Capítulo 19
Da aflição mundial para uma “nova terra” pacífica
1. Por que foram Noé e sua família preservados quando o “mundo de pessoas ímpias” daquele tempo acabou, e por que é importante para nós a sobrevivência deles?
JÁ UMA VEZ antes na história humana acabou “um mundo de pessoas ímpias”! O antepassado comum de todos nós sobreviveu àquele fim de tal “mundo”. Este antepassado ancestral nosso era Noé, filho de Lameque. Por tomar sua posição do lado certo, Noé sobreviveu junto com sua esposa, três filhos e três noras. Isto fez com que todos nós sejamos hoje descendentes daqueles oito sobreviventes do fim de um mundo. Aquele fim do mundo veio num dilúvio global, tal como a humanidade nunca mais presenciará. Noé veio a ser chamado “pregador da justiça”. O registro bíblico diz: “Noé andou com o verdadeiro Deus.” Era do lado Deste que Noé tomou sua posição na crise mundial dos seus dias. Por causa disso, ele e sua família foram preservados na arca maciça que construiu em obediência à ordem de Deus, para a preservação de si mesmo e de sua família. — 2 Pedro 2:5; Gênesis 6:9; Hebreus 11:7.
2. (a) Quem sobreviverá ao fim do “mundo de pessoas ímpias” que agora confronta a humanidade, e que base há para se ter tal certeza? (b) Quais são os “céus” que serão destruídos como que por fogo?
2 A humanidade enfrenta agora novamente o fim de um “mundo de pessoas ímpias”. Apesar dos que zombam desta idéia fenomenal, há muitos que tomam sua posição do lado certo, assim como Noé fez antes do dilúvio global de 2370 A. E. C. Noé era uma das primitivas testemunhas de Jeová. Este fato é significativo para os nossos dias críticos. De que modo? Do seguinte: Iguais a Noé, sob proteção divina, as testemunhas cristãs de Jeová da atualidade sobreviverão ao vindouro fim de um “mundo de pessoas ímpias”. Presenciarão pessoalmente, na terra, que, conforme diz 2 Pedro 2:9, “Jeová sabe livrar da provação os de devoção piedosa, mas reservar os injustos para o dia do julgamento, para serem decepados. Serão preservadas como classe durante a “presença do dia de Jeová, pelo qual os céus, estando incendiados, serão dissolvidos, e os elementos, estando intensamente quentes, se derreterão”! “E a terra e as obras nela serão descobertas [para serem queimadas].” (2 Pedro 3:12, 10) Verão os “céus” governamentais, visíveis, incendiados pelos meios ardentes que o Deus operador de milagres usar então. Ouvirão o som sibilante com que aqueles “céus” incendiados passarão para todo o sempre. Os “elementos” que acompanham o atual sistema mundial de coisas serão fundidos, “dissolvidos”, por causa do calor insuportável a que serão expostos.
3. Identifique os “elementos” que “serão dissolvidos” naquele tempo, conforme 2 Pedro 3:12.
3 Os “elementos” que constituem a atmosfera figurativa do atual sistema transitório de coisas não poderão manter-se unidos e agüentar o fogo da prova. A atitude mundana, de que o homem é capaz de governar a terra independentemente de Deus, não suportará a prova ardente. O desejo da carne e o desejo dos olhos, bem como a ostentação dos meios de vida da pessoa, como aspecto egoísta, predominante, do atual sistema de coisas, mostrarão ser de tão curta duração como este “mundo de pessoas ímpias”. Ascenderão em fumaça na prova ardente do dia de julgamento por Jeová. Esses “débeis e mesquinhos elementos”, quer dizer, as impotentes teorias, filosofias, práticas e ritos por meio dos quais os homens têm procurado conseguir a sua própria salvação e mostrar-se auto-justos, todos esses “elementos” se fundirão no crisol ardente da prova. Mostrar-se-ão sem força, não práticos, ineficientes, sem valor e mesquinhos. (1 João 2:15-17; Gálatas 4:9, PIB) Esses “elementos” terão de desaparecer por não constituírem ambiente, atmosfera, expansão ou abóbada natural sob a qual os adoradores de Deus devam viver na terra.
4. O que é a “terra e as obras nela” que perecerão no ardente “dia de Jeová”?
4 Mostrar-se-á que faltam materiais à prova de fogo na “terra e as obras nela” durante aquele superaquecido “dia de Jeová”. Mostrarão ser tão combustíveis como os acompanhantes “céus” e “elementos”. A sociedade humana, como base viva para o sistema de coisas do qual Satanás, o Diabo, tem sido o deus, perecerá com a execução dos julgamentos justos de Deus. Assim acabará todo um mundo, o “mundo de pessoas ímpias”, que corresponde a um mundo assim no dilúvio dos dias de Noé. As obras edificadas por tal sociedade humana ímpia, terrena, não a salvarão, nem lhe servirão de porto de segurança. A expressão ardente da ira, da indignação e da denúncia de Deus reduzirá tudo a cinzas.
5, 6. (a) Durante aquele tempo de destruição, como talvez pareça a situação dos próprios adoradores de Jeová na terra? (b) Apenas por que meios passarão alguns por aquele tempo de aflição, e que encorajamento poderão encontrar no Salmo quarenta e seis?
5 Ao se executar a destruição dos figurativos “céus”, “elementos” e “a terra e as obras nela”, poderá parecer aos adoradores de Jeová, apanhados nesta aflição mundial, como se todo o universo desabasse em volta deles. Sim, como se o próprio solo desaparecesse debaixo de seus pés. Os acontecimentos poderão assumir um aspecto aterrorizante para os espectadores terrenos. Evidenciar-se-á que apenas por um milagre do Deus Todo-poderoso poderá sobreviver na terra alguém de carne. Apenas por confiarem plenamente no Soberano Universal Jeová poderão os espectadores terrenos impedir que o terror se apodere de seu coração. Para tal experiência perturbadora reservou-se o salmo do templo, dos filhos de Corá, que sobreviveram à destruição ardente de seu pai rebelde e de outros companheiros levitas, presunçosos, dele:
6 “Deus é para nós refúgio e força, uma ajuda encontrada prontamente durante aflições. Por isso é que não temeremos, ainda que a terra passe por uma mudança e ainda que os montes cambaleiem para dentro do coração do vasto mar; ainda que as suas águas sejam turbulentas e espumem, ainda que os montes tremam diante do seu alvoroço. . . . Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o grandioso e santíssimo tabernáculo do Altíssimo. Deus está no meio da cidade; ela não será abalada. Deus a ajudará ao surgir a manhã. As nações ficaram turbulentas, os reinos foram abalados; ele fez soar a sua voz, a terra passou a dissolver-se. Jeová dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é para nós uma altura protetora.” — Salmo 46:1-7 e cabeçalho.
7, 8. Nos versículos adicionais do salmo, que garantia encontramos de que haverá sobreviventes daquela reviravolta mundial?
7 Os escritores do salmo (os filhos de Corá) passaram logo a seguir a indicar que pode haver e haverá sobreviventes de tal transtorno espantoso do mundo natural, nas palavras seguintes:
8 “Vinde, observai as atividades de Jeová, como ele tem posto eventos assombrosos na terra. Ele faz cessar as guerras até a extremidade da terra. Destroça o arco e retalha a lança; as carroças [de guerra] ele queima no fogo. ‘Cedei [Aquietai-vos], e sabei que eu sou Deus. Vou ser exaltado entre as nações, vou ser exaltado na terra.’ Jeová dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é para nós uma altura protetora.” — Salmo 46:8-11, NM; ALA; Números 16:1-35; 26:10, 11; 27:2, 3; Judas 11.
9. (a) O que temos de fazer agora, se Jeová há de ser refúgio para nós naquele tempo? (b) Para que acontecimento histórico aponta Hebreus 12:26-29 como lembrete, ao falar sobre a destruição de “céu” e “terra”?
9 Para encontrarmos então refúgio em Jeová Deus durante tal comoção que abalará o mundo será preciso que nos refugiemos Nele de antemão, desde já. Seu poder para abalar o “céu” e a “terra” até estarem destruídos foi demonstrado em 1513 A. E. C., quando fez o monte Sinai tremer, na ocasião em que deu seus Dez Mandamentos aos antigos filhos de Israel. (Êxodo 20:1-18) “Naquele tempo, a sua voz abalou a terra, mas agora ele tem prometido, dizendo: ‘Ainda mais uma vez porei em comoção não só a terra, mas também o céu.’ Ora, a expressão ‘ainda mais uma vez’ indica a remoção das coisas abaladas como coisas feitas, a fim de que permaneçam as coisas não abaladas. Em vista disso, sendo que [nós, os do Israel espiritual,] havemos de receber um reino que não pode ser abalado, continuemos a ter benignidade imerecida, por intermédio da qual podemos prestar a Deus serviço sagrado aceitável, com temor piedoso e com espanto reverente. Porque o nosso Deus é também um fogo consumidor.” — Hebreus 12:26-29; Ageu 2:6, 7.
10. (a) Naquele tempo de intenso abalo, o que permanecerá de pé, como expressão de quê? (b) Haverá alguma coisa que Satanás e seus demônios possam fazer para impedir a destruição dos “céu” e “terra” do atual sistema iníquo de coisas?
10 Que os artificiais “céus” e “terra” sejam abalados até serem completamente eliminados na destruição ardente durante a “presença do dia de Jeová”, mas o reino messiânico de Deus, nas mãos de seu Filho vitorioso em batalha, permanecerá de pé. Como expressão de sua inabalável Soberania Universal, ficará de pé para a vindicação eterna Dele como Soberano Senhor de todos. Satanás, o Diabo, “o governante deste mundo”, e todos os seus anjos demoníacos dominaram por muito tempo estes artificiais “céu” e “terra” do atual sistema iníquo de coisas. Mas, apesar de seu poder sobre-humano, não poderão impedir que os condenados “céu” e “terra” sejam abalados até caírem em pedaços e serem eliminados do universo. O “curto período de tempo”, em que essas “forças espirituais iníquas nos lugares celestiais” foram restritas aqui na vizinhança da terra, terá acabado. Logo após a vitória eterna de Jeová Deus, por meio de Jesus Cristo, no “grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon, Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos serão apanhados, acorrentados e lançados no abismo, longe da vizinhança desta terra. — Revelação 20:1-3.
11. Aperceber-se-ão as testemunhas sobreviventes de Jeová de que ocorreu o acorrentamento de Satanás e seus demônios?
11 Embora esse acorrentamento e lançamento, no abismo, de Satanás e seus anjos demoníacos seja invisível aos olhos das testemunhas sobreviventes de Jeová, e também silencioso para seus ouvidos naturais, sentirão os efeitos libertadores disso. Não mais acontecerá que ‘Satanás se interponha no nosso caminho’, ao procurarmos realizar a obra de reconstrução de Jeová na terra purificada, depois de serem encarceradas no abismo essas forças espirituais iníquas com as quais temos de lutar e combater agora com armas espirituais. (1 Tessalonicenses 2:18; Efésios 6:12-18) Tal luta e combate espiritual será coisa do passado para eles, durante o reinado milenar de Cristo. — Revelação 20:1-6; Romanos 16:20.
“NOVOS CÉUS E UMA NOVA TERRA”
12. Naquele tempo, que coisas preditas por Daniel e por Jesus Cristo serão profecia cumprida?
12 Quão bendito será aquele dia, o dia que todos aguardamos tão ansiosamente! Tudo será então profecia cumprida — aquela que o profeta Daniel predisse ao dizer: “E durante esse tempo pôr-se-á de pé Miguel [o glorificado Cristo], o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos de teu povo. E certamente virá a haver um tempo de aflição tal como nunca se fez ocorrer, desde que veio a haver nação até esse tempo.” E Jesus Cristo, citando essas palavras de Daniel, ao fazer a sua profecia sobre a “terminação do sistema de coisas”, acrescentou as palavras: “Não, nem tampouco ocorrerá de novo. De fato, se não se abreviassem aqueles dias, nenhuma carne seria salva; mas, por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados.” — Daniel 12:1; Mateus 24:3, 21, 22; Marcos 13:19, 20.
13. Que reconhecimento emocionante e que privilégio raro terão o restante e seus co-adoradores depois de terem atravessado aquela aflição mundial?
13 Qual a condição física e ambiental em que emergirão o restante fiel do Israel espiritual e a “grande multidão” de co-adoradores leais, da pior aflição mundial de toda a experiência humana, ainda resta a ver e ser apreciada. Mas, quão emocionante será então o reconhecimento de que a Nova Ordem justa de Deus por fim começou! Quão grande será o privilégio de presenciar na realidade aquilo que o idoso apóstolo João viu há muito tempo apenas em visão! “E eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não é.” (Revelação 21:1) Ter-se-á cumprido a profecia de Jeová que ofereceu tal esperança já lá nos dias antigos do profeta Isaías: “Eis que crio novos céus e uma nova terra; e não haverá recordação das coisas anteriores, nem subirão ao coração. Mas exultai e jubilai para todo o sempre naquilo que estou criando.” — Isaías 65:17, 18.
14. (a) No primeiro século, como ficaram os cristãos afetados pela promessa de “novos céus e uma nova terra”? (b) Por que têm as testemunhas cristãs de Jeová agora grandes expectativas com respeito a essa promessa?
14 Esta promessa do Deus que não mente foi trazida à atenção até mesmo dos cristãos do primeiro século. Adotando o ponto de vista de israelitas espirituais, fortaleciam-se na sua perseverança cristã por aguardarem que Deus cumprisse sua promessa preciosa. Em contraste com a descrição sóbria da dissolução ardente dos existentes “céus”, “elementos” e “a terra e as obras nela”, que acabava de escrever para os destinatários de sua carta, o apóstolo Pedro acrescentou as palavras animadoras: “Mas, há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (2 Pedro 3:13) Atualmente, as testemunhas cristãs de Jeová, deste século vinte, também aguardam os mesmos novos céus e nova terra. Mas, sabem que vivem nos últimos dias dos “céus e a terra que agora existem”. A geração que não havia de passar até que “todas estas coisas” preditas por Jesus Cristo ocorressem sobreviveu desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914 e viu praticamente “todas estas coisas” ocorrer. (Mateus 24:3, 34) Portanto, são elevadas as suas expectativas!
15. Em que atividade devemos todos estar plenamente ocupados?
15 As testemunhas cristãs de Jeová, ‘desta geração’, têm mais incentivo do que jamais antes para estarem plenamente ocupadas em “atos santos de conduta e em ações de devoção piedosa”, e para estarem bem atentas para terem “bem em mente a presença do dia de Jeová”, no qual a velha ordem injusta será dissolvida em destruição. (2 Pedro 3:11, 12) Este dia é inevitável. Terá de vir, a fim de abrir caminho para o cumprimento da áurea promessa de Deus, de “novos céus e uma nova terra”, em que há de morar a justiça. Aproxima-se o dia em que essas novas criações prometidas embelezarão o domínio que por tanto tempo foi maculado pela presença de céus e terra injustos da criação do Diabo. Quão agradável será então viver na terra!
16. (a) O que significará o reino messiânico, celestial, para os habitantes da terra? (b) Que expressão será da parte de Jeová para com a humanidade?
16 O reinado do Senhor Jesus Cristo com sua glorificada “noiva” congregacional introduzirá uma era ininterrupta de governo justo, paz e felicidade para os habitantes da terra. Este messiânico reino celestial substituirá o impiedoso e mau governo sobre a humanidade exercido por diabos e homens, durante os últimos seis mil anos. Esse governo messiânico ocupará o lugar dos velhos “céus” iníquos. Será uma expressão do infinito amor de Jeová Deus pelo homem que foi criado como “filho de Deus”, à própria imagem e semelhança de Deus. (Gênesis 1:26-28; Lucas 3:38) Jeová Deus amou tanto o mundo da humanidade, que proveu, com grande custo para si mesmo, seu amado Filho unigênito para ser o Rei desse governo messiânico. — João 3:16.
17. Que perspectiva se apresentará aos sobreviventes do Har-Magedon, e que condição usufruem na realidade desde já?
17 Tendo passado a “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso” e sido feito o encarceramento das “forças espirituais iníquas” de Satanás e seus demônios no abismo, os sobreviventes favorecidos, na terra, encher-se-ão de júbilo de todo o coração ao se darem conta de que os há muito aguardados “novos céus” da criação de Deus deveras os governam. Olhando para a terra purificada que se estenderá diante deles, encher-se-ão dum espírito pioneiro. Haverá um milênio de trabalho a fazer em toda a terra! Diante de seus olhos surgirá a perspectiva dum paraíso global. Já usufruem o paraíso espiritual pelo espírito e favor de Deus. Como que numa arca de sobrevivência, foram preservados neste paraíso espiritual durante o grande cataclismo que dissolveu o velho sistema em destruição. Este é o motivo de a “nova terra” prometida começar com eles. Quanta alegria haverá, pois eles mesmos serão o núcleo da “nova terra”, a nova sociedade humana, o novo mundo de pessoas piedosas!
18. Este é o tempo para o cumprimento de que promessa preciosa registrada em Revelação 21:3, 4?
18 Ali começará a cumprir-se o que o apóstolo João ouviu anunciado desde o céu: “Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.” — Revelação 21:3, 4.
O CASAMENTO DO RESTANTE NUPCIAL COM O NOIVO
19. (a) Por que não permanecerá indefinidamente aqui na terra o restante sobrevivente dos israelitas espirituais? (b) O que significará para eles obterem a vida celestial?
19 Os sobreviventes do restante dos israelitas espirituais exultarão e jubilarão grandemente ao verem tal começo feliz na terra purificada. Serão instrumentos nas mãos de Deus para pôr a “nova terra” em operação em harmonia com o governo dos “novos céus”. Mas, a sua derradeira esperança não é terrena; antes, é celestial. Os do restante gerado pelo espírito esperam que, no tempo devido, o Noivo celestial, Jesus Cristo, os leve para a casa de seu Pai celestial, para completarem sua congregação-noiva e assim formarem a parte final da “cidade santa, a Nova Jerusalém”. (Revelação 21:2, 9, 10; 20:4, 6; João 14:2, 3; 17:24) Dar-se-á então sua separação da associação pessoal com a “nova terra” e eles serão unidos em casamento celestial com seu amado Noivo, junto com os outros da congregação-noiva dele. Assim serão parte dos “novos céus” no seu devido lugar. — Efésios 5:25-27.
20. (a) Desde o ano de 1935, por que motivo tem a “grande multidão” dado ajuda amorosa aos da prospectiva classe da noiva? (b) Que lugar no Seu domínio real ocupará a “grande multidão”?
20 A “grande multidão” de co-adoradores no templo espiritual de Deus alegrar-se-á com a união marital do restante ungido do Israel espiritual, com quem sobreviveram à “presença do dia de Jeová”. Durante todo esse tempo de associação pessoal com o restante nupcial, desde 1935 E. C., assistiram a prospectiva classe da noiva quais damas de honra. Fizeram isso em lealdade amorosa ao Rei-Noivo. Não sendo membros desta classe da noiva, não serão levados para o céu. Todavia, são incluídos no domínio do Rei-Noivo, para usufruírem seu reinado de mil anos. Serão preservados junto com o restante da classe da noiva durante a “grande tribulação” e sairão dela para a parte terrena do domínio real dele, sendo que esta parte terrena necessariamente inclui o território do antigo Israel, onde costumava reinar o famoso antepassado do Rei, o Rei Davi. — Salmo 72:6, 7; Lucas 1:31-33.
21. (a) Portanto, que quer dizer o Rei quando lhes diz, conforme registrado em Mateus 25:34: “Herdai o reino . . .”? (b) De que modo são apropriadamente descritos no Salmo 45:14, 15?
21 Quando o Rei-Noivo cumprir a parábola das ovelhas e dos cabritos, será a parte terrena de seu domínio real que ele terá em mente ao dizer àqueles que são semelhantes a ovelhas, à sua mão direita: “Vinde, vós os que tendes sido abençoados por meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo.” (Mateus 25:31-34, NM ingl. 1971) Acolher ele cordialmente essas pessoas semelhantes a ovelhas, que fazem o bem e que foram quais damas de honra atentas para a classe da noiva dele, corresponderá ao que se diz a respeito de damas de honra virgens no Salmo 45:14, 15: “As virgens no seu séquito, como suas companheiras, são levadas para dentro a ti [o Rei-Noivo]. Serão levadas com alegria e júbilo; entrarão no palácio do rei.” Não terá sido em vão servirem quais damas de honra atentas à classe da noiva de Cristo. Terão a recompensa muito feliz de serem designados para o paraíso terrestre do seu domínio real. Ali, em altruísmo amoroso, alegrar-se-ão com o casamento celestial de seu Rei celestial com a sua congregação-noiva, cujo último restante conheceram pessoalmente e a quem fizeram o bem, por causa do Noivo.
22. Conforme indicado no Salmo 45:16, que privilégios se apresentarão aos súditos terrestres do Rei Jesus Cristo?
22 O que aumentará sua alegria na terra serão os privilégios especiais de serviço, concedidos à “grande multidão” de súditos semelhantes a ovelhas do Rei-Noivo, Jesus Cristo. A tais privilégios notáveis de serviço terreno se faz alusão no próximo versículo do Salmo 45, dirigido ao Rei-Noivo, a cujo palácio as damas de honra são levadas. Este Sal. 45 versículo (16) diz a ele: “Em lugar de teus antepassados virá a haver teus filhos, os quais designarás para príncipes em toda a terra.”
23. Embora a associação do nome de Jesus com o de seus ilustres antepassados lhe dê alguma glória, o que terão eles de tornar-se para fazerem uma contribuição viva para o reinado dele?
23 O casado Senhor Jesus Cristo não precisará recorrer estritamente aos seus ilustres antepassados na sua linhagem terrestre, com o fim de dar grande respeitabilidade e dignidade ao seu papel ativo de Rei messiânico. (Mateus 1:1-17; Lucas 3:23-38) Ser ele chamado “Filho de Davi” dá-lhe glória. Ser chamado “filho de Abraão”, aquele patriarca de cujos lombos Deus prometeu que procederiam reis, também dá fama ao nome do Rei-Noivo. (Gênesis 17:6, 15, 16) Mas, estes amplamente conhecidos antepassados, iguais a outros homens de fé e devoção a Jeová Deus, já morreram há muito tempo, e, nesta condição, não podem fazer nenhuma contribuição viva para a glória do reinado milenar. Aqueles que poderão fazer isso serão, portanto, filhos vivos, sim, seus filhos no domínio terrestre.
24. (a) Como cumprirá Jesus seu título de “Pai Eterno”? (b) Quais serão os primeiros a se tornarem seus filhos e filhas terrestres?
24 Filhos terrestres? Sim! Pois, entre os grandiosos títulos que lhe foram preditos em Isaías 9:6, o título de Pai Eterno não é mero título honorífico, apenas concedido em homenagem, mas não lhe atribuindo os deveres de tal cargo. Ele realmente cumprirá este título por tornar-se pai de filhos que viverão eternamente. Os primeiros a se tornarem seus filhos e filhas terrestres serão os membros da “grande multidão” daqueles que dirão, depois de saírem da “grande tribulação”: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.” (Revelação 7:9, 10, 14) Atribuirão sua salvação a Jeová Deus, por intermédio de seu Cordeiro, Jesus Cristo.
“PRÍNCIPES EM TODA A TERRA”
25. Entre os sobreviventes do Har-Magedon haverá que homens qualificados, aos quais o Rei poderá escolher como “príncipes em toda a terra”, e que experiência já possuirão?
25 Por serem sobreviventes, na terra, da aflição mundial em que se destruirá o “mundo de pessoas ímpias”, estarão presentes e imediatamente disponíveis para o reinante Pai Eterno escolher dentre eles homens qualificados, seus “filhos”, a fim de serem designados para “príncipes em toda a terra”. Mesmo já hoje, nas dezenas de milhares de congregações das testemunhas cristãs de Jeová, há milhares de homens dedicados e batizados, teocraticamente designados para o cargo de anciãos oficiais. Servem quais “superintendentes” e fazem serviço pastoral nas congregações das quais são membros. (Atos 20:17-28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9; 1 Pedro 5:1-4) Tomam também a dianteira na obra predita por Jesus Cristo para esta “terminação do sistema de coisas”, a saber: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” (Mateus 24:14) Esforçam-se assim em cumprir com sua responsabilidade perante o reino messiânico, celestial, estabelecido no fim dos Tempos dos Gentios em 1914.
26. Que papel já desempenham esses anciãos congregacionais, conforme predito em Isaías 32:1, 2?
26 Esses anciãos ou superintendentes congregacionais cumprem fielmente o quadro profético dos “príncipes” descritos em Isaías 32:1, 2: “Eis que um rei reinará para a própria justiça; e quanto a príncipes, governarão como príncipes para o próprio juízo. E cada um deles terá de mostrar ser como abrigo contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como correntes de água numa terra árida, como a sombra dum pesado rochedo numa terra esgotada.” De modo que não são “príncipes” religiosos, opressivos, tais como os das seitas religiosas da cristandade, que são chamados de “Príncipes da Igreja”. Antes, cada um destes anciãos congregacionais procura dar alívio, revigoramento, aos membros de sua congregação. Cuida-se de servir apenas como faziam os anciãos principescos no antigo Israel, “para o próprio juízo”. Copia assim seu Rei celestial, que reina “para a própria justiça”. — Lucas 22:25-27.
27, 28. (a) Serão os anciãos dispensados de seu cargo teocrático por causa da “grande tribulação”? (b) Portanto, para que serviço estarão à disposição, sujeitos à vontade do Rei celestial, Jesus Cristo?
27 Ao passo que a “nova terra”, a sociedade humana organizada sob o reino dos “novos céus”, passar a funcionar, terá necessidade de superintendentes, supervisores, inspetores de comunidades e operações. Os anciãos que sobreviverem à “grande tribulação” e formarem parte da “nova terra” terão adquirido bastante experiência pelos serviços que prestam agora nas congregações das testemunhas cristãs de Jeová. A “grande tribulação” não os exonerará ou dispensará do cargo teocrático de anciãos e superintendentes entre os membros das congregações que sobreviverem com eles para a Nova Ordem justa de Deus. Poderão logo continuar neste cargo, se for da vontade do Rei celestial, Jesus Cristo.
28 De qualquer modo, os anciãos e superintendentes experientes estarão disponíveis para serem designados pelo Rei messiânico para “príncipes em toda a terra”, logo desde o começo do seu reinado milenar. Que privilégio será para eles serem na terra representantes principescos, visíveis, do Reino milenar!
29, 30. (a) Ao voltarem dos mortos, por meio da ressurreição, quem mais, sem dúvida, estará incluído entre os “príncipes em toda a terra”? (b) Por que não se deve esperar que tenham grande dificuldade em ajustar-se às novas condições na terra?
29 Todos os sobreviventes da “grande tribulação” aguardarão ansiosamente o começo da ressurreição dos mortos humanos, resgatados. Aguardarão aquela “hora” em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz do glorificado Filho do homem, Jesus, e todos os que a ouvirem sairão numa ressurreição para oportunidades que oferecerão a vida, sob o Reino milenar. (João 5:28, 29; 11:25, 26; Atos 24:15; 1 Timóteo 2:5, 6) Aguardarão em especial a ressurreição dos “antepassados” fiéis do Rei-Noivo. Como aclamarão o restabelecimento à vida, na terra, de Enoque, Noé, Sem, Abraão, Isaque, Jacó, Boaz, Davi, Ezequias e Josias! Serão elementos excelentes para o serviço designado de “príncipes em toda a terra”. Estando novamente na terra dos viventes e tendo então serviço principesco, aumentarão ainda mais a honra do Rei messiânico, cujos antepassados terrestres tiveram o privilégio de ser.
30 Também, que dizer de todos os outros profetas e exemplos de fé, tais como Abel, Jó, Moisés, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e outros, até João Batista, precursor terrestre e “amigo do noivo”, Jesus Cristo? À luz do testemunho bíblico, favorável, a respeito desses homens, mostraram-se dignos de serem designados para “príncipes em toda a terra” por aquele cuja vinda como Messias aguardavam, sendo que muitos deles a predisseram. Esses homens capazes, sem muita dificuldade e com a ajuda do espírito santo de Deus, deverão poder adaptar-se às novas circunstâncias na terra, durante o sétimo milênio da existência do homem na terra. As credenciais bíblicas estão todas a favor de serem honrados com o serviço de “príncipes em toda a terra”. Os anciãos e superintendentes congregacionais, que sobreviverem à “grande tribulação”, poderão ajudar a todos estes a pô-los em dia.
31. (a) A quem representarão os “príncipes” ao executarem seu trabalho? (b) Por que se realizará então uma enorme obra educativa?
31 A existência de “príncipes em toda a terra”, que governarão “para o próprio juízo” assegura que na “nova terra” morará realmente a justiça, para todo o sempre. Com os “novos céus” messiânicos lá em cima e com tais “príncipes” servindo quais representantes visíveis daqueles “novos céus”, o trabalho do embelezamento da terra prosseguirá, para ela se tornar o lar paradísico, eterno, da humanidade. Os bilhões de mortos ressuscitados participarão em assim revestirem toda a terra com a glória do Paraíso. (Lucas 23:43) A obra educativa, mundial, virá a ser cada vez mais ampla, ao passo que geração após geração de humanos falecidos voltarem dos túmulos memoriais. Será preciso mostrar-lhes que a Bíblia Sagrada é a história verídica dos tratos de Deus com a humanidade e que todas as profecias bíblicas se cumpriram e ainda se cumprem. Terão de ser informados sobre o conteúdo dos “rolos” de instruções divinas que então serão abertos. — Revelação 20:12.
32. (a) Que perspectivas felizes se apresentam às Testemunhas de Jeová que participam agora zelosamente na obra educativa, bíblica? (b) De que modo mostrará o Pai Eterno Jesus Cristo ser “espírito vivificante”?
32 Deveras, felizes são as perspectivas de todas as testemunhas dedicadas e batizadas de Jeová, que hoje se empenham zelosamente na obra educativa, bíblica, em toda a terra habitada. Esta é uma obra vitalizadora que habilitará inúmeras pessoas a escapar da execução destrutiva dos julgamentos de Deus na iminente “grande tribulação”. É uma obra que as prepara e equipa para a obra educativa muito mais ampla para com todos os mortos humanos resgatados, que o Rei reinante, Jesus Cristo, chamará para fora, para se tornar seu Pai Eterno. É a ele que se aplica 1 Coríntios 15:45: “O último Adão tornou-se espírito vivificante.” Como tal, ele lhes dará a vida, não só por dar-lhes um novo começo na vida pela ressurreição deles, mas por educá-los para a vida durante seu reinado milenar.
33. (a) Quando serão todos os obedientes na terra recompensados com a vida eterna? (b) Como terá então realizado com bom êxito a “administração” de Jeová, mencionada em Efésios 1:9, 10, o grandioso propósito dele?
33 No fim de seu reinado vitalizador, todos os dóceis e obedientes terão atingido a gloriosa condição de perfeição humana tal como o primeiro Adão teve no paraíso original, no Jardim do Éden. Daí, se eles, na prova decisiva, mostrarem ser leais ao seu Pai Celestial como Soberano Universal, terão por recompensa a vida eterna. A terra, então revestida em todas as partes com beleza paradísica, estará novamente em união com os santos céus. O programa da “administração” de Jeová terá sido cumprido para a realização bem sucedida de seu grandioso propósito. “Todas as coisas”, sem exceção, “as coisas nos céus e as coisas na terra”, terão sido ajuntadas novamente “no Cristo”, naquele a quem Jeová Deus fez Cabeça de sua organização capital, seu Filho Jesus Cristo. O homem, na terra, usufruindo tanto um paraíso espiritual como um paraíso edênico, será novamente parte da organização universal de Jeová. Entre todas as suas criaturas, no céu e na terra, reinarão união e paz. (Efésios 1:9, 10) Os animais terrestres estarão sujeitos ao homem.
O QUE DEVEMOS FAZER AGORA?
34. Em que precisamos manter firmemente fixos nossos olhos da fé, e por que podemos confiar no seu cumprimento?
34 A visão do futuro, que a Palavra certa de Deus apresenta aos nossos olhos de fé, é magnífica! O que se deve fazer, então, é não perdê-la de vista. Não devemos deixar nossos olhos desviar-se dela. Não se trata de alucinação, miragem ou devaneio. Endossadas pelo próprio nome de Deus, as grandiosas coisas por vir — em breve — são plenamente garantidas nas profecias de Sua Palavra indestrutível. Com tanta certeza como avança o tempo, nós avançamos em direção delas. São o alvo posto perante nós pelo Deus que é “o recompensador dos que seriamente o buscam”. (Hebreus 11:6) Se nos apegarmos à nossa fé e agirmos em harmonia com ela, nada nos impedirá de ganharmos o prêmio que Deus oferece e nos promete.
35. Eliminará a destruição de Babilônia, a Grande, todos os obstáculos de nosso caminho, ou qual será a situação?
35 Os que pretendem impedir-nos certamente surgirão no nosso caminho à frente. Apesar de o dia e a hora do irrompimento da “grande tribulação” não nos terem sido revelados, foram marcados por Deus e não demorarão. (Habacuque 2:3) A “grande tribulação” é do propósito declarado de Deus e virá forçosamente. Tenhamos em mente que a destruição da religiosa Babilônia, a Grande, na primeira parte da tribulação, não limpará completamente o caminho para nós. Apenas deixa os últimos obstrutores remanescentes livres para darem atenção indivisa a impedir que alcancemos o alvo ordenado por Deus. O que faremos então?
36. A situação crítica que então existirá nos fará lembrar de que situação histórica?
36 A situação decisiva que se apresentará então diante de nós suscitará a lembrança dos israelitas aparentemente encurralados no lado egípcio do Mar Vermelho pouco depois da Páscoa de 1513 A. E. C. Diante deles, o mar impedia-lhes a passagem direta para o Monte de Deus, o monte Sinai, na península arábica. Seu acampamento junto ao mar estava ameaçado pela retaguarda. Os egípcios avançavam! Sob a chefia do Faraó régio do Egito, os carros de guerra e os cavalarianos avançavam contra o acampamento israelita. Quanto ia ainda demorar até que as forças militares do Faraó os alcançassem? As coisas pareciam realmente alarmantes! O que deviam fazer? Em tal situação, elevaram-se clamores a Deus, cuja liderança deles para tal situação perigosa eles não podiam entender.
37. Confrontados com essa situação alarmante, que coisa aparentemente impossível os mandou Deus fazer?
37 Que ordem ouviram então? Era incrível, impossível segundo a aparência das coisas! A ordem divina era levantarem o acampamento, não numa debandada em pânico diante do avanço do inimigo, mas para marcharem para longe dele. Isto queria dizer entrar no mar! Era isso mesmo: Avançar! “O Eterno disse a Moisés: ‘Por que clamas a mim? Dize aos israelitas que avancem. E, quanto a ti, ergue teu bastão e estende a mão sobre o mar; parte-o em dois, para que os israelitas possam marchar em solo seco através do mar. Vou tornar os egípcios tão obstinados, que eles entrarão atrás deles, e eu obterei honra de Faraó e de todo o seu exército, seus carros e sua cavalaria — para ensinar aos egípcios que eu sou o Eterno, quando obtiver honra de Faraó, e de seus carros, e de sua cavalaria.’” — Êxodo 14:15-18, Moffatt, em inglês; ALA; PIB; CBC; MC.
38. (a) Como foi o inimigo apanhado numa armadilha e completamente destruído? (b) Para o que tinham então os israelitas bons motivos?
38 Seu povo ameaçado avançou através do corredor que o Deus Todo-poderoso abriu milagrosamente no Mar Vermelho, depois de eles levantarem acampamento. Marcharam diretamente para as margens da península sinaítica. O corredor de escape foi convidativamente deixado aberto. Os egípcios, temporariamente impedidos de atacarem o acampamento dos israelitas, reiniciaram então seu avanço furioso. Entraram e galoparam para dentro do corredor beirado pela água, em ferrenha perseguição. Por fim, todos estavam dentro do corredor. Daí, dificuldades com os carros impedem o avanço. Portanto — era preciso recuar diante do Deus dos israelitas, que luta por eles! Mas, era tarde demais. A um sinal de Moisés, com sua vara de profeta, fechou-se a armadilha. As águas do mar partido fecharam-se velozmente. As forças militares de Faraó foram afogadas. Os cadáveres deles foram levados até às margens da península sinaítica. Era hora de cantar e dançar, para os israelitas, em vista da libertação pela mão de Jeová. — Êxodo 14:19 a 15:21.
39. (a) Para a instrução de quem foram registradas essas coisas na Bíblia? (b) Quando confrontados com o ataque total de Satanás, o Diabo, e suas hordas internacionais, a que determinação teremos de apegar-nos?
39 Essas coisas, registradas de antemão, foram escritas para nossa instrução no mais crítico dos tempos. (Romanos 15:4) O futuro ataque dos dez chifres simbólicos e da fera cor de escarlate, então sem cavaleira, constituirá uma grande ameaça para a nossa existência e para nosso paraíso espiritual, depois de eles terem, com ódio, eliminado o babilônico império mundial da religião falsa. (Revelação 17:14) O ataque total do simbólico Gogue da terra de Magogue (Satanás, o Diabo) e de suas hostes internacionais será dirigido contra nossas relações restabelecidas com Jeová Deus e nossa posição intransigente a favor de Sua soberania universal e de Seu reino messiânico. (Ezequiel 38:10-17) O ódio às testemunhas cristãs de Jeová por parte de todas as nações não-religiosas atingirá então sua maior intensidade. O que deveremos fazer então? — perder a esperança? De modo algum! Nossa determinação, já agora tomada para aquela situação extrema, será a de nos apegarmos ao proceder que levará à vindicação de Jeová como Soberano Universal!
40. Em nosso caso, o que significará a ordem de avançarmos unidamente?
40 Embora pareça exigir o impossível, a ordem do Soberano Senhor Jeová, por meio de seu Moisés Maior, Jesus Cristo, ressoará alto e claro nos nossos ouvidos: ‘Avancem! Marchem unidos para a frente!’ Isto significará: Continue a fazer a vontade de Jeová Deus, como governante, em vez de obedecer a homens. Continue a ser discípulo daquele a quem Ele ungiu para ser Rei messiânico sobre a humanidade durante os mil anos futuros! Portanto, avance com os olhos fixos no alvo. Este ainda está à frente. Avançarmos sem nos desviar nos levará triunfantemente a ele. (Hebreus 10:39) Tente o inimigo o que quiser para nos arrastar de volta à escravidão a este mundo ímpio, ele fracassará. O Deus Todo-poderoso abrirá para nós o corredor de escape para as margens da liberdade. O inimigo, persistindo na perseguição vingativa dos adoradores marchantes do Soberano Senhor Jeová, entrará na armadilha da destruição.
41. Que privilégio, nunca mais a ser repetido, será o quinhão de todos os então vivos?
41 Será glorioso quando pudermos imitar o profeta Moisés e os israelitas depois de sua libertação no Mar Vermelho e entoar nosso próprio cântico, relatando as façanhas da “pessoa varonil de guerra”, Jeová, no Har-Magedon, culminando o cântico de celebração por dizer: “Jeová reinará por tempo indefinido, para todo o sempre.” (Êxodo 15:1-18) Sem dúvida, tanto o céu como os espectadores, sobreviventes na terra, da vitória culminante de Jeová entoarão unidamente os louvores do então indisputado Rei de todo o universo. Que privilégio nunca mais a ser repetido será estarmos entre esses cantores da vitória!
42, 43. (a) Como se ajustam as palavras do Salmo 66:10-12 às experiências daqueles que, como testemunhas cristãs de Jeová, passaram vivos através dos eventos desde 1914 E. C.? (b) Não importa quais as situações perigosas à frente do restante do Israel espiritual, que grande garantia têm em Isaías 43?
42 Logo à nossa frente está uma aflição mundial sem precedentes, mas enfrentamo-la intrépidos. Nós, os mais antigos ‘desta geração’, que passamos por duas guerras mundiais desde 1914 E. C. e também sofremos a perseguição religiosa movida às testemunhas cristãs de Jeová que assinalou todos os anos desde 1914, podemos deveras dizer junto com o salmista da antiguidade: “Tu nos examinaste, ó Deus; tu nos refinaste assim como se refina a prata. Tu nos fizeste entrar numa rede de caça; fizeste pressão sobre os nossos quadris. Fizeste o homem mortal para cavalgar sobre a nossa cabeça; viemos através de fogo e através de água, e tu passaste a fazer-nos sair para alívio.” (Salmo 66:10-12) Talvez ainda tenhamos de passar “através de fogo e através de água” no meio da mais severa aflição mundial ainda à frente. Mas o restante ungido do Israel espiritual tem esta grandiosa garantia da parte de Jeová Deus:
43 “E agora, assim disse Jeová, teu Criador, ó Jacó, e teu Formador, ó Israel: ‘Não tenhas medo, porque eu te resgatei. Eu te chamei pelo teu nome. Tu és meu. Se passares pelas águas, vou estar contigo; e pelos rios, eles não passarão por cima de ti. Se andares através do fogo, não ficarás chamuscado, nem te crestará a própria chama. Porque eu sou Jeová, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador. . . . ‘Vós sois as minhas testemunhas’, é a pronunciação de Jeová, ‘sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo.’” — Isaías 43:1-3, 10.
44. Não importa o que o futuro reserve, o que exorta Sofonias 3:16, 17, que os servos de Jeová devem fazer, e com que confiança?
44 Portanto, mesmo que as testemunhas cristãs de Jeová ainda tenham de passar por aquilo que corresponde a fogo e água, ele estará com elas. Mostrará ser o mesmo Deus de libertação. Não há motivo para afrouxarmos agora a mão e o passo no serviço como suas testemunhas do Reino. O temor do futuro imediato na terra não nos deve amedrontar e paralisar. Ele está satisfeito com o que temos feito no serviço do seu Reino até agora, motivo pelo qual nos abençoou maravilhosamente. Foi por nossa causa que se escreveram as palavras proféticas que têm agora aplicação a nós: “Naquele dia se dirá a Jerusalém: ‘Não tenhas medo, ó Sião. Não se abaixem as tuas mãos. Jeová, teu Deus, está no teu meio. Sendo Poderoso, ele salvará. Exultará sobre ti com alegria. Ficará calado [quieto; sossegado; satisfeito] no seu amor. Rejubilará sobre ti com clamores felizes.’” — Sofonias 3:16, 17.
45. Portanto, em que obra devemos corajosamente empenhar nossas mãos?
45 Continuemos a dar ao Deus vivente da “Jerusalém celestial” grande motivo para se sentir feliz e alegre conosco. Portanto, que nossas mãos, que estiveram tão ativas até agora em ministrar a Jeová Deus no seu templo espiritual — que elas não se abaixem nem afrouxem agora. Usemo-las corajosamente na obra salvadora de vidas que ainda resta a fazer antes de a atual aflição mundial atingir seu clímax na “grande tribulação”.
46. (a) Por quanto tempo se pregarão “estas boas novas do reino”? (b) A quem se darão todos os agradecimentos pela salvação da humanidade obediente da aflição mundial?
46 “Estas boas novas do reino” foram preditas por Jesus Cristo como sendo pregadas até vir o fim deste sistema de coisas. (Mateus 24:14) A nós, discípulos fiéis e obedientes, não se oferece outro proceder senão o de continuarmos pregando mundialmente até que os “novos céus” do reino não sejam mais apenas “boas novas”, mas, para a nossa grande alegria, gloriosa realidade, junto com a “nova terra”, a nova sociedade humana que encherá o Paraíso restabelecido com justiça. Então se darão todas as graças ao Deus de coração tenro, Jeová, que salva a humanidade obediente da aflição mundial para a sua pacífica “nova terra”.