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ApedrejamentoAjuda ao Entendimento da Bíblia
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apedrejar o malfeitor, eles se mostravam zelosos pela adoração verdadeira, ansiosos de certificar-se de que nenhum vitupério sobreviesse ao nome de Deus, e desejosos de manter uma congregação limpa.
Antes do apedrejamento, pelo menos duas testemunhas tinham de dar testemunho harmonioso contra o malfeitor, e, depois disso, atiravam as primeiras pedras. (Lev. 24:14; Deut. 17:6, 7) A perspectiva de se tornar o executor fazia com que a pessoa refletisse seriamente ao apresentar evidência e, sem dúvida, agia como elemento dissuasivo contra o falso testemunho, o qual, se comprovado, custaria a própria vida da testemunha mentirosa. — Deut. 19:18-20.
O apedrejamento geralmente se dava, sem dúvida, fora da cidade. (Núm. 15:34, 35; 1 Reis 21:13; compare com Deuteronômio 22:21.) Depois disso, como aviso, o cadáver talvez fosse pendurado numa estaca, mas isso não devia passar do pôr-do-sol. Era enterrado no mesmo dia. — Deut. 21:21-23.
Jesus se referiu a Jerusalém como “matadora de profetas e apedrejadora dos que lhe são enviados”. (Mat. 23:37; compare com Hebreus 11:37.) O próprio Cristo foi ameaçado de apedrejamento. (João 8:59; 10:31-39; 11:8) Estêvão foi morto desse modo. (Atos 7:58-60) Em Listra, judeus fanáticos “apedrejaram Paulo e o arrastaram para fora da cidade, julgando-o morto”. — Atos 14:19; compare com 2 Coríntios 11:25.
Para saber das ofensas que mereciam a penalidade de apedrejamento, veja Crime e Punição.
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Ápio, Feira DeAjuda ao Entendimento da Bíblia
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ÁPIO, FEIRA DE
Também chamada de “Appii Forum” (Foro de Ápio). Um mercado (feira) a 43 milhas romanas (c. 64 km) a SE de Roma. Era bem-conhecida parada na famosa estrada romana, a Via Ápia, que ia de Roma até a baía de Nápoles, onde se achava o porto de Putéoli. Tanto a estrada como o mercado obtiveram seu nome do fundador, Ápio Cláudio Caecus, do quarto século A.E.C.
Como o ponto usual em que os viajantes paravam, no fim do primeiro dia de viagem de Roma, este ponto de parada se tornou movimentado centro comercial. O que aumentava sua importância era sua localização no terminal norte dum canal que corria paralelo à estrada, cruzando os pântanos pontinos. Os viajantes, segundo relatado, cruzavam este canal à noite, em barcaças puxadas a mulas. O poeta Horácio descreve os desconfortos da jornada, queixando-se das rãs e dos mosquitos, e representando o mercado de Ápio como lotado de “barqueiros e taverneiros extorquidores”.
Foi neste cruzamento movimentado que o apóstolo Paulo, viajando de Putéoli para Roma como prisioneiro, encontrou-se primeiramente com a delegação de irmãos cristãos que, ao ouvirem as notícias de sua chegada, viajaram de Roma para encontrar-se com ele. As ruínas do povoado têm sido identificadas em Treponti, onde o velho marco das 43 milhas ainda é encontrado. — Atos 28:15.
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ApocalipseAjuda ao Entendimento da Bíblia
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APOCALIPSE
Veja REVELAÇÃO.
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ApócrifosAjuda ao Entendimento da Bíblia
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APÓCRIFOS
[coisas ocultas ou escondidas]. A palavra grega apókryphos é usada em seu sentido original em três textos bíblicos, como se referindo às coisas ‘cuidadosamente ocultas’. (Mar. 4:22; Luc. 8:17; Col. 2:3) Conforme aplicada aos escritos, referia-se originalmente às publicações não lidas em público, assim, “ocultas” de outros. Mais tarde, contudo, a palavra assumiu o significado de espúrio ou não-canônico, e atualmente é usada mais comumente para referir-se aos onze escritos adicionais declarados como fazendo parte do cânon da Bíblia pela Igreja Católica Romana, no Concilio de Trento (1546). Os escritores católicos se referem a tais livros como deuterocanônicos, que significa “do segundo (ou posterior) cânon”, para diferenciá-los de protocanônicos.
Esses onze escritos adicionais são Tobias, Judite, Sabedoria (de Salomão), Eclesiástico (e não Eclesiastes), Baruc, 1 e 2 Macabeus, suplementos de Ester, e três adições a Daniel: O Cântico dos Três Jovens Santos, Suzana e os Anciãos, e A Destruição de Bel e do Dragão. O tempo exato de sua escrita é incerto, mas a evidência indica uma época não anterior ao segundo ou terceiro séculos A.E.C.
EVIDÊNCIA CONTRA CANONICIDADE
Ao passo que, em alguns casos, apresentam certo valor histórico, qualquer afirmação de canonicidade por parte destes escritos não dispõe de qualquer base sólida. A evidência aponta para o término do cânon hebraico depois da escrita dos livros de Neemias e de Malaquias, no quinto século A.E.C. Os escritos apócrifos jamais foram incluídos no cânon judaico das Escrituras inspiradas, e não fazem parte dele atualmente.
Josefo, historiador judeu do primeiro século, mostra o reconhecimento dado apenas aos poucos destes livros (do cânon hebraico) considerados sagrados, dizendo: “Não temos uma multidão inumerável de livros entre nós, discordando e contradizendo uns aos outros, mas apenas vinte e dois [o equivalente aos trinta e nove livros das Escrituras Hebraicas, segundo a divisão moderna], abrangendo a história de todos os tempos, a que se dá justamente o crédito.” Ele, posteriormente, mostra de forma clara a consciência da existência de livros apócrifos e de sua exclusão do cânon hebraico, por acrescentar: “Desde o tempo de Artaxerxes até o nosso próprio tempo, tudo foi registrado, mas os registros não foram reputados igualmente dignos de crédito como os escritos antes deles, porque cessou a sucessão exata dos profetas.” — Against Apion (Contra Apião), Livro I, par. 8 [segundo a tradução de The Interprete’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete), Vol. 1, p. 163.]
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