Dos túmulos para a ressurreição de vida
1. Em que tipo de vida têm entrado os que se tornam juízes associados com Cristo enquanto ainda estão na terra, e como?
ATRAVÉS dos últimos dezenove séculos, as pessoas a quem Deus tem escolhido para se tornarem juízes associados de seu Filho no reino celestial têm ouvido a voz do Filho de Deus e, por causa de darem ouvidos ao que sua voz lhes disse que fizessem, têm entrado numa vida espiritual enquanto ainda estão na terra. Têm sido justificados da condição condenada do mundo da humanidade, que está morto em suas transgressões e em seus pecados e espírito odioso. Deus os tem livrado da condenação da morte, por meio da morte sacrificial sofrida por seu Filho a favor de todos os crentes. — Rom. 5:1; 8:1-4.
2. Ao quê se referiu Jesus, em João 5:26, pela expressão “vida em si mesmo”?
2 Jesus Cristo se referiu à sua parte em relação com o ato de Deus de levar os crentes da morte para a vida, quando Jesus disse a seguir: “Pois, assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.” Considerando-se o modo de Jesus argumentar neste seu discurso, não se referiu àquilo que algumas pessoas chamam de “vida inerente” nem em seu Pai celeste nem em si mesmo, nem na ‘auto-existência’, segundo An American Translation. (João 5:26) Segundo o seu argumento, Jesus se referia ao poder de conceder a vida. Por isso, a New English Bible (de 1961) expressa do seguinte modo as palavras de Jesus: “Pois assim como o Pai tem poder vitalizador em si mesmo, assim o tem o Filho, pela dádiva do Pai.” A tradução católico-romana do Monsenhor Ronald A. Knox, em inglês, transmite a mesma idéia, rezando: “Como o Pai tem dentro de si o dom da vida, assim tem concedido ao Filho que ele, também, tenha dentro de si o dom da vida.” A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs, edição original de 1950, em inglês, apresenta a mesma idéia: “Pois assim como o Pai tem em si mesmo o dom da vida, assim tem concedido ao Filho ter também em si mesmo o dom da vida.”
3. Por que poderia Deus conceder e por que realmente concedeu ao Filho ter “vida em si mesmo”?
3 Como, quando e por que foi que o Pai celeste concedeu ao seu Filho, Jesus Cristo, ter o poder de transmitir vida dentro de si mesmo? Visto que Jeová Deus é a “fonte da vida”, ele podia conceder ao Filho ter em si mesmo o poder vitalizador. (Sal. 36:9) A razão pela qual fez isto é porque a família humana estava morrendo como resultado do pecado cometido pelo seu primeiro pai humano, Adão. — Rom. 5:12.
4, 5. (a) Por meio de seu Filho, como proveu Deus para que a vida fosse assim concedida à humanidade? (b) A quem, por conseguinte, aplica Hebreus 10:5-10 as palavras do Salmo 40:6-8, e como?
4 A vida interminável poderia ser concedida à raça condenada e moribunda da humanidade apenas por meio dum sacrifício humano. A fim de prover este sacrifício humano para contrabalançar o pecado da humanidade e libertá-la de sua condenação à morte, Jeová Deus, o Pai celeste, enviou seu Filho, transferindo a sua vida do céu para a terra. Miraculosamente, fez com que seu Filho nascesse como o bebê Jesus em Belém da Judéia. Jesus cresceu, tornando-se homem perfeito à idade de trinta anos, o equivalente do homem perfeito Adão, no Éden. Na verdade, tinha agora a vida humana perfeita, livre de condenação, mas tinha de tornar disponível à humanidade esta vida humana sua, por sacrificá-la no serviço de seu Pai celeste. Portanto, com trinta anos, Jesus apresentou-se pra tal serviço sacrificial, a fim de servir qual sacerdote de Deus. Em Hebreus 10:5-10, o inspirado escritor aplica as palavras do Salmo 40:6-8 a Jesus, e diz:
5 “Por isso, ao entrar no mundo, ele diz: “Sacrifício e oferta não quiseste, porém, preparaste-me um corpo. Não aprovaste os holocaustos e as ofertas pelos pecados.” Então disse eu: “Eis aqui vim (no rolo do livro está escrito a meu respeito) para fazer a tua vontade, ó Deus.’ Dizendo primeiro: ‘Não quiseste nem aprovaste sacrifícios, e ofertas, e holocaustos, e ofertas pelo pecado’ — sacrifícios que se oferecem segundo a Lei — ele diz então realmente: ‘Eis aqui vim para fazer a tua vontade.’ Ele elimina o primeiro para estabelecer o segundo. Pela dita ‘vontade’ temos sido santificados por intermédio da oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez para sempre.”
6. Em harmonia com isso, a que se submeteu Jesus, e o que foi que Deus então lhe deu em sentido limitado?
6 A fim de simbolizar esta apresentação de si mesmo para o serviço especial de Deus, até à morte, Jesus se fez batizar em água por João Batista. (Mat. 3:13-17) Logo depois de Jesus ser batizado em água, Jeová Deus batizou seu Filho então dedicado com o espírito santo, desde o céu, e o declarou seu Filho espiritual. Ali, nesse batismo, o Pai concedeu ao Filho ter em si mesmo o poder vitalizador em sentido limitado. Foi por causa disto que o Filho pôde curar o homem que estava doente já por trinta e oito anos e também levantar judeus dentre os mortos, até trazendo de volta à vida seu prezado amigo Lázaro, depois de quatro dias de enterrado. Mas, Jesus não tinha ainda poder de conceder a vida eterna aos membros da condenada família humana. Por que não? Porque ainda não havia sacrificado o seu perfeito corpo humano na morte real.
7. (a) Que poder exerceu Deus no terceiro dia após a morte de Jesus, e como? (b) Com o quê ascendeu Jesus ao céu, e por que com isso?
7 Outrossim, Jesus Cristo morto não poderia transmitir vida à humanidade moribunda. Por isso, Jeová Deus, o Pai, que tem poder vitalizador em si mesmo, levantou seu Filho dentre os mortos, no terceiro dia, para a vida imortal no céu, no domínio espiritual. Quando Jesus ascendeu ao céu, quarenta dias depois de ser ressuscitado dentre os mortos, não levou seu corpo humano sacrificado para o céu junto com ele — o que é uma impossibilidade! — mas, levou com ele o valor de sua perfeita vida humana sacrificada, a fim de apresentar isto ao Pai celeste a favor da humanidade. Deus, o Pai, aceitou esta apresentação sacrificial e fez de Jesus Cristo o seu Sumo Sacerdote a favor do homem. — Heb. 9:24-26.
8. Que tipo de pessoa se tornou Jesus em sua ressurreição?
8 Em conformidade com isto, o apóstolo Paulo, quando escrevia a respeito da ressurreição dos mortos cristãos e sobre o tipo de corpo com que tais mortos retornarão à vida, diz: “Semeia-se corpo físico, é levantado corpo espiritual. Se há corpo físico, há também um espiritual. Até mesmo está escrito assim: ‘O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente.’ O último Adão, tornou-se espírito vivificante.” (1 Cor. 15:44, 45) O apóstolo Paulo chama Jesus Cristo de “o último Adão” e diz que ele se tornou “espírito vivificante” em sua ressurreição.
9. (a) Como o quê pôde então atuar o Filho de Deus? (b) Por que foi necessário que ele se tornasse o “Filho do homem”, e por que a morte da maioria da humanidade não é obstáculo para ele?
9 Foi assim que Jeová Deus, o Pai, concedeu ao Filho, Jesus Cristo, ter o poder vivificador dentro de si. Isto possibilitou o Filho a atuar como juiz, não só dos vivos, mas também dos mortos, aos quais poderia trazer à vida por ocasião de seu reino celeste. Por tal razão, Jesus Cristo continuou seu argumento e acrescentou as palavras: “E deu-lhe autoridade para julgar, porque é Filho do homem.” (João 5:27) Se o Filho celestial de Deus não se tornasse o “Filho do homem” com propósitos sacrificiais, não poderia chegar a ter este privilégio de obter o poder vivificante e de ser designado o Juiz da humanidade, o Juiz dos mortos e dos vivos. Por certo, a maioria da raça humana já estaria morta por ocasião de seu reino ser estabelecido. No entanto, isto não o impediria de julgá-la, visto que agora dispõe de poder vivificante e pode convocá-los para se apresentarem a ele, por levantá-los de seus túmulos.
AINDA MAIOR MARAVILHA
10. De que maravilha ainda maior falou Jesus àqueles judeus de mentalidade assassina, em João 5:28-30?
10 Quando Jesus falou a respeito de lhe ser concedido o poder vivificante e de ser autorizado a julgar, isto sem dúvida deixou admirados os judeus que desejavam matá-lo. Mas, se ficaram admirados com tais coisas, então havia algo ainda mais maravilhoso que ocorreria. Não tinham ouvido o clímax do assunto. Portanto, Jesus prosseguiu, dizendo: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriaisa ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento. Não posso fazer nem uma única coisa de minha própria iniciativa; assim como ouço, eu julgo; e o julgamento que faço é justo, porque não procuro a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” — João 5:28-30.
11, 12. (a) Quantos sairão, e será que sairão todos ao mesmo tempo? (b) Por que usar Jesus a palavra “hora” não exige que todos saiam ao mesmo tempo?
11 Observe que Jesus disse aqui que “todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão” em obediência a ele, o Juiz que tem poder vivificante. Isto exige que deva haver uma ressurreição de todos eles, isto é, de todos os mortos, bons e maus, que são retidos na mente para serem levantados. Isto não significa, contudo, que sejam todos ressuscitados ou tenham de ser todos ressuscitados ao mesmo tempo, no mesmo dia. Na verdade, Jesus disse que viria a “hora” em que tudo isto aconteceria. Por certo, contudo, a palavra “hora” aqui não significa apenas sessenta minutos, ou 3.600 segundos, exatamente.
12 Por certo, o apóstolo João, quando escrevia por volta do ano 98 E. C., não queria dizer a vigésima quarta parte dum dia inteiro quando escreveu: “Criancinhas, é a última hora, e, assim como ouviste que vem o anticristo, já está havendo agora muitos anticristos; sendo que deste fato obtemos o conhecimento de que é a última hora.” (1 João 2:18) Portanto, usar Jesus a palavra “hora” aqui significa o período de tempo, sob o reino estabelecido de Deus, período de tempo este que seria crítico, como que a “hora” crítica.
13. Por causa de todos saírem dos túmulos, que tipo de ressurreição quer dizer Jesus, e por que isto não argumenta que todos saiam ao mesmo tempo?
13 Quando Jesus disse que todos os mortos nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz judicial e sairão, isto significava que haverá uma ressurreição grande; geral, que abrange tudo. Indica, contudo, que os resultados para as pessoas que têm parte nesta extensiva ressurreição serão diferentes. Mas, que esta ressurreição que tudo abrange não significa também que sairão todos ao mesmo tempo, no mesmo dia, no mesmo ano, é indicado para nós em outra parte.
14. Como, em 1 Coríntios 15:22, 23, indica o apóstolo Paulo que haverá ordem na ressurreição?
14 O apóstolo Paulo, quando considerava a certeza da ressurreição, disse: “Porque, assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Mas, cada um na sua própria categoria: Cristo, as primícias, depois os que pertencem a Cristo durante a sua presença.” (1 Cor. 15:22, 23) Nem todos os cristãos espirituais que serão juízes associados de Jesus Cristo em seu reino estarão mortos por ocasião de sua chegada. Alguns terão de terminar a sua vida terrestre na morte sacrificial, mais tarde, quando terminarem a sua obra comissionada por Deus na terra.
15. Como é que Paulo, em 1 Tessalonicenses 4:16, 17, indica a diferença no tempo da ressurreição?
15 Assim, não haverá simultânea ressurreição de todos eles por ocasião da chegada de Jesus, mas, em 1 Tessalonicenses 4:16, 17, o apóstolo Paulo diz: “O próprio Senhor descerá do céu com uma chamada dominante, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, e os que estão mortos em união com Cristo se levantarão primeiro. Depois nós, os viventes, que sobrevivermos, seremos juntamente com eles arrebatados em nuvens, para encontrar o Senhor no ar; e assim estaremos sempre com o Senhor.” Aquelas palavras “primeiro” e “depois” denotam uma diferença no tempo da ressurreição.
16, 17. Em Revelação 20:4-6, o que tem João a dizer a respeito dos que serão juízes associados com Jesus Cristo no céu?
16 A respeito dos que se sentarão nos tronos celestiais para atuarem como juízes associados com o Juiz Superior, Jesus Cristo, o apóstolo João tem o seguinte a dizer, em Revelação 20:4-6:
17 “E eu vi tronos, e havia os que se assentavam neles, e foi-lhes dado poder para julgar. Sim, vi as almas dos executados com o machado, pelo testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, e os que não tinham adorado nem a fera nem a imagem dela, e que não tinham recebido a marca na sua testa e na sua mão. E passaram a viver e reinaram com o Cristo por mil anos. (Os demais mortos não passaram a viver até terem terminado os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. Feliz e santo é todo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem autoridade, mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele por mil anos.”
18. Em que ressurreição tomam realmente parte, e por que é assim classificada?
18 Os que se sentam nos tronos celestiais e a quem é dado o “poder para julgar” tomam parte no que o apóstolo João chama de “primeira ressurreição”. A palavra “primeira” diferencia a sua ressurreição da do restante da humanidade. É primeira, não só em questão de importância, mas também na questão do tempo.
19. (a) Como, em Filipenses 3:11, se refere Paulo ao tempo da ressurreição? (b) A quem incluirão os participantes na primeira ressurreição?
19 O apóstolo Paulo tinha presente este assunto quando escreveu sobre seus esforços, como ele diz, “para ver se de algum modo consigo alcançar a ressurreição mais breve dentre os mortos”. (Fil. 3:11; tradução de Rotherham, em inglês, também) Os que têm parte na “primeira ressurreição” e se sentam naqueles tronos de julgamento incluirão os doze fiéis apóstolos de Jesus, conforme ele próprio prometeu. (Mat. 19:27, 28) O apóstolo Paulo disse que também incluiria os seus irmãos cristãos fiéis e santificados. (1 Cor. 1:1, 2; 6:2) Todos juntos, perfarão 144.000 pessoas, a quem o apóstolo João, em visão, viu selados sobre a testa com o selo do Deus vivo e estando em pé junto com o sacrificado Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, no Monte Sião celestial. — Rev. 7:4-8; 14:1-3.
“OS DEMAIS MORTOS”
20, 21. (a) Em que ressurreição têm parte os “demais mortos”? (b) Como descreve o apóstolo João a ressurreição deles e serem eles julgados?
20 A ressurreição dos 144.000 participantes da primeira ressurreição, que se sentam em tronos com o “poder para julgar” deixa os “demais mortos” para que prestem contas. Visto que estes não têm parte na primeira ressurreição, têm de ter parte numa segunda ou posterior ressurreição. Na mesma visão, o apóstolo João viu a ressurreição dos “demais mortos” e a descreveu da seguinte maneira:
21 “E eu vi um grande trono branco e o que estava sentado nele. De diante dele fugiam a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E eu vi os mortos, os grandes, e os pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se rolos. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações. E o mar entregou os mortos nele, e a morte e o Hades entregaram os mortos neles, e foram julgados individualmente segundo as suas ações. E a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. Este significa a segunda morte, o lago de fogo. Outrossim, todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” (Rev. 20:11-15) O “lago que queima com fogo e enxofre” é mencionado de novo em Revelação 21:8, mas nesse caso em relação com os cristãos que iriam se tornar parte dos 144.000, mas que fracassaram, não vencendo este mundo por causa de covardia, falta de fé e por se voltarem para a iniqüidade.
22. Por que não são literais a terra e o céu que fogem?
22 A terra e o céu que fogem daquele que está sentado no grande trono branco de julgamento são, por certo, simbólicos, e não a terra e o céu literais. De outra forma, onde ficariam as pessoas ressuscitadas diante do trono de julgamento? Ou, como poderiam sair dos túmulos memoriais que se acham na terra literal, ou saírem do Hades, que é a sepultura comum da humanidade morta na terra literal, ou saírem do mar, em que muitos se têm afogado? Portanto, a terra e o céu que fugiram são simbólicos.
23. Quando ou de que modo fugirão a terra simbólica e então o céu simbólico?
23 A terra simbólica foge quando a Babilônia, a Grande, é destruída, e logo depois, a simbólica fera e o “falso profeta” e os reis da terra e seus exércitos são destruídos na guerra do Har-Magedon, conforme descrita em Revelação 16:13-16; 17:15-18; 19:19-21. O céu simbólico foge quando Satanás, o Diabo, e seus demônios são amarrados com cadeias e encerrados no abismo, durante os mil anos do reinado de Cristo sobre a terra, conforme descrito em Revelação 20:1-3. Assim, esses iníquos poderes terrestres e celestes não estarão presentes para interferirem no julgamento dos mortos terrestres, durante os mil anos do reinado de Cristo.
24. (a) Por que é desarrazoado pensar que este dia de julgamento tenha apenas vinte e quatro horas de duração? (b) Como é que calculamos a duração daquele dia de julgamento?
24 Lembre-se de que o apóstolo Paulo indica que haverá ordem e categoria na ressurreição dos mortos. Portanto, não devemos concluir que os mortos terrestres são levantados do Hades e do mar, todos ao mesmo tempo ou todos em um só dia de vinte e quatro horas. Não há necessidade de tal julgamento apressado. Tendo-se em vista de que há tantas criaturas humanas mortas, dezenas de bilhões delas, como poderiam ser todas elas devidamente julgadas em um só dia de vinte e quatro horas, até mesmo pelos 144.000 juízes associados, junto com seu Juiz Superior, Jesus Cristo? Visto que os 144.000 juízes associados vivem e reinam com Cristo durante mil anos, o dia de juízo dos mortos humanos será de mil anos de duração. Isto dará amplo tempo para cada ressuscitado ser posto à prova, a fim de se determinar se seu nome deva ser escrito ou não no rolo da vida. Não diz 2 Pedro 3:8: “Não vos escape este único fato, amados, que um só dia é para Jeová como mil anos, e mil anos como um só dia”? Sim. Portanto, arrazoemos biblicamente.
25, 26. (a) Como é que Hebreus 11:35 sugere ordem e categoria com respeito à ressurreição humana e terrestre? (b) Para quem foi isso reservado, e como foram chamados durante muito tempo?
25 Agora, notemos algo que sugere ordem e categoria a respeito da ressurreição humana terrestre. Em Hebreus 11:1 a 12:1, o escritor faz breve relato de “tão grande nuvem de testemunhas” que viveram antes de Jesus Cristo morrer e ser ressuscitado e que eram testemunhas de Jeová lá naquele tempo. (Isa. 43:10-12; 44:8) No versículo trinta e cinco do capítulo onze, o escritor fala evidentemente deles todos como merecedores de melhor ressurreição. O versículo diz: “Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição; mas outros homens foram torturados porque não queriam aceitar um livramento por meio de algum resgate, a fim de que pudessem alcançar uma ressurreição melhor.”
26 Esta “ressurreição melhor” era, evidentemente, o que se reservava para toda esta “tão grande nuvem de testemunhas”, razão pela qual alguns estavam até dispostos a ser torturados até à morte de modo a alcançá-la. Depois de nos dizer a respeito de suas provações e sofrimentos, Hebreus 11:38 diz sobre estas testemunhas antigas: “O mundo não era digno deles.” Por conseguinte, por longo tempo, os estudantes cristãos da Bíblia costumavam chamá-los e se referir a eles como “os antigos dignos”.b
27. (a) Como é que Hebreus 11:39, 40 indica uma diferença nas ressurreições, e qual é a diferença? (b) Como é “melhor” a ressurreição das testemunhas antigas?
27 Que haveria diferença entre a ressurreição da antiga “nuvem de testemunhas” e a ressurreição dos 144.000 cristãos que se tornam juízes associados de Cristo nos céus, Hebreus 11:39, 40 diz o seguinte, a respeito destas testemunhas antigas: “Embora todos estes recebessem testemunho por intermédio de sua fé, não obtiveram o cumprimento da promessa, visto que Deus previu algo melhor para nós, a fim de que eles não fossem aperfeiçoados à parte de nós.” Sim, Deus previu algo melhor para os seguidores fiéis de Cristo, algo melhor do que obtêm os da antiga “nuvem de testemunhas” quando ressuscitarem. Os da “nuvem de testemunhas” não têm parte na primeira ressurreição, que é ressurreição celestial ou espiritual. Têm ressurreição terrestre. Todavia, a sua ressurreição é melhor que a obtida por aquelas pessoas a quem os profetas levantaram dentre os mortos, as pessoas que se quer dizer pelas palavras: “Mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição.” A sua ressurreição se dará sob o reino de Deus, tendo a Cristo qual Rei. Por isso, não precisarão morrer de novo, se permanecerem fiéis.
28. Aos antepassados de quem se refere Salmo 45:16, e o que será feito com eles?
28 O Salmo 45 se refere a algumas destas antigas testemunhas pré-cristãs que estão aguardando tal “ressurreição melhor”. O Salmo 45 fala profeticamente a respeito do Rei Messiânico, Jesus Cristo, e sobre o seu casamento com a classe da noiva, os 144.000 co-herdeiros dele no reino celeste. Então, ao se dirigir ao Rei, Jesus Cristo, o Salmo 45:16 (ALA) diz profèticamente: “Em vez de teus pais, serão teus filhos, os quais farás príncipes por toda a terra.” Entre os antepassados de Jesus Cristo, qual homem, acham-se Abraão, Isaque e Jacó, e o Rei Davi, que eram homens fiéis, testemunhas fiéis de Jeová.
29, 30. (a) O que se pode dizer a respeito de a designação de príncipes em toda a terra se limitar aos antepassados de Cristo? (b) O que argumenta a sua designação como príncipes a respeito de as pessoas saírem numa ressurreição?
29 A fim de designar seus fiéis antepassados como “príncipes por toda a terra” sob o seu reino celeste, Jesus Cristo terá de ressuscitá-los dos túmulos memoriais. Se as outras pessoas da terra hão de tirar proveito do domínio principesco dos antepassados fiéis de Cristo durante o seu reinado de mil anos, tais antepassados precisam ser ressuscitados bem cedo, durante o seu reinado, muito embora tenham morrido há milhares de anos atrás. Se o Rei dominante, Jesus Cristo, restringisse a designação de príncipes por toda a terra a apenas seus antepassados piedosos, não haveria muitos de tais príncipes por toda a terra. Outros homens da antiguidade foram igualmente fiéis entre tal “tão grande nuvem de testemunhas”. Portanto, é apenas razoável que tais testemunhas fiéis sejam igualmente consideradas dignas de ser designadas quais príncipes em diversas partes da terra.
30 A sua designação para o cargo principesco argúi que seriam ressuscitados antes que os outros súditos terrestres do reino de Deus. Isto sugere que a ordem e a categoria serão observadas na ressurreição terrestre. Isto posto, então, os mortos terrestres não serão entregues pelo Hades e pelo mar, todos ao mesmo tempo, sem se fazerem de antemão arranjos para cuidar dos mortos que retornam.c
“RESSURREIÇÃO DE VIDA”
31. (a) Como é que alguns comentaristas bíblicos têm pensado em João 5:28, 29? (b) Como foi que Jesus Cristo dividiu os que têm ressurreição?
31 Jesus falou da saída dos túmulos memoriais como uma operação geral. No entanto, indica que tal ressurreição de todos levará a diferentes resultados para diferentes pessoas. Em João 5:28, 29, diz ele:“Todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento.” Por isso, alguns comentaristas bíblicos têm imaginado se isto significa duas ressurreições nestes dois sentidos, das duas classes aqui indicadas.d Entretanto, Jesus Cristo não considera aqui a ressurreição e a divisão da mesma segundo a “primeira ressurreição” e a ressurreição de todos “os demais mortos”. Divide a humanidade apenas quanto ao resultado obtido pelos ressuscitados.
32. A quem incluem os que fazem o bem, que ganham a “ressurreição de vida”?
32 Em João 5:29, encontramos o único lugar na Bíblia em que aparece a expressão “ressurreição de vida”. Jesus disse que os que a usufruem são “os que fizeram boas coisas”. A quem incluem tais praticantes de boas obras? A Bíblia responde: Todos os ressuscitados que obtêm a vida eterna na vindoura e justa nova ordem de coisas de Deus, sob o seu Messias, sem considerar se tal vida é a vida imortal no céu, como co-herdeiros e juízes associados de Jesus Cristo, ou se é a vida em perfeição humana na terra, sob o reino do Messias de Deus.e Essa vida é obtida mediante Jesus Cristo.
33, 34. (a) Será que a expressão “ressurreição de vida” em si mesma significa a entrada instantânea na perfeição da vida? (b) O que, porém, pode-se dizer da ressurreição de Cristo e de seus 144.000 co-herdeiros e do restante destes?
33 A “ressurreição de vida” não significa, em si mesma, o despertamento da morte para a entrada instantânea na perfeição da vida quer no céu, como criaturas espirituais, quer na terra, como criaturas humanas. No caso dos 144.000 cristãos que se provam dignos de se tornarem associados de Jesus Cristo como juízes, reis e sacerdotes no céu, a sua ressurreição certamente significará o aperfeiçoamento instantâneo deles como filhos espirituais imortais e incorruptíveis de Deus. Quando o seu Líder, Jesus Cristo, foi ressuscitado, isto foi instantâneo aperfeiçoamento dele como o principal Filho espiritual de Deus. Como a sua, assim será a ressurreição de seus 144.000 co-herdeiros. (Rom. 6:5) Quando o apóstolo Paulo considera a ressurreição, fala dos fiéis cristãos que sobrevivem na terra até que o seu Senhor chegue, e que não precisam dormir na morte quando terminarem a sua carreira. terrestre, adormecendo até a sua volta. Em 1 Coríntios 15:49-54, Paulo escreve:
34 “E assim como temos levado a imagem daquele feito de pó [o primeiro homem, Adão], levaremos também a imagem do celestial [Jesus Cristo]. No entanto, digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, nem pode a corrupção herdar a incorrução. Eis que eu vos digo um segredo sagrado: Nem todos adormeceremos na morte, mas todos seremos mudados, num momento, num piscar de olhos, durante a última trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão levantados incorrutíveis, e nós seremos mudados. Pois isto que é corrutível tem de revestir-se de incorrupção e isto que é mortal tem de revestir-se de imortalidade. Mas, quando isto que é corrutível se revestir de incorrupção e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: ‘A morte foi tragada para sempre’.”
35. Será que os 144.000 são julgados antes de sua ressurreição para a perfeição instantânea, e o que indica 2 Coríntios 5:10?
35 Visto que os 144.000 são ressuscitados para a perfeição instantânea da vida espiritual e celestial, será que isto significa que não são submetidos primeiro a julgamento? Não! Em 2 Coríntios 5:10, o apóstolo Paulo escreve à congregação dos fiéis seguidores de Cristo: “Pois todos nós temos de ser manifestados perante a cadeira de juiz do Cristo, para que cada um receba o seu prêmio pelas coisas feitas por intermédio do corpo, segundo as coisas que praticou, quer boas, quer ruins.” Assim, os co-herdeiros de Cristo estão agora sob julgamento.
36. De conformidade com isso, que aviso dá 1 Pedro 4:17, 18 aos 144.000?
36 É sobre isto que o apóstolo Pedro os avisa, em 1 Pedro 4:17, 18, dizendo: “Pois é o tempo designado para o julgamento principiar com a casa de Deus. Ora, se primeiro começa conosco, qual será o fim daqueles que não são obedientes às boas novas de Deus? ‘E se o justo está sendo salvo com dificuldade, onde aparecerá o ímpio e o pecador?’”
37. Quando e onde têm os 144.000 de provar que são dos que “fizeram boas coisas”?
37 Por conseguinte, antes de morrerem e gozarem da “ressurreição de vida” o Juiz tem de provar que se acham entre “os que fizeram boas coisas”. Visto que, na ressurreição, estes 144.000 co-herdeiros experimentam o aperfeiçoamento instantâneo da vida como criaturas espirituais no céu, têm de ser provados como sendo praticantes do bem nesta era, na carne. Isto tem de ser efetuado antes de chegarem a ser instantaneamente revestidos da imortalidade e incorruptibilidade no céu.
OS OUTROS QUE FAZEM O BEM
38. Com respeito aos ressuscitados com oportunidade de vida eterna na terra, o que determinará serem inscritos ou permanecerem inscritos no “rolo da vida”?
38 O que dizer das pessoas que têm uma ressurreição terrestre, tendo a esperança de vida perfeita num paraíso terrestre sob o reino de Deus? Estas não precisam nem passam por uma transformação instantânea para a perfeição humana, ao serem despertas da morte nos túmulos memoriais. As obras determinarão se hão de ser escritas no rolo da vida ou se permanecerão ali inscritas, mas tais obras ainda não são todas coisas do passado. Quais serão as suas obras na terra durante o reinado milenar de Cristo? Além disso, há adiante delas todas a prova final, quando Satanás e seus demônios forem soltos do abismo, no fim dos mil anos. (Rev. 20:7-10) Naquele tempo futuro, será decisivamente estabelecido se são dos “que fizeram boas coisas” por permanecerem fiéis sob tal prova.
39, 40. (a) O que terá de aprender essa “tão grande nuvem de testemunhas”, até mesmo incluindo João Batista? (b) O que se terá de provar essa “nuvem de testemunhas”, e de que provisão para os pecados terá de aproveitar-se?
39 Tome-se, por exemplo, aquela “tão grande nuvem de testemunhas” dos tempos antigos, inclusive Abraão, Isaque e Jacó, Moisés, o Rei Davi, João Batista. Esperamos que estes sejam feitos “príncipes por toda a terra”. Terão muito que aprender, especialmente a respeito do Messias, Jesus, e que parte ele desempenha no propósito e nos arranjos de Deus. Terão que obter o entendimento disto e ser provados sobre esta informação que lhes será dada depois de sua ressurreição. João Batista foi decapitado cerca de dois anos antes de Jesus Cristo morrer e ser ressuscitado e ir de volta para o céu. Assim, João tem muito o que aprender e de ser provado depois de ser ressuscitado para a vida na terra. Até mesmo de sua cela de prisão, João Batista mandou perguntar a Jesus se este era o completo cumprimento do Messias ou se outra pessoa diferente havia de vir para completar os assuntos.
40 Por conseguinte, até o fim do reinado milenar de Cristo, os membros daquela “tão grande nuvem de testemunhas” que terão “ressurreição melhor” precisarão provar-se praticantes de coisas boas. Nos tempos antigos, tinham apenas o benefício dos sacrifícios animais que realmente não podiam remover os pecados humanos; mas, depois de serem ressuscitados na terra, poderão aproveitar-se do sacrifício de resgate de Jesus e de seus serviços como Sumo Sacerdote de Deus para os pecadores humanos. A sua vida eterna depende disto.
41. (a) A que classe pertence a “grande multidão” de Revelação 7:9-17? (b) Qual é a sua esperança de sobrevivência, e será que serão transformadas instantaneamente à perfeição humana?
41 Em Revelação 7:9-17, “grande multidão” é descrita. Trata-se duma classe terrestre de pessoas. Não é uma classe gerada pelo espírito de Deus. Portanto, não é uma classe que tem destino celestial. Pertencem às “outras ovelhas” a quem o Pastor Excelente, Jesus Cristo, traz para o seu único aprisco de pessoas salvas, segundo o que disse em João 10:16. Todas as “outras ovelhas” hão de viver na “nova terra” sob o reino celeste de Deus. Mas, muitas pessoas da “grande multidão” da atualidade esperam sobreviver à guerra do Har-Magedon com que termina este sistema de coisas, assim como os filhos e as noras de Noé sobreviveram junto com Noé e sua esposa, na arca. Assim, esperam continuar vivendo, e entrar no novo sistema de coisas depois do Har-Magedon sem morrerem. Não serão transformadas instantaneamente em criaturas humanas perfeitas logo depois da guerra do Har-Magedon. Como classe, não atingirão a perfeição humana até o fim do reinado milenar de Cristo, com a ajuda de seu reino.
42. Quando é que os da “grande multidão” que morrem antes da guerra do Har-Magedon alcançarão a perfeição humana e demonstrarão ser dos “que fizeram boas coisas”?
42 Muitos desta “grande multidão” já morreram fiéis no serviço de Deus. Outros ainda morrerão antes da guerra do Har-Magedon. Portanto, precisarão ouvir a voz do glorificado Filho do homem e sair dos túmulos memoriais na ressurreição. Não serão levantados instantaneamente para a perfeição humana, assim como os sobreviventes terrestres da guerra do Har-Magedon não serão transformados, num instante, para a perfeição humana, logo que termine o Har-Magedon. Como tais sobreviventes terrestres do Har-Magedon, os que saírem dos túmulos memoriais não atingirão a perfeição humana até o fim do reinado milenar de Cristo. Daí, terão que enfrentar a soltura de Satanás e seus demônios, a fim de provar se continuarão a praticar coisas boas. Somente “os que fizeram coisas boas” apesar da breve soltura de Satanás é que obterão a vida eterna na terra.
43. A quem incluem os mortos mencionados em Revelação 20:11-13?
43 Com respeito aos mortos dentre a humanidade em geral, Revelação 20:11-13 diz que tanto o Hades como o mar darão os mortos que neles há. Tais mortos incluirão os fiéis profetas e as testemunhas desde Abel até João Batista, e também os da “grande multidão” dos dias atuais que morrerem antes do HarMagedon, e todos os demais que estiverem então, como Jesus disse, “nos túmulos memoriais”.
44. Qual será então a questão quanto a eles, e, segundo o quê serão julgados?
44 “Então, a pergunta é: Quem conseguirá que seu nome seja escrito ou manterá seu nome escrito no “rolo da vida”? Evidentemente, os que forem finalmente julgados como “os que fizeram coisas boas”. Para ser finalmente declarado tal, têm de harmonizar a sua vida aos “rolos” simbólicos de instrução divina que serão abertos durante o reinado milenar de Cristo. Precisarão de tais rolos abertos como guia para as suas ações durante o reinado de Cristo, porque é “segundo as suas ações” que serão julgadas as pessoas que estão de pé diante do “grande trono branco”. — Rev. 20:12.
45. (a) Quando é que quaisquer dentre êles serão declarados judicialmente dos “que fizeram boas coisas”? (b) O que acontecerá com os que não foram achados inscritos no livro da vida?
45 Quando lhes sobrevier a prova decisiva, pela soltura de Satanás e de seus demônios durante um pouco de tempo, no fim do reinado milenar de Cristo, terão de passar com fidelidade por esta prova. Pela primeira vez, depois de passarem esta prova final e decisiva, serão judicialmente declarados como sendo imutavelmente “os que fizeram coisas boas”. Os seus nomes serão achados ‘inscritos no livro da vida’. Sim, alguns serão achados inscritos no livro da vida, pois o que acontecerá aos que então não são achados inscritos nele é relatado em Revelação 20:15. Os que não se acham inscritos morrerão a “segunda morte”. Deste modo, será finalmente determinado quem, dentre as pessoas que saíram dos túmulos memoriais, são as que saíram para a “ressurreição de vida”.
[Nota(s) de rodapé]
a A palavra grega aqui traduzida “túmulos memoriais” é a palavra mneméion no plural, e não táphos. Sabre isto diz o livro intitulado “Word Pictures In the New Testament” (Quadros de Palavras no Novo Testamento) (Volume 5), pelo Dr. A. T. Robertson, na página 87, a respeito de João 5:28:
“Nos túmulos (en tois mnemeiois). Taphos (sepultura) apresenta a noção de enterro (thapto, enterrar) como em Mateus 23:27. mnemeion (de mnaomai, mimnesko, recordar) é um mausoleu (sepulcro como monumento).”
b Veja-se o livro Government, publicado em 1928, páginas 274, 276. Também, o livro Reconciliation, publicado em 1928, páginas 292, 293.
c João 5:25, 28-30 é comentado em Critical and Exegetical Hand-book to the Gospel of John, de Meyer. Na página 186, parágrafo 1, faz o seguinte comentário sobre a palavra “todos” em João 5:28:
“Aqui não se diz que todos serão levantados ao mesmo tempo, assim como no versículo 25, não se diz que todos os mortos espiritualmente serão despertados simultaneamente.”
d Na página 88, Word Pictures in the New Testament, Volume 5, de A. T. Robertson (edição de 1932), se diz: “Há duas ressurreições quanto ao resultado, uma para a vida, uma para julgamento.” Assim, duas apenas quanto ao resultado.
The International Standard Bible Encyclopaedia, Volume 4, (edição de 1955), considera a “Ressurreição” e, na página 2564a se refere a João 6:39, 40, 44, 54; 11:25 e a João 5:28, 29, e diz: “Não se pode determinar se estes trechos dão a entender duas ressurreições ou destacam apenas a extrema diferença de condições numa só [ressurreição].”
e Já por muitos anos os estudantes cristãos da Bíblia entendiam que a “ressurreição de vida” incluía (1) a igreja ou congregação dos 144 000 co-herdeiros de Cristo, e (2) a inumerável “grande companhia” dos cristãos espirituais não incluídos nos 144.000 mas que serviam sob eles no céu, e (3) os chamados “antigos dignos”, os mencionados em Hebreus 11:1 a 12:1. Por exemplo, veja-se o livro The New Creation, publicado em 1904, página 709, parágrafo 2; página 707, parágrafo 1, e sua nota marginal.