Apoio celestial da pregação do Reino
“O anjo de Jeová abriu as portas da prisão, trouxe-os para fora e disse: ‘Ide embora, e . . . persisti em falar ao povo.’” — Atos 5:19, 20.
1. (a) O conhecimento de que pode estimular a pessoa a continuar zelosamente na obra? (b) Portanto, o que têm feito os líderes do mundo, mas por que não os apóia Deus?
É CONSOLADOR e reanimador saber-se que se está sendo apoiado pelo Deus Todo-poderoso e pelos seus anjos celestiais, invisíveis, naquilo que se está fazendo. O conhecimento certo disso pode dar à pessoa tal coragem e zelo, que nenhum obstáculo, não importa qual o seu tamanho, pode fazê-la diminuir o passo ou parar de continuar com a obra. Por isso é compreensível que os regentes religiosos e políticos do mundo amiúde se esforçam a estimular seu povo a maiores esforços por dizer-lhe que Deus os apóia. Fazem isto, freqüentemente, durante o tempo de guerra, e o resultado é que cada um dos lados oponentes afirma ter o apoio do Deus Todo-poderoso. No entanto, tais homens não têm evidência certa do apoio celestial às suas atividades. Ao contrário, visto que procuram seus próprios objetivos e se negam a acatar as leis de Deus, até mesmo “sua oração é algo detestável” para Ele. — Pro. 28:9; Tia. 4:1-3.
2. (a) Que evidência há de que Jesus recebia apoio celestial? (b) Por que recebia Jesus tal ajuda do céu?
2 Por outro lado, Jesus Cristo, que se sujeitava fielmente à vontade de Deus e pregava Sua mensagem do reino, tinha confiança de ter o apoio de Deus. Na última noite de sua vida terrestre, enquanto estava no jardim de Getsêmane, ele disse ao seu apóstolo Pedro: “Pensas que não posso apelar para meu Pai, para fornecer-me neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mat. 26:53) Jesus não só professava ter apoio celestial, mas tinha conhecimento certo dele. Ora, apenas alguns minutos antes de falar a Pedro, lá no jardim, “apareceu-lhe [a Jesus] . . . um anjo do céu e o fortaleceu”. Também, três anos e meio antes, no início do seu ministério terrestre, “vieram anjos e começaram a ministrar-lhe”. (Luc. 22:43; Mat. 4:11) O motivo pelo qual Jesus recebia esta ajuda do céu era que fazia a vontade de Deus. Jeová Deus estava vivamente interessado na atividade de seu Filho na pregação do Reino e o apoiava.
3. Que garantia bíblica há de que Jeová apóia e protege seus servos?
3 Que Deus realmente participa na atividade ministerial de seus servos é demonstrado pelos escritos inspirados do apóstolo Paulo a respeito da obra de pregação: “O que, então, é Apolo? Sim, o que é Paulo? Ministros por intermédio de quem vos tornastes crentes, assim como o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou, mas Deus o fazia crescer; de modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que o faz crescer. Pois somos colaboradores de Deus.” (1 Cor. 3:5-7, 9) Quão maravilhoso é saber que Jeová Deus apóia e sustenta seus ministros! Seus colaboradores podem cantar com confiança, assim como fez o salmista bíblico: “Jeová está do meu lado; não terei medo. Que me pode fazer o homem terreno? Já é meu abrigo e meu poder, e ele se torna salvação para mim.” — Sal. 118:6, 14.
JEOVÁ PROVÊ APOIO CELESTIAL
4. Quem talvez tenha dúvida de que os servos de Deus têm apoio celestial, e quem, nos tempos antigos, evidentemente não pensava nisso?
4 Crê realmente que Jeová Deus apóia seus servos e usa seus anjos celestiais para sustentá-los? Os que não conhecem bem as obras de Jeová talvez tenham dúvida de que o faça. Na nação de Israel houve um homem, no décimo século A. E. C., que evidentemente não pensou nisso. Foi o ajudante do profeta de Jeová, Eliseu.
5, 6. (a) Por que queria o rei sírio capturar Eliseu? (b) Embora Eliseu estivesse cercado, de que modo foram ele e seu ajudante socorridos?
5 Os israelitas eram o povo escolhido de Deus, de modo que, quando a nação da Síria ficou envolvida em guerra com Israel, Jeová revelou ao seu servo Eliseu as manobras militares planejadas pelo rei da Síria. Os israelitas, sendo assim antecipadamente avisados por Eliseu, puderam repetidas vezes evitar as armadilhas que se lhes prepararam. Quando o rei sírio por fim soube quem revelava os seus estratagemas militares bem planejados, enviou uma grande força militar para capturar Eliseu. O registro bíblico explica: “Eles passaram a vir de noite e a rodear a cidade. Quando o ministro do homem do verdadeiro Deus [Eliseu] madrugou para se levantar e saiu, ora, eis que uma força militar cercava a cidade com cavalos e com carros de guerra. Seu ajudante lhe disse imediatamente: ‘Ai, meu amo! Que faremos?’” — 2 Reis 6:14, 15.
6 Parecia que os sírios estavam prestes a capturar Eliseu. Ele e seu ajudante se achavam cercados. Não havia meio de escapar. Ou havia? Eliseu confiava no apoio celestial, e por isso disse ao seu ajudante: “‘Não tenhas medo, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.’ E Eliseu começou a orar e a dizer: ‘Ó Jeová, por favor, abre-lhe os olhos para que veja.’ Jeová abriu imediatamente os olhos do ajudante de modo que viu; e eis que a região montanhosa estava cheia de cavalos e de carros de guerra, de fogo, em torno de Eliseu.” (2 Reis 6:16, 17) Sim, poderosas forças angélicas apoiavam Eliseu! Socorriam a ele e seu ajudante, tornando cegas todas as tropas inimigas. O salmo bíblico certamente é verídico: “O anjo de Jeová acampa-se ao redor dos que o temem, e ele os socorre.” — Sal. 34:7; 91:11.
7, 8. (a) Por que foram três israelitas lançados numa fornalha ardente, na antiga Babilônia? (b) Que proteção receberam estes homens, e da parte de quem?
7 Contudo, não foi apenas esta única vez, mas em muitas outras ocasiões, no passado, que Jeová Deus usou seus anjos celestiais para apoiar e socorrer seus servos fiéis. Houve uma ocasião na Babilônia, em que os três israelitas Sadraque, Mesaque e Abednego se negaram a se curvar e adorar a enorme imagem de ouro que o Rei Nabucodonosor mandara erigir. Adorariam apenas a Jeová Deus, em fidelidade à lei bíblica. (Êxo. 20:3-5; Deu. 6:5) O Rei Nabucodonosor mandou, por isso, que os três fossem lançados numa fornalha superaquecida. Ela estava tão quente, que até mesmo os homens fortes que os lançaram nela foram mortos. Mas o que aconteceu aos três israelitas?
8 Olhando para dentro das chamas, o Rei Nabucodonosor exclamou: “‘Não foram três os varões vigorosos que lançamos amarrados no meio do fogo?’ Eles responderam e disseram ao rei: ‘Sim, ó rei.’ Ele respondeu e disse: ‘Eis que estou vendo quatro varões vigorosos andando livres no meio do fogo e sem nenhum dano para eles, e a aparência do quarto é semelhante a de um filho dos deuses.’” Era espantoso! Provera-se apoio divino a estes servos fiéis de Jeová! Depois de pedir que saíssem e observar que não foram chamuscados, nem tinham o cheiro do fogo, Nabucodonosor disse: “Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, que enviou seu anjo e salvou seus servos que confiaram nele.” — Dan. 3:24-28.
9, 10. (a) Por que foi Daniel lançado na cova dos leões? (b) Como foi protegido ali, e por quem?
9 Apenas poucos anos depois, Jeová Deus proveu apoio angélico similar ao seu servo israelita Daniel. Naquele tempo, a Babilônia já havia sido derrubada pelos medos e persas, e Daniel havia sido designado alto funcionário do novo governo. Todavia, seu bom êxito induziu outros funcionários a procurar a sua queda. Induziram o rei, de modo iníquo, a fazer uma lei que proibisse por trinta dias as petições a qualquer deus ou homem que não fosse o rei, lei à qual Daniel não podia obedecer. O rei se viu assim obrigado a mandar Daniel ser lançado na cova dos leões, visto que Daniel não podia deixar nem mesmo por um só dia de adorar a Jeová Deus. — Dan. 6:1-17.
10 Naquela noite, o rei não conseguiu dormir. Por fim, de madrugada, apressou-se à cova dos leões, e clamou com voz triste: “Ó Daniel, servo do Deus vivente, pôde o teu Deus, a quem serves com constância, salvar-te dos leões?” Daniel respondeu: “Meu próprio Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões, e eles não me causaram dano.” (Dan. 6:18-22) Deveras, os anjos celestiais serviram de modo maravilhoso para apoiar os servos fiéis de Deus nos tempos passados.
APOIO CELESTIAL AOS PRIMITIVOS CRISTÃOS
11. (a) Para quem transferiu Jeová seu favor? (b) Por que precisavam estes de apoio celestial?
11 No devido tempo, Jeová transferiu seu favor da infiel nação israelita para os seguidores do seu Filho enviado, Jesus Cristo. E assim como as forças angélicas de Deus haviam apoiado e fortalecido a Jesus e aos israelitas fiéis antes dele, assim faziam também com os membros da congregação cristã. Estes certamente precisavam de apoio, pois a mensagem que pregavam a respeito de Jesus e do reino celestial de Deus era extremamente impopular entre os líderes religiosos do primeiro século.
12. Que oposição sofriam Pedro e João, e qual foi a sua reação?
12 Ora, pouco depois da ressurreição de Jesus e do derramamento do espírito santo sobre os 120 de seus seguidores, em Pentecostes, durante o ano 33 E. C., os apóstolos Pedro e João foram certa noite presos e levados à detenção. Embora fosse a primeira vez que estivessem em prisão, não tinham medo. No dia seguinte, deram testemunho denodado aos líderes religiosos que os haviam mandado prender. Às ordens deles, de parar a pregação, os apóstolos disseram: “Se é justo à vista de Deus, escutar antes a vós do que a Deus, julgai-o vós mesmos. Mas quanto a nós, não podemos parar de falar das coisas que vimos e ouvimos.” Que coragem! Que denodo! Jesus Cristo, o Filho de Deus, lhes havia ordenado que pregassem, e eles não iam deixar que alguém ou alguma coisa os impedisse! Os regentes religiosos, frustrados pela determinação dos apóstolos, ameaçaram-nos mais ainda e depois os soltaram. — Atos 4:1-22; Mat. 28:19, 20; Atos 1:8.
13, 14. (a) Depois de Pedro e João serem soltos, em prol de que oraram os cristãos? (b) Qual foi o resultado do testemunho denodado e destemido dos apóstolos?
13 Pedro e João foram imediatamente e relataram os acontecimentos aos seus co-pregadores cristãos. Depois de saber desta oposição à obra de pregação, o grupo fiel dos cristãos elevou sua voz a Deus e pediu: “Jeová, dá atenção às ameaças deles e concede aos teus escravos que persistam em falar a tua palavra com todo o denodo.” Assim que haviam feito esta súplica, diz a Bíblia, “foi abalado o lugar onde estavam ajuntados; e todos juntos ficaram cheios de espírito santo e falaram a palavra de Deus com denodo”. Sua oração fora respondida! Sim, esta manifestação do apoio do céu os encheu de zelo e denodo para continuarem com a obra de pregação apesar da oposição que talvez encontrassem! “Os apóstolos continuavam com grande poder a dar testemunho”, diz o registro bíblico. — Atos 4:23-33.
14 O resultado foi maravilhoso. “Os crentes no Senhor continuavam a ser acrescidos, multidões deles, tanto de homens como de mulheres”, diz a Bíblia. (Atos 5:14) Muitos em Jerusalém estavam interessados em ouvir algo de Jesus Cristo e do reino de Deus. Mas não os líderes religiosos; estes estavam furiosos. Decidiram parar a obra de pregação. Portanto, “levantando-se o sumo sacerdote e todos os com ele, a então existente seita dos saduceus, ficaram cheios de ciúme, e deitaram mãos nos apóstolos e os puseram no lugar público de detenção”. (Atos 5:17, 18) Este foi o segundo encarceramento de Pedro e João, mas esta vez estavam acompanhados. Os demais apóstolos foram também encarcerados com eles. Porém, não foi por muito tempo.
15. (a) Enquanto estavam na prisão, que pensamentos sobre os anjos talvez passassem pela mente dos apóstolos? (b) O que tornavam claro aos apóstolos o aparecimento e as instruções do anjo lá na prisão?
15 Durante a noite ocorreu um notável livramento, para reafirmar que Deus os apoiava na obra de pregação. Os apóstolos conheciam os salmos bíblicos que dizem que Deus “dará aos seus próprios anjos uma ordem . . . para te guardar em todos os teus caminhos”, e que Seu anjo se acampa “ao redor dos que o temem, e ele os socorre”. (Sal. 91:11; 34:7) Conheciam estes milagrosos socorros angélicos nos tempos passados. Lembravam-se também das palavras de Jesus: “Eu vos digo que os seus anjos no céu sempre observam o rosto de meu Pai, que está no céu.” (Mat. 18:10) Enquanto estavam na prisão, talvez lhes passassem pela mente estes pensamentos sobre os anjos de Deus. Mesmo assim, quão surpresos devem ter ficado quando “durante a noite, o anjo de Jeová abriu as portas da prisão, trouxe-os para fora e disse: ‘Ide embora, e, tendo tomado posição no templo, persisti em falar ao povo todas as declarações a respeito desta vida’”! (Atos 5:19, 20) Poderia haver algo mais claro de que Jeová apoiava a pregação de seu povo? Quanta alegria, quanta confiança e quanta gratidão isto lhes dava! Estavam certos naquilo que faziam! Aqueles religiosos estavam errados e estavam lutando contra Deus.
16. Que apoio celestial similar recebeu Pedro mais tarde?
16 Similar apoio celestial foi provido algum tempo depois, quando surgiu novamente forte oposição à obra de pregação. O Rei Herodes Agripa havia mandado matar pela espada o apóstolo Tiago. Também mandou prender a Pedro e lançá-lo na prisão. Esta vez, a vida de Pedro estava realmente em jogo. Herodes planejava trazê-lo para fora, e, sem dúvida, mandar executá-lo. (Atos 12:1-5) Mas, naquela mesma noite, um anjo de Jeová se pôs do lado de Pedro, as cadeias caíram rompidas das mãos deste e ele foi levado para fora, passando pelos guardas, para a liberdade. (Atos 12:6-10) Sim, Pedro foi milagrosamente liberto para que pudesse continuar a tomar a liderança na promoção da obra de pregação!
17. Que parte direta tiveram os anjos na obra de pregação, conforme demonstrado no encontro de Filipe com o eunuco etíope?
17 Os anjos de Deus não só agiram para preservar os Seus servos terrestres, mas tomaram também diretamente parte na obra de pregação, ajudando os cristãos a entrar em contato com pessoas de disposição justa. Por exemplo, em certa ocasião “o anjo de Jeová falou a Filipe, dizendo: ‘Levanta-te e vai para o sul, à estrada que desce de Jerusalém para Gaza.’ . . . Em vista disso, levantou-se e foi e eis um eunuco etíope, . . . que . . . estava sentado no seu carro, e lia em voz alta o profeta Isaías.” Filipe foi orientado a se chegar ao carro, e, quando explicou as verdades bíblicas a respeito de Jesus Cristo, o homem, todo feliz, as aceitou e foi batizado. Quão grande é o privilégio dos cristãos, de servirem sob a direção de anjos celestiais! — Atos 8:26-38.
18, 19. Que papel desempenhou um anjo de Deus ao orientar que se fizesse a pregação também aos não judeus?
18 Em outra ocasião, pouco depois, um anjo de Jeová orientou que a mensagem do Reino fosse levada a não-israelitas ou não-judeus incircuncisos. Durante três anos e meio após a morte de Jesus, ou até 36 E. C., aceitavam-se apenas judeus e prosélitos judaicos na congregação cristã. Assim a oportunidade de se tornar membro do reino celestial se limitava a tais pessoas. No entanto, apenas um número limitado de judeus aproveitou-se desta maravilhosa oportunidade, e, portanto, em 36 E. C., chegara o tempo de Deus para a oportunidade de se tornar herdeiro do reino celestial ser oferecida a pessoas incircuncisas de todas as nacionalidades.
19 Portanto, um anjo apareceu numa visão a um não-judeu temente a Deus, de nome Cornélio. O anjo disse a Cornélio que mandasse buscar o apóstolo Pedro e que pedisse que Pedro viesse pregar-lhe, para que pudesse entrar em contato com a congregação cristã de Jeová. Cornélio obedeceu, e quando seus mensageiros encontraram Pedro, explicaram-lhe: “Cornélio . . . recebeu instruções divinas por meio dum santo anjo para te mandar buscar para a sua casa e para ouvir as coisas que tens a dizer.” (Atos 10:1-22) Pedro aceitou a orientação celestial, e teve o privilégio de acolher os primeiros não-judeus incircuncisos na congregação cristã.
20. Que orientação celestial recebeu o apóstolo Paulo na sua obra de pregação?
20 O apóstolo Paulo e seus companheiros missionários também receberam freqüentemente orientação celestial. Por exemplo, narrando uma das suas viagens missionárias, a Bíblia diz: “Passaram pela Frígia e pelo país da Galácia, porque estavam proibidos pelo espírito santo de falar a palavra dentro do distrito da Ásia. Outrossim, descendo à Mísia, fizeram esforços para entrar na Bitínia, mas o espírito de Jesus não lhes permitiu isso. De modo que deixaram Mísia de lado e desceram a Trôade. E, durante a noite, apareceu a Paulo uma visão: certo homem macedônio estava em pé, suplicando-lhe e dizendo: ‘Passa à Macedônia e ajuda-nos.’ Ora, assim que ele viu a visão, procuramos passar à Macedônia, tirando a conclusão de que Deus nos convocara para declarar-lhes as boas novas.” (Atos 16:6-10) Que orientação celestial direta o apóstolo Paulo recebeu! Quão evidente é que aqueles primitivos cristãos recebiam apoio e orientação celestiais na sua obra de pregação!
APOIO CELESTIAL HOJE EM DIA
21. Que evidência há de que as testemunhas cristãs de Jeová têm tido apoio celestial nos tempos modernos?
21 Mas que dizer de hoje em dia? Recebem apoio e direção celestiais as testemunhas cristãs de Jeová que obedecem à Sua ordem de pregar as boas novas do Reino? Não pode haver dúvida sobre isso. As tentativas de eliminar a sua obra de pregação tiveram tão pouco êxito como tais esforços no primeiro século. Por exemplo, há mais de trinta anos o tirano Adolf Hitler jurou: “Esta raça será exterminada da Alemanha.”a Todavia, apesar dos campos de concentração e da perseguição brutal, as testemunhas de Jeová sobreviveram e agora há dezenas de milhares delas, que ainda pregam na Alemanha, ao passo que Hitler e seu partido estão mortos e desapareceram. Em anos recentes, também em muitos outros países, tais como Portugal, Espanha, Cuba, Malaui, a República Árabe Unida e assim por diante, dezenas de testemunhas de Jeová foram presas e encarceradas, mas a mensagem do Reino continua a ser pregada. É evidente que os anjos de Jeová desempenham um papel importante para tornar isso possível, assim como fizeram no primeiro século.
22. De que modo indicam as Escrituras que os anjos tomariam parte na obra de pregação nestes “últimos dias”?
22 As Escrituras indicam que os anjos teriam também uma parte bem direta na obra de pregação nestes “últimos dias”. A profecia bíblica diz que Cristo ‘enviaria os seus anjos’ para ‘ajuntar os seus escolhidos’. (Mat. 24:31) No entanto, os anjos não só serviram de instrumentos no ajuntamento dos “escolhidos” que por fim se tornarão membros da noiva celestial de Cristo, mas também participam em separar as pessoas das nações, conforme Jesus explicou: “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, . . . ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.” — Mat. 25:31-33; veja também Revelação 14:6-10.
23-25. Que experiências modernas indicam que os anjos participam na atual pregação do Reino?
23 Há atualmente evidência desta participação angélica na pregação do Reino? Considere o seguinte: Há alguns anos atrás, houve um jovem casal que recebia exemplares da revista A Sentinela e gostava de lê-los. Quanto mais o marido lia, tanto mais cria que a revista continha a verdade bíblica. Daí, certo sábado à noite, ele e sua esposa se ajoelharam e oraram, pedindo que, se esta fosse a vontade de Deus, Deus se agradasse de enviar um ministro que lhes explicasse o Seu caminho. Logo na manhã seguinte, uma das testemunhas de Jeová chegou à sua porta com a mensagem do Reino! O casal ficou surpreso, mas provavelmente não mais do que o ministro que foi literalmente agarrado, puxado para dentro da casa, assentado e rogado a dar conhecimento bíblico. Este homem é agora servo ministerial numa das congregações das testemunhas de Jeová.
24 Numa experiência similar, um ministro das testemunhas de Jeová foi recentemente convidado a entrar, e se lhe fez a pergunta: “Quem o enviou?” O ministro perguntou por que o morador queria saber isso, e foi informado: “Na noite passada orei a Deus para enviar alguém a ajudar-me a entender a Bíblia.” Iniciou-se logo um estudo bíblico com esta pessoa semelhante a uma ovelha.
25 Também numa assembléia semi-anual das testemunhas de Jeová no Texas, E. U. A., certa Testemunha relatou há pouco tempo atrás: “Normalmente, minha filha vai à escola de carro com uma vizinha, mas certa manhã em janeiro, por algum motivo, decidi levá-la eu mesma. Quando voltava para casa, vi uma senhora andando, e visto que fazia frio, ofereci levá-la ao seu destino. Ela notou minha bolsa de testemunho e perguntou que espécie de livros havia nela. Quando foi informada de que um era uma Bíblia e o outro um compêndio bíblico, ela ficou extremamente agitada. Na noite anterior havia orado a Deus para que a levasse ao povo Dele. Agora pediu-me que iniciasse um estudo bíblico com ela, e insistiu que eu entrasse naquela mesma hora na sua casa.”
26, 27. Que experiência envolvendo duas senhoras que se encontraram numa lavandaria automática evidencia mais ainda a orientação angélica?
26 Outra experiência que evidencia a orientação celestial começou numa lavandaria automática, em Cleveland, Ohio, um par de anos atrás. Duas senhoras estavam empenhadas numa conversa sobre as condições mundiais. No fim da palestra, uma senhora disse à outra, sem saber que era testemunha de Jeová: “Seria bom se a senhora me pudesse visitar em casa para continuarmos esta palestra.” Infelizmente, porém, a Testemunha perdeu o endereço. Dois meses depois o descobriu e fez logo a visita. A senhora ficou muito alegre de vê-la, explicando: “Desejei todos os dias que viesse visitar-me. Mas, eu não sabia seu nome, e por isso não pude telefonar-lhe.” Esta senhora havia recentemente perdido seu pai e tivera muito pesar por causa disso e de outros problemas. Iniciou-se logo um estudo bíblico com ela, e ela progrediu rapidamente em conhecimento bíblico, e em pouco tempo já participava em dar as boas novas a outros.
27 Mais tarde, esta senhora explicou que no próprio dia em que a Testemunha a visitou no lar, ela havia decidido suicidar-se, por causa das suas crescentes dificuldades. Mas antes de fazer isso, ela pediu a Deus em oração que lhe enviasse a senhora com quem havia falado na lavandaria automática, pois talvez lhe pudesse ajudar. Quase que imediatamente tocou a campainha da porta, e lá estava a Testemunha! E deve compreender que foi apenas pouco antes que a Testemunha havia encontrado outra vez o endereço da senhora! Os anjos, certamente, desempenham hoje um papel ativo em orientar os servos de Deus a achar tais pessoas semelhantes a ovelhas, assim como faziam no primeiro século. Que privilégio é participar, sob orientação celestial, na pregação das boas novas do Reino!
28. Por que temos todos os motivos para manter o conceito correto sobre a pregação do Reino?
28 Temos todos os motivos para manter o conceito correto de que a pregação do Reino é a obra mais importante hoje na terra. Somente o reino de Deus pode introduzir um governo estável e a paz de que a humanidade precisa tão desesperadamente. Portanto, qualquer que seja o obstáculo, não permita que o faça diminuir o passo ou parar de pregar “estas boas novas do reino”. Lembre-se sempre: Jeová Deus e seus anjos celestiais o apóiam nesta obra. É colaborador de Deus. (1 Cor. 3:9) Portanto, nunca fique com medo, desanimado ou abatido. Antes, ‘tenha boa coragem e diga: “Jeová é meu ajudador.”’ Ele deveras o apóia. — Heb. 13:6.
[Nota(s) de rodapé]
a Tirado duma narrativa juramentada de Karl R. A. Wittig, que em 1934 era funcionário do governo alemão, estando presente quando Hitler fez esta declaração. Em 13 de novembro de 1947, esta narrativa foi assinada perante um tabelião em Francforte Sobre o Meno.
[Foto na página 568]
O anjo de Jeová orientou Filipe a pregar a verdade de Deus a um etíope. Os cristãos pregam hoje também sob a orientação dos anjos celestiais.