Capítulo 10
Uma “grande multidão” aclama o iminente governo mundial
1, 2. Perante quem são agora ajuntadas todas as nações da terra?
TODAS as nações da terra, as que já fazem parte das Nações Unidas e as que ainda não fazem parte deste organismo mundial, estão agora ajuntadas perante o Rei entronizado de Deus, seu Filho Jesus Cristo. É exatamente assim como o predissera o Filho de Deus, quando estava na terra, há dezenove séculos. Na última ilustração apresentada na sua profecia que pormenoriza o “sinal da [sua] presença [parousia] e da terminação do sistema de coisas”, Jesus Cristo disse:
2 “Quando o Filho do homem chegar na sua glória, e com ele todos os anjos, então se assentará no seu trono glorioso. E diante dele serão ajuntadas todas as nações.” — Mateus 25:31, 32.
3. Como talvez argumentem alguns, objetando à declaração feita?
3 Muitos contestarão hoje o cumprimento desta profecia inspirada, argumentando que não vêem os mais de quatro bilhões de pessoas, de todas as nacionalidades, tribos e raças, ajuntadas em algum lugar espaçoso, perante um trono celestial, visível, no qual esteja sentado o Filho do homem, Jesus Cristo, assistido por “todos os anjos” do céu. Concordamos com estes objetores de que eles não vêem tal ajuntamento internacional. Em primeiro lugar, como é que poderiam todos os quatro bilhões de habitantes da terra chegar a tal lugar de reunião, mesmo que tivessem à disposição todos os meios de transporte que hoje existem? Isso, naturalmente, está fora de questão.
4. Por que não é agora nenhum problema para Jesus tal ajuntamento?
4 No entanto, os astronautas humanos, que fizeram seis alunissagens, nos últimos anos, puderam ver da superfície da lua a terra levantar-se e pôr-se, e também todo o globo terrestre girando, enquanto viajavam na sua nave espacial entre a lua e a terra. Quanto mais pode o sobre-humano e glorificado Jesus Cristo abranger todo o cenário terrestre. Já de seu trono, muito acima da lua! Desde o seu enaltecimento à destra de seu Pai celestial, em 33 E.C., ele sempre pôde fazer isso. Portanto, em que sentido são todas as nações ajuntadas diante dele, desde a sua entronização no céu, no fim dos tempos dos gentios em 1914?
5. Como foram todas as nações ajuntadas diante do entronizado Cristo?
5 Ora, a situação mudou para as nações, desde que se esgotou sua licença de dominação mundial, sem interferência por parte da soberania universal de Deus em 1914. (Lucas 21:24; Salmo 110:1, 2) Quando Jesus Cristo voltou sua atenção para as nações, a partir de então, fez isso como reinante Rei messiânico. (Revelação 11:15; 12:10) Ele as enfrenta agora e as inspeciona quanto à sua atitude referente à sujeição e ao legítimo governo messiânico. Todas elas são tratadas como um só sistema político, mundial, como um grupo associado, e juntas, elas o confrontam e lidam com ele por causa da questão suprema da dominação mundial. Têm de decidir agora entre a soberania nacional e a soberania universal de Deus por meio de seu reino messiânico. Por causa da “autoridade do seu Cristo”, o entronizado Filho de Deus está agora autorizado a pastorear todas as nações com “vara de ferro” e espatifá-las no tempo devido. (Revelação 12:5; 19:15; Salmo 2:8, 9) As nações condenadas ajuntaram-se agora sob a égide da organização das Nações Unidas, mas não cedem ao governo de Cristo.
6. Como foram todas as nações avisadas sobre a sua posição mudada?
6 Todas as nações foram avisadas a respeito da mudança de sua posição perante Jeová Deus, Aquele que designou os tempos dos gentios ou “tempos designados das nações”. (Daniel 4:16, 23, 25, 32; Lucas 21:24) Como? Por Jeová enviar seus “embaixadores” do Reino às nações, os quais pregam ‘estas boas novas do reino em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações’, assim como Jesus Cristo predisse em Mateus 24:14. Esses “embaixadores” do Reino são os “escolhidos” de Deus, os “irmãos” espirituais de Jesus Cristo. (2 Coríntios 5:20; Efésios 6:20; João 20:17; Hebreus 2:11, 12) Por meio de tal serviço de embaixadores e da proclamação do Reino a todas as nações, elas são ajuntadas perante o Rei ungido de Deus, Jesus Cristo, o qual segura o cetro de ferro. As testemunhas cristãs de Jeová já introduziram a mensagem do Reino em duzentas e dez terras, e, em resultado disso, há discípulos do Rei Jesus Cristo ativos em todas essas terras. (Mateus 28:19, 20) Desta maneira, todas as nações foram ajuntadas perante o entronizado Rei como tendo sido avisadas, em base comum, sob responsabilidade igual. — Veja Mateus 24:31; Isaías 43:9.
SEPARAÇÃO DOS APOIADORES DO REINO DAQUELES QUE NÃO O APÓIAM
7, 8. (a) Separa o Rei as nações como tais segundo as suas diferenças políticas? (b) Em que base se faz a separação?
7 Como lida o “Filho do homem”, sentado no seu glorioso trono celestial, com as nações assim ajuntadas diante dele? Na sua ilustração, Jesus prosseguiu: “E ele separará uns dos outros assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à sua esquerda.” — Mateus 25:31-33.
8 Devemos observar que o Rei Jesus Cristo não separa as nações em duas classes, uma classe contra a o outra, com diferenças políticas. Antes, ele separa as pessoas que vivem nestas nações, permitindo assim que cada uma faça sua própria escolha pessoal, sem consideração do que faz o governo nacional acima dela. Esta obra de separação ocorre durante a “presença” invisível de Cristo no poder do Reino e em grande glória. (Mateus 24:3, 37, 39, 40) Em que base se faz esta obra de separação? Na base do apoio que dão ao reino de Cristo ou de sua rejeição dele. Então, que animal representa os apoiadores do Reino e que animal representa os que não o apoiam? Notemos o seguinte:
9, 10. O que fizeram aqueles que são semelhantes a ovelhas, separados para a direita do Rei?
9 “O rei dirá então aos à sua direita: ‘Vinde, vós os que tendes a bênção de meu Pai, herdai o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vós me destes algo para comer; fiquei com sede, e vós me destes algo para beber. Eu era estranho, e vós me recebestes hospitaleiramente; estava nu, e vós me vestistes. Fiquei doente, e vós cuidastes de mim. Eu estava na prisão, e vós me visitastes.’” — Mateus 25:34-36.
10 De modo que as “ovelhas” representam os apoiadores do reino messiânico, preparado para estes desde a fundação do mundo da humanidade. Mas já que o Rei Jesus Cristo não é visível em carne, durante a sua atual “presença” no poder do Reino e em glória, como lhe fizeram isso essas pessoas semelhantes a ovelhas! A sua ilustração prossegue:
11. Como responde o Rei às perguntas das “ovelhas”?
11 “Então os justos lhe responderão com as palavras: ‘Senhor, quando te vimos com fome, e te alimentamos, ou com sede, e te demos algo para beber? Quando te vimos como estranho, e te recebemos hospitaleiramente, ou nu, e te vestimos? Quando te vimos doente, ou na prisão, e te fomos visitar?’ E o rei lhes dirá, em resposta: ‘Deveras, eu vos digo: Ao ponto que o fizestes a um dos mínimos destes meus irmãos, a mim o fizestes.’” — Mateus 25:37-40.
12. Como fizeram tais coisas as “ovelhas” justas, e por quê?
12 Por mencionar “meus irmãos”, o Rei Jesus Cristo referiu-se os “seus escolhidos”, aqueles que são, “deveras, herdeiros de Deus, mas co-herdeiros de Cristo”. (Mateus 24:31; Romanos 8:17) Destes irmãos espirituais ainda sobra na terra um pequeno restante. Todos estes se têm empenhado diligentemente em cumprir a profecia de Jesus: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações”, porque sabem, pelo “sinal” da “presença” ou parousia invisível de Cristo, que o reino de Deus está próximo às portas. Por fazerem isso, desde o fim dos tempos dos gentios, em 1914, são os que têm sofrido fome, sede, nudez, doença, ausência do lar ou sem domicílio, e até mesmo encarceramento, apenas por pregarem “estas boas novas do reino”. (Mateus 24:14, 32, 33; Marcos 13:9, 10; Lucas 21:29-31) Os “justos” semelhantes a ovelhas vêm em auxílio dos “irmãos” espirituais de Cristo, porque estão a favor do Reino que lhes é, pregado por esses “embaixadores” cristãos. Aclamam tal reino como o governo legítimo para toda a humanidade.
13, 14. (a) Essas “ovelhas” tornaram-se semelhantes a que não-judeus nos dias da Rainha Ester? (b) Como se tornam discípulos do Rei?
13 Ajudam conscientemente a promoção da proclamação do Reino, porque oram por este governo mundial e estão a favor dele. Este é o motivo pelo qual sua ajuda aos “irmãos” espirituais do Rei Jesus Cristo tem valor perante este. Há muito tempo, foram prefigurados pelos não-judeus que prestaram auxílio aos judeus em perigo, nos dias da Rainha Ester e do Primeiro-ministro Mordecai, no reinado de Assuero, imperador da Pérsia. — Ester 8:17; 9:3.
14 Por conseguinte, a estes aplica-se a promessa do Rei: “Quem vos der um copo de água a beber em razão de pertencerdes a Cristo, deveras, eu vos digo que de nenhum modo perderá a sua recompensa.” (Marcos 9:41) De modo que, agora, os auxiliadores justos, semelhantes a ovelhas, são recompensados com o privilégio de se juntarem ao restante dos “irmãos” de Cristo na pregação destas “boas novas do reino”, em todo o mundo, e de compartilhar com os do restante nos sofrimentos deles por esta causa. Na realidade, tornam-se “discípulos” de Cristo, o Rei, dedicando-se ao Pai celestial do Rei, Jeová Deus, e sendo batizados em água, em símbolo da tal dedicação. — Mateus 28:19, 20.
15. Com que comissão de serviço são abençoadas as “ovelhas”?
15 Por causa deste proceder dedicado, os justos semelhantes a ovelhas, são constituídos em enviados do reino messiânico de Deus, plenamente comissionados a pregar este governo mundial, teocrático, a pessoas de todas as tribos, nações, raças e línguas. Deveras, tornam-se ‘os que tem a benção do Pai de Cristo’.
16. Como herdarão as “ovelhas” o Reino há muito preparado?
16 Serão recompensados pela sua fidelidade à soberania universal do Pai do Rei — não com uma herança no reino celestial, junto com Jesus Cristo e seus “irmãos” espirituais — mas com uma herança no domínio terrestre do reino messiânico. A palavra “reino” amiúde e usada para se referir ao domínio governado por um reinado. Este domínio do Reino será o Paraíso terrestre, sobre o qual Jesus Cristo falou há mais de dezenove séculos, pouco antes de sua morte na estaca, quando ele disse a um simpatizante moribundo: “Deveras, eu te digo hoje [no dia da Páscoa de 33 E.C.]: Estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43) Mas, quando Deus expulsou Adão e Eva do paraíso no Éden, ele pensava nesse Paraíso restabelecido, segundo o que disse em Gênesis 3:15, e isto foi na “fundação do mundo”. — Mateus 25:34.
OS QUE NAO APÓIAM O IMINENTE GOVERNO MUNDIAL
17, 18. Que sentença é proferida contra os “cabritos”, e por quê?
17 Em contraste com o convite do Rei, de ‘herdar o [domínio do] reino preparado para [as ovelhas justas] desde a fundação do mundo’, profere-se sentença contra os simbólicos “cabritos” da ilustração. Sobre estes, a parábola prossegue:
18 “Então dirá, por sua vez, ,aos à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, vós os que tendes sido amaldiçoados, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos. Pois fiquei com fome, mas vós não me destes nada para comer, e fiquei com sede, mas vós não me destes nada para beber. Eu era estranho, mas vós não me recebestes hospitaleiramente; estava nu, mas vós não me vestistes; doente e na prisão, mas vós não cuidastes de mim.’ Então lhes responderão também estes com as palavras: ‘Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estranho, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te ministramos?’ Então lhes responderá com as palavras: ‘Deveras, eu vos digo: Ao ponto que não o fizestes a um destes mínimos, a mim não o fizestes.’” — Mateus 25:41-45.
19. Considera o Rei a conduta deles como descaso ignorante?
19 Agora, poderíamos muito bem perguntar: Considera o Rei a questão como mero descaso impremeditado por parte da classe dos “cabritos”? Considera a conduta deles apenas como expressão de negligência ignorante da sua parte? Certamente que não, porque vemos que chama estes negligentes de “amaldiçoados” e manda que se afastem para “o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”. O Rei os deve estar classificando ou julgando como iníquos segundo a regra bíblica: “A maldição de Jeová está sobre a casa do iníquo, mas ele abençoa o lugar de permanência dos justos.” (Provérbios 3:33) Mas, por que seria a classe dos “cabritos” amaldiçoada por apenas não terem vindo em auxílio e socorro dos “irmãos” de Cristo?
20, 21. Mesmo não conhecendo nenhuma regra o que sabiam as “ovelhas” e os “cabritos”?
20 Se disséssemos que os simbólicos “cabritos” foram “amaldiçoados” e condenados à destruição junto com o Diabo e seus anjos apenas por negligenciarem em ignorância os “irmãos” de Cristo, então, pela lógica, teríamos de argumentar que as simbólicas “ovelhas” foram abençoadas e recompensadas com um lugar no domínio do Reino apenas por fazerem, em ignorância, o bem aos “irmãos” de Cristo. Que mérito real haveria, pois, no bem que as “ovelhas” fizeram aos “irmãos” de Cristo? Ou que demérito haveria no descanso dos “cabritos”, do qual estes não se deram conta? Onde estão então a justiça, em se recompensar uma classe ignorante e em punir outra classe ignorante? Pelo visto, não haveria justiça em tal tratamento.
21 Façamos de conta que ambas as classes desconheciam a regra de que aquilo que faziam ou não faziam aos “irmãos” espirituais de Cristo elas faziam ou não faziam ao próprio Cristo. Ainda assim, não desconheciam o fato de lidarem com os “irmãos” dele! Por que não?
22. A quem deviam pregar os “irmãos” de Cristo? Com que reação?
22 Temos de tomar a parábola das ovelhas e dos cabritos, de Jesus, junto com o que ele dissera antes, na sua profecia a respeito do “sinal da [sua] presença e da terminação do sistema de coisas”. (Mateus 24:3) Falara sobre a obra aprovada de seus “irmãos” espirituais quando lhe dissera, em Mateus 24:1: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações.” Não apenas às nações chamadas cristãs ou à cristandade, mas a “todas as nações”, em “toda a terra habitada”. Contudo, Jesus dissera também aos seus “irmãos” espirituais: “Então vos entregarão a tribulação e vos matarão, e sereis pessoas odiadas por todas as nações, por causa de meu nome.” — Mateus 24:9.
23. Prova o não-reconhecimento dos “irmãos” de Cristo que eles não os são?
23 O ódio por causa do seu nome significa que os “irmãos” de Cristo se identificariam pela pregação das “boas novas do reino” em todo o mundo e por fazerem discípulos dele, batizando-os. (Mateus 28:19, 20) Em geral, as pessoas, ou os governos nacionais que essas pessoas apoiam, negam-se a reconhecer esses pregadores das “boas novas” do Reino como sendo “irmãos” espirituais de Cristo. Mas, refuta isso realmente que estes deveras são “irmãos” espirituais de Cristo? Não!
24. Quando se torna inescusável o descaso para com os “irmãos” de Cristo?
24 Esta recusa geral das pessoas, de não quererem reconhecer os “irmãos” espirituais de Cristo como tais, e tal ódio internacional movido a eles, por causa daquilo que pregam a respeito do Reino, tem influenciado as pessoas no tratamento que lhes dispensam. Numa nação que possui uma Carta de Direitos, defendendo a liberdade de adoração, as pessoas talvez não participem na perseguição violenta dos “irmãos” de Cristo. Mas, por medo da opinião pública ou por concordarem com ela, os que se abstêm de tal perseguição negam-se deliberadamente a ajudar, socorrer ou apoiar os “irmãos” de Cristo. Por isso, sua atitude negativa, seu descaso, não é desculpável. — Provérbios 29:18.
25. Por que não pode haver indiferença na questão, sem haver punição?
25 A ilustração das ovelhas e dos cabrito; de Jesus, toma tudo isso em consideração. Não auxiliar ou socorrer os “irmãos” de Cristo importa em não auxiliar e apoiar o reino de Cristo, o iminente governo mundial. Este é um assunto sério e não há meio-termo, não há transigência, nem posição equívoca, com respeito à questão do governo mundial. Jesus Cristo, o Rei, odeia o que não é nem frio nem quente. (Revelação 3:16) Jesus disse também: “Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não junta, espalha.” (Mateus 12:30; Lucas 11:23) Nesta base, não há nenhuma injustiça por parte de Jesus em declarar que os caprinos, que não apóiam o seu “trono” ou reino, são “amaldiçoados” e hão de ser punidos junto com a Diabo e seus anjos. O título “Diabo” significa “Caluniador”, e esses “cabritos” são classificados junto com o Principal Diabo, porque escutam as calúnias do Diabo e de seus anjos e têm preconceito sobre os “irmãos” de Cristo. (Revelação 12:10) Devem compartilhar da sorte dele.
26. Quando dirá o Rei aos “cabritos” para que se afastem para o “fogo”?
26 Portanto não sejamos culpados de desculpar os “cabritos” e assim questionar a justiça de Cristo, o Rei. Não importa se alguém gosta da idéia ou não, a ilustração de Jesus se encerra com o julgamento executado nos “cabritos” faltosos e as “ovelhas” justas, dizendo: “E estes [os simbólicos cabritos] partirão para o decepamento eterno, mas os justos, para a vida eterna.” (Mateus 25:46) Quando é que Cristo, o Rei, dirá aos “cabritos” amaldiçoados que se afastem para o simbólico “fogo”, ou “decepamento” (em grego: kólasis)? Depois de a pregação das boas novas do Reino ter sido realizada em toda a terra, pelos seus “irmãos” espirituais e vier “o fim” deste sistema de coisas, que agora está na sua “terminação”. (Mateus 24:3, 14) Então irrompera a “grande tribulação” em todo o mundo, e os “cabritos” não sobreviverão a ela. — Mateus 24:21, 22.
27. De que são ‘decepados’ os “cabritos”, e por quanto tempo?
27 O “decepamento” (kólasis) eterno dos “cabritos” é o contrário da “vida eterna” com que as “ovelhas” são recompensadas. É uma punição eterna, porque esta forma de punição nunca será suspensa para estes “cabritos” que são executados na “grande tribulação”. Nunca terão uma ressurreição dentre os mortos. Sofrem aquela outra morte mencionada na Bíblia, “a segunda morte”, que é simbolizada pelo “lago de fogo”. Não haverá livramento deste simbólico “lago de fogo” para eles, assim como tampouco há para Satanás, o Diabo, e seus anjos demoníacos. (Revelação 20:10-15; Gênesis 3:15) Perecerão na “grande, tribulação”, que atingirá seu clímax na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”, no Har-Magedon. — Revelação 16:14, 16; 19:11-21.
OS SOBREVIVENTES DA “GRANDE TRIBULAÇÃO”
28, 29. A que sobrevivem as “ovelhas”, conforme mostra Revelação 7:13-15?
28 Não queremos ser ‘decepados eternamente’ junto com os “cabritos”, na iminente, “grande tribulação”, ou queremos? Não, se quisermos usufruir o iminente governo mundial de Jeová Deus por seu Filho, Jesus Cristo. Nossa escolha sensata, que honra a Deus, é a de nos mostrarmos semelhantes às “ovelhas” benditas. A classe constituída pelas simbólica “ovelhas” passará com vida através da “grande tribulação”. Esta sobrevivência levará à sua “vida eterna” sob o iminente governo mundial. Haverá uma inúmera “grande multidão” de tais sobreviventes, semelhantes a ovelhas, da “grande tribulação”. Temos a garantia disso declarada no diálogo entre um “ancião” especial e um dos “irmãos” de Cristo, o apostolo João. Lemos a respeito deste diálogo:
29 “E em resposta, [um dos anciãos] me disse: ‘Quem são estes que trajam compridas vestes brancas e donde vieram?’ Eu lhe disse assim imediatamente: ‘Meu senhor, és tu quem sabes.’ E ele me disse: ‘Estes são os que saem da grande tribulação, e lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro. É por isso que estão diante do trono Deus; e prestam-lhe serviço sagrado, dia e noite, no seu templo; e o que está sentado no trono estenderá sobre eles a sua tenda.’” — Revelação 7:13-15.
30. Sobrevivem sob a proteção de que, para ficarem perante quem?
30 Deus estende sua “tenda” de proteção sobre, essas pessoas trajadas de vestes brancas. Isto explica por que, além do restante dos “irmãos” espirituais de Cristo, aos quais continuaram a fazer o bem, elas são as únicas pessoas dentre toda a população da terra, naquele tempo, que “saem da grande tribulação”. Durante esta “grande tribulação” terão sido derrubados e destruídos todos os tronos dos governantes das nações. (Ageu 2:22) Este é o motivo pelo qual não se fala de nenhum outro trono nesta visão específica do apostolo João, exceto do “trono de Deus”. (Revelação 7:10-15) Não se vê ninguém mais sentado num trono, exceto Deus. Sua posição como Soberano do universo, inclusive de nossa terra, é vindicada!
31. Que ação tomaram, a qual não é mostrada na parábola de Jesus?
31 Esta visão mostra que os sobreviventes, em vestes brancas, da “grande tribulação” fizeram mais do que o ilustrado na parábola de Jesus a respeito das ovelhas e dos cabritos. Eles “lavaram as suas vestes compridas e as embranqueceram no sangue do Cordeiro”. Este fato declarado enfatiza que são crentes no Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, e que aceitaram seu sacrifício expiatório de pecados, seu sangue derramado. Este é um dos fatores que induz a auxiliar e socorrer os “irmãos” espirituais de Cristo e a trabalhar com eles. Acima de tudo, buscaram do Pai celestial do Cordeiro, o Soberano Universal, a salvação da “grande tribulação.”
32. Como satisfazem o requisito básico para tal salvação?
32 A “grande multidão” mostra que eles satisfazem, os requisitos fundamentais para terem essa salvação, pela atitude que tomam para com o trono de Deus e pelo que publicamente confessam perante ele. Isto se torna claro para nós, ao lermos: “Depois destas coisas [depois da selagem dos 144.000 israelitas espirituais, os irmãos espirituais do Cordeiro] eu vi, e, eis uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de toda as nações, e tribos, e povos, e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajados de compridas vestes brancas; e havia palmas nas suas mãos. E gritavam com voz alta, dizendo: ‘Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro.’” — Revelação 7:9, 10.
33. Que reconhecimento fazem a Deus e ao Filho dele? Como?
33 Trajada de modo adequado, esta “grande multidão”, na qual não há nenhum israelita espiritual, Está postada a respeitosamente perante o trono de Deus, reconhecendo-o como Governante Mundial. (Revelação 11:15) Como que com folhas de palmeira, aclamam-no unidamente como Soberano Universal, Aquele que tem o direito de ocupar o trono do governo universal. (Veja João 12:12, 13.) Reconhecem também o “Agente Principal da vida” usado por Jeová Deus, “o Cordeiro”, Jesus Cristo, seu Filho. (Atos 3:15; João 1:29, 36) Por isso confessam alegremente, perante o céu e a terra, a Fonte de sua salvação da “grande tribulação” e também o Agente Principal dele, neste respeito.
34. Especialmente desde quando tem havido o ajuntamento deles?
34 Durante esta “terminação do sistema de coisas”, notavelmente desde o ano de 1935 E.C., esta “grande multidão” tem sido reunida e unificada apesar de sua origem nacional, racial e tribal. Ouviram a pregação mundial destas “boas novas do reino”. Acatando a informação oportuna, publicada primeiro na página 250 (parágrafo 34) da Torre de Vigia (Sentinela; em inglês) de 15 de agosto de 1934, passaram a dedicar-se a Jeová Deus, por intermédio de seu Cordeiro, Jesus Cristo. Simbolizaram sua dedicação pelo batismo em água. Juntaram-se ao restante dos “irmãos” espirituais de Cristo na pregação das “boas novas”, até os confins da terra. Quão bem soa nos nossos ouvidos ouvi-los aclamar assim o iminente governo mundial de Jeová!