas às outras como feras, cidadãos dessas nações eram pressionados a adorar a fera, a participar na religião do nacionalismo e até mesmo a estar prontos para morrer pelo país. Essa pressão levou a um intenso sofrimento por parte de muitos dos ungidos, os quais achavam que sua obediência pertencia em primeiro lugar a Jeová Deus, e ao Filho dele, Cristo Jesus. (Atos 5:29) As provações deles atingiram o auge em junho de 1918, quando foram ‘vencidos’. Nos Estados Unidos, funcionários de destaque e outros representantes da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) foram erroneamente encarcerados, e a pregação organizada dos seus irmãos cristãos foi grandemente impedida. A fera, tendo autoridade “sobre toda tribo, e povo, e língua, e nação”, oprimiu a obra de Deus em todo o mundo.
23. (a) O que é o “rolo da vida do Cordeiro”, e o que tem avançado desde 1918 para a sua conclusão? (b) Por que era apenas vã qualquer aparente vitória da organização visível de Satanás sobre “os santos”?
23 Isto parecia ser uma vitória para Satanás e sua organização. Mas não podia trazer-lhes benefícios a longo prazo, visto que ninguém na organização visível de Satanás tinha o nome inscrito no “rolo da vida do Cordeiro”. Em sentido figurativo, esse rolo contém o nome daqueles que governarão com Jesus no Reino celestial dele. Os primeiros nomes foram inscritos nele no Pentecostes de 33 EC. E nos anos desde então, mais e mais nomes foram acrescentados. Desde 1918, a selagem dos remanescentes dos 144.000 herdeiros do Reino tem avançado para a sua conclusão. Em breve, os nomes de todos eles serão indelevelmente inscritos no rolo da vida do Cordeiro. Quanto aos opositores que adoram a fera, nenhum deles terá seu nome inscrito nesse rolo. Portanto, qualquer aparente vitória que esses tenham sobre “os santos” é vã, sendo apenas temporária.
24. O que João convida aqueles que têm discernimento a ouvir, e o que as palavras ouvidas significam para o povo de Deus?
24 João convida agora aqueles que têm discernimento a ouvir bem: “Se alguém tiver ouvido, ouça.” Depois prossegue, dizendo: “Se alguém é destinado ao cativeiro, ele vai ao cativeiro. Se alguém matar com a espada, terá de ser morto com a espada. Aqui é que significa a perseverança e a fé dos santos.” (Revelação 13:9, 10) Jeremias escreveu palavras bastante similares nos anos que precederam a 607 AEC, para mostrar que não havia cancelamento dos julgamentos de Jeová referentes à infiel cidade de Jerusalém. (Jeremias 15:2; veja também Jeremias 43:11; Zacarias 11:9.) No tempo em que sofreu grande provação, Jesus tornou claro que seus seguidores não deviam transigir, ao dizer: “Todos os que tomarem a espada perecerão pela espada.” (Mateus 26:52) De modo similar, agora, no dia do Senhor, os do povo de Deus têm de se apegar a princípios bíblicos. Não haverá escape de última hora para os impenitentes que adoram a fera. Todos nós precisaremos ter perseverança, junto com fé inabalável, para sobreviver às perseguições e às provações que hão de sobrevir. — Hebreus 10:36-39; 11:6.
A Fera de Dois Chifres
25. (a) Como João descreve outra fera simbólica que surge no cenário do mundo? (b) O que é indicado pelos dois chifres da nova fera e por ela ascender da terra?
25 Mas agora surge outra fera no cenário do mundo. João relata: “E eu vi outra fera ascender da terra, e ela tinha dois chifres semelhantes aos dum cordeiro, mas começou a falar como dragão. E exerce toda a autoridade da primeira fera à vista dela. E ela faz a terra e os que moram nela adorar a primeira fera, cujo golpe mortal ficou curado. E ela realiza grandes sinais, para fazer até mesmo fogo descer do céu para a terra à vista da humanidade.” (Revelação 13:11-13) Esta fera tem dois chifres, indicando a associação de duas potências políticas. E ela é descrita como ascendendo da terra, não do mar. Portanto, ela sai do já estabelecido sistema terrestre de coisas de Satanás. Tem de ser uma potência mundial, já existente, que assume um papel significativo no dia do Senhor.
26. (a) O que é a fera de dois chifres, e que relação tem com a fera original? (b) Em que sentido os chifres da fera de dois chifres são semelhantes aos dum cordeiro, e de que modo é “como dragão” quando fala? (c) O que os nacionalistas realmente adoram, e a que tem sido comparado o nacionalismo? (Veja a nota.)
26 De que se trata? Da Potência Mundial Anglo-Americana — a mesma que a sétima cabeça da primeira fera, mas num papel especial! Ser ela isolada na visão como uma fera separada, ajuda-nos a compreender de modo mais claro como age independentemente no cenário do mundo. Essa figurativa fera de dois chifres compõe-se de duas potências políticas coexistentes, independentes, mas colaboradoras. Seus dois chifres “semelhantes aos dum cordeiro” sugerem que ela se dá ares de ser branda e inofensiva, com uma forma esclarecida de governo, para o qual o mundo todo se deveria voltar. Mas fala “como dragão”, por usar de pressão e de ameaças, e até mesmo de real violência, onde quer que sua versão de governo não seja aceita. Não tem incentivado a submissão ao Reino de Deus sob o domínio do Cordeiro de Deus, mas sim a submissão aos interesses de Satanás, o grande dragão. Tem promovido divisões e ódios nacionalistas, que importam em adorar a primeira fera.c
27. (a) Que atitude da fera de dois chifres é indicada pelo fato de que ela faz fogo descer do céu? (b) Como muitos encaram o equivalente moderno da fera de dois chifres?
27 Essa fera de dois chifres realiza grandes sinais, até mesmo fazendo fogo descer do céu. (Veja Mateus 7:21-23.) Esse último sinal nos lembra Elias, antigo profeta de Deus, que se empenhou numa disputa com os profetas de Baal. Quando ele, com bom êxito, invocou a descida de fogo do céu, em nome de Jeová, isso provou além de dúvida que era profeta verdadeiro e que os profetas de Baal eram falsos. (1 Reis 18:21-40) Igual àqueles profetas de Baal, a fera de dois chifres acha que tem credenciais adequadas como profeta. (Revelação 13:14, 15; 19:20) Ora, ela afirma ter derrotado as forças do mal em duas guerras mundiais e venceu o chamado comunismo ateu! De fato, muitos encaram o equivalente moderno da fera de dois chifres como guardião da liberdade e como fonte de boas coisas materiais.
A Imagem da Fera
28. Como João mostra que a fera de dois chifres não é tão inocente como seus chifres de cordeiro dariam a entender?
28 É essa fera de dois chifres tão inocente como seus chifres de cordeiro dariam a entender? João prossegue, dizendo: “E desencaminha os que moram na terra, por causa dos sinais que lhe foi concedido realizar à vista da fera, ao passo que diz aos que moram na terra que façam uma imagem da fera que sofrera o golpe de espada e ainda assim reviveu. E foi-lhe concedido dar fôlego à imagem da fera, de modo que a imagem da fera falasse e fizesse matar a todos os que de modo algum adorassem a imagem da fera.” — Revelação 13:14, 15.
29. (a) Qual é o objetivo da imagem da fera, e quando se construiu esta imagem? (b) Por que essa imagem da fera não é uma estátua sem vida?
29 O que é essa “imagem da fera”, e qual é seu objetivo? O objetivo é promover a adoração da fera de sete cabeças, de que é imagem, e assim, na realidade, perpetuar a existência da fera. Essa imagem é construída depois de a fera de sete cabeças se recuperar do golpe de espada que recebeu, quer dizer, depois do fim da Primeira Guerra Mundial. Não se trata duma estátua sem vida, tal como a erigida por Nabucodonosor na planície de Dura. (Daniel 3:1) A fera de dois chifres sopra vida nessa imagem, para que a imagem possa viver e desempenhar um papel na história mundial.
30, 31. (a) Os fatos da história identificam esta imagem como o quê? (b) Foi alguém morto por se negar a adorar esta imagem? Queira explicar isso.
30 O desenrolar da história identifica essa imagem como a organização proposta, promovida e apoiada pela Grã-Bretanha e pelos Estados Unidos, e inicialmente conhecida como Liga das Nações. Mais tarde, em Revelação, capítulo 17, aparecerá na forma dum símbolo diferente, o duma fera cor de escarlate, viva e respirante, com existência independente. Esse organismo internacional ‘fala’ por fazer afirmações jactanciosas no sentido de ser o único organismo capaz de trazer paz e segurança à humanidade. Mas, na realidade, tem-se tornado um foro de debates, para as nações membros trocarem invectivas e insultos verbais. Tem ameaçado com ostracismo, ou morte em vida, qualquer nação ou povo que não se curve diante da sua autoridade. A Liga das Nações realmente expulsou nações que deixaram de acatar suas ideologias. No início da grande tribulação, “chifres” militaristas desta imagem da fera desempenharão um papel devastador. — Revelação 7:14; 17:8, 16.
31 Desde a Segunda Guerra Mundial, a imagem da fera — agora manifesta como a organização das Nações Unidas — já matou em sentido literal. Por exemplo, em 1950, uma força da ONU atuou na guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. A força da ONU, junto com os sul-coreanos, matou calculadamente 1.420.000 norte-coreanos e chineses. De modo similar, de 1960 a 1964, exércitos das Nações Unidas estiveram ativos na República Democrática do Congo. Além disso, líderes mundiais, inclusive os papas Paulo VI e João Paulo II, têm continuado a afirmar que esta imagem é a última e a melhor esperança de paz para o homem. Se a humanidade deixar de servi-la, insistem eles em dizer, a raça humana se destruirá. Assim, eles figurativamente fazem que sejam mortos todos os humanos que se negam a cooperar com a imagem e a adorá-la. — Deuteronômio 5:8, 9.
A Marca da Fera
32. Como João descreve a maneira de Satanás manobrar as partes políticas da sua organização visível para causar sofrimento aos remanescentes da semente da mulher de Deus?
32 João vê agora como Satanás manobra as partes políticas da sua organização visível para causar o máximo de sofrimento aos remanescentes da semente da mulher de Deus. (Gênesis 3:15) Volta a descrever a própria “fera”: “E ela põe a todas as pessoas sob compulsão, pequenos e grandes, e ricos e pobres, e livres e escravos, para que deem a estes uma marca na sua mão direita ou na sua testa, e para que ninguém possa comprar ou vender, exceto aquele que tiver a marca, o nome da fera ou o número do seu nome. Aqui é que está a sabedoria: Quem tiver inteligência calcule o número da fera, pois é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” — Revelação 13:16-18.
33. (a) Qual é o nome da fera? (b) Com que se associa o número seis? Queira explicar isso.
33 A fera tem nome, e esse nome é um número: 666. Seis, como número, está associado com inimigos de Jeová. Um filisteu de Refaim era homem “de tamanho extraordinário”, e “os dedos das mãos e dos pés [dele] eram aos seis”. (1 Crônicas 20:6) O Rei Nabucodonosor erigiu uma imagem de ouro de 6 côvados de largura e 60 côvados de altura, para unir seus funcionários políticos numa única adoração. Quando os servos de Deus se negaram a adorar a imagem de ouro, o rei mandou que fossem lançados numa fornalha ardente. (Daniel 3:1-23) O número seis é inferior a sete, número que representa inteireza do ponto de vista de Deus. Portanto, um seis tríplice representa flagrante imperfeição.
34. (a) O que é indicado por ser o número da fera um “número de homem”? (b) Por que 666 é um nome apropriado para o sistema político mundial de Satanás?
34 O nome identifica a pessoa. Então, como é a fera identificada por esse número? João diz que é “número de homem”, não o duma pessoa espiritual, de modo que o nome ajuda a identificar a fera como terrena, simbolizando governo humano. Assim como seis é inferior a sete, assim 666 — seis em três estágios — é um nome apropriado para o gigantesco sistema político do mundo, que fracassa tão lamentavelmente em estar à altura das normas de perfeição de Deus. A fera política do mundo domina como suprema sob o nome-número de 666, ao passo que a alta política, a alta religião e o alto comércio mantêm esta fera funcionando como opressora da humanidade e perseguidora do povo de Deus.
35. O que significa ser marcado na testa ou na mão direita com o nome da fera?
35 Que significa ser marcado na testa ou na mão direita com o nome da fera? Quando Jeová deu a Lei a Israel, ele disse: “Estas minhas palavras tendes de fixar no vosso coração e na vossa alma, e atá-las como sinal sobre a vossa mão, e elas têm de servir de frontal entre os vossos olhos.” (Deuteronômio 11:18) Isto queria dizer que os israelitas tinham de manter aquela Lei constantemente diante de si, a fim de que influenciasse todas as suas ações e todos os seus pensamentos. Os 144.000 ungidos são mencionados como tendo o nome do Pai e o de Jesus escritos na testa. Isto os identifica como pertencentes a Jeová Deus e a Jesus Cristo. (Revelação 14:1) Imitando isso, Satanás usa a marca demoníaca da fera. Todos os empenhados em atividades cotidianas, tais como comprar e vender, são pressionados para fazer as coisas do modo da fera, como, por exemplo, guardar feriados. Espera-se que adorem a fera, deixando-a dominar sua vida, a fim de receber sua marca.
36. Aqueles que se negam a aceitar a marca da fera têm tido que problemas?
36 Aqueles que se negam a aceitar a marca da fera têm tido constantes problemas. Por exemplo, a começar com os anos 30, tiveram de travar muitas batalhas jurídicas e suportar ataques violentos de turbas e outras perseguições. Nos países totalitários, foram lançados em campos de concentração, onde muitos morreram. Desde a Segunda Guerra Mundial, inúmeros homens jovens sofreram prolongados encarceramentos, alguns sendo até mesmo torturados e mortos, por se negarem a violar sua neutralidade cristã. Em outros países, cristãos são literalmente impedidos de comprar ou vender; alguns nem podem possuir propriedades; outros cristãos sofrem estupro, são assassinados ou expulsos de sua terra nativa. Por quê? Porque se negam de boa consciência a comprar carteiras de afiliação partidária.d — João 17:16.
37, 38. (a) Por que o mundo é um lugar difícil para aqueles que recusam a marca da fera? (b) Quem mantém a sua integridade, e o que estão decididos a fazer?
37 Em algumas regiões da Terra, a religião está tão arraigada na vida comunitária, que todos os que defendem a verdade bíblica são banidos pela família e pelos anteriores amigos. Requer muita fé para perseverar. (Mateus 10:36-38; 17:22) Num mundo em que a maioria adora a riqueza material e em que prevalece a desonestidade, o verdadeiro cristão muitas vezes tem de confiar implicitamente em Jeová para apoiá-lo em seguir o proceder reto. (Salmo 11:7; Hebreus 13:18) Num mundo cheio de imoralidade, requer muita determinação para se permanecer limpo e puro. Os cristãos que adoecem são frequentemente pressionados por médicos e enfermeiras a violar a lei de Deus quanto à santidade do sangue; até mesmo têm de resistir a ordens judiciais que estão em conflito com a sua fé. (Atos 15:28, 29; 1 Pedro 4:3, 4) E nos atuais dias de crescente desemprego, torna-se cada vez mais difícil para o verdadeiro cristão evitar trabalho que significaria violar a sua integridade perante Deus. — Miqueias 4:3, 5.
38 Sim, o mundo é um lugar difícil para aqueles que não têm a marca da fera. É uma notável demonstração do poder e da bênção de Jeová que os remanescentes da semente da mulher, bem como mais de seis milhões dos da grande multidão, mantêm a sua integridade apesar de todas as pressões para violar as leis de Deus. (Revelação 7:9) Que todos nós unidos, em toda a Terra, continuemos a magnificar a Jeová e os modos justos dele, ao passo que recusamos receber a marca da fera! — Salmo 34:1-3.
[Nota(s) de rodapé]
a Para mais pormenores disso, veja as páginas 165-179 do livro Preste Atenção à Profecia de Daniel!, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
b The Interpretation of St. John’s Revelation, de R. C. H. Lenski, páginas 390-391.
c Comentaristas têm observado que o nacionalismo, na realidade, é uma religião. Portanto, aqueles que são nacionalistas adoram realmente a parte da fera que é representada pelo país em que vivem. Lemos a respeito do nacionalismo nos Estados Unidos: “O nacionalismo, encarado como religião, tem muito em comum com outros grandes sistemas religiosos do passado . . . O moderno nacionalista religioso está cônscio da sua dependência de seu próprio deus nacional. Sente a necessidade da poderosa ajuda Dele. Reconhece Nele a fonte de sua própria perfeição e felicidade. Sujeita-se a Ele num sentido estritamente religioso. . . . A nação é concebida como eterna, e a morte de seus filhos leais só aumenta-lhe a imorredoura fama e glória.” — Carlton J. F. Hayes, conforme citado na página 359 do livro What Americans Believe and How They Worship (Em Que os Americanos Creem e Como Adoram), de J. Paul Williams.
d Por exemplo, veja A Sentinela de 1.º de março de 1972, página 136; 15 de dezembro de 1974, página 749; 1.º de dezembro de 1975, página 725; 1.º de agosto de 1979, página 23; 1.º de setembro de 1979, página 19; 15 de novembro de 1980, página 10.
[Foto na página 195]
Foi-lhe concedido dar fôlego à imagem da fera