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LinguagemAjuda ao Entendimento da Bíblia
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mas a barreira criada pela diferença de línguas foi vencida, porque sua mente ficou cheia da língua comum ou mútua da verdade. (Efé. 4:25) Assim, a promessa feita em Sofonias 3:9 teve cumprimento quando Jeová Deus forneceu aos ‘povos a transformação para uma língua pura, para que todos eles invocassem o nome de Jeová, a fim de servi-lo ombro a ombro’. (Compare com Isaias 66:18; Zacarias 8:23; Revelação 7:4, 9, 10.) Para que isto ocorresse, deviam ‘todos falar de acordo’ e estar ‘aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar’. — 1 Cor. 1:10.
A ‘pureza’ da língua falada pela congregação cristã resultaria, também, de estar isenta de palavras que expressavam amargura maliciosa, ira, furor, gritaria e similar linguagem injuriosa, bem como de estar isenta de enganos, obscenidades e corrupções. (Efé. 4:29, 31; 1 Ped. 3:10) Os cristãos deveriam utilizar a linguagem no seu plano mais elevado, louvando seu Criador e edificando o próximo por meio de linguagem saudável, verídica, especialmente as boas novas sobre o reino de Deus. — Mat. 24:14; Tito 2:7, 8; Heb. 13:15; compare com Salmo 51:15; 109:30.
A Bíblia começou a ser escrita na língua hebraica, e partes dela foram posteriormente registradas em aramaico. Daí, no primeiro século da Era Comum, o restante das Escrituras Sagradas foi escrito no grego koiné, ou comum (embora Mateus, segundo se relata, escrevesse seu Evangelho primeiramente em hebraico). Já então se tinha feito também uma tradução das Escrituras Hebraicas para o grego. Chamada de Septuaginta, não era uma tradução inspirada, porém, mesmo assim, foi usada pelos escritores cristãos da Bíblia em numerosas citações. Da mesma forma, também, as Escrituras Gregas Cristãs, e, por fim, a Bíblia inteira, vieram a ser traduzidas para outras línguas, entre as primeiras delas estando o latim, o siríaco, o etíope, o árabe e o persa. Na época atual, a Bíblia — em todo ou em parte — acha-se disponível em mais de 1.700 línguas. Isto tem facilitado a proclamação das boas novas e, assim, tem contribuído para se transpor a barreira das divisões lingüísticas, com o intuito de unir pessoas de muitas terras na pura adoração de seu Criador.
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LINHO
Planta que se cultiva desde os tempos antigos, cujas fibras eram então, como são agora, comumente transformadas em linho. A própria planta pode atingir de 30 cm a 1,20 m de altura. A haste fina da planta, com suas folhas lineares verde-pálidas, só se ramifica no topo. Cada ramo ou raminho termina numa flor, de cinco pétalas, azul-escura ou pálida (raramente branca).
Quando o linho apresentava sua “cápsula” ou “estava em flor”, era época de sua colheita (Êxo. 9:31), o que era feito por ser puxado ou sachado. O linho era então secado. Provavelmente, as hastes de linho sobre o terraço da casa de Raabe, em Jericó, tinham sido deixadas ali para tal finalidade. — Jos. 2:6.
O solo baixo e aluvial, tão característico do Egito, segundo se afirma, é especialmente apropriado para o cultivo do linho. Mesmo hoje em dia o Egito se situa como o maior produtor de linho na África. No mundo antigo, este país era famoso por seu linho excelente. Assim, a praga, divinamente enviada, de saraiva, que destroçou o linho e a cevada, constituiu grave golpe contra a economia do Egito. (Êxo. 9:23, 31) Mais tarde, a declaração contra o Egito, registrada por Isaías (19:9), incluía os “que trabalham em linho cardado” entre os que ficariam envergonhados.
O TECIDO DE LINHO
Linho também é o nome dado ao fio ou ao tecido feito da planta chamada linho. (Êxo. 25:4; Juí. 15:14) Entre os hebreus, a maioria das roupas era feita de lã ou de linho. (Lev. 13:47; Pro. 31:13, 22; Osé. 2:5, 9) Outros itens feitos de linho incluíam cintos (Jer. 13:1) e velas navios. (Eze. 27:7) Os israelitas, embora evidentemente fabricassem seu próprio linho, também importavam linho do Egito. — Pro. 7:16.
A Lei proibia a mistura de dois materiais, significando, evidentemente, que dois tipos diferentes não deviam ser tecidos juntos, um na urdidura e outro na trama. (Deut. 22:11) Deus desejava que Israel fosse um povo especial, separado das outras nações, puro e santo para Ele. Neste sentido, tal proibição era semelhante ao arrolamento de certos animais como sendo “impuros”, e como não devendo ser comidos. Talvez houvesse outras considerações de sentido prático. Isto talvez impedisse a fraude e a tapeação por parte dos mercadores. Talvez também tenha resultado em maior durabilidade do tecido, evitando a dificuldade que surgiria na lavagem dum tecido, por exemplo, mescla de linho e de lã.
A qualidade do linho variava, conforme indicado pelas referências bíblicas ao “linho fino” e ao “tecido fino”. (Eze. 16:10; 27:16) Os ricos, os reis e os homens situados em altas posições governamentais vestiam linho de superior qualidade. (Gên. 41:42; 1 Crô. 15: 27;
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