Defendida lealmente a Palavra de Deus
“Faze o máximo para te apresentar a Deus aprovado, obreiro que não tem nada de que se envergonhar, manejando corretamente a palavra da verdade.” — 2 Timóteo 2:15.
1, 2. Qual é uma das maneiras em que as Testemunhas de Jeová defendem lealmente a Palavra de Deus?
“LEIA DIARIAMENTE A PALAVRA DE DEUS, A BÍBLIA.” Estas palavras aparecem num lado dum grande edifício em Brooklyn, Nova Iorque, perto do acesso à famosa ponte de Brooklyn. No edifício de quem aparecem estas palavras, e por quê?
2 Encontram-se numa das gráficas mantidas pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (dos E.U.A.), uma sociedade religiosa associada com as Testemunhas de Jeová. Um letreiro assim é o que se esperaria que as Testemunhas de Jeová pintassem no lado de um de seus edifícios. Por quê? Porque crêem firmemente que o salmista disse a verdade quando escreveu há muito tempo: “Lâmpada para o meu pé é a tua palavra e luz para a minha senda.” (Salmo 119:105) Este letreiro é simplesmente uma das muitas maneiras em que nós, Testemunhas, mostramos que ‘defendemos realmente a Palavra de Deus’.
3. De que maneira nossos predecessores leais defenderam a Palavra de Deus?
3 Conforme mostra a própria Bíblia, temos muitos predecessores leais em sermos tais defensores leais da Palavra. Havia Moisés, há uns 3.500 anos. Não há dúvida sobre ele defender realmente a Palavra de Deus Primeiro transmitiu parte dela oralmente ao povo de Deus, e depois em forma escrita. Essas declarações divinas encontram-se no Pentateuco. Jeová Deus, depois de usar este devotado profeta, usou muitos outros para servirem como seus porta-vozes e escritores, e todos defenderam realmente a Palavra de Deus, assim como Moisés. (2 Pedro 1:21) Entre eles havia Samuel, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, para mencionar apenas alguns.
JESUS CRISTO E SEUS APÓSTOLOS
4. Quem foi o mais destacado defensor da Palavra, e como atestou isso?
4 Mas, sem dúvida, o mais destacado de todos os defensores leais da Palavra de Deus foi o próprio Filho unigênito de Jeová Deus, que se tornou o “homem, Jesus Cristo”. (Romanos 5:15) Vez após vez defendia realmente a Palavra de seu Pai por dizer: “Está escrito”, como quando respondeu às tentações de Satanás e quando respondeu aos seus opositores religiosos. (Mateus 4:4, 7, 10; 21:13; João 6:45; 8:17) Além disso, por servir fielmente como profeta maior do que Moisés, também defendeu realmente a Palavra de Deus. (2 Coríntios 1:20) Sim, ele pregou e viveu segundo o princípio de que “a tua palavra [a de Deus] é a verdade”. — João 17:17.
5, 6. (a) Como demonstraram Pedro e Paulo a sua defesa leal da Palavra? (b) Neste respeito, com que finalidade foi constituído o “escravo fiel e discreto”? (c) Por que foi o “escravo” temporariamente eclipsado?
5 Os apóstolos de Jesus seguiram seu exemplo. No dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro, com vigor, defendeu lealmente a Palavra de Deus por mostrar como Jesus cumpriu as palavras de Davi! (Atos 2:22-36) E os escritos do apóstolo Paulo estão cheios de referências às Escrituras Hebraicas, mostrando quanto ele estava interessado em defender realmente a Palavra de Deus. Adotou a atitude: “Seja Deus achado verdadeiro, embora todo homem seja achado mentiroso.” (Romanos 3:3, 4) De fato, Pedro, Paulo e outros seguidores fiéis de Jesus Cristo serviram como “escravo fiel e discreto”, “o mordomo fiel”, comissionado pelo seu Amo, Jesus Cristo, para prover alimento espiritual à congregação de Deus. — Mateus 24:45-47; Lucas 12:42-44.
6 Após a morte dos apóstolos, esta classe do “escravo fiel e discreto” quase que desapareceu do cenário terrestre, eclipsada com o tempo, na medida em que o campo cristão de trigo se tornava na maior parte um campo de joio. — Mateus 13:37-43.
CHEGANDO AOS TEMPOS MODERNOS
7, 8. (a) Quando e como surgiu novamente o “escravo”? (b) Como ficou demonstrada sua defesa da Palavra desde a década de 1870?
7 Todavia, há cerca de cem anos, a classe do “escravo fiel e discreto” surgiu novamente como alguém que defendia realmente a Palavra de Deus. Com o passar dos anos, tornou-se cada vez mais visível e notada pelo mundo. Os fatos mostram que este “escravo” se identifica hoje com a Sociedade Torre de Vigia.
8 Esse “escravo fiel e discreto” é composto de cristãos fiéis, inteiramente dedicados a Jeová por meio de Cristo, e gerados pelo espírito de Deus. São fervorosos estudantes da Bíblia, que, desde a década de 1870, se destacam em defender fortemente a Bíblia como a Palavra de Deus, por meio de livros, folhetos, revistas e tratados, artigos em jornais e conferências públicas. Em 1886 publicaram o Volume I de Estudos das Escrituras. No capítulo 3, intitulado “A Bíblia Qual Revelação Divina Vista à Luz da Razão”, publicou-se uma defesa especialmente magistral da Bíblia. Outra defesa notável da Palavra de Deus foi o capítulo 1 do Volume VI (publicado em 1904). Este capítulo intitulava-se “No Princípio” e refutou mui habilmente a teoria da evolução.
9-11. (a) Durante os últimos 1800 e os primeiros 1900, como ficou demonstrada a lealdade do “escravo” à Palavra? (b) Desde 1950, que grandes contribuições tem feito a Sociedade Torre de Vigia em prol da divulgação da Palavra de Deus?
9 Durante os últimos 1800 e os primeiros 1900, esses fiéis Estudantes da Bíblia, como se chamavam, foram zelosos na defesa leal da Bíblia como a Palavra de Deus. Publicaram muita coisa para provar a autenticidade dela, bem como muitas explicações sobre o cumprimento de suas profecias e sobre como aplicar os princípios bíblicos à vida da pessoa. Em 1914, produziram também o Fotodrama da Criação, de 8 horas de projeção, preparado explicitamente “em defesa da Bíblia como sendo a Palavra de Deus”.
10 Em defesa leal da Palavra de Deus, e para indicar que eram ativos em divulgá-la em forma impressa, o nome de sua entidade foi mudado em 1896, (nos E.U.A.) para Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Em 1902, a Sociedade obteve propriedade da versão The Emphatic Diaglott, de Wilson, e supervisionou a sua distribuição. Em 1907 a Sociedade publicou uma edição da King James Version, qual deram o nome de Bíblia Bereana, chamada assim por causa dos primitivos cristãos bereanos que ‘examinavam cuidadosamente as Escrituras, cada dia, quanto a se as coisas que o apóstolo Paulo lhes dizia eram realmente assim’. (Atos 17:11) Continha um apêndice de mais de 700 páginas de comentários sobre textos específicos, relações de textos em apoio de uns 40 assuntos bíblicos importantes e uma concordância de 100 páginas. Em 1926 a Sociedade começou a imprimir a The Emphatic Diaglott nas suas próprias gráficas em Brooklyn, Nova Iorque. Em 1942 a Sociedade publicou uma edição da King James Version, contendo muita matéria auxiliar valiosa para estudo, e em 1944 publicou a American Standard Version, também com similar matéria auxiliar para estudo, e esta versão fielmente traduziu o nome Jeová segundo o texto hebraico original.
11 Em 1950, a defesa leal da Palavra de Deus pela Sociedade a induziu a publicar (primeiro em inglês) a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. A tradução, em inglês, das partes das Escrituras Hebraicas foi publicada em seqüência, em 5 volumes, e a Bíblia completa em um volume em 1961 (em português em 1967). Entre 1926 e 1980, as Testemunhas de Jeová produziram 43.860.000 Bíblias.
POR QUE SE PRECISAVA DUMA NOVA TRADUÇÃO
12, 13. Qual a primeira razão do interesse que o “escravo fiel e discreto” tem demonstrado numa nova tradução da Bíblia?
12 Por que estava este “escravo fiel e discreto” interessado numa nova tradução, a saber, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas?
13 Em primeiro lugar, por causa das atividades de arqueólogos e de peritos bíblicos, descobriram-se manuscritos bíblicos mais antigos e mais fidedignos, muitos deles nas línguas originais. De modo que hoje existem alguns manuscritos bíblicos excelentes, que remontam aos séculos cinco e quatro de nossa Era Comum, e alguns fragmentos de papiro das Escrituras Gregas Cristãs, que remontam à metade do segundo século. Também os Rolos do Mar Morto de livros das Escrituras Hebraicas, que remontam a antes de nossa Era Comum, lançaram mais luz sobre passagens bíblicas. Quanto mais antigo é o manuscrito bíblico, tanto mais perto está provavelmente dos autógrafos originais dos escritores inspirados, dos quais não há nenhum existente hoje em dia.
14. Qual é a segunda razão? Ilustre.
14 Uma segunda razão de se necessitarem traduções mais novas e que seriam um melhoramento nas antigas é que a língua grega do primeiro século é agora muito melhor entendida. Com o passar do tempo, os arqueólogos descobriram muitos fragmentos de papiro que remontam ao próprio tempo em que as Escrituras Gregas Cristãs foram escritas. Estes fragmentos de papiro, relacionados com assuntos seculares, cotidianos, lançaram luz sobre a espécie de grego usado pelos escritores das Escrituras Gregas Cristãs. Um caso típico é a palavra “Raca”, em Mateus 5:22, em algumas das versões mais antigas. Não sabendo o que significava, tudo o que os tradutores podiam fazer era transliterá-la sem significado em português. Mas, seu significado é agora conhecido, e assim a Tradução do Novo Mundo a verte por “uma palavra imprópria de desprezo”. Conforme pode ver, o aumento do conhecimento das línguas nas quais a Bíblia foi originalmente escrita resulta em traduções mais compreensíveis.
15. Ilustre a terceira razão.
15 Uma terceira razão de se necessitarem traduções novas é que as próprias línguas para as quais a Bíblia é traduzida passam por mudanças no decorrer dos anos. O inglês usado pelo tradutor bíblico Wycliffe, do século 14, difere grandemente da linguagem usada pelos tradutores da King James Version (Versão Rei Jaime), nos primórdios do século 17. E desde então o idioma inglês tem sofrido um grande número de mudanças. Algumas palavras assumiram realmente um significado oposto. Assim, “let” nos dias do Rei Jaime significava “impedir”,mas atualmente significa “permitir”.
16. Conforme sugerido em Atos 20:30 e; 2 Timóteo 4:3, 4, qual pode ser outra razão pare a entrada do “escravo” no campo da tradução da Bíblia?
16 Finalmente, há a questão do entendimento correto da Bíblia, que é uma das principais razões pelas quais se produziu a Tradução do Novo Mundo. Não podemos escapar do fato de que as crenças religiosas da pessoa influem nos seus empenhos de tradução. De fato, forçosamente é assim quando uma palavra ou um texto pode ser traduzido em mais de uma forma. Visto que os tradutores, ocasionalmente, quer consciente, quer inconscientemente, violam o sentido da língua original em certas passagens que parecem contradizer suas crenças, tornou-se imperioso que fosse produzida uma versão por homens que se apegavam realmente à Palavra de Deus.
FALTA DE ADERÊNCIA LEAL À PALAVRA DE DEUS
17. Quais são alguns exemplos de versículos espúrios que se introduziram no texto bíblico?
17 Visto que alguns escribas deixaram de aderir realmente à Palavra de Deus, partes inteiras de versículos espúrios introduziram-se no “Texto Recebido”, no qual a Versão Rei Jaime (em inglês) se baseia. Esses versículos foram acrescentados ao texto inspirado original. Entre esses encontram-se João 8:1-11 e Marcos 16:9-20. Outro exemplo de um texto espúrio encontra-se em 1 João 5:7, 8. Ali, as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírita Santo; e estes três são um” (Versão Almeida), parecem apoiar a Trindade. Mas a pesquisa revelou que essas palavras foram acrescentadas por certo escriba desonesto mais de 1.000 anos depois que a escrita das Escrituras inspiradas estava completada.
18, 19. (a) De que modo alguns tradutores adulteraram e deturparam a Palavra de Deus? (b) Como se deu isso com respeito a textos sobre a condição dos mortos?
18 Os produtores de modernas paráfrases da Bíblia têm, em especial, tomado liberdades, às vezes no texto, às vezes nas notas ao pé da página. Por exemplo, em Eclesiastes 9:5, 10, A Bíblia Viva (em inglês), de Taylor, diz: “Pois os vivos pelo menos sabem que morrerão! Mas os mortos nada sabem.” E “o que for que fizer, faça-o bem feito, pois na morte, para onde você vai, não há trabalho nem planejamento, ou conhecimento, ou entendimento”. Por não concordar com essas palavras inspiradas, o tradutor acrescentou a nota ao pé da página: “Essas declarações são a opinião desalentada de Salomão e não refletem um conhecimento da verdade de Deus acerca desses assuntos!”
19 Essa tradução também deturpa a Palavra de Deus no Salmo 115:17. A Versão Rei Jaime (em inglês), diz ali: “Os mortos não louvam ao SENHOR, tampouco qualquer um que desce ao silêncio.” Mas o tradutor de A Bíblia Viva aparentemente crê que os mortos estão vivos em algum lugar e torna isso implícito por traduzir assim o versículo: “Os mortos não podem cantar louvores a Jeová aqui na terra.”
20. Com respeito a João 1:1, de que maneira a crença na Trindade tem influenciado certas traduções, mas que outra maneira exata de traduzir e aceitável?
20 Mas, mesmo com a melhor das intenções, se não tiver um entendimento correto da Palavra de Deus, o tradutor da Bíblia forçosamente errará ocasionalmente. Por exemplo, quase todos os tradutores crêem na Trindade, e por isso vertem João 1:1 assim: “e o Verbo era Deus”. Mas, isso pode ser traduzido corretamente também de outro modo, tomando-se em consideração a ausência do artigo definido diante da palavra grega Theos. Assim, Uma Tradução Americana (em inglês) verte esta frase: “E a Palavra era divina.” A Tradução do Novo Mundo (em inglês) verte esta frase: “E a Palavra era um deus.” Nem é a única a fazer isso. É exatamente assim que uma revisão da tradução do arcebispo Newcome verteu a frase, em inglês, lá em 1807.
EM DEFESA LEAL DO NOME DE DEUS
21. Como tem a maioria das versões modernas da Bíblia discordado do próprio Deus?
21 Todavia, um modo muito sério em que a maioria das versões modernas deixam de apegar-se lealmente à Palavra de Deus é não fazerem justiça ao nome distintivo de Deus, Jeová. Ele é representado em hebraico por uma palavra de quatro letras, conhecida como tetragrama. Uma prova de que o próprio Jeová Deus toma a sério seu nome pessoal pode ser vista no fato de que inspirou seus escritores hebraicos a usá-lo no total de 6.961 vezes nas Escrituras Hebraicas. (Isto inclui as 134 vezes em que os escribas hebraicos o deixaram fora, de propósito.)
22, 23. (a) Que mostra que é errado traduzir o nome de Deus por um substantivo comum? (b) Que avaliação honesta a respeito disso faz A Bíblia de Jerusalém? (c) Segundo certos especialistas, por que é preferível usar o nome “Jeová” a “Iahweh” ou “Javé”?
22 Acontece que o Criador é mencionado nas Escrituras Hebraicas mais vezes pelo seu nome distintivo Jeová do que por todas as outras designações juntas. Ainda mais, simplesmente não tem sentido traduzir um nome próprio, tal como Jeová, por um substantivo comum, tal como senhor; como não teria sentido traduzir “Rolls Royce” (nome do automóvel mais caro do mundo) simplesmente pela palavra “automóvel” ou “carro”, quando existem tantos outros automóveis ou carros. A Bíblia de Jerusalém, embora prefira “Iahweh” a “Jeová”, apresenta um forte argumento para usá-lo em vez de usar “Senhor”. O prefácio daquela tradução (ed. inglesa) declara: “Dizer: ‘O Senhor é Deus’, certamente é tautológico [uma repetição desnecessária], ao passo que dizer ‘Iahweh é Deus’ não é.”
23 Então, devia-se usar “Iahweh” ou “Javé” em vez de “Jeová”? Não necessariamente. Segundo o Cônego D. D. Williams, de Cambridge, a “evidência indica, não, quase que prova, que Iahweh [ou Javé] não era a verdadeira pronúncia do tetragrama, . . .” A Bíblia Hebraica, publicada em Stuttgart, em 1951, dá ao tetragrama uma pontuação vocálica para rezar “Yehwáh”. Esta edição foi usada pela Comissão de Tradução da Bíblia do Novo Mundo. O professor Gustav Oehler, de Tübingen, declarou: “Deste ponto em diante, eu uso a palavra Jeová, porque, na realidade, este nome ficou mais comum no nosso vocabulário e não pode ser substituído.” O tradutor bíblico Rotherham, na sua Emphasied Bible, estava entre os primeiros a usar a forma “Javé”. Contudo, em seu Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos) publicado pela primeira vez após sua morte, ele voltou à forma “Jeová”, declarando que fez isso por causa da “conveniência de estar em consonância com o olho e o ouvido público”.
“JEOVÁ” NAS ESCRITURAS GREGAS CRISTÃS
24. (a) Quantas vezes a Tradução do Novo Mundo usa o nome Jeová nas Escrituras Gregas Cristãs? (b) Que exemplos há de traduções anteriores que fizeram o mesmo?
24 Mas, que dizer do uso de “Jeová” no chamado “Novo Testamento”, as Escrituras Gregas Cristãs? Na Tradução do Novo Mundo, ele aparece 237 vezes. Embora isso possa parecer bem incomum, esta tradução de modo algum é a primeira a usar este nome nesta parte da Bíblia. Seu uso remonta pelo menos a 1796, quando o tradutor alemão Brentano usou a forma “Jeová” em Marcos 12:29. Existe também a Emphatic Diaglott, uma tradução interlinear das Escrituras Gregas Cristãs, publicada pela primeira vez em 1864. Ela usa repetidas vezes “Jeová” nas suas citações das Escrituras Hebraicas em que aparece este nome, num total de 18 vezes. Por exemplo, veja Mateus 22:37, 44; Marcos 12:29, 30; Lucas 20:42.
25. (a) Que evidência recente indica que o nome de Deus aparecia no texto original das Escrituras Gregas? (b) Que dupla mudança aparentemente ocorreu no segundo século da E.C.?
25 A razão de parecer muito incomum que o nome “Jeová” apareça nas Escrituras Gregas Cristãs é que se pensava durante séculos que este nome não aparecia na Versão dos Setenta das Escrituras Hebraicas usada por Jesus e pelos seus apóstolos. Mas, descobertas mais recentes provam definitivamente que o tetragrama aparecia mesmo na Versão dos Setenta daqueles tempos. Por isso, o professor Howard, da Universidade de Geórgia, E.U.A., declarou: “Sabemos com certeza que os judeus de língua grega continuaram a escrever [o tetragrama] nas suas Escrituras gregas. Além disso, é bem improvável que os primitivos cristãos judaicos, conservadores, de língua grega, se afastassem deste costume. . . . Teria sido extremamente incomum para eles excluírem o tetragrama do próprio texto bíblico.” De modo que ele concluiu: “Visto que o tetragrama ainda era escrito nas cópias da Bíblia grega, que constituía as Escrituras da primitiva igreja, é razoável concluir que os escritores do N[ovo] T[estamento], ao citarem as Escrituras, preservassem o Tetragrama no texto bíblico. À base da analogia do costume judaico pré-cristão, podemos imaginar que o texto do NT incorporava o tetragrama nas suas citações do VT.” O professor Howard observou também que, quando o tetragrama foi retirado da Versão dos Setenta, foi também retirado das citações das Escrituras Hebraicas que aparecem nas Escrituras Gregas Cristãs. Esta mudança ocorreu evidentemente no começo do segundo século E.C. Não há dúvida de que o nome de Jeová deve ficar nas Escrituras Gregas Cristãs, assim como encontramos na Tradução do Novo Mundo.
26. Que precedentes têm a Tradução do Novo Mundo quanto ao seu uso mais amplo do Nome?
26 A Tradução do Novo Mundo também usa o nome “Jeová” em outros lugares, além das ocorrências do nome em citações das Escrituras Hebraicas. Por quê? Para ajudar o leitor a saber se se fala de Jeová Deus ou de Jesus Cristo quando no texto grego aparece “Senhor” [Kyrios]. Há algum bom precedente para isso? Sim, pois encontramos esta prática em umas 20 versões hebraicas das Escrituras Gregas. Há também muitas traduções missionárias das Escrituras Gregas Cristãs que fazem o mesmo. Por exemplo, uma das mais antigas traduções das Escrituras Gregas Cristãs para o japonês usa liberalmente o nome “Ehoba” (Jeová).
27. Independente de quê, e por que razão, devem os servos leais de Deus usar plenamente a Tradução do Novo Mundo?
27 Independente de os eruditos em hebraico e em grego da cristandade elogiarem ou criticarem a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, resta o fato de que foi produzida por homens que aderiram lealmente à Palavra de Deus. Ela é deveras de grande ajuda em ‘nos fazer sábios para a salvação e em ajudar-nos a ser plenamente competentes, e em estar completamente equipados para toda boa obra’. (2 Timóteo 3:15-17) Que todos dentre nós que temos disponível esta excelente tradução em nosso idioma sejamos abençoados ao usá-la plenamente.
COM RESPEITO A DEFENDER LEALMENTE A PALAVRA DE DEUS, COMO ESTIVERAM À ALTURA O QUE SE SEGUE, E POR QUE?
□ Os edifícios da sede das Testemunhas de Jeová.
□ Jesus Cristo e seus apóstolos.
□ O “escravo fiel e discreto” dos tempos modernos.
□ Os escribas que copiaram e recopiaram o texto bíblico.
□ Os primitivos tradutores para idiomas modernos.
□ Os tradutores de versões recentes da Bíblia.
□ A Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia.
[Fotos na página 25]
O tetragrama em fragmentos da Versão dos Setenta, do Egito. (Papiros Fouad 266)
Esses papiros foram bem cedo divulgados pelas Testemunhas de Jeová e o aparecimento aqui do nome de Deus deu base para se usar “Jeová” na “Tradução do Novo Mundo”.
[Quadro na página 22]
Certa vez um tradutor americano foi criticado por um leitor da Bíblia por ‘ter estragado o belo inglês’ da Versão Rei Jaime; sem dúvida, o queixoso estava fascinado com o inglês arcaico dessa versão. Quando o tradutor tentou explicar-lhe que a beleza da mensagem era mais importante do que a beleza da linguagem, o acusador respondeu: “Não me importo nada com a mensagem. Sou ateu.”
[Quadro na página 22]
O objetivo da tradução da Bíblia, de fato, de toda e qualquer tradução, deve ser o de ajudar o leitor da palavra traduzida a sentir o mesmo impacto mental e emocional, sim, espiritual, que sentiria se lesse no idioma original.
[Quadro na página 23]
O tradutor bíblico Edgar Goodspeed escreveu a uma Testemunha de Jeová a respeito da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs (em inglês): “Estou interessado na obra missionária realizada pelo seu pessoal, e no seu alcance mundial, e agrado-me muito da tradução livre e vigorosa. Ela exibe uma ampla gama de erudição séria e sólida, conforme posso atestar.”
O perito em hebraico e grego, A. Thompson, da Inglaterra, ao escrever em The Differentiator, declarou a respeito duma parte da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas: “Recomendo-a como um empenho honesto e franco de verter a Escritura Sagrada ao inglês moderno. Não parece haver nenhuma tentativa de promover quaisquer doutrinas ou teorias especiais.”
O Manual da Bíblia de Eerdman (em inglês) alista a Tradução do Novo Mundo entre as 14 “principais traduções em inglês do século 20”.