Fracasso dos Planos Humanos Enquanto o Propósito de Deus É bem Sucedido
1. Em vista de que proceder do homem precisa Deus cumprir seu propósito dentro em breve?
É CONSOLADOR saber que, embora os planos humanos para a humanidade falhem, o propósito do Criador amoroso é bem sucedido. O fracasso dos planos humanos causa a todos nós dificuldades e preocupações. Mas a fé em Deus fortalece-nos para olharmos para a frente, para nosso usufruto do bem eterno que resulta do bom êxito seguro de Seu propósito. Ele nunca precisa aprender de coisas tais como erros anteriores, pois não comete nenhuns. Os homens deviam aprender dos erros humanos passados, mas têm a fraqueza de repetir os mesmos erros. Segue-se o fracasso. De modo que o Deus inerrante precisa cumprir seu propósito — dentro em breve!
2. Como fracassaram os planos feitos para o nosso século vinte, e que perguntas surgiram a respeito do resultado da introdução duma guerra atômica?
2 Os planos grandiosos que os planejadores do século dezenove fizeram para nosso século vinte acabaram fracassando. A Primeira Guerra Mundial os estourou como se fossem uma bolha de sabão multicolorida que se desfaz. O plano da Liga das Nações não consertou as coisas. Logo tornou-se evidente que os planejadores mundiais nada aprenderam da experiência do colapso da Liga das Nações. O futuro apresentou-lhes um novo desafio quando duas bombas atômicas foram lançadas no Extremo Oriente, introduzindo a guerra atômica. Todos nós nos confrontávamos então com algo deveras sério. Que medidas protetoras providenciariam os homens responsáveis pelo planejamento mundial? Algo que a experiência garantisse ser certamente bem sucedido? Algo que expressasse uma sabedoria superior à do homem mortal?
3. Que espécie de sociedade são as Nações Unidas, e como afetaram a situação dos assuntos mundiais?
3 Não, a nação que explodiu as bombas atômicas tomou a dianteira em arranjar com seus aliados na guerra outra sociedade de nações. Apenas outra liga política com um novo vestido e nova maquilagem, sob um novo nome, o de organização das Nações Unidas. Ela tem sua Declaração dos Direitos Humanos. Tem sua Corte Internacional de Justiça. Tem sua força policial, que fez vigorar o cessar-fogo ao longo do Canal de Suez. Tem a sua Assembléia Geral e seu Conselho de Segurança, como grupos de planejamento para os atuais 135 membros das Nações Unidas. Admite-se que serviu como válvula de segurança para uma explosiva situação mundial, mas, apesar disso, a situação mundial dos assuntos continua explosiva. As Nações Unidas, embora organizadas para a paz e segurança mundiais, não impediram o desenvolvimento da bomba nuclear e dos mísseis balísticos intercontinentais, com ogivas de bombas nucleares de poderio devastador.
4. Até que ponto pôde a organização das Nações Unidas agir a respeito das condições calamitosas e como se evidencia que se desvanece a confiança nela?
4 Nas Nações Unidas temos outro caso de planejamento internacional em escala mundial, mas por um número maior de participantes do que jamais antes. No entanto, será que tal planejamento mundial, geral, por homens mortais mostra ser bem sucedido ou oferece esperança de bom êxito? As Nações Unidas investigam e publicam dados sobre a mortífera poluição do ar, do mar e da terra. Também sobre a difusão de moléstias e epidemias mortíferas. Sim, sobre fomes e secas. Elas mesmas, porém, mostram-se incapazes de lidar com a piora da situação. Tomam nota das Organizações de Tratados regionais dos blocos políticos comunistas e anticomunistas, fora das Nações Unidas, mas não podem interferir nestes grupos internacionais. Por isso, a confiança humana nas Nações Unidas enfraquece e os governantes políticos continuam a depender de suas alianças regionais e dos fortes depósitos militares como os melhores impedimentos para uma Guerra Mundial Nuclear. As promessas dos políticos, de lançar o alicerce para uma “geração de paz”, parecem fúteis!
5. Visto que a situação mundial não melhora depois de todo o planejamento humano, que perguntas se fazem?
5 As pessoas sofrem perigo não só das complicações internacionais. São também afligidas por problemas e dificuldades domésticas, por distúrbios e anarquia, e pela dificuldade da vida nos seus próprios países. Qual é a causa? Por que será que, com todo o planejamento febril e intensivo, e com medidas preventivas, a situação mundial não melhora? A quem cabe a culpa? O que está errado em todo este planejamento humano? O que foi deixado fora de cogitação? As pessoas sinceras gostariam de saber isso.
O CONSELHO DESCONSIDERADO
6, 7. (a) O que foi desconsiderado em todo esse planejamento nacional e internacional? (b) O que deixaram de fazer os planejadores, depois de realizarem reuniões abertas com orações?
6 Em todos os casos já mencionados de planejamento nacional e internacional notamos que se desconsidera o Criador dos céus, da terra e do mar, não se fazendo caso de Seu conselho.
7 Ora, os planejadores talvez afirmem pertencer às diversas seitas religiosas da cristandade, ou ao judaísmo, ao budismo, ao islamismo, ao hinduísmo ou a outros grupos religiosos. Talvez façam com que suas reuniões políticas e sociais para deliberar sobre os problemas sejam iniciadas com uma oração feita por um clérigo. Contudo, deixam-se depois orientar pelo conselho dado pelo Criador do homem? Recorrem à Palavra escrita dele, onde se pode ler claramente seu conselho? Daí, deixam-se orientar por tal conselho? Neste ponto poderia surgir uma controvérsia. Os planejadores não estão todos de acordo quanto a qual é a Palavra escrita do Criador, porque têm livros sagrados diferentes que consideram santos, que são a base de sua crença religiosa. Mas o verdadeiro Criador do céu e da terra é Aquele que fez o homem e o colocou na terra, e que disse ao homem o que devia fazer aqui. Este Criador predisse também com exatidão a angústia das nações com perplexidade nos nossos dias.
8. Qual é o livro que os planejadores mundanos não consideram nem seguem, e quem fez esse livro?
8 O Criador do homem é também o Criador desta Palavra escrita, de seu Livro inspirado. Este Livro é a Bíblia Sagrada, escrita pela mão de homens fiéis, que o Criador inspirou para que escrevessem. As sociedades bíblicas divulgaram este Livro inspirado em toda a terra, em centenas de línguas. De modo que não é um livro desconhecido e inacessível. Sua própria sentença inicial diz: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” O primeiro capítulo da Bíblia Sagrada descreve também a criação da humanidade, tanto do homem como da mulher. (Gênesis 1:26-31) Este é o Livro que não é consultado nem seguido pelos planejadores mundiais da sociedade humana.
9. Que antiga declaração bíblica a respeito dos planos humanos ainda permanece incontestável, conforme ilustrada por que potências mundiais?
9 Uma observação sábia feita há três mil anos atrás e registrada na Bíblia Sagrada permanece incontestável até hoje. Está registrada em Provérbios 19:21, e, segundo a tradução inglesa da Bíblia de Jerusalém deste provérbio da língua hebraica, reza: “Planos multiplicam-se no coração humano, mas o propósito de Iavé permanece firme.” (Veja também as versões da liga de Estudos Bíblicos e da Brasileira.) O nome Iavé ou Javé aqui é a pronúncia do nome divino preferida por alguns à pronúncia Jeová. Os planos, esquemas e desígnios humanos multiplicaram-se durante os últimos séculos e milênios, mas foram bem sucedidos em manter-se firmes e em produzir ganhos e controles permanentes? Onde estão hoje os famosos impérios políticos que antigamente exerciam controle amplo, especialmente as sete potências mundiais da história e profecia bíblicas? Onde está a antiga Potência Mundial Egípcia, também a Assíria, a Babilônica, a Medo-Persa, a Grega, a Romana, a Anglo-Americana? Onde está o incomparável Império Britânico, que antigamente abrangia um quarto da superfície da terra e uma quarta parte de sua população? A glória deles se desvaneceu.
10, 11. (a) O que indica que o propósito de Jeová a respeito de seu reino prossegue com brilhante bom êxito? (b) O que mostra que o aumento da cristandade não se deve à pregação do reino de Deus?
10 No entanto, que dizer do conselho de Jeová ou do “propósito de Iavé”? Ainda permanece firme, imutável. Continua a prevalecer e a prosseguir com bom êxito brilhante. O reino de Deus continua a ser pregado mundialmente, sendo que esta proclamação ultrapassa a tudo o que já se conheceu até agora na história religiosa.
11 Com a expressão “o reino de Deus” não nos referimos à organização religiosa da cristandade. Pela primeira vez na história, o rol de membros religiosos da cristandade ultrapassou o marco de um bilhão, dando-se o último cálculo publicado de seu rol de membros como sendo de 1.024.106.500. (Veja The World Almanac, 1974, página 342.) Mas este crescimento não foi alcançado pela pregação do reino de Deus. Foram as igrejas da cristandade que declararam que a Liga das Nações era “a expressão política do Reino de Deus na terra”. Portanto, enquanto aquela organização política em prol de paz e segurança mundiais continuava, as igrejas pregavam a Liga das Nações. Os planos ou projetos da cristandade incluíram também “colocar Deus no governo”. Por este motivo, seus clérigos metem-se na política e os clérigos exortam os membros das igrejas a se envolverem ao máximo na política, aspirando até mesmo aos mais elevados cargos políticos no país.
12. Que reflexo têm as palavras e o proceder de Jesus e de seus discípulos sobre os esforços da cristandade de “colocar Deus no governo”?
12 No entanto, será que Jeová Deus quer ser posto no governo político deste mundo? Se Ele já não está ali, por que tem de ser posto nestes governos políticos, humanos? Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, ao ser perguntado por um político romano: “És tu o rei dos judeus?” respondeu: “Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.” Com referência aos seus verdadeiros discípulos, este Jesus disse: “Não fazem parte do mundo, assim como eu não faço parte do mundo.” (João 18:33-36; 17:14) Nem Jesus, nem seus verdadeiros discípulos do primeiro século E. C., fizeram qualquer tentativa de “colocar Deus no governo”. Os múltiplos planos da cristandade, de colocar o Deus da Bíblia nos governos políticos deste mundo, provam que ela não prega o verdadeiro reino de Deus e que os membros de suas igrejas não são verdadeiros discípulos e imitadores do próprio Filho de Deus, Jesus Cristo. A cristandade não é a expressão terrena, visível, do reino de Deus.
13. Como fracassou aparentemente o plano da cristandade de converter o mundo às suas igrejas, apesar de campanhas e cruzadas para despertar o sentimento religioso?
13 A cristandade tem tido por séculos o plano de converter os do mundo da humanidade, quer pela força, quer pela persuasão, e de fazê-los membros de suas igrejas. A idéia ostensiva atrás disso era fazê-los chegar ao céu e salvá-los de ir para um lugar de eterno tormento consciente como almas desencarnadas. A cristandade pensava também que fosse desta maneira que viria o reino de Deus e se faria Sua vontade na terra como no céu. (Mateus 6:9, 10) Mas o plano antibíblico da cristandade para a conversão do mundo evidentemente fracassou, visto que o número dos não-cristãos continua a ser mais de o dobro do rol de membros da cristandade, e visto que as forças anti-religiosas, especialmente o comunismo, aumentam e os membros da cristandade se tornam cada vez mais hipócritas religiosos ou inativos. Suas campanhas e cruzadas para despertar o sentimento religioso mostraram ter efeito de pouca duração.
É IMPOSSÍVEL FALHAR O PROPÓSITO DIVINO
14. Em que se baseiam ou o que inspira os planos humanos, com que perspectiva para a humanidade?
14 Se a sobrevivência e salvação da raça humana dependessem dos planos dos homens, tudo estaria perdido para a humanidade. Seus planos multifários ou se baseiam na sabedoria humana ou são inspirados por maliciosos demônios espirituais. Homens autoconfiantes talvez zombem de tal sugestão, mas aquilo que se profetizou há dezenove séculos atrás é mais veraz hoje do que se atrevem a crer, de que “nos períodos posteriores de tempo alguns se desviarão da fé, prestando atenção a desencaminhantes pronunciações inspiradas e a ensinos de demônios”. (1 Timóteo 4:1) Visto que os homens apostataram ou abandonaram a fé apresentada na Palavra escrita de Deus, desconsideraram o propósito explicitamente declarado de Deus. São como o primeiro casal humano no Jardim do Éden. “Achei somente o seguinte”, disse o sábio Salomão, “que o verdadeiro Deus fez a humanidade reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos”. (Eclesiastes 7:29) Visto que seus planos fracassam um após outro, viram-se obrigados a reformular ou a refazer seus planos ou projetos.
15, 16. De que natureza, contra Jeová, é a continuação das nações do mundo na organização das Nações Unidas, e que advertência bíblica há contra ela?
15 O que os homens sábios do mundo projetam é condenado ao fracasso. Eles não somente deixam de lado o propósito de Deus, mas planejam e combatem contra ele. Até mesmo neste assunto de se conjugarem numa organização de Nações Unidas, os líderes políticos e militares são contrários ao propósito de Deus. É realmente uma conspiração contra Ele. Há mais de dois mil e quinhentos anos atrás, ao predizer uma combinação de nações mundiais contra o povo favorecido de Deus, o profeta Isaías foi inspirado a dizer aos povos inimigos: “Cingi-vos, e sede desbaratados! Cingi-vos, e sede desbaratados! Formai um plano, e será desfeito! Falai qualquer palavra, e ela não se efetuará, porque Deus está conosco!” (Isaías 8:9, 10) A hodierna unificação dos povos numa organização das Nações Unidas em prol de paz e segurança mundiais não triunfará sobre o propósito de Deus para a humanidade. Tem de fracassar, assim como disse o antigo observador de três mil anos de história humana:
16 “O homem iníquo fez a sua face atrevida, mas o reto é aquele que será firmemente estabelecido nos seus caminhos. Não há sabedoria, nem discernimento, nem conselho em oposição a Jeová. O cavalo é algo preparado para o dia da batalha, mas a salvação pertence a Jeová.” — Provérbios 21:29-31.
17. Que fatores divisórios dominam o número crescente de nações e por que não pode vir por meio delas a unificação da humanidade?
17 Uma organização de Nações Unidas, com seu Conselho de Segurança e sua Conferência de Desarmamento, não é o modo de Deus unificar toda a humanidade numa terra sem guerra e segura. Desde a Segunda Guerra Mundial de 1939-1945 E. C., a humanidade está dividida em mais grupos nacionais do que jamais antes, cada grupo reivindicando soberania nacional. A divisão da raça humana é aumentada por diferenças lingüísticas, costumes diversos, objetivos e ideologias políticos opostos, e pelos preconceitos raciais e religiosos. A autodeterminação e a autopreservação são os fatores predominantes. O governo mundial pelo homem é impossível e a unificação de toda a humanidade não virá por tais meios. O mundo da humanidade não pode ser unido entre si, porque os homens não estão unidos ao único Deus vivente e verdadeiro, Jeová. Seu Filho, Jesus Cristo, disse que o governante deste mundo é Satanás, o Diabo, o governante dos demônios. Em harmonia com isso, o apóstolo cristão Paulo disse que este governante do mundo é também “o deus deste sistema de coisas”, que cega as mentes dos que não estão em união com Jeová Deus. — João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4.
18, 19. (a) Onde se precisa restabelecer a ordem e a união, e por quê? (b) Para este fim, o que intenciona Deus executar no “pleno limite dos tempos designados”?
18 A falta de união com Deus, por parte da humanidade, não é nada menos do que o reflexo visível da desunião que existe no invisível domínio celestial da parte de Satanás e seus demônios para com Jeová Deus. Portanto, precisa haver um restabelecimento de ordem e união, tanto nos céus espirituais como na terra. O propósito infalível de Deus toma em consideração tal necessidade universal e faz provisões para ela. O escritor inspirado da carta à congregação na antiga Éfeso, na Ásia Menor, escreveu-lhe sobre isso nas seguintes palavras:
19 “[Deus] nos [fez] saber o segredo sagrado de sua vontade. É segundo o seu beneplácito que ele se propôs em si mesmo, para uma administração no pleno limite dos tempos designados, a saber, ajuntar novamente todas as coisas [ou: reunir a si (sob uma só cabeça) todas as coisas] no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros, visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhado por sua vontade.” — Efésios 1:9-11, NM; Rotherham; Diaglott.
20, 21. (a) Contra o que se queixa o povo em cada nação? (b) Que motivo válido mostrou Salomão haver para o desassossego do povo?
20 Assim, era do propósito de Deus administrar os assuntos ou seguir um proceder de ação que levaria à unificação nas coisas celestiais e nas coisas terrenas. Era segundo o beneplácito de Deus que houvesse uma administração, uma gerência, uma mordomia, por meio dum proceder especial da parte de Deus. Assim, o termo “administração” não se refere ao reino messiânico de Seu Filho Jesus Cristo. Hoje há grandes queixas da parte das pessoas, em toda nação, por causa dos governos sobre elas e do modo em que administram ou manejam as coisas. Deve haver um motivo válido para o desassossego e a rebeldia do povo. Um provérbio antigo indica o motivo, dizendo: “Quando os justos se tornam muitos, o povo se alegra; mas quando um iníquo está dominando, o povo suspira.” (Provérbios 29:2) O sábio Rei Salomão de Jerusalém observou a administração opressiva de homens, nos seus próprios dias, e disse:
21 “Eu mesmo retornei, a fim de ver todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol, e eis as lágrimas dos oprimidos, mas eles não tinham consolador; e do lado dos seus opressores havia poder, de modo que não tinham consolador. E congratulei os mortos que já tinham morrido, em vez de os vivos que ainda viviam.” Eclesiastes 4:1, 2. Também 5:8; 7:7.
22. Depois de milhares de anos de opressão pela administração humana, qual é a situação quanto a consolo e libertação para a humanidade?
22 Às vezes, as pessoas são levadas a agir como que loucas por causa da opressão. (Eclesiastes 7:7) Depois de milhares de anos de opressão e em face das condições mundiais na atualidade, mostra-se veraz que o povo oprimido não tem consolador de parte alguma da atual administração mundial dos assuntos humanos. Não há salvação para eles, nem libertação deles, de fontes humanas.
23. Segundo o propósito de Deus, como se dará a unificação de todas as pessoas, e o que significará isso para elas?
23 O Deus todo-sábio previu há muito tempo a necessidade duma administração ou gerência melhor dos assuntos, e, segundo o seu beneplácito, propôs-se instituir tal administração. Sob esta administração dos assuntos por ele realizar-se-á a unificação de todo o povo. Isto significará paz, harmonia e segurança em todas as partes da terra.
24. Quem é o agente unificador, por meio de quem Deus administrará as coisas, e qual é o propósito definido desta administração?
24 Vejamos como o Deus Todo-poderoso passou a administrar os assuntos. Vejamos o agente unificador por meio de quem Deus administra as coisas. Este é o Messias de Deus, seu Ungido, o Cristo. Por isso, o inspirado escritor bíblico aponta para este ao dizer que a administração a ser posta em operação “no pleno limite dos tempos designados” tem um propósito definido, “a saber, ajuntar novamente todas as coisas no Cristo, as coisas nos céus e as coisas na terra. Sim, nele, em união com quem também somos designados herdeiros.” (Efésios 1:9-11) Há muito preconceito e prevenção contra este Jesus Cristo, tanto nas partes religiosas como nas não-religiosas da humanidade; contudo, que espécie de administração devemos esperar de Deus por meio dele?
25, 26. (a) O que disse profeticamente o Salmo 72 sobre os tratos do Messias com os pobres? (b) Que registro se fornece em Atos 10:37-39 sobre a obra de alívio realizada pelo Messias Jesus?
25 O Salmo 72:12-14 diz profeticamente a respeito do Messias, que é maior do que o Rei Salomão, cujo governo acabou sendo opressivo para o povo de Israel: “Livrará ao pobre que clama por ajuda, também ao atribulado e a todo aquele que não tiver ajudador. Terá dó daquele de condição humilde e do pobre, e salvará as almas dos pobres. Resgatará sua alma da opressão e da violência, e o sangue deles será precioso aos seus olhos.” Temos todo motivo de crer que o Messias Jesus cumprirá esta profecia no futuro próximo. Precisamos apenas olhar para trás, dezenove séculos, quando ele esteve na terra como homem perfeito, e perguntar: Que opressão e violência praticou ele para com o povo? O relato das Escrituras inspiradas dá a Jesus Cristo uma ficha limpa, até mesmo com mérito por ele aliviar o povo. Certo judeu que quase que constantemente o acompanhava durante sua carreira pública e que o observava de perto disse a uma assistência de não-judeus:
26 “Sabeis de que assuntos se falava em toda a Judéia, principiando da Galiléia, depois do batismo pregado por João, a saber, Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo e poder, e ele percorria o país, fazendo o bem e sarando a todos os oprimidos pelo Diabo; porque Deus estava com ele. E nós somos testemunhas de todas as coisas que ele fez tanto no país dos judeus como em Jerusalém; mas eles também o eliminaram, pendurando-o num madeiro.” — Atos 10:37-39.
27, 28. (a) Como veio a ter Jesus uma dupla reivindicação do reino do Rei Davi sobre Israel? (b) Em harmonia com isso, o que disse Isaías 9:6, 7, sobre o domínio principesco do Messias?
27 Precisamos lembrar-nos de que este Jesus, a quem Deus ungiu para ser Rei messiânico sobre toda a humanidade, era descendente natural do Rei Davi de Jerusalém, por nascimento milagroso na família real de Davi. Como tal, era herdeiro natural do reino de Davi sobre Israel. O homem que adotou Jesus como seu primogênito também era descendente do Rei Davi, mediante Salomão, e por isso tinha o direito legal ao reino de Davi. O pai adotivo, José, carpinteiro de Nazaré, concedeu tal direito legal a Jesus por adotá-lo como seu primogênito. (Lucas 2:1-24; 3:23-38; Mateus 1:1 a 2:23) Deste modo, este Jesus, que nasceu em Belém, “cidade de Davi”, pôde duplamente reivindicar a herança do reino de Deus sobre Israel. Ora, sobre este Descendente de Davi, sobre cujos ombros se há de colocar o domínio principesco, disse o inspirado profeta Isaías:
28 “Da abundância do domínio principesco e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer firmemente e para o amparar por meio do juízo e por meio da justiça, desde agora e por tempo indefinido. O próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso.” — Isaías 9:6, 7.
29. Assim, de que tipo será o domínio principesco do Messias, e por que não virá a existir por voto democrático do povo?
29 Aqui temos uma promessa do Deus Altíssimo, de que o reino davídico do seu Messias não só será legítimo, mas também estabelecido e mantido em juízo e justiça. Este governo de salvação para o povo será estabelecido pelo próprio Deus, não pelo voto democrático do povo, pois, conforme disse o profeta Isaías, “o próprio zelo de Jeová dos exércitos fará isso”.
30, 31. (a) Como forneceu Deus uma garantia a respeito do governo prometido do Cristo? (b) Que testemunho disso deu Pedro em Atos 10:40-43?
30 Jeová realizará aquilo pelo qual é zeloso. Inspirou muitas outras profecias bíblicas a respeito do governo perfeito que o Messias Jesus dará a toda a humanidade. Deu-nos uma garantia deste governo prometido por ressuscitar a Jesus Cristo dentre os mortos, no terceiro dia, em vindicação da inocência deste. Conforme o apóstolo Pedro prosseguiu dizendo, depois de falar de Jesus ter sido pendurado injustamente numa estaca:
31 “Deus ressuscitou a Este no terceiro dia e lhe concedeu tornar-se manifesto, não a todo o povo, mas a testemunhas designadas de antemão por Deus, a nós, os que comemos e bebemos com ele depois de seu levantamento dentre os mortos. Também, ele nos ordenou que pregássemos ao povo e que déssemos um testemunho cabal de que Este é o decretado por Deus para ser juiz dos vivos e dos mortos. Dele é que todos os profetas dão testemunho, de que todo aquele que deposita fé nele recebe perdão de pecados por intermédio de seu nome.” — Atos 10:40-43.
UM CORPO FIDEDIGNO DE ASSOCIADOS NA ADMINISTRAÇÃO DOS ASSUNTOS HUMANOS
32. Deus podia assim passar a fazer que obra de ajuntamento, tendo a quem por Agente para reunificar as coisas?
32 A fim de que este ressuscitado Jesus Cristo pudesse servir como Agente de Deus para reajuntar as coisas, Deus o enalteceu ao trono divino nos céus. (Atos 2:33-36; 1 Pedro 3:22) Deus podia assim passar a “ajuntar novamente todas as coisas no Cristo”, não só as coisas na terra, mas também as “coisas nos céus”. Jesus Cristo é assim um Messias celestial, sobre-humano, com poderes maiores para fazer o bem às pessoas do que quando esteve aqui na terra como homem perfeito. Toda a humanidade será unificada debaixo dele como Cabeça designada por Deus, o Grande Administrador.
33. O que intencionou Deus que o Cristo tivesse associado consigo em cuidar dos assuntos humanos, e, por isso, o que formou primeiro na terra?
33 Contudo, Deus tomou o propósito de que seu Filho Jesus Cristo tivesse um corpo de associados consigo em cuidar dos assuntos humanos. Estes companheiros para reger a humanidade haviam de ser tirados dentre a humanidade. Enquanto ele ainda estava na terra, eles deviam ser formados numa congregação com um vínculo de união com ele. O apóstolo Paulo, ao escrever à congregação em Éfeso, prosseguiu dizendo: “É segundo a operação da potência de sua força [da de Deus], com que ele tem operado no caso do Cristo, quando o levantou dentre os mortos e o assentou à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir. Sujeitou também todas as coisas debaixo dos pés dele, e o fez cabeça sobre todas as coisas para a congregação, a qual é o seu corpo.” — Efésios 1:19-23.
34. De que procedência foram tirados os membros do “corpo” e como se removeu a barreira entre eles?
34 Então, o que dizer dos membros desta congregação, o “corpo” de Jesus Cristo? Ora, foi do propósito generoso de Deus que este fosse constituído não só daqueles que haviam sido judeus circuncisos, mas também dos que haviam sido não-judeus ou gentios. Eles haviam estado desunidos durante 1.545 anos (desde 1513 A. E. C. até 33 E. C.). A barreira, “o muro no meio, que os separava”, era o pacto da lei mediado pelo profeta Moisés no ano 1513 A.E. C. No ano 33 E. C., Jesus Cristo foi usado por Deus como o meio para remover esta barreira mediante sua morte numa estaca de tortura. Conforme o apóstolo prosseguiu, dizendo: “Por meio de sua carne [pendurada na estaca de tortura], ele aboliu a inimizade, a Lei de mandamentos, consistindo em decretos, para que dos dois povos, em união consigo mesmo, criasse um novo homem e fizesse paz; e para que reconciliasse plenamente ambos os povos com Deus, em um só corpo, por intermédio da estaca de tortura, porque ele matara a inimizade por meio de si mesmo.” — Efésios 2:14-16.
35. (a) Quando foram os gentios incircuncisos introduzidos no “corpo” congregacional? (b) Quantos membros devia ter o corpo?
35 Três anos e meio depois da remoção da barreira legal, Deus começou a trazer gentios, não-judeus, ao “corpo” congregacional de Jesus Cristo. Deus fez isso por enviar o apóstolo Pedro a pregar a mensagem do reino do Messias de Deus a gentios incircuncisos, interessados. Quando estes aceitaram a mensagem do Reino, Deus os ungiu com espírito santo e eles foram batizados como cristãos. (Atos 10:1-48) Depois, e especialmente após a destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70 E. C., muitos gentios foram batizados no “corpo” congregacional de Jesus Cristo; assim foram unidos com ele qual sua “cabeça” espiritual. Assim como o corpo humano tem um número específico de membros para ser completo, assim também este “corpo” congregacional de Cristo tem um número específico, limitado, de membros. O último livro da Bíblia Sagrada diz claramente que o número dos membros do “corpo” é limitado a 12 x 12.000, ou seja, 144.000. — Revelação 7:4-8; 14:1-3.
OS AGENTES DE DEUS PARA UNIR TODAS AS COISAS SÃO BEM SUCEDIDOS
36, 37. (a) Por que há necessidade duma obra de unificação dentro do “corpo” congregacional de Cristo? (b) Para este fim, o que concedeu Deus à congregação mediante Cristo?
36 Os 144.000 que formarão o corpo cooperativo sob a “cabeça”, Jesus Cristo, são tirados “dentre toda tribo, e língua, e povo, e nação” da humanidade. (Revelação 5:9, 10) Portanto, visto que os membros do “corpo” congregacional, na terra, são tirados de fontes tão amplamente diferentes, deve haver grande necessidade duma obra unificadora entre eles, para que todos se apeguem à única “cabeça”, o glorificado Jesus Cristo. Para realizar esta obra unificadora, Deus proveu “dádivas em forma de homens”. (Salmo 68:18) O apóstolo Paulo indica o glorificado Jesus Cristo como aquele a quem Deus usou para conceder estas “dádivas” humanas à congregação na terra, com o propósito de unificar, dizendo:
37 “O mesmo [a saber, Jesus Cristo] que desceu é também aquele que ascendeu muito acima de todos os céus, para que desse plenitude a todas as coisas. E ele deu [como dádivas] alguns como apóstolos, alguns como profetas, alguns como evangelizadores, alguns como pastores e instrutores, visando o treinamento dos santos para a obra ministerial, para a edificação do corpo do Cristo, até que todos alcancemos a unidade na fé e no conhecimento exato do Filho de Deus, . . . falando a verdade, cresçamos pelo amor em todas as coisas naquele que é a cabeça, Cristo.” — Efésios 4:8-15.
38, 39. (a) Por que não pode a cristandade ser este “corpo do Cristo”? (b) O que acontecerá a ela, por causa dos frutos que produziu?
38 A cristandade faz a afirmativa de que ela é este “corpo do Cristo”. Mas como poderia ser isso? Porque, depois de mais de dezesseis séculos de funcionamento, ela falhou ignominiosamente a alcançar tal união cristã. Ela está dividida de mil maneiras, por seitas religiosas, todas ensinando diferentes doutrinas divergentes. Ela não é um só “corpo” religioso, não é uma só igreja. Suas seitas religiosas separadas não são os ramos separados ou individuais na “videira” de Cristo. (João 15:1-8) É assim apesar do Conselho Mundial de Igrejas da Cristandade. A religião da cristandade mostrou-se uma das forças mais divisórias da experiência humana. Por causa disso, seus antecedentes são sangrentos, cheirando mal por causa do sangue humano.
39 Estes não são os frutos do verdadeiro cristianismo. Jesus Cristo disse: “A árvore boa não pode dar fruto imprestável, nem pode a árvore podre produzir fruto excelente. Toda árvore que não produz fruto excelente é cortada e lançada no fogo. Realmente, pois, pelos seus frutos reconhecereis estes homens.” (Mateus 7:18-20) Qual árvore podre, a cristandade forçosamente será dentro em breve cortada e destruída como que consumida por fogo. Não terá sorte melhor do que os outros membros da religiosa Babilônia, a Grande, o império mundial da religião falsa. — Revelação 17:1 a 18:8.
40. O que podemos dizer sobre se falhou ou não o propósito de Deus, de ter uma congregação unificada, em vista da condição da cristandade?
40 E então? Falhou o propósito de Deus, de ter uma congregação unificada, ajuntada em união debaixo da Cabeça, Jesus Cristo? Não! Os planos antibíblicos da cristandade para o futuro é que fracassam, mas não o propósito de Deus. Ele não depende da cristandade para suprir os membros do reino celestial, que Deus usará para administrar os assuntos terrestres em prol da união da humanidade. Ele diz a todos os que querem ser do povo de Deus que saiam da cristandade e de todo o restante de Babilônia, a Grande. (Revelação 18:4) A cristandade não é o meio para se obterem os privilégios do reino messiânico de Deus. As coisas que ela pratica excluem-na de ter qualquer participação na obra de reunificação feita por este governo celestial. O apóstolo Paulo prosseguiu, dizendo aos membros da verdadeira congregação cristã de Deus: ‘Isso sabeis, reconhecendo-o por vós mesmos, que nenhum fornicador, nem pessoa impura, nem pessoa gananciosa — que significa ser idólatra — tem qualquer herança no reino do Cristo e de Deus.” — Efésios 5:5.
41. Apesar da oposição de Babilônia, a Grande, o que possui Deus agora em união na terra, e o ajuntamento destes é de que espécie de coisas?
41 Apesar de toda a oposição da cristandade e dos outros membros de Babilônia, a Grande, sim, apesar de Satanás, o Diabo, e de seus demônios, com os quais o verdadeiro povo de Deus tem uma luta, Deus tem agora na terra seu restante, os últimos candidatos a ter parte na administração dos assuntos humanos por Deus, mediante Jesus Cristo, sua Cabeça. Apesar de procederem de diversas raças e nações, são uma congregação unida, todos eles apegando-se unidamente à única Cabeça celestial invisível, Jesus Cristo. Assim, no seu caso, Deus ‘ajuntou novamente no Cristo’ as “coisas nós céus”, visto que mesmo já agora Deus os “assentou junto nos lugares celestiais, em união com Cristo Jesus”, e eles são também herdeiros do Reino celestial. — Efésios 1:10; 2:6.
42. Que ordem profética de Cristo cumpre o restante, e quem se associa agora com o restante?
42 Desde o fim dos Tempos dos Gentios no ano 1914, agiram unidamente segundo a ordem profética de Jesus: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; [após o que] virá o fim.” (Mateus 24:14) Com este restante do corpo congregacional de Cristo associam-se centenas de milhares de adoradores dedicados de Jeová Deus, os quais obedeceram à sua ordem de sair de Babilônia, a Grande. (Revelação 7:9-17) Todos juntos são conhecidos mundialmente como testemunhas cristãs de Jeová.
“UMA ADMINISTRAÇÃO NO PLENO LIMITE DOS TEMPOS DESIGNADOS”
43, 44. (a) Chegou o tempo da ação de que contra quê? (b) Segundo Gálatas 4:4, quando enviou Deus à terra aquele que havia de ser seu Servo Principal na administração?
43 Por todos os indícios das condições mundiais e do cumprimento das profecias bíblicas, o predito “fim” deste sistema de coisas deve estar próximo. Já por quarenta anos, os prospectivos membros do reino messiânico, junto com uma “grande multidão” de ajudadores leais, têm pregado “estas boas novas do reino”. Deus não deixará que esta pregação de seu estabelecido reino messiânico prossiga indefinidamente. Ele tem seu tempo marcado para este reino celestial tomar ação destrutiva contra o atual sistema condenado de coisas. O novo governo, que Deus se propôs que administrasse os assuntos de toda a humanidade, terá de assumir o cargo em breve. Há quase dois mil anos atrás, Deus enviou à terra o designado para ser seu Servo principal na administração, a fim de que provasse seu mérito. Ele nasceu no mundo como herdeiro legítimo do Rei Davi. Lemos sobre isso:
44 “Quando chegou o pleno limite do tempo, Deus enviou o seu Filho, que veio a proceder duma mulher e que veio a estar debaixo de lei, para livrar por meio duma compra os [judeus] debaixo de lei, para que nós, da nossa parte, recebêssemos a adoção como filhos. Ora, visto que sois filhos, Deus enviou o espírito do seu Filho aos nossos corações, e ele clama: ‘Aba, Pai!’” — Gálatas 4:4-6.
45. Quando começou a obra de ajuntamento no seu primeiro estágio, e por quê?
45 Quando o Filho de Deus, Jesus Cristo, foi glorificado no céu e ele fundou a congregação cristã em Jerusalém, no dia de Pentecostes de 33 E. C., a “administração no pleno limite dos tempos designados” começou a funcionar no seu primeiro estágio, o estágio mais essencial. A congregação dos que haviam de ficar associados na obra unificadora com Jesus Cristo, nos céus, tinha de ser ajuntada e unificada sob a sua Cabeça, o Servo Principal de Deus. Deste modo, “as coisas nos céus”, as coisas destinadas aos céus, seriam ‘ajuntadas novamente no Cristo’, a fim de que o “corpo” usado por Deus na sua administração fosse completo. — Efésios 1:9-11.
46, 47. (a) Quando chegou o tempo devido para a segunda fase da “administração” de Deus, a saber, ajuntar no Cristo “as coisas na terra”? (b) Daí em diante, o segundo estágio da obra de ajuntamento passou a operar sob a “administração” de quem?
46 No entanto, segundo o propósito de Deus, tinha de vir o tempo devido para a segunda fase de sua “administração”, a saber, ‘ajuntar novamente no Cristo’ “as coisas na terra”. Este tempo chegou quando os Tempos dos Gentios tiveram seu cumprimento em meados do segundo semestre do ano de 1914 E. C. Chegou então o tempo para o governo do Reino messiânico, conforme anteriormente exercido pelo Rei Davi lá no Oriente Médio, ser reempossado, não na Jerusalém terrestre, mas nos céus.
47 Foi no céu, à mão direita de Deus, onde se encontrará então o Herdeiro permanente do Rei Davi, a saber, o Senhor Jesus Cristo. Foi então que Jeová empossou este Herdeiro celestial do Rei Davi no trono, com poder régio não só sobre o território do antigo Israel, mas sobre toda a terra, sobre toda a humanidade, pela qual Jesus Cristo tinha morrido como perfeito sacrifício humano. Assim entrou em funcionamento o Reino do Messias. Neste tempo, de modo culminante, atingiu-se o “pleno limite dos tempos designados”, em que a “administração” regida por Deus havia de ‘ajuntar novamente no Cristo’ as alheadas “coisas na terra”. Este seria o segundo estágio do ajuntamento ou da obra unificadora, segundo o propósito de Deus.
48. Em vista dos fracassos de unificação em grande escala, desde 1914, o que terá de desaparecer inteiramente?
48 Em 1914 irrompeu a Primeira Guerra Mundial, dividindo o mundo em dois campos econômicos, políticos, opostos. A Liga das Nações do após-guerra falhou em unificar a humanidade. Agora, as Nações Unidas continuam a falhar em unificar a humanidade. Foi a cristandade, a mais poderosa organização religiosa na terra, que falhou em impedir duas guerras mundiais, e, até agora, falhou em unificar a humanidade em verdadeira paz e segurança. Não são só estas organizações políticas e religiosas que terão de desaparecer, mas sim todo o sistema de coisas criado pelo homem. Ele desaparecerá mesmo completamente na vindoura “grande tribulação”, tal como a humanidade nunca antes presenciou. — Mateus 24:21, 22.
49. Qual é o único meio de salvação para a raça humana, e que espécie de perspectiva tem agora a humanidade?
49 O único meio de salvação para nós homens é o reino messiânico celestial, que é do propósito de Deus desde que nossos primeiros pais, Adão e Eva, pecaram no jardim do Éden e se desuniram de Deus, seu Criador. (Gênesis 3:15; Romanos 16:20) Agora que se atingiu em sentido completo o “pleno limite dos tempos designados”, encontramo-nos num dia com as melhores perspectivas à frente!
UNIFICAÇÃO FINAL SOB A ADMINISTRAÇÃO DE DEUS
50. Na terra, quem aclama hoje o Reino, e como mostram estes sua posição na questão de governo?
50 Dentro em breve, completar-se-á plenamente o rol de membros do Reino celestial, os 144.000 herdeiros do Reino sob sua Cabeça, Jesus Cristo. O propósito imutável de Deus com respeito a este reino messiânico será bem sucedido, com glória, honra e vindicação para Si mesmo. Já há uma multidão de pessoas, em todas as partes da terra, que discernem que Deus colocou o Reino no poder celestial, e elas o aclamam com alegria e devoção leal. Esta multidão já é grande, mas ainda está aumentando, ao passo que “estas boas novas do reino” continuam a ser pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações. (Mateus 24:14) A fim de provarem que lado tomaram, participam de todo o coração com o restante ainda sobrevivente dos herdeiros do reino em tal pregação e testemunho mundial.
51. Portanto, por que se pode dizer que já começou a obra de ajuntar sob Cristo as coisas na terra?
51 O último livro da Bíblia prevê esta “grande multidão” como dando sua atenção primária ao trono celestial de Jeová Deus e ao seu Servo Principal, usado na sua administração, e clamando com gratidão: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.” (Revelação 7:9, 10) Embora esta “grande multidão” esteja composta de pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas, elas procuram ser unificadas sob o Servo Principal de Deus, Jesus Cristo. Estão em união com o restante do Reino e têm união entre si. Adoram a Deus unidamente no seu templo espiritual e prestam-lhe serviço sagrado dia e noite. De modo que se pode dizer que, nesta “grande multidão” unificada, a obra de ‘ajuntar todas às coisas na terra’, no Cristo, já começou, em harmonia com a “administração” de Deus. Que sinal tranqüilizador das coisas faturas! — Revelação 7:14-17.
52. A que sobreviverá esta “grande multidão”, e por que não poderão Satanás e seus demônios interferir no seu restabelecimento do Paraíso?
52 O último livro da Bíblia assegura também que esta “grande multidão” de adoradores do único Deus verdadeiro e vivo sairá da “grande tribulação” como sobreviventes desta calamidade mundial com que se dará cabo a todo o sistema terrestre de coisas, feito pelo homem, como um fracasso completo. Estender-se-á diante deles a tarefa emocionante de transformar toda a terra num jardim paradísico. Satanás, o Diabo, e seus espíritos demoníacos serão incapazes de interferir nesta obra pacífica de embelezamento, pois estarão amarrados e isolados num abismo, do qual não poderão interferir no que acontece aqui na terra. Sobre a “grande multidão” na terra haverá protetoramente o reino messiânico celestial com autoridade para regulamentar os assuntos da terra durante mil anos. — Revelação 20:1-6.
53. (a) O que exigirá o ajuntamento de todas as “coisas na terra” novamente em união sob Cristo? (b) Como se lidará com os opositores da unificação?
53 Assim, a nova ordem de Deus na terra começará com uma sociedade humana unificada. Mas com isso não acabará a obra de unificação do reino messiânico celestial. Durante o milênio de seu reinado sobre a terra, precisará haver a milagrosa ressurreição dos mortos humanos, pelos quais Jesus Cristo morreu qual sacrifício de resgate. (1 Timóteo 2:5, 6; João 1:29, 36) Estes bilhões de humanos ressuscitados terão todos de ser trazidos juntos numa união com Jesus Cristo, o Servo Principal na “administração” de Deus. O derradeiro propósito disso é produzir finalmente sua unificação com o Soberano Universal, Jeová Deus. Isto exigirá o soerguimento dos obedientes da humanidade à perfeição humana, tal como Adão e Eva tiveram na sua criação no Jardim do Éden. Todos os opositores desobedientes a tal unificação, sim, também Satanás e seus demônios, serão destruídos eternamente, para nunca mais perturbarem a paz. — Revelação 20:7-15; Atos 24:15.
54. O que nos consola hoje, e o bom êxito de que aguardamos com bênçãos resultantes?
54 Que se dê toda a honra ao Administrador Supremo, Jeová Deus! Ele não somente toma um propósito, mas também cumpre fielmente seu propósito. Portanto, tomemos todos ânimo! Embora vejamos hoje o fracasso desastroso de todos os planos humanos para a administração da terra, somos consolados com o conhecimento bendito do propósito sublime de Deus. Aguardamos com confiança ver e presenciar o bom êxito do propósito de Deus. Esperamos usufruir para sempre as bênçãos infindáveis resultantes disso!