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Amom IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
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em completa desconsideração pela lei e pela justiça, habilitava assim o Sumo Sacerdote a encobrir com a sanção divina tudo o que ele desejava efetuar.”
No entanto, várias adversidades sobrevieram a Tebas e a seu deus, Amom. Duas delas são mencionadas nas Escrituras. No sétimo século A.E.C., os conquistadores assírios, sob o comando de Assurbanipal, arrasaram Tebas, despojando-a de toda a sua riqueza. O profeta Naum se refere a esse evento, usando-o qual ilustração da vindoura destruição de Nínive. (Naum 3:8) Tebas recuperou-se de algum modo do golpe infligido a ela pela Assíria, reavendo certa medida de prosperidade, mas mesmo esta deveria ser breve. Jeremias indicou que o julgamento de Jeová era contra o Egito e seus deuses, inclusive Tebas e seu deus, Amom. O Egito seria entregue na mão de Nabucodonosor, trazendo vergonha a ele e a seus deuses, especialmente a Amom, de Nô (Tebas). — Jer. 46:25, 26; veja NÔ, NÔ-AMOM.
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AmonitasAjuda ao Entendimento da Bíblia
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AMONITAS
Descendentes de Amom, filho de Ló e da mais jovem das suas duas filhas. (Gên. 19:36-38) Eram parentes próximos dos moabitas, descendentes do outro filho de Ló, Moabe, e são regularmente mencionados na história bíblica e secular antiga, junto com os moabitas. Eram também mais distantemente aparentados aos israelitas, e este parentesco bíblico é apoiado pelo fato de que a língua amonita era um dialeto ou variante do hebraico. Com raras exceções, contudo, os amonitas demonstraram violenta inimizade para com a nação de Israel.
TERRITÓRIO OCUPADO
Evidentemente por consideração para com seu fiel antepassado, Ló, Jeová Deus permitiu que os amonitas tomassem posse do território previamente mantido pelos refains, um povo de estatura elevada, chamado de zanzumins pelos amonitas. (Deut. 2:17-21) Esta terra se situava a E do extremo sul do rio Jordão, e, certa vez, o território dos amonitas se unia com o dos moabitas, na região de planalto, na banda oriental do mar Morto. Algum tempo antes da entrada de Israel em Canaã, contudo, os amorreus tinham desapossado os amonitas de parte de sua terra e os empurraram para o N e E, destarte abrindo uma cunha entre eles e os moabitas (que também sofreram a perda de considerável território). (Núm. 21:26; Jos. 12:2; Juí. 11:13, 22) Depois disso, a terra dos filhos de Amom geralmente se estendia dos trechos superiores do rio Jaboque, que se curvava, em direção leste, para o deserto (Núm. 21:24; Jos. 12:2), estando sua capital situada em Rabá (a moderna Amã), próxima às cabeceiras do Jaboque. (Deut. 3:11) Os arqueólogos descobriram antigos sítios e fortalezas fronteiriças amonitas nesta região.
Sob ordens divinas, os israelitas tiveram o cuidado de não invadir os limites de terras dos amonitas, ao conquistarem os vizinhos amorreus. (Deut. 2:37; Jos. 13:8-10) Assim, ao passo que Josué 13:25 declara que a tribo de Gade recebeu “metade da terra dos filhos de Amom”, como parte de sua herança tribal, a referência, evidentemente, é feita àquela parte da terra anteriormente tomada dos amonitas pelos amorreus, território aparentemente situado entre o rio Jordão e o Jaboque superior.
CONFLITOS COM ISRAEL
Embora os amonitas pareçam ter-se unido aos moabitas em contratar Balaão, o profeta mercenário, a fim de amaldiçoar Israel, não fizeram nenhum esforço militar imediato contra Israel. (Deut. 23:3, 4) Não foi senão no tempo do Rei Eglom, de Moabe, que os amonitas, junto com os amalequitas, juntaram-se aos moabitas em atacar Israel, movimentando-se para o oeste, em direção a Jericó, junto ao Jordão. (Juí. 3:12-14) Depois de o juiz Eúde eliminar os efeitos deste ataque (Vv. 26-30), os amonitas não constituíram de novo grande ameaça para Israel senão nos dias de Jefté. Já então os israelitas voltaram a servir os deuses das nações, e seguiu-se um período de dezoito anos de opressão, os amonitas pressionando Israel pelo E, enquanto os filisteus o ameaçavam do O. As forças amonitas não só aterrorizavam os israelitas que moravam em Gileade, mas até mesmo faziam surtidas a O do Jordão para fustigar as tribos de Benjamim, Judá e Efraim. (10:6-10) Finalmente limpos da adoração falsa, os israelitas se alinharam sob a liderança de Jefté e, depois de Jefté ter refutado legalmente as acusações amonitas de usurpação de direitos de terra por parte de Israel, os amonitas foram duramente derrotados. — 10:16 a 11:33; veja JEFTÉ.
Segundo a Septuaginta, cerca de um mês depois de Saul ser designado rei de Israel, o Rei Naás, de Amom, cercou a cidade de Jabes, em Gileade, exigindo a rendição da cidade, junto com a exigência cruel de que seus homens só teriam paz se cada um permitisse que seu olho direito fosse furado. Sabendo do cerco, Saul provou seu mérito qual rei, juntou as forças israelitas e desarraigou os amonitas. (1 Sam. 11:1-4, 11-15) A declaração posterior de Samuel revela que foi a crescente ameaça dos amonitas, sob Naás, que provocou por fim o pedido dos israelitas de terem um rei. — 1 Sam. 12:12.
Durante a regência de Davi
Os amonitas também sofreram derrotas às mãos de Davi, sendo exigido deles despojos ou tributo. (1 Crô. 18:11) O relato sobre isto, em 2 Samuel 8:11, 12, faz parte dum resumo das conquistas de Davi, e este resumo talvez não esteja necessariamente em ordem cronológica completa com relação aos relatos anteriores e subseqüentes. Assim, 2 Samuel 10:1, 2 sugere uma relação comparativamente pacífica entre Amom e Israel durante a regência de Davi até o tempo da morte do Rei Naás. Hanum, filho e sucessor de Naás, porém, deixou Davi grandemente irado, ao humilhar os
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