Identificando os beneficiários dos tempos atuais
1. Segundo Revelação, capítulo sete, quem em especial, recebe benefícios do ministério do restante, e o que mostra se estão no novo pacto?
ATUALMENTE, neste ano de 1966, o ministério do restante dos “ministros dum novo pacto” é conhecido entre todas as nações. Todavia, as pessoas beneficiadas de modo especial mediante o seu ministério são as que o último livro da Bíblia chama de “grande multidão, que nenhum homem podia [então] contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono [de Deus] e diante do Cordeiro [Jesus Cristo]”. O apóstolo João teve a visão desta “grande multidão” depois de ver os 144.000 membros das doze tribos do Israel espiritual serem selados. (Rev. 7:4-9) Por conseguinte, esta “grande multidão” não está no novo pacto, contudo, recebe benefícios antecipados dele, por estar associada atualmente com o restante do Israel espiritual, que são “ministros dum novo pacto”.
2, 3. (a) Quando foi que A Torre de Vigia de Sião trouxe à atenção esta “grande multidão” pela primeira vez? (b) Do que se pensava que se compunha a “grande multidão” e qual era o seu destino?
2 Quem é esta “grande multidão”? Isto foi por muito tempo um mistério. Bem no primeiro ano em que se publicou a revista A Torre de Vigia de Sião (em inglês), trouxe-se à atenção dos leitores esta “grande multidão”. (Rev. 7:9) Mas, julgava-se que fosse uma classe espiritual de cristãos com destino celestial. Os 144.000 discípulos fiéis se tornam a Noiva celeste de Cristo, ao passo que se julgava que a “grande multidão” fosse secundária a esta classe da Noiva no céu, semelhante a damas de honor ou “companheiras” da classe da Noiva. — Sal. 45:14, 15.
3 Por exemplo, o quarto número de A Torre de Vigia, em inglês, de outubro de 1879, dizia no seu artigo “O Dia do Senhor”:
É então, enquanto os do “pequeno rebanho”, a “Noiva”, a “igreja vencedora”, são assim entronizados com Jesus, e enquanto ela inflige os julgamentos escritos, e enquanto a outra classe de cristãos da igreja, os de mentalidade carnal, deixados no mundo, estão “lavando as suas vestes”, que o Cordeiro os apascenta com a verdade, e os conduz (alguns rapidamente, outros mais devagar) às fontes vivas, de água, trazendo, finalmente, tantos quantos serão conduzidos, à condição celestial, não havendo mais lágrimas, nem dor, nem tristeza, recebendo-os na sua morada eterna; e assim os vemos (Rev. vii. 14) “trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos:” e informa-se-nos: “Estes são os que vieram de [a] grande tribulação, . . . e lavaram os seus vestidos”, etc.; “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem . . . no seu templo”. — Parágrafo sete.
O parágrafo nove aplica o Salmo 45:13 a eles como sendo “companheiras” da Noiva celestial de Cristo.
4. Do que deveria vir esta grande companhia, e que tipo de corpos lhes seriam dados?
4 O artigo seguinte da mesma edição, intitulado “Reconciliação do Mundo”, fala desta grande companhia e diz, no parágrafo vinte e quatro: “O ‘pequeno rebanho’, ou a companhia da noiva, e a companhia que vem da grande tribulação (Rev. vii 14,) receberão para sempre corpos espirituais.”
5. (a) Qual era a expectativa quanto a se a “grande multidão” sobreviveria à batalha do Armagedom? (b) Que orientação incorreta deu este conceito ao restante dos 144.000?
5 Este conceito inicial impediu que a verdadeira “grande multidão” recebesse a devida atenção até o próprio tempo de Deus. Fez com que o restante dos 144.000 “ministros dum novo pacto” esperasse que uma grande companhia de cristãos gerados do espírito saísse de Babilônia, a Grande, durante a “grande tribulação” final sobre o mundo inteiro, lavando as suas vestes de identificação e derramando o seu próprio sangue em martírio. Não se esperava que sobrevivessem à batalha do Armagedom na terra, mas que morressem antes de seu término. Com tal conceito, o restante esperava a coisa errada.
6. Por que o restante não ficou surpreso quando a tribulação começou em 1914?
6 No ano de 1914, sobreveio uma tribulação maior do que qualquer que já ocorrera desde o Dilúvio. Isto não surpreendeu ao restante, pois sabia que os Tempos dos Gentios, ou “os tempos designados das nações”, terminariam por volta de 1.° de outubro do ano de 1914.
7. (a) Durante a Primeira Guerra Mundial, a quem o restante não viu surgir? (b) Que esperança apresentava o discurso em Los Angeles, em 1918, mas, a quem não identificou?
7 A Primeira Guerra Mundial se prolongou por anos, e o restante foi perseguido como nunca antes, mas não viu nenhuma “grande multidão” sair em massa dos muitos sistemas religiosos da cristandade. Daí, quando a Primeira Guerra Mundial se aproximou de seu clímax, no domingo de 24 de fevereiro de 1918, o então presidente da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E. U. A.) proferiu em Los Angeles, Califórnia, E. U. A., o discurso “O Mundo Findou — Milhões Que Agora Vivem Talvez Jamais Morram”. Apresentava a esperança de nunca morrer na terra, mas de sobreviver à “grande tribulação” que começara na terra, através da batalha do Armagedom e para a nova ordem de coisas, sob o reino celestial de Deus por Cristo. Este discurso não identificou os sobreviventes terrestres do Armagedom como sendo a “grande multidão” de Revelação 7:9. Considerava-os como pessoas em geral devotadas à justiça, embora não fossem dedicadas a Deus ou não fossem geradas pelo espírito.
8. Em 1923, que parábola foi explicada no congresso de Los Angeles, e para quem apelava o último parágrafo da resolução adotada, e para fazerem o quê?
8 Cinco anos mais tarde, na mesma cidade de Los Angeles, no domingo, 26 de agosto de 1923, o mesmo orador dirigiu a palavra a uma assistência de mais de 30.000 pessoas sobre o assunto “Todas as Nações Marcham Para o Armagedom; Mas Milhões Que Agora Vivem Jamais Morrerão”. Este discurso foi o ponto culminante de um congresso de oito dias do povo de Jeová. Na tarde anterior, falara ao congresso sobre a parábola de Jesus sobre as “Ovelhas e os Cabritos”, dada em Mateus 25:31-46. Neste discurso, identificou a classe das “ovelhas” como sendo uma classe terrestre, que sobreviverá ao Armagedom, entrando na nova ordem de Deus sob o reino celestial. No fim do discurso, leu e apresentou para adoção uma solução de dezessete parágrafos, o último dos quais apelava para que as pessoas semelhantes a ovelhas “individual e coletivamente declarem estar do lado do Senhor e simpatizar com a Sua causa, e estar prontos para receber as bênçãos do reino de Deus, que ele preparou para eles desde a fundação do mundo”. Todavia, não se fez nenhum esforço específico para ajuntar tais “ovelhas”.
9. Os Estudantes da Bíblia pensavam então que o novo pacto se aplicava a quem, e o que disse Conforto Para os Judeus nesse respeito?
9 Nesse tempo, os Estudantes da Bíblia pensavam que o novo pacto, segundo predito em Jeremias 31:31-34, não se aplicava aos 144.000 israelitas espirituais, mas que seria feito com os judeus naturais depois da batalha do Armagedom. Foram proferidos discursos perante grandes assistências públicas sobre “O Retorno dos Judeus à Palestina”, e em outubro de 1925, publicou-se o livro Conforto Para os Judeus (em inglês). Debaixo do subtítulo “O Novo Pacto”, as páginas 97-103 consideravam este pacto e o reservavam para os judeus naturais reajustados na Palestina. O terceiro parágrafo do fim do livro dizia: “Chegou o dia de jubileu; as boas novas precisam ser dadas ao povo de Israel e daí a todos os povos da terra. — Veja-se Salmo 89:15.”
10, 11. (a) A matéria daquele livro foi incorporada mais tarde em que livro maior, e em que ano foi lançado? (b) Segundo este livro, como é que os judeus seriam especialmente favorecidos, e o que deveria acontecer à Palestina e Jerusalém?
10 Mais tarde, a matéria de Conforto Para os Judeus foi incorporada num grande livro encadernado, intitulado “Vida”, e, em 15 de julho de 1929, este livro foi lançado para nós, para ser difundido principalmente entre os judeus.
11 Na página 339, sob o subtítulo “Todas as Nações”, dizia:
Não serão apenas os judeus os favorecidos com a restituição sob os termos do novo concerto, mas sim esse favor estender-se-á a todos os povos e nações da Terra. A promessa inalterável de Deus é esta: “Em tua semente serão bemditos todos os povos e nações da terra.” Aquela “semente” é O Cristo. (Gál. 3:16, 27-29) Isto é mais uma razão porque o “restante” dos cristãos que se encontra sobre a Terra tem o mais vivo interesse na restituição.
Mais adiante, no último capítulo, nas páginas 348, 349, dizia:
Deus prometeu a terra da Palestina a Abraão, Isaque e Jacó. . . . É pois indispensável que sejam ressuscitados para que neles se cumpra essa promessa de Deus. . . . Jesus declarou que eles estariam no Reino como Seus representantes na Terra. (Mat. 8:11, 12) As Escrituras garantem que por fim Jerusalém será a cidade de primeira e maior importância sobre a Terra. Há muito tempo já aprouve a Deus colocar ali o Seu Nome. Quando Ele tiver restituído os Seus fiéis, da antiguidade, que sempre Lhe foram leais [e verazes], conduzindo-os à terra da Palestina, será das coisas mais razoáveis e lógicas que Jerusalém se torne a sede central e terrestre do Governo.
12. Sob quem se esperava que se alinhassem as “ovelhas” da parábola de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos, e qual era a atitude para com o ajuntamento destas “ovelhas”?
12 De modo que no ano de 1929, dava-se mais atenção e mostrava-se mais interesse aos judeus naturais, circuncisos, do que às “ovelhas” da parábola de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos. Essas “ovelhas” eram secundárias aos judeus, e depois do Armagedom se alinhariam abaixo dos judeus. Não se fez nenhum esforço especial para ajuntá-las naquele tempo em “um só rebanho” do “Pastor Excelente”, Jesus Cristo.
13. A quem aplicou Revelação 7:9-17 o livro Luz, do ano 1930, e, assim, quanta atenção foi dada às “outras ovelhas”?
13 Em 1930, o livro Luz (em inglês), em dois volumes, apresentou comentários, versículo por versículo, sobre o livro de Revelação, mas ainda aplicava a “grande multidão” de Revelação 7:9-17 a uma classe, gerada pelo espírito, composta de cristãos professos que, depois de morrerem como mártires no Armagedom, receberiam cada um deles “vida como criatura espiritual”, mas secundária à Noiva de Cristo. (Volume 1, páginas 91-97) Devido a isto, não se deu atenção concentrada à classe terrestre das “ovelhas”, as “outras ovelhas” do Pastor Excelente. — João 10:16; A Torre de Vigia de 15 de outubro de 1923, página 310, parágrafo 33, em inglês.
14. (a) Em 1931, por causa de que entendimento o livro Vindicação eliminou a “grande multidão” como sendo os marcados na testa? (b) A quem este livro identificou como sendo os marcados?
14 Em 1931 publicou-se o primeiro volume do livro Vindicação (em inglês). Considerando o capítulo nove da profecia de Ezequiel, dizia concernente às pessoas que seriam marcadas na testa e que seriam poupadas da execução: “Os marcados não poderiam referir-se aos da ‘grande multidão’, ou classe da ‘tribulação’, porque . . . não serão poupados no grande tempo de tribulação, mas, pelo contrário, estão designados a morrer. . . . Não passarão vivos o tempo de tribulação. Serão forçados, no tempo de tribulação, a tomar a sua posição do lado do Senhor, mas precisam morrer, a fim de viverem quais criaturas espirituais.” Daí, o livro Vindicação passa a identificar os marcados como sendo as “outras ovelhas” terrestres, as “ovelhas” da parábola de Jesus sobre as Ovelhas e os Cabritos, “ovelhas” essas que sobreviverão à batalha do Armagedom, entrando na nova ordem de Deus.
15. O que disse a página 111 de Vindicação a respeito do propósito da obra de testemunho, e, assim, que obra não foi incentivada a respeito das “outras ovelhas”?
15 Falando-se sobre o trabalho de marcar, na página 111 de Vindicação diz-se que “este trabalho de dar testemunho não tem o propósito de converter as pessoas do mundo e trazê-las para alguma organização, mas visa dar a conhecer que os que desejam fugir da iníqua organização da cristandade podem assim fazer e declarar-se do lado do Senhor, e estar deste modo em posição de sobreviver ao tempo de tribulação, quando começar a matança.” Destarte, não se incentivou verdadeiro ajuntamento e organização destes marcados, as “outras ovelhas”, até mesmo no ano de 1931, quando o restante dos 144.000 israelitas espirituais adotou o nome “testemunhas de Jeová”.
16. (a) Assim, por quem estava sendo desviada a atenção do restante? (b) Em 1932, o que revelaram os volumes dois e três de Vindicação a respeito das promessas da Bíblia sobre a restauração?
16 Bem claramente, os judeus naturais, circuncisos, e a suposta “grande multidão”, dos cristãos gerados do espírito, de segunda classe, estavam desviando a atenção do restante espiritual.a Todavia, foram publicados no ano de 1932 os volumes dois e três do livro Vindicação, considerando os demais vinte e quatro capítulos da profecia de Ezequiel. Mediante estes livros, Jeová revelou a seu povo que as profecias sobre a restauração não se aplicavam aos judeus ou israelitas terrestres, naturais e circuncisos, mas se aplicavam ao fiel restante do Israel espiritual desde o ano 1919 E. C. — Veja-se o Volume Dois, da página 253 até o fim.
17. Como é que esta explicação influiu sobre os judeus, mas, que expectativas deixou Vindicação a respeito da “grande multidão”?
17 Esta explicação tirou de foco os judeus, mas ainda deixou no ar a questão do novo pacto e também deixou expectativas do aparecimento de uma “grande multidão”, gerada pelo espírito, composta de professos cristãos que necessitavam ser ajudados a sair de Babilônia, a Grande, especialmente da cristandade. O Volume Três de Vindicação dizia que essa classe espiritual secundária era prefigurada no templo profético de Ezequiel, que é descrito na sua profecia, nos capítulos quarenta a quarenta e oito. — Vejam-se as páginas 240, 265-269.
18. Que aumento de entendimento houve em 1934 por melo da revista A Sentinela a respeito do novo pacto?
18 Dois anos mais tarde, em 1934, aumentou o entendimento. Na edição de 15 de abril de 1934, A Sentinela (página 117, parágrafo 10, em inglês) declarava que o novo pacto não será feito com os judeus naturais, circuncisos, na Palestina, depois do Armagedom, mas que o novo pacto está agora em vigor, com os israelitas espirituais. Dizia: “O novo pacto foi feito . . . com e a favor do Israel espiritual. . . . Por terem os israelitas naturais violado os termos do pacto da lei, feito no Egito, seria inteiramente desarmonioso da parte de Deus realizar o novo pacto com o mesmo povo, pois que o novo pacto é mais elevado e mais sublime que o velho pacto da lei. Esta razão seria suficiente para indicar que o novo pacto não podia ser feito com os descendentes naturais de Abraão.” (Veja-se também o livro Jeová, páginas 169-172, edição de 1934.) Essa correção de entendimento trouxe grande alegria ao restante.
AS “OUTRAS OVELHAS” E O BATISMO
19. Na edição de 15 de agosto de 1834 de A Sentinela, que incentivo foi dado às “outras ovelhas” a respeito da dedicação, do batismo e dos estudos bíblicos?
19 Deu-se também verdadeiro encorajamento às “outras ovelhas”, na edição de 15 de agosto de 1934 de A Sentinela, em inglês. Nos tempos antigos, essas “outras ovelhas” terrestres foram representadas pelo homem não-israelita chamado Jonadabe, filho de Recabe, e amigo do Rei Jeú de Israel. Portanto, o artigo intitulado “Sua Bondade” falava das “outras ovelhas” como sendo os Jonadabes ou a classe de Jonadabe. Nos parágrafos 34 e 35 dizia:
Deve um Jonadabe consagrar-se ao Senhor e ser batizado? Resposta: Com toda a certeza, é próprio um Jonadabe consagrar-se para fazer a vontade de Deus. Ninguém jamais receberá a vida sem fazer isso. A imersão em água é meramente um símbolo de ter feito uma consagração para fazer a vontade de Deus, e isso não seria inapropriado. . . . Chegou agora o tempo para a instrução da classe de Jonadabe ou dos “milhões”, que significam uma e a mesma coisa.
Daí o artigo de A Sentinela passou a dizer como os membros do restante ungido devem dirigir reuniões com a classe de Jonadabe, dizendo: “Tais estudos são agora essenciais e especialmente para o benefício dos da companhia dos Jonadabes, para que aprendam a vontade de Deus concernente a eles.
20. Segundo o livro Jeová, lançado em 15 de novembro de 1831, com quem foi feito o novo pacto, conforme abrangido pela expressão “com a casa de Israel e com a casa de Judá”?
20 Todavia, três meses mais tarde, no mesmo ano, ou em 15 de novembro de 1934, o livro Jeová saiu das prensas da Sociedade em Brooklyn, Nova Iorque, e na página 180 ainda expressava a crença numa classe espiritual secundária, que ainda se esperava que sairia de Babilônia, a Grande, e tomasse o lado de Jeová. Concordemente, embora o livro indicasse que o novo pacto não se aplicava aos judeus naturais, circuncisos, as páginas 179 e 180 diziam:
A casa espiritual de Israel abrange todos aqueles que, pelo exercício da fé no sangue de Cristo Jesus como o preço redentor da humanidade, fizeram pacto para realizar a vontade de Deus, tendo sido gerados por Deus, e isto inclui necessariamente todos os gerados pelo espírito, especialmente os do “pequeno rebanho”. . . . A profecia, portanto, se refere ao novo pacto, feito com a casa do Israel espiritual, isto é, com todos os israelitas espirituais, incluindo todos os gerados pelo espírito, e com a casa de Judá; assim se identifica a companhia do Reino, a qual está unida com Cristo Jesus, o “Leão da tribo de Judá.” (Apo. 5:5) — Veja-se também página 183, parágrafo dois.
21. Assim, na atenção do restante espiritual, que classe ocupava um lugar de maior importância que as “ovelhas terrestres” em fins de 1934?
21 Assim, esta classe secundária de israelitas espirituais gerados pelo espírito ainda desviava a atenção do restante em fins de 1934, e tomava um lugar de maior importância do que os Jonadabes ou a classe terrestre das “outras ovelhas”, que haviam de ser marcados na testa. (Eze. 9:4) Portanto, estes marcados não foram especificamente convidados a assistir à celebração da Ceia do Senhor, em 14 de nisã de 1935.b
DISCERNINDO A “GRANDE MULTIDÃO”
22. Na edição de 1.° de abril de 1935 de A Sentinela, que assembléia geral foi anunciada, e quem foi especialmente convidado para ela?
22 Todavia, aproximava-se então grande alegria para a companhia dos Jonadabes ou as “outras ovelhas”. Anunciou-se um congresso geral de cinco dias das testemunhas de Jeová. Começando com a edição de 1.° de abril de 1935, de A Sentinela (em inglês), os anúncios ali diziam: “A Sentinela relembra de novo a seus leitores que se realizará um congresso das testemunhas de Jeová e dos Jonadabes,c em Washington, D. C., a começar no dia 30 de maio e a terminar em 3 de junho de 1935. Espera-se que muitos dos do restante e dos Jonadabes achem conveniente assistir ao congresso. Até aqui não muitos Jonadabes tiveram o privilégio de assistir a um congresso, e o congresso em Washington pode ser verdadeiro conforto e benefício para eles.” (Página 98) “Este é um congresso de serviço, e espera-se que todos os do restante e os Jonadabes participem no serviço.” — Página 110.
23. Naquele congresso de Washington, que revelação foi feita a respeito da “grande multidão” de Revelação 7:9-17?
23 Esse congresso de Washington, D. C., provou realmente ser de benefício para os Jonadabes. Na segunda tarde deste congresso (31 de maio), o então presidente da Sociedade Torre de Vigia dirigiu a palavra à assistência visível no Auditório de Washington e também a assistências invisíveis, através das estações radiofônicas WBBR e WHPA sobre o assunto “A Grande Multidão”, segundo predita em Revelação 7:9-17. No seu discurso, indicou que a classe espiritual secundária há multo discutida não existia e que o quadro da “grande multidão” não se aplicava a tal classe. Antes, a “grande multidão” era composta dos Jonadabes dos tempos atuais, e estes tinham de demonstrar o mesmo grau de fidelidade a Jeová Deus que o restante espiritual.
24. Como é que a alegria dessa revelação se espalhou por todo o globo, e o que publicou o Anuário de 1936 a respeito disso?
24 A indizível alegria que os Jonadabes experimentaram naquela tarde em Washington, D. C., se espalhou a todos os desta classe ao redor do globo, mediante a publicação desta revelação no artigo “A Grande Multidão”, em duas partes, nas edições de 1.° e de 15 de agosto de 1935, de A Sentinela (em inglês). Mais tarde, o Anuário das Testemunhas de Jeová de 1936 (em inglês, página 63) dizia: “Esta revelação animou os irmãos e os estimulou a renovadas atividades, e de toda a parte da terra vêm as notícias da alegria manifesta de que o restante tem agora o privilégio de levar a mensagem à grande multidão, e estes juntos trabalhando para a honra do nome do Senhor.”
25. (a) Como foram ampliados os privilégios de serviço da classe de Jonadabe em maio de 1937? (b) Quão providencial demonstrou ser tal arranjo para o futuro, conforme se pode ver atualmente?
25 Nas congregações do povo de Jeová abriram-se maiores privilégios de serviço para os membros da classe de Jonadabe ou a “grande multidão”, quando a edição de 1.° de maio de 1937 de A Sentinela (em inglês), página 130, anunciou concernente às companhias ou congregações:
Quando não houver ninguém na companhia que for capaz de ocupar os lugares dos servos de companhia ou das comissões de serviço, e houver Jonadabes que tenham habilidade e zelo, permita-se que os Jonadabes sejam colocados na comissão de serviço e dê-se-lhes a oportunidade de servir.
Quão providencial foi este arranjo para o futuro pode agora ser visto, vinte e nove anos depois, quando o restante dos “ministros dum novo pacto” diminuiu a cerca de 11.500 e se tornou necessário que as “outras ovelhas” provejam os superintendentes e servos ministeriais da maioria das 24.000 congregações em todo o mundo.
26. (a) Depois disso, a que evento foram especialmente convidados a assistir os Jonadabes cada ano? (b) Que clímax de alegria para a classe de Jonadabe veio em 1950 com respeito às possibilidades de serviço?
26 Na celebração da Ceia do Senhor, após o anúncio acima, concernente ao “Servo de Companhia”, os Jonadabes foram especificamente convidados a assistir quais companheiros do restante, em 15 de abril de 1938. (A Sentinela de 15 de fevereiro de 1938, página 50, em inglês) Mas, veio em 1950 um grande clímax de alegria para a classe de Jonadabe ou “outras ovelhas”. Na noite de sábado, de 5 de agosto de 1950, na assembléia internacional das testemunhas de Jeová, no Estádio Ianque, na Cidade de Nova Iorque, revelou-se pelas Escrituras que homens competentes dentre as “outras ovelhas”, que estão sendo ajuntados agora, poderão ser designados quais “príncipes por toda a terra” depois da batalha do Armagedom, juntamente com os que são referidos no Salmo 45:16. — A Sentinela, em inglês, de l.° de outubro de 1950, páginas 364, 365; A Sentinela de 1.° de agosto de 1951, páginas 119-121.
27. Para onde, por fim, trazia então o Pastor Excelente às “outras ovelhas”?
27 Assim, por fim os membros dedicados e batizados da “grande multidão”, as “outras ovelhas”, encontraram o seu devido lugar na associação com o restante ungido dos “ministros dum novo pacto”. O Pastor Excelente, o Senhor Jesus Cristo, começou a trazer as suas “outras ovelhas” ao “um só rebanho”, onde o restante do “pequeno rebanho” já estava ajuntado, para que houvesse mesmo agora “um só rebanho” e “um só pastor”. — João 10:16; Luc. 12:32.
OS BENEFÍCIOS QUE SE ESPALHAM
28. Quantas congregações do povo de Jeová havia lá no ano de 1942, em plena guerra, havendo quantas pessoas que relatavam a obra de pregação, mas, quantas congregações e publicadores houve no ano de serviço passado?
28 A agitação da Segunda Guerra Mundial, durante 1939-1945, não rompeu a união do restante ungido e das “outras ovelhas” terrestres. Portanto, o número destas “ovelhas” que fazem o bem aos irmãos espirituais de Cristo tem continuado a crescer, tornando-se verdadeiramente “grande multidão” no tempo atual. Durante o ano de 1942, em plena guerra, havia 5.232 congregações do povo dedicado de Jeová que relatavam atividades na pregação destas “boas novas do reino” em toda a terra habitada, 160.000 dos do restante e das “outras ovelhas” tomando parte em anunciar esta mensagem de salvação. (Anuário de 1943, páginas 221, 222, em inglês) Durante o último ano de serviço, de 1965, havia 24.158 congregações em 190 países, e a média mensal de 1.034.268 publicadores, do restante e das “outras ovelhas”.
29. O que significou isto com respeito ao aumento das “outras ovelhas” e quantas pessoas celebraram a morte do Senhor durante aquele ano de serviço?
29 Isso significou realmente que o número das “outras ovelhas” já reunidas em “um só rebanho” aumentara a ponto de se tornar “grande multidão”, pois até então o número do restante dos “ministros dum novo pacto” diminuíra a 11.550. Estes participaram do pão e do vinho emblemático na Ceia do Senhor, em 16 de abril de 1965, quando um total mundial de 1.933.089 pessoas comemoraram a morte do Senhor Jesus Cristo, o Mediador do novo pacto.
30. Com respeito ao conhecimento, qual deveria ser um dos benefícios do novo pacto, e com quem está sendo partilhado este conhecimento?
30 Fora de qualquer dúvida, pois, os benefícios do novo pacto já se espalham em todo o mundo da humanidade. Segundo os termos deste novo pacto, os do restante ungido que estão incluídos no novo pacto de Deus haviam de conhecer a Jeová “desde o menor deles até o maior deles”. Este conhecimento do Deus Altíssimo é o que o restante tem agora e o está partilhando com a crescente “grande multidão” de todas as partes do mundo.
31. Que beneficio da misericórdia de Deus prometeu o novo pacto, e por meio de quem isto chega ao restante?
31 Outrossim, no novo pacto, Jeová disse que perdoaria ao restante dos israelitas espirituais o seu erro e não mais se lembraria deste. (Jer. 31:34) Obtêm tal perdão de pecado mediante o perfeito sacrifício, o auto-sacrifício do Mediador do novo pacto, Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus”.
32. Quem mais, na terra, hoje, usufrui tal perdão, e como é que as Escrituras classificam tais pessoas dedicadas e batizadas?
32 Hoje a “grande multidão” que se dedicou e simbolizou a sua dedicação pelo batismo em água goza também do perdão de seus pecados mediante o sangue do Cordeiro, Jesus Cristo. Gozam assim de paz com Jeová Deus e são contados entre os seus “homens de boa vontade”. (Luc. 2:14) A parábola de Jesus sobre as ovelhas e os Cabritos os chama de “os justos”. Revelação 7:9, 14 os representa como “trajados de compridas vestes brancas”, vestes estas que lavaram e embranqueceram “no sangue do Cordeiro”. Deus os reconhece agora, e assim “prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo”, e ele enxuga toda lágrima de seus olhos. — Rev. 7:15-17.
33. (a) Quantas pessoas atualmente na terra recebem os benefícios no novo pacto, e por meio do ministério de quem? (b) Que promessa aguarda cumprimento quando estes terminarem seu ministério terrestre?
33 Ao passo que o restante ungido dos “ministros dum novo pacto” continua a ministrar, assistido pelas “outras ovelhas”, aumenta a “grande multidão” dos que recebem os benefícios de seu ministério na terra. De modo que, embora o novo pacto de Deus não se aplique a todo o mundo da humanidade, os seus benefícios se espalham cada vez mais em todo o mundo, levando conhecimento vitalizador de Jeová Deus e de seu empossado Rei, Jesus Cristo, às pessoas semelhantes a ovelhas, para a sua eterna salvação. (João 17:3) No devido tempo de Deus, os do restante terminarão o seu ministério terrestre. Segundo a promessa de Jesus Cristo, unir-se-ão com ele no céu. — Luc. 22:28-30.
34. Como é que tais ministros então servirão, e quem, na terra, obterá os benefícios do propósito cumprido de Deus a respeito do novo pacto?
34 Então, o “reino de sacerdotes”, que o pacto de Deus produz agora com êxito, estará completo. Prestarão serviço real e sacerdotal junto com o grande Rei-Sacerdote, Jesus Cristo, prefigurado por Melquisedeque. Então, durante os mil anos do reinado de Cristo, todo o mundo da humanidade, os vivos e os mortos, receberá, como nunca antes, os benefícios resultantes de Deus cumprir triunfantemente o propósito amoroso de seu novo pacto. — Rev. 20:4-6; 21:3, 4.
[Nota(s) de rodapé]
a Note o que Vindicação (em inglês), Volume Um, página 212, tem a dizer a respeito da confirmação ou inauguração do novo pacto com os israelitas naturais, quando “os antigos profetas e testemunhas de Deus se erguerão como patrocinadores terrestres dos judeus”. (Edição de 1931) Veja-se também o Volume Três, páginas 255-257, da edição de 1932, a respeito da inauguração do novo pacto como sendo futuro e para toda a humanidade.
b Veja-se A Sentinela (em inglês), de 1.o de fevereiro de 1935, página 47, parágrafos um e dois.
c Naquele tempo, os Jonadabes ou “outras ovelhas” não eram considerados como sendo “testemunhas de Jeová”. — Veja-se A Sentinela (em inglês), de 15 de agosto de 1934, página 249, parágrafo 31.