-
Espinheiro (Espinho)Ajuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
e abrolhos ser cultivado, tais plantas incomodativas eram removidas, em geral por se queimar o campo. (Heb. 6:8) Os espinhos também representavam relativo perigo de incêndio. Especialmente na colheita, quando os espinhos ao lado do cereal em pé ficam secos, prontamente pegam fogo, e um campo inteiro pode ser consumido, à medida que o fogo se espalha dos espinhos ao cereal não-ceifado. — Êxo. 22:6.
Zombando, os soldados romanos trançaram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. (Mar. 15:17; João 19:2) Ao passo que se tem relacionado a planta específica em questão com a que agora se chama de coroa-de-cristo ou espinheiro-de-cristo, um arbusto que chega a atingir de 90 cm a 2,70 m, tendo ramos flexíveis com espinhos duros, não é possível uma identificação segura.
USO FIGURADO
Mencionam-se, com freqüência, os “espinhos” em sentido figurado ou ilustrativo. Os assírios, embora entrelaçados como espinhos, seriam consumidos como restolho inteiramente seco. (Naum 1:10) Usam-se espinhos para indicar pessoas, até mesmo regentes, cujas ações são más, e que se encaminham para um julgamento adverso. (2 Reis 14:9, 10; Isa. 9:18, 19; 10:17-19) Opositores iníquos do servo de Jeová são representados como sendo extinguidos como um fogo de plantas espinhosas. (Sal. 118:10, 12) Jesus Cristo referiu-se aos espinhos ao ilustrar a verdade de que as pessoas tornam-se conhecidas por seus frutos. — Mat. 7:16.
Espinhos também designam pessoas e coisas que provocam danos e são aflitivas. (Núm. 33:55; Pro. 22:5; Eze. 28:24) O “espinho na carne” de Paulo (2 Cor. 12:7) pode ter sido uma aflição de seus olhos ou de outra parte de seu corpo (veja Atos 23:1-5; Gálatas 4:15; 6:11), ou, talvez, os falsos apóstolos e outros perturbadores que questionavam o apostolado e o trabalho de Paulo. (Veja 2 Coríntios 11:5, 6, 12-15; Gálatas 1:6-9; 5:12; 6:17.) Jeová, mediante seu profeta Jeremias, comparou o coração dos homens de Judá e dos habitantes de Jerusalém ao solo recoberto de espinhos, isto é, com inveracidade, injustiça e improbidade. (Jer. 4:1-4; compare com Oséias 10:12, 13.) Apropriadamente, a substituição dos espinhos por árvores representa a restauração do favor divino. — Isa. 55:13; veja ERVAS DANINHAS (JOIO); ESPINHEIRO-DE-CASCA-BRANCA; SARÇAS, SEBE DE SARÇAS.
-
-
Espinheiro-de-casca-brancaAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ESPINHEIRO-DE-CASCA-BRANCA
[Heb., ’atádh]. Este é o nome de uma dentre várias plantas sugeridas comumente como sendo a referida pelo termo hebraico ’atádh. O espinheiro-de-casca-branca (Lycium europaeum) é um arbusto espinhoso que atinge de 90 cm a 1,80 m, que floresce com pequenas flores violetas e produz frutinhas vermelhas redondas, comestíveis.
O espinheiro-de-casca-branca aparece mui destacadamente no relato de Juízes 9:8-15, em que a oliveira, a figueira e a videira contrastam-se com o humilde espinheiro-de-casca-branca. Como o restante do capítulo torna evidente, as plantas valiosas representam os verdadeiramente dignos, tais como os setenta filhos de Gideão, que não procuraram a posição de rei sobre seus co-israelitas, ao passo que o espinheiro-de-casca-branca, útil apenas como combustível, representa a realeza de Abimeleque, o assassino de todos os filhos de Gideão, seus irmãos, exceto um. (Jui. 9:1-6,16-20) A sugestão de Jotão, de que as outras “árvores” figurativas procurassem refugiar-se sob a sombra do espinheiro-de-casca-branca era, sem dúvida, irônica, visto que o espinheiro-de-casca-branca, uma planta prostrada, obviamente não poderia fornecer sombra para árvores, especialmente para os majestosos cedros mencionados.
Jotão deu o aviso de que o fogo poderia alastrar-se do espinheiro-de-casca-branca ‘e consumir os cedros-do-líbano’, talvez aludindo à facilidade com que esta planta seca e sem folhas pode pegar fogo nos meses quentes do verão. O Salmo 58:9 também mostra o uso dos espinheiros-de-casca-branca como combustível, e estes ainda são usados pelos árabes para tal fim.
-
-
EspiõesAjuda ao Entendimento da Bíblia
-
-
ESPIÕES
Do acampamento de Israel no deserto de Parã, em 1512 A.E.C., Moisés enviou doze cabeças tribais (representando todas as tribos, exceto a de Levi), para sondarem a terra de Canaã. Jeová permitiu tal coisa, a pedido dos israelitas, que disseram: “Enviemos deveras homens na nossa frente para que nos façam o reconhecimento do país e nos tragam de volta informação sobre o caminho pelo qual devemos subir e sobre as cidades a que chegaremos.” (Deut. 1:22, 23) Provavelmente indo separados, talvez aos pares, atravessaram a terra até Hamate, bem ao N, e para o O, em direção ao mar. Ao voltarem, embora todos concordassem que a terra deveras ‘manava leite e mel’, dez dos espias apresentaram um relatório destituído de fé, que lançou o medo entre os israelitas. Apenas Josué e Calebe os incentivaram a penetrar na terra e apossar-se dela. Por causa da falta de fé de Israel, ao dar ouvidos ao relatório ruim, Deus decretou que todos os homens de vinte anos ou mais morressem no deserto, durante um período prolongado de quarenta anos de peregrinação. Josué e Calebe foram isentados, e a tribo de Levi não foi incluída. — Núm. 13:1-33; 14:6-38; Deut. 1:24-40.
Josué mandou dois espias atravessarem o Jordão a fim de espiar Jericó, em 1473 A.E.C. Raabe, a meretriz, ajudou os espias, e foi livrada, junto com sua casa, quando Jericó caiu. (Jos. 2:1-24; 6:1, 22-25; Heb. 11:31) Outros casos de espionagem são mencionados em Juízes 1:22-26; 18:1-10, 14, 17; 1 Sam. 26:4. Os mensageiros que Davi enviou ao Rei Hanum, de Amom, foram acusados de ser espiões, e
-