Atentos à nossa responsabilidade
“Quem ajunta no verão é um filho sábio, mas quem dorme no tempo da ceifa é um filho que faz envergonhar.” — Pro. 10:5.
1. Qual é o objetivo na vida de cada cristão?
JÁ PENSOU alguma vez seriamente em qual é o seu objetivo na vida com relação a Deus e sua responsabilidade perante o seu Criador? Muitos caem na rotina de ganhar o seu sustento, constituir família e planejar para a velhice, sem jamais pensar em fazer algo no serviço de Deus. Jesus, porém, estava atento à vontade de Deus. Não se contentou em estabelecer-se e levar uma vida boa como carpinteiro, constituindo família, pois sabia que Deus exigia dele mais que isso. Ele disse aos seus seguidores que amassem a Deus de todo o coração, mente, alma e força, e ao seu próximo como a si mesmos. Não achou pesado este requisito de servir a Deus de todo o coração, mas o chamou de fardo leve, porque seria feito de intenso amor, resultante do conhecimento do Criador.
2. Como falhou a cristandade em ajudar a que muitos alcançassem este objetivo?
2 Muitas pessoas sinceras têm o desejo de servir a Deus, mas se perguntam o que podem fazer e como podem fazê-lo. Recentemente, um jovem expressou o desejo de entrar no ministério. Quando seus pais conversaram sobre o assunto com seu clérigo, descobriram que o custo de educação era superior às suas posses, e o jovem renunciou por isso à idéia de usar a sua vida no serviço de Deus. Numa outra ocasião, uma senhora de idade um pouco avançada falou com uma das testemunhas de Jeová, dizendo que esperava aposentar-se dentro de poucos anos, para que pudesse gastar algum tempo no serviço de Deus. Mas, o que se diz de todos os anos em que ela poderia ter mostrado seu amor a Deus e ao seu próximo, anos que se perderam porque a cristandade ensinou ao povo a ser ouvintes em vez de praticantes da palavra? Jesus não freqüentara por muitos anos uma escola de treinamento religioso antes e empreender o serviço de seu Pai celestial, nem é isso exigido hoje dos que o seguem. Não há dúvida de que foi um estudante entusiástico da Bíblia, pois, já à idade de doze anos, ele surpreendeu os anciãos religiosos em Jerusalém, mas ele não achou necessário seguir o curso tradicional de estudo dos escribas ou dos fariseus, a fim de servir a Jeová.
3. Em que trabalho iniciado por Jesus podemos participar agora?
3 O que fez Cristo, que nós possamos também fazer hoje no serviço de Deus? Segundo as suas próprias palavras em Lucas 4:18, 19, ele declarava as boas novas aos pobres, pregava o livramento dos cativos e a restauração da vista aos cegos. Por meio da sua pregação ativa, mostrou seu amor tanto a Deus como ao seu próximo. Devemos fazer menos que isso? Quando alguém reza a oração que Jesus ensinou aos seus discípulos: ‘Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu’, ele indica que está aguardando que se faça a vontade de Deus na terra, debaixo do governo milenar de Cristo. E, se orar por isso, deve estar alegre de agir segundo as palavras de Jesus aos seus seguidores: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, com o propósito de dar testemunho a todas as nações.” Estas são boas novas que podemos declarar aos espiritualmente famintos em todo país. Por meio do nosso ministério do Reino, podemos libertar os cativos religiosos do jugo de escravidão em que se encontram e abrir-lhes os olhos de entendimento à verdade. (Gál. 5:1; Efé. 1:18) Sim, poderá também ter parte na obra de pregação junto com as testemunhas de Jeová, quer seja jovem quer idoso, homem ou mulher, rico ou pobre, sem consideração de raça. Jeová dá o mesmo trabalho a homens de toda espécie.
A RESPONSABILIDADE DO MINISTÉRIO
4. Que achou Paulo do ministério?
4 Em realidade, temos a responsabilidade de participar no ministério. Isto é o que o apóstolo Paulo achava quando disse: “Se agora declaro as boas novas, não tenho razão para me jactar, pois me é imposta a obrigação. Realmente, ai de mim, se eu não declarasse as boas novas! Se eu fizer isto voluntariamente, tenho uma recompensa; mas se eu fizer isto contra a minha vontade, tenho assim mesmo uma mordomia confiada a mim.” (1 Cor. 9:16, 17, NM) Talvez Paulo estivesse pensando em como Jesus aplicou as palavras de Isaías 61:1, 2 a si mesmo e ao seu ministério. Isaías disse profèticamente: “O espirito de Jehovah está sobre mim, porque Jehovah me ungiu para prégar boas novas aos mansos.” Ora, Paulo recebera também o espírito de Deus para o mesmo fim. Ele sabia que, para ser cristão verdadeiro, tinha de seguir as pisadas de Jesus e fazer a mesma obra que Cristo fez. Ou talvez estivesse pensando nas últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, dizendo: “Ide e fazei discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado.” (Mat. 28:19, 20, NM) Não há dúvida de que Paulo reconheceu que tinha uma obra a fazer, e o mesmo se deve dar especialmente com os cristãos agora, no tempo do fim.
5. O que mostra que todos devem participar no ministério?
5 Mas, alguém levantará a objeção: ‘Afinal de contas, ele foi um dos apóstolos. Este trabalho é feito hoje pelos nossos clérigos, não por nós!’ Tal pessoa esquece que Paulo foi também fabricante de tendas. Foi trabalhador igual aos outros. Alguns dos discípulos foram pescadores, um foi cobrador de impostos, outro médico, mas isso não lhes impediu que participassem no ministério e pregassem pelo menos parte do tempo. De fato, todos os primitivos cristãos participaram ativamente no ministério, conforme se vê do relato em Atos 8:1-4. A ocasião foi o apedrejamento de Estêvão. “Levantou-se grande perseguição contra a congregação que estava em Jerusalém; todos, exceto os apóstolos, foram espalhados pelas regiões da Judéia e Samaria.” Que fizeram então aqueles primeiros cristãos, homens e mulheres? “Entretanto, os que haviam sido dispersos iam por todo o país, declarando as boas novas da palavra.” (NM) Não disseram que, visto os apóstolos ainda estarem em Jerusalém, não podiam fazer nada, a não ser esperar até que alguém viesse e lhes pregasse. Antes, todos na congregação estiveram atentos à maravilhosa oportunidade que se lhes apresentou para o serviço de Deus e assim falaram sobre a sua crença a todos os que encontraram. Foi assim que o cristianismo se espalhou, porque cada um dos crentes aproveitava o tempo para fazer discípulos de pessoas de todas as nações, ensinando-as e então batizando-as. Hoje em dia, seu emprego pode ser o de funcionário, ou de carpinteiro, ou de motorista de carro de praça, mas a pergunta é: É cristão? Se for, então tem um trabalho a fazer para mostrar que é cristão de fato, e não apenas de nome.
MOSTRANDO AMOR CRISTÃO
6. Quais são alguns dos requisitos para se ser ministro atento?
6 Não há dúvida de que a pessoa que deseja ter boa reputação perante Deus precisa honrar a Deus pela sua conduta pessoal. Paulo enfatizou isso em Romanos 13:8-14. Ele enfatizou o amor ao nosso próximo, mostrando que assim se cumpria a Lei, porque quando alguém ama corretamente ao seu próximo, ele não comete adultério, não assassina, nem rouba, nem cobiça nem prejudica o seu próximo. Quem faz tais coisas, está adormecido quanto ao que Deus exige dele. Paulo escreveu: “Já é hora de despertardes do sono, porque agora a nossa salvação está mais próxima do que no tempo em que nos tornamos crentes. A noite está bem adiantada; o dia tem-se aproximado. Dispamo-nos, pois, das obras que pertencem à escuridão e vistamo-nos das armas da luz. Como em pleno dia, andemos em bom comportamento, não em orgias e em bebedices, nem em relações ilícitas e em conduta desenfreada, nem em lutas e ciúmes. Mas, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não planejeis antecipadamente os desejos da carne.” (NM) Se sempre nos comportarmos com amor e como em plena luz do dia, perante todos os homens, então nunca teremos razão para nos lastimar. A escuridão que cobre o velho mundo e os seus negócios escusos e conduta desenfreada tem contribuído para a crescente onda de delinqüência. O cristão precisa evitar tais coisas por se equipar das armas da luz. Paulo mencionou algumas destas armas: “Mas, quanto a nós, os que pertencemos ao dia, mantenhamos nossos sentidos, tendo pôsto a couraça da fé e do amor, e como capacete, a esperança da salvação; porque Deus nos designou, não para a ira, mas para alcançarmos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” — 1 Tes. 5:8, 9, NM.
7. Como pode ser fortalecida a pessoa fraca na fé?
7 Esta couraça da fé e a esperança de salvação são adquiridos com o tempo. No princípio, nossa fé e esperança são fracas. Mas serão edificadas e fortalecidas pelo estudo da Bíblia e pela associação com irmãos cristãos maduros; chegamos a compreender que Deus não tem muitos caminhos para a salvação, mas apenas um, por Jesus Cristo, e que podemos ajudar outros a reconhecer isto por usarmos as armas espirituais da luz. Nossa responsabilidade para com Deus é mais do que apenas levar uma vida boa, como que vivendo e deixando outros viver, não fazendo mal a ninguém. Muitos que não têm fé em Jeová Deus nem em Cristo Jesus reconhecem a sabedoria de se ter um elevado código de moral e de ética, mas não estão atentos ao serviço de Deus. Devemos estar interessados em que Deus exige de nós, aprendendo o que ele deseja que aprendamos, fazendo o que ele deseja que façamos é assim vivendo à altura de nossa responsabilidade de servir Aquele que nos deu a vida. Quanto mais estudamos a Bíblia, tanto maior se torna nosso apreço do fato de que podemos fazer algo para servir a Jeová e assim mostrar nosso amor a ele com devoção exclusiva. — Efé. 5:3-14.
8. Por que e como se deve mostrar amor ao próximo?
8 Mostrarmos amor ao nosso próximo faz parte de nosso serviço a Deus. Para a maioria dos homens é coisa natural querer avisar o outro quando o vêem em perigo ou fazer algo para salvá-lo. Isto é realmente o que fazemos quando participamos no ministério do Reino. Visto que reconhecemos o sinal da presença do Mestre nas calamidades aflitivas do mundo rios anos recentes e visto que participamos na pregação das boas novas em todo o mundo, antes de vir o fim completo deste velho sistema no Armagedon, estamos ajudando outros a fugir para a estrada da segurança. Se tiver conhecimento destas verdades e amar a Deus, refreia-se de partilhar seu conhecimento com outros? A pessoa que zelosamente partilha a verdade com outros e que é movida pelo espírito de Deus na pregação ativa, é uma pessoa feliz, espiritualmente atenta. Vive as palavras de Paulo: “Sempre vos regozijai. Orai incessantemente. Com respeito a tudo dai graças. Pois esta é a vontade de Deus em união com Cristo Jesus quanto a vós. Não extingais o fogo do espírito.” — 1 Tes. 5:16-19, NM.
9. O que impede alguns de obter tesouros espirituais?
9 Acã foi exemplo dum homem que não mostrou amor ao próximo, mas, antes, pôs os seus próprios interesses em primeiro lugar. Visto que procedeu contrário ao que sabia ser exigido dele por Deus, por roubar “a prata, e a capa, e a cunha de ouro” para fins pessoais, o favor de Jeová foi retirado do exército de Israel e este foi derrotado na batallha com os homens de Ai. (Jos. 7:1-23) Hoje, alguns seguem um proceder similar, procurando acumular as riquezas do presente mundo e assim tornar-se escravos do materialismo. Começam a planejar com antecedência para satisfazer os desejos da carne, em vez de se empenharem de coração na guerra espiritual e trabalharem para manter o favor de Jeová. Dedicam cada vez mais tempo e energia ao trabalho secular para acumular mais cereais nos seus celeiros e mais ouro nos cofres do banco. Em resultado, não podem participar regularmente no ministério; perdem reuniões e não acham tempo para o estudo e para se qualificarem assim como servos na congregação; e, finalmente, descobrem que perderam a guerra espiritual e talvez causaram também a perda da vida da sua família. Esquecem-se de que os tesouros que acumulam serão algum dia lançados na rua. O verdadeiro tesouro, que eles desconsideram, é servir a Jeová e ajudar os de boa vontade a entender a verdade.
10. Por que devemos ser instrutores?
10 Foi por isso que Paulo disse: “Com efeito, embora devêsseis ser instrutores, em razão do tempo, tendes novamente necessidade de que alguém vos ensine desde o começo.” (Heb. 5:12, NM) Esta é a obra de ensino que Jesus enfatizou para se fazerem discípulos de pessoas de todas as nações. Se achar que Paulo lhe está falando porque conhece as verdades da Bíblia mas não as está ensinando a outros, então procure iniciar um estudo da Bíblia com sua própria família ou com seus amigos. Selecione um dos muitos compêndios úteis da Sociedade para o estudo, tais como “Estas Boas Novas do Reino”, “Seja Deus Verdadeiro” ou Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado. Considere as perguntas referentes a cada parágrafo, e leia e considere todos os textos mencionados. Verificará que esta é a melhor maneira de aprender, por tentar explicar isso a outras pessoas e ensiná-las. Terá de estudar bem para estar preparado, mas pode fazer isso se estiver disposto. Aceite a responsabilidade de ajudar os de boa vontade que também amam a verdade. Lembre-se de que a seara é grande, mas poucos os trabalhadores. Poderá ajudar e assim viver à altura de sua responsabilidade, tanto perante Deus como perante seu próximo. — Mat. 9:37, 38.
11. Quem deixa brilhar a sua luz?
11 Jesus enfatizou a necessidade de se manter atento à adoração pura e de deixar brilhar a luz da verdade, fazendo isso na parábola das virgens prudentes e das néscias. (Mat. 25:1-12) Ele previu a classe do escravo fiel, que deixaria brilhar a luz da verdade e que estaria atento à hora da chegada do noivo ao templo, para julgamento, em 1918. As lâmpadas destes estavam cheias do óleo da felicidade que resulta do serviço de Jeová. Em outra ocasião, Jesus disse que seus servos seriam a luz do mundo. É esta luz da verdade que ajuda agora a milhares de pessoas de boa vontade, cada ano, a se libertar da escuridão que encobre os ensinos da religião falsa. Mas, ao falar dos líderes religiosos dos seus dias, Jesus chamou a condição obscurecida deles de cegueira, dizendo: “São cegos, guias de cegos. Se um cego guiar outro cego, cahirão ambos no barranco.” — Mat. 15:14.
12. Vale qualquer espécie de crença, ou o que é necessário para a salvação?
12 Mesmo assim, há muitos que acreditam que não tem importância que crença adotam, desde que tenham fé em alguma coisa. Isto é como dizer que, quando alguém está definhando com uma doença curável, não importa qual o remédio que experimente ou que médico vá consultar, desde que faça algo. Embora ele morra, tais pessoas dão a entender que a coisa importante foi que ele tentou e que teve fé no seu médico. Mas o que vale é se se restabeleceu. O mesmo se dá com a religião. A coisa importante não é ter alguma espécie de fé, mas: Ganhará a vida? Romanos 10:2 diz: “Pois eu lhes dou testemunho de que eles têm zelo de Deus; mas não segundo o conhecimento acurado.” (NM) Isaías falou fortemente contra a adoração falsa, chamando os guias falsos de cães adormecidos, ‘pastores que não podem entender’. (Isa. 56:10, 11) Mesmo neste tempo do fim eles não dão o aviso. Procuram remediar os males do mundo por orar pelos esforços políticos, tais como as Nações Unidas, em vez de informarem seus rebanhos que o reino de Deus é a única esperança. Em vez de nós mesmos estarmos adormecidos, vigiemos e demos o aviso. Poderá fazer o que Paulo disse: “Porque, se declarares publicamente essa ‘palavra em tua boca’, que Jesus é Senhor, e em teu coração exerceres fé que Deus o levantou dentre os mortos, serás salvo. Pois com o coração se exerce fé para a justiça, mas com a boca se faz declaração pública para a salvação. . . . Pois ‘qualquer que invocar o nome de Jeová será salvo’.” — Rom. 10:9, 10, 13, NM.
A DEDICAÇÃO TRAZ RESPONSABILIDADE
13. O que deve a dedicação significar para o cristão?
13 Se exercermos fé em nosso coração, então seremos movidos à ação para demonstrarmos a nossa fé. Daremos os mesmos passos que Jesus deu, em dedicar nossas vidas a Jeová Deus e nos tornar ativos no ministério, fazendo uma declaração pública da Palavra. Esta não deve ser uma decisão emocional, mas uma baseada no conhecimento acurado. A decisão deve ser feita por causa de nosso amor a Deus e nosso desejo de servir o nosso Criador. Ao dedicarmos a nossa vida a Jeová Deus, estamos fazendo um voto de servi-lo por toda a vida; portanto, a dedicação traz consigo responsabilidade, do mesmo modo que o conhecimento. É verdade que nem todos podem corresponder no mesmo grau ao privilégio de servir a Deus. Alguns têm responsabilidades familiares, outros não têm boa saúde, a idade restringe a alguns, mas todos os que usufruem o dom da vida podem fazer alguma coisa. (Sal. 115:17, 18) Com isso em mente, Jesus fez a ilustração dos talentos. Certo senhor entregou seus bens aos cuidados dos seus servos, durante a sua ausência um deles recebeu cinco talentos, outro dois e o terceiro recebeu um talento. Eles usaram sàbiamente o que lhes foi confiado exceto o terceiro, que enterrou o seu talento, para não perdê-lo. Em vista da sua negligência, foi-lhe tirado o talento e este foi dado ao que usou os seus de modo sábio. — Mat. 25:14-30.
14. Como se pode aumentar os interesses do Reino?
14 Hoje em dia, cada um dos dedicados cristãos tem certos interesses do Reino de que pode cuidar. Embora os talentos do Reino ou os bens do Senhor tenham sido confiados ao restante espiritual, todos os servos de Deus têm a oportunidade de usar sàbiamente o conhecimento e as perspectivas de serviço. Que faz com os seus talentos? Enterra-os ou os usa, derivando assim a alegria que acompanha a bênção de Jeová? Jesus resumiu isto por mostrar que os realmente felizes são os atentos, os ativos, que se mantêm despertos para com as suas responsabilidades. “Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á., e terá em abundancia; mas ao que não tem, até o que tem, ser-lhe-á tirado.” (Mat. 25:29) Portanto, usemos, aumentemos e prezemos os nossos privilégios no serviço do Reino.
15. Que ilustração mostra a necessidade de se manter atento?
15 Uma vez que o nosso ministério do Reino é algo que nos foi confiado por Deus, precisamos estar atentos para protegê-lo. Se recebesse uma grande soma de dinheiro para depositar no banco a favor do seu empregador, certamente não pensaria em dormir no banco dum parque no caminho para lá. Estaria atento, de sobreaviso, para que nada acontecesse pelo qual seria responsável. É assim que nos devemos sentir quanto ao encargo de nosso ministério cristão. Não envolve apenas a perda duma soma de dinheiro, mas de vidas. Jesus forneceu uma ilustração sobre a necessidade de se manter alerta, em Apocalipse 16:15, ao dizer: “Vê! Eu venho como ladrão. Feliz é aquele que se mantém desperto e guarda suas vestes exteriores, a fim de que não ande nu e o povo olhe para as suas partes de vergonha.” (NM) Nos dias de Israel era costume que os sacerdotes e levitas vigiassem no templo, à noite, para protegê-lo contra roubo ou intrusos. Todos os que o Oficial do Monte do Templo surpreendesse dormindo, nas suas rondas de inspeção, eram despidos e espancados. Estes sacerdotes e levitas prefiguraram a classe sacerdotal, os 144.000, dos quais um restante serve hoje como vigias no templo espiritual. Dá-se assim atenção ao aviso, não só da parte deles, mas também dos que servem como companheiros deles no ministério, para não serem achados negligentes nos deveres ou adormecidos no serviço, para não serem despidos do privilégio de serviço, de que gozam como testemunhas de Jeová, pelo inspetor do templo, Cristo Jesus.
16. Que experiência tiveram os discípulos?
16 Não diga que isto nunca lhe poderá acontecer. Algo similar aconteceu até mesmo aos discípulos, não uma vez, mas três vezes! Foi na noite antes da morte de Jesus, quando ele foi ao lugar chamado Getsêmani, a fim de orar. Enquanto ele continuava a orar, os discípulos adormeceram. Jesus disse então a Pedro: “Não pudestes vós, homens, nem por uma hora vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, naturalmente, está disposto, mas a carne é fraca.” Jesus não estava desculpando os discípulos, mas sabia que estavam cansados. Sem dúvida, se tivessem entendido plenamente os eventos que haviam de ocorrer, o relato não revelaria que pela segunda vez “os encontrou dormindo, pois os olhos deles estavam pesados”. Mas, até mesmo na terceira vez, quando ele voltou de orar, Jesus teve de dizer-lhes: “Numa hora dessas estais dormindo e descansando! Vêde! Chegou a hora para o Filho do homem ser traído nas mãos de pecadores.” (Mat. 26:40-45, NM) Pedro deve ter aprendido bem a lição, porque mais tarde ele deu conselho similar sobre manter-se desperto, dizendo: “Mantende vossos sentidos, vigiai. Vosso adversário, o Diabo, anda em redor como um leão que ruge, procurando devorar alguém.” — 1 Ped. 5:8, NM.
17. Como nos pode ajudar esta experiência?
17 Embora os discípulos não fossem privados dos seus privilégios de serviço, naquela ocasião, devem ter depois lamentado muito que não se mantiveram despertos com Jesus, durante as últimas horas deste. Isto é um bom aviso para nós, a fim de estarmos duplamente alertas neste tempo do fim, para não sermos similarmente repreendidos ou até perdermos nossos privilégios de serviço. Portanto, não seja apanhado dormindo em casa quando seus irmãos se reúnem no Salão do Reino para oração ou estudo. Alguém, talvez, terá de dar-lhe conselhos, assim como Jesus deu aos discípulos. (Sal. 13:3) Antes, salvaguardemos o maravilhoso encargo que temos de Jeová por continuar a estudar e nos reunir, participando no serviço que se nos designou. — 1 Tes. 5:21, 22.
RESPONSABILIDADES DE FAMÍLIA E DE CONGREGAÇÃO
18. Que podem os pais fazer para ajudar seus filhos em sentido espiritual?
18 Parte da responsabilidade de cada pai cristão é cuidar bem dos interesses espirituais de sua família. Todos os pais amorosos sentem uma profunda responsabilidade para com seus filhos. Estão atentos dia e noite às necessidades deles. Cuidam deles pacientemente durante os seus primeiros anos, ensinam-nos e ajudam-lhes a crescer à madureza, até que possam cuidar de si mesmos. Além de lhes fornecer as necessárias coisas materiais para a vida, os pais sábios pensarão também muito nos interesses espirituais dos seus filhos, para ajudar-lhes a conhecer seu Criador e o privilégio de o servirem. (Efé. 6:4) Se os pais tomarem a dianteira nisso, por lerem a Bíblia com seus filhos, por estudarem com eles, levando-os às reuniões e ao serviço do Reino,” então os filhos terão prazer em segui-los. (Pro. 22:6) Este treinamento bíblico é tão importante para o bem-estar espiritual do filho, que os pais nunca devem deixar a responsabilidade de instruir os jovens para outra pessoa. Assim como o servo na congregação da sociedade do Novo Mundo tem a responsabilidade de liderá-la e ajudá-la espiritualmente, assim se dá com os pais em relação às suas famílias. Os pais são os superintendentes ou servos da unidade da família. O pai sábio tomará a dianteira na instrução religiosa de sua família. Está atento a esta responsabilidade?
19. Como podem os pais ensinar seus filhos, e por que é isso importante?
19 Ensinarem-se aos filhos os propósitos de Jeová Deus não deve ser adiado até o sábado semanal, mas deve ser uma responsabilidade de cada manhã, cada tarde e cada noite de cada dia da semana. O conselho bíblico a respeito disso acha-se registrado em Deuteronômio 6:5-7: “Amarás, pois, a Jehovah teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. Estas palavras que eu hoje te intímo, estarão sobre o teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e dellas falarás, sentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te.” Se os mandamentos de Deus estiverem no seu coração, então os poderá ensinar aos seus filhos. Mas, não lhes poderá ensinar algo que não conhece, ou mandar-lhes fazer algo que não está disposto a fazer, e ainda esperar obter bons resultados. Lembre-se de como Noé tomou a dianteira em construir a arca. Ele começou imediatamente a trabalhar no serviço, com seus filhos para ajudá-lo. Poderá fazer o mesmo para sua família se cuidar de que obtenham um conhecimento básico, bom e sólido, da verdade por meio de instrução pessoal, por tomar a dianteira no serviço e incentivá-los a entrar no ministério de pioneiro. Lembre-se de que a sua família terá de estar preparada para a inspeção final do Inspetor-Chefe do Templo; portanto, siga as instruções de Jesus e ‘continue a vigiar’ por manter a sua família atenta à verdade e em progresso no serviço.
20. Quais são algumas das responsabilidades do servo cristão?
20 O chefe de família que mostra apreço pela responsabilidade para com sua família por tomar a dianteira e exercer a devida chefia cristã, mostra que está pronto para os privilégios de serviço como servo na congregação cristã. Em tal caso, não só está envolvido o bem-estar duma pequena família, mas os interesses duma congregação. Por isso são especialmente os servos que têm a responsabilidade de se manter espiritualmente despertos. Sua designação pelo espírito santo os torna responsáveis perante Jeová. Os servos não ficam sem ajuda na orientação do rebanho e na proteção dele. Eles têm a Palavra de Jeová para orientá-los no manejo teocrático dos assuntos e têm Sua organização para aconselhálos e ajuda-los. (Isa. 50:4) Os servos devem ser achados imaculados e sem haver razão para vitupério da parte das pessoas de fora. Iguais aos reis de Israel, que liam cada dia a lei de Deus, também os designados como superintendentes ou servos entre o povo de Deus devem hoje conhecer cabalmente a Bíblia. Devem partilhar liberalmente a verdade com outros, deixando a luz brilhar, para ser vista por todos, assim como uma estrela dá a sua luz. O servo, igual a um bom pastor que está atento às ovelhas desgarradas, observa não só os presentes às reuniões, mas também os que faltam, para que os possa visitar e ajudar. O bom servo sabe que o rebanho é a herança de Deus e o trata como algo que lhe foi confiado por Jeová. — 1 Tes. 5:14, 15.
21. Que eventos nos fazem ficar alertas, e que conselho se dá?
21 Ao passo que a nuvem espiritual que envolve a terra fica cada vez mais escura, é tempo de se sair para a luz usufruída pela sociedade do Novo Mundo. Esta luz da verdade tem ficado cada vez mais luminosa, desde a entronização celestial de Cristo, em 1914. Jeová Deus e Cristo Jesus, “os reis vindos do Oriente”, preparam-se para ajuntar as nações para a grande batalha do Armagedon. Não haverá posição neutra naquela batalha, nem lugar para se esconder. Toda a evidência bíblica do sinal pormenorizado dos tempos, dado por Jesus, é igual a um alarme divino, que soa alto e claro para o nosso aviso e proteção. (Joel 3:12-17) Agora não é tempo para ficarmos cansados por causa dos muitos anos em que fizemos o bem, nem para nos deixar atrasar pelos fardos da vida. Lembre-se, antes, do aviso de Jesus em Lucas 21:34, 35 (NM):“Prestai atenção a vós mesmos, de modo que vossos corações nunca fiquem sobrecarregados com o comer demais, e com muito beber, e com as ansiedades da vida, e subitamente aquele dia venha instantaneamente sobre vós como laço. Pois virá sobre todos os que habitam na face de toda a terra.”
22. Que pode esperar a pessoa espiritualmente desperta?
22 Não deixe que nada lhe impeça entrar pela porta aberta do serviço de Jeová Deus. Mostre a Jeová que reconhece a urgência dos tempos, que o ama, bem como a verdade que aprendeu. Partilhe-a com seus vizinhos por trabalhar de toda a alma no ministério do Reino. Esta obra acabará; portanto, usufrua-a agora. (Jer. 31:34) Mantenha-se espiritualmente desperto, para evitar o desaparecimento junto com as nações, na destruição do Armagedon. Esteja entre os felizes, atento aos tempos, alerta à oportunidade de servir com sua família e com a congregação como parte da organização de Jeová. Assim ganhará também a aprovação de Jeová e a vida no novo mundo, depois de Cristo ter feito a sua inspeção no Armagedon. Este é o futuro feliz dos homens de fé.