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EscritaAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ou pergaminho, e, por conseguinte, não teriam durado muito tempo no solo úmido da Palestina. A mensagem das Escrituras, contudo, foi preservada através de séculos de meticulosas cópias e mais cópias. (Veja MANUSCRITOS DA BÍBLIA.) Apenas a história bíblica vai até o próprio início do homem e ainda mais além. (Gên., caps. 1 e 2) Ao passo que os registros gravados em pedra e inscritos em tabuinhas de argila, em prismas e em cilindros possam ser muito mais antigos do que o mais antigo manuscrito da Bíblia ainda existente, todavia, tais registros não exercem nenhum efeito verdadeiro sobre a vida das pessoas atualmente, muitos deles (como “A Lista dos Reis da Suméria”) contendo patentes falsidades. Por isso, entre os escritos antigos, a Bíblia se destaca como ímpar em apresentar uma mensagem significativa que merece muito mais do que um interesse momentâneo.
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Escritura, IAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESCRITURA, I
Esta palavra portuguesa provém do verbo latino scribere, que significa “escrever”. A palavra grega graphé, “escrito”, de grápho, “escrever”, conforme usada nas Escrituras Gregas Cristãs, refere-se somente aos escritos sagrados da Palavra de Deus, a Bíblia. Havia outros documentos usados pelos escritores tanto das Escrituras Hebraicas como das Gregas, tais como registros genealógicos e histórias, oficiais e públicos, etc., mas estes não eram considerados inspirados e/ou de nível igual aos escritos reconhecidos como canônicos. Mesmo os apóstolos talvez tenham escrito outras cartas a certas congregações (por exemplo, a declaração de Paulo, em 1 Coríntios 5:9: “Eu vos escrevi na minha carta”, subentende que escreveu uma anterior carta aos coríntios, carta esta que não mais existe). Tais escritos, evidentemente, não foram preservados pelo espírito santo de Deus para a congregação cristã, porque só eram essenciais para aqueles a quem foram dirigidos.
Outra palavra grega, grámma, que denota basicamente uma letra ou caráter do alfabeto, também procede do verbo grápho. Usada no sentido de ‘documento’, às vezes é traduzida “escritura” em algumas versões, “escrito” em outras. Em João 5:47 e em 2 Timóteo 3:15, tal palavra é usada com referência aos “escritos” inspirados das Escrituras Hebraicas.
CRISTO E OS APÓSTOLOS RECORRIAM A ELAS
Jesus Cristo e os escritores das Escrituras Cristãs com freqüência usaram a palavra graphé ao recorrerem aos escritos de Moisés e dos profetas como a autoridade para seu ensino ou sua obra, à base de que tais escritos foram inspirados por Deus. Freqüentemente, tais escritos hebraicos como um todo eram designados como “Escrituras”. (Mat. 21:42; 22:29; Mar. 14:49; João 5:39; Atos 17:11; 18:24, 28) Às vezes, a forma singular “Escritura” era usada onde certo texto era citado, referindo-se a ele como parte do conjunto inteiro dos escritos das Escrituras Hebraicas. (Rom. 9:17; Gál. 3:8) Além disso, fazia-se referência a um único texto como “escritura”, no sentido de ser uma declaração de peso. (Mar. 12:10; Luc. 4:21; João 19:24, 36, 37) Em 2 Timóteo 3:16 e 2 Pedro 1:20, Paulo e Pedro parecem referir-se aos escritos inspirados tanto hebraicos como gregos qual “Escritura”. Pedro classifica os escritos de Paulo como sendo parte das “Escrituras”, em 2 Pedro 3:15, 16.
PERSONIFICADAS
Visto que as Escrituras eram reconhecidas como sendo inspiradas por Deus, como sua Palavra, a voz viva de Deus (Deus falando, com efeito), eram às vezes personificadas como se falassem com autoridade divina (assim como o espírito santo ou força ativa de Deus foi personificado por Jesus, e se disse que ensinava e dava testemunho [João 14:26; 15:26]). (João 7:42; 19:37; Rom. 4:3; 9:17) Pela mesma razão, menciona-se as Escrituras como possuindo a qualidade de previsão e o poder ativo de pregar. — Gál. 3:8; compare com Mateus 11:13; Gálatas 3:22.
ESSENCIAL PARA OS CRISTÃOS
Visto que Jesus Cristo recorria constantemente às Escrituras Hebraicas em apoio de seu ensino, é importante que seus seguidores não se desviem delas. O apóstolo Paulo sublinha seu valor e sua natureza essencial ao afirmar: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas, para disciplinar em justiça, a fim de que o homem de Deus seja plenamente competente, completamente equipado para toda boa obra.” — 2 Tim. 3:16, 17.
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Escritura IiAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ESCRITURA II
Um acordo escrito, devidamente assinado e, às vezes, selado, contendo os termos legais para a realização de um propósito tencionado; o instrumento documental para a transferência dum imóvel. O único emprego, pela Bíblia, da palavra hebraica sépher neste sentido específico diz respeito à compra, por Jeremias, de um campo de seu primo, Hanamel. — Jer. 32:6-15.
Quando foi paga a soma para tal campo, redigiram-se duas escrituras, presumivelmente idênticas, ‘segundo o mandamento judicial e os regulamentos legais’. Uma delas era conhecida como “a escritura de compra, a que estava selada”, e a outra era chamada “a deixada aberta”. (Jer. 32:11) Diz-se que somente a primeira foi assinada pelas testemunhas, a inteira transação se dando “perante os olhos de todos os judeus sentados no Pátio da Guarda”. (V. 12) Ambas as escrituras foram então colocadas num jarro de barro para sua preservação. — V. 14.
O costume de fazer duplicatas das escrituras, mas de selar apenas uma, era muito prático. Deixar uma cópia aberta permitia que as partes interessadas pudessem consultá-la. Caso fosse danificada, ou sua autenticidade fosse
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