Respondendo à pergunta do governador romano, “Que é a verdade?”
“Pilatos disse-lhe: ‘Que é verdade?’” — João 18:38.
QUEM FEZ a pergunta foi o governador ou’ procurador das províncias romanas da Judéia, Samaria e Iduméia, no Oriente Médio, durante os anos 20 a 36 de nossa Era Comum. Sua capital era a cidade de Cesaréia, no Mar Mediterrâneo; mas, propôs a pergunta a um homem sendo julgado por ele no palácio do governador em Jerusalém, no dia da Páscoa judaica, 14 de nisã, do ano 33 E. C. Como governador, achava-se na Cidade Santa judaica com suas tropas a fim de manter a ordem durante a celebração da festa da Páscoa. Aparentemente, a fim de evitar qualquer dificuldade naquele dia em Jerusalém, os líderes religiosos da cidade entregaram ao governador romano certo homem a quem chamaram de malfeitor, para ser julgado e punido segundo a lei secular romana. No decorrer do interrogatório particular que se seguiu, o governador, qual Juiz, propôs a pergunta ao homem acusado de agir mal: “Que é verdade?” O interesse do governador na verdade só foi até esse ponto. Três anos depois, foi intimado a ir a Roma a fim de responder por má conduta no cargo. Segundo o historiador Eusébio, foi banido para Viena (Vienne), na província romana da Gália, e, mais tarde, cometeu suicídio. Morreu sem obter a resposta à sua pergunta.
1. Como é fornecida por escritores a comprovação histórica do encontro de Pilatos e Cristo, mas, quem escreveu mais pormenorizadamente a respeito disso?
O GOVERNADOR romano era Pôncio Pilatos. O homem a quem propôs sua famosa pergunta era Jesus Cristo. A comprovação histórica da reunião destes dois homens nesta ocasião momentosa é fornecida, não só por testemunhas judias, mas também pelo famoso historiador romano do nosso primeiro século, Públio Cornélio Tácito. Ao escrever a respeito do nome “cristão”, este historiador não-judeu afirma:a “O autor desse nome, Cristo, foi afligido com punição [foi morto] pelo procurador Pôncio Pilatos, atuando Tibério como imperador.” Mas, o homem que relatou os pormenores deste encontro entre Jesus Cristo e Pôncio Pilatos foi o amigo terrestre mais amado de Jesus Cristo, a saber, João, filho de Zebedeu. (João 18:28-38) O relatório de João tinha sólido fundo de veracidade, pois, mais do que qualquer outro escritor bíblico, escreveu a respeito da verdade e da veracidade, num campo de interesse que é de máxima importância para todos nós.
2. Que perguntas surgem a respeito da própria pergunta de Pilatos, e o que podemos dizer em resposta?
2 Aparentemente, o governador romano, Pôncio Pilatos, deixou que morresse com ele, sem ser respondida, a pergunta: “Que é verdade?” Em realidade, porém, será que a pergunta morreu com ele? Será que a pergunta permanece irrespondível até estes dias? Embora Jesus Cristo não respondesse verbal e diretamente a pergunta de Pilatos, será que deixou a pergunta sem ser respondida a outros, sim, a nós? Somos obrigados a responder Não! A pergunta de Pilatos foi respondida, e a resposta pode ser dada aos que buscam e amam honestamente “a verdade”.
3. O que é “verdade”, e a respeito de que verdade perguntou Pilatos?
3 Verdade significa “conformidade aos fatos”. Há coisas de todas as espécies a respeito das quais temos de estabelecer os fatos reais, a fim de sabermos a verdade sobre elas. Quando conhecemos algo como é exatamente, nosso conhecimento disso é formalmente verdadeiro ou é verdadeiro em forma. A fim de ser verdadeiro, nosso conhecimento de algo tem de se ajustar ao que tal coisa é em realidade. Então, quando Jesus Cristo era julgado por Pôncio Pilatos, o interesse do governador se prendia a saber de certos fatos sobre este homem acusado. Seu interesse não se prendia à verdade em geral; seus deveres designados e suas responsabilidades não lhe permitiam tão ampla indagação. O homem diante dele, sob acusação, foi quem suscitara o assunto da verdade. Assim, foi sobre a verdade neste respeito que Pilatos perguntou: “Que é verdade?” O que, então, era a verdade que aqui entrou em foco? Vejamos.
PROCURANDO A RESPOSTA
4. Segundo o relatório de João, como foi que surgiu a pergunta de Pilatos?
4 O relatório feito por João, filho de Zebedeu, reza: “De modo que Pilatos entrou novamente no palácio do governador e chamou Jesus e disse-lhe: ‘És tu o rei dos judeus?’ Jesus respondeu: ‘É de tua própria iniciativa que dizes isso ou te contaram outros a respeito de mim?’ Pilatos respondeu: ‘Será que eu sou judeu? A tua própria nação e os principais sacerdotes te entregaram a mim. O que fizeste?’ Jesus respondeu: ‘Meu reino não faz parte deste mundo. Se o meu reino fizesse parte deste mundo, meus assistentes teriam lutado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, assim como é, o meu reino não é desta fonte.’ Portanto, Pilatos disse-lhe: ‘Pois bem, és tu rei?’ Jesus respondeu ‘Tu mesmo estás dizendo que eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que está do lado da verdade escuta a minha voz: Pilatos disse-lhe: ‘Que é verdade?’ — João 18:33-38; Mat. 27:11-14.
5. Quando em julgamento perante Pilatos, como foi que Jesus se mostrou veraz à sua missão ao vir ao mundo?
5 Nesta ocasião decisiva, Jesus foi veraz à missão para a qual veio ao mundo. O temor da morte não influiu nele, fazendo que negasse os fatos do caso. Quando seus captores o entregaram a Pilatos, acusaram-no, dizendo: “Achamos este homem subvertendo a nossa nação e proibindo o pagamento de impostos a César, e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei.” (Luc. 23:1-3) Portanto, quando se lhe fez a pergunta direta se era rei, não negou isso. Respondendo a Pilatos, falou do “meu reino”, mas explicou que não era parte deste mundo. Desta explicação, Pilatos concluiu que Jesus era rei. Isto o moveu a perguntar pela segunda vez a respeito da realeza de Jesus, afirmando: “Pois bem, és tu rei?” Isto é, mesmo que teu reino não seja parte deste mundo. Jesus respondeu que Pilatos tirara a conclusão certa, dizendo: “Tu mesmo estás dizendo que eu sou rei.” De outra forma, Pilatos não teria perguntado pela segunda vez se ele era rei.
6. Em vista de que propósito estava Jesus determinado a ser fiel nesta ocasião, custasse o que custasse?
6 Jesus deixou que a conclusão judicial de Pilatos se firmasse como a verdadeira. Jesus estava no banco das testemunhas e não poderia então negar a verdade. Como afirmou então a Pilatos, nascera para isso mesmo e viera ao mundo com este mesmo fim, de dar testemunho da verdade de sua realeza. E todo aquele que estiver do lado da verdade aceitará o testemunho de Jesus como sendo a verdade. Ele nascera para dar testemunho da verdade. Com trinta anos, fora batizado e viera ao mundo para dar testemunho da verdade. Assim, então, no clímax de sua vida terrestre, não frustraria o propósito de seu nascimento humano e de sua entrada pública no palco mundial. Seria fiel à verdade, mesmo que isso lhe custasse a vida. Se o ponto em questão não fosse a verdade, certamente não estaria disposto a morrer por ele; não morreria por uma mentira.
7. Do que devemos estar convencidos a respeito do testemunho de Jesus, e ao que nos leva esta certeza?
7 Jesus se dispunha a morrer pela verdade. Será que ficamos convencidos, pela coragem e pela fidelidade de seu proceder, que seu testemunho, não só perante o governador romano, mas perante toda a nação, era a verdade? Se estivermos convencidos, o que significa isso? Se ouvirmos a sua voz, aceitando o que diz, então o aceitamos qual rei. Por fazer isso, provamos que estamos “do lado da verdade”. Significa que estamos também do lado de Jesus, que é onde desejamos estar.
8. (a) Por que era essa a verdade a respeito da qual devemos informar-nos? (b) Por que o próprio Jesus tem de ser a verdade?
8 Tem de ser importantíssima verdade, se a pessoa nasce com o próprio fim de dar testemunho dela. Tem de ser verdade digna de se devotar a vida inteira a ela; se a pessoa vem ao mundo com o próprio fim de dar testemunho dela. Em realidade, era tão importante assim. Portanto, se há qualquer verdade a respeito da qual nos devemos informar, trata-se desta verdade. Todavia, no caso de Jesus, a verdade não era apenas questão do que ele disse; era também questão do que fez, de como viveu e de como morreu. Era o caso de viver para que a verdade se cumprisse ou se tornasse realidade. Havia muitas coisas envolvidas em Jesus como homem que eram de importância universal, sim, de importância para o céu e para a terra; e tinha de viver e agir em cumprimento de tais coisas. Ele mesmo tem de ser a verdade.
9. Em harmonia com isso, o que disse João a respeito de Jesus Cristo, em João 1:14, 16, 17, e foi isso abuso de linguagem?
9 Não se tratava apenas de abuso de palavras ou de linguagem exagerada quando o discípulo amado de Jesus, João, escreveu sobre a vinda de Jesus do céu para a terra, para nascer como homem perfeito, e disse: “De modo que a Palavra se tornou carne e residiu entre nós, e observamos a sua glória, uma glória tal como a de um filho unigênito dum pai; e ele estava cheio de benignidade imerecida e de verdade. Pois todos nós recebemos de sua plenitude, sim, benignidade imerecida sobre benignidade imerecida. Porque a Lei foi dada por intermédio de Moisés, a benignidade imerecida e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.” — João 1:14, 16, 17.
COMO ‘VEIO A VERDADE’
10, 11. (a) Será que tal contraste entre Jesus e Moisés significa que a Lei dada por meio de Moisés não era a verdade? (b) Em Romanos 7:10-12, o que diz Paulo em defesa da bondade da lei de Deus?
10 Bem, então, como é que Jesus “estava cheio . . . de verdade”? Como foi ele a pessoa por meio de quem ‘veio a verdade’? Por que será que o apóstolo João contrasta Jesus com Moisés? Será que o profeta Moisés não trouxe a verdade nos seus dias, há mais de quatorze séculos antes de Cristo? Não era a verdade a Lei que Deus deu a Moisés para a nação judia? Sim. Séculos depois de dar a Lei mediante Moisés, disse o inspirado salmista a Deus, o Legislador: “Aproximam-se os que seguem a malvados: afastam-se da tua lei. Tu estás perto ó Senhor [Jeová], e todos os teus mandamentos são a verdade.” (Sal. 119:150, 151, Al) O próprio fato de que a Lei, dada por meio de Moisés, condenava seu próprio povo como pecadores, vem provar que tal Lei era verdadeira quanto à retidão e santidade. Por causa de sua perfeição, tal Lei condenava os judeus à morte. Assim, em defesa da bondade da lei de Deus, escreve o apóstolo Paulo:
11 “E o mandamento que era para a vida, este eu achei ser para a morte. Pois o pecado, recebendo induzimento por intermédio do mandamento, seduziu-me e matou-me por intermédio dele [isto é, pelo mandamento que condenava à morte os pecadores]. Por conseguinte, a lei, da sua parte, é santa, e o mandamento é santo, e justo, e bom.” — Rom. 7:10-12.
12, 13. (a) O que a lei de Moisés exigia dos judeus para que obtivessem a vida por meio dela, e por que tal Lei não frustrou seu propósito? (b) Como foi que o apóstolo Paulo tornou claro esse ponto, em Gálatas 3:23-25?
12 Assim, a Lei dada mediante Moisés não era errônea. Antes, apontava o que era errado. A Lei dada mediante Moisés não era um erro. Os Dez Mandamentos que eram parte daquela Lei não constituíam erro. A Lei exigia obediência perfeita da parte dos judeus a fim de que obtivessem a vida eterna por guardá-la. Mas, nenhum dos judeus de nascimento comum podia guardar perfeitamente a Lei e obter a vida eterna pelas obras da Lei. Todavia, tal Lei serviu ao seu propósito, pois identificou e apontou o Perfeito que guardou a Lei impecavelmente, Aquele que escapou assim da condenação da Lei e que, por conseguinte, foi declarado completamente justo e merecedor da vida eterna por causa de sua justiça inculpável. Que a Lei dada mediante Moisés não fugiu a seu propósito e que não foi tentativa errônea nem falha, o apóstolo cristão e judeu, Paulo, tornou claro nas seguintes palavras:
13 “Antes de chegar a fé [cristã], estávamos sendo guardados debaixo de lei, entregues juntos à detenção, aguardando a fé que estava destinada a ser revelada. A Lei, por conseguinte, tornou-se o nosso tutor, conduzindo a Cristo, para que fôssemos declarados justos devido à fé. Mas, agora que chegou a fé, não estamos mais debaixo dum tutor [a Lei].” — Gál. 3:23-25.
14. (a) Como é que a lei de Moisés era mais do que apenas um código legal? (b) Como é que isto era verdadeiro a respeito do sacerdócio provido pela Lei?
14 A Lei dada mediante Moisés era mais do que apenas um código legal, mais do que um conjunto sistematizado de leis para a conduta humana. De muitas formas, era profética. Ordenava muitas coisas que eram proféticas de boas coisas vindouras. Por exemplo, a Lei estabeleceu o sacerdócio para a nação judaica na família de Aarão, o irmão mais velho de Moisés. Isto foi profético de como Jeová Deus estabeleceria um Sumo Sacerdote que ofereceria sacrifício para o benefício duradouro de toda a humanidade. Este Sumo Sacerdote espiritual, celeste, também teria subsacerdotes, estes sendo tirados de entre os homens e podendo mostrar simpatia para com os homens em seu estado pecaminoso e em sua imperfeição.
15. De que eram proféticas as modalidades do dia anual judaico de expiação?
15 A Lei ordenava que todo ano o dia de expiação nacional fosse celebrado no décimo dia do sétimo mês lunar dos judeus. Naquele dia, devia-se fazer expiação tanto para o sacerdócio como para todo o restante da nação judia, por meio do sacrifício de um touro e um cabrito imaculados, o sangue dos quais era aspergido no Santíssimo do santuário. Também, seus pecados deviam ser levados para o esquecimento pelo bode expiatório. Tudo isso era profético de como o grande Sumo Sacerdote de Deus ofereceria um sacrifício para expiar o pecado da humanidade e serviria qual real Portador dos pecados para levar ao esquecimento o pecado da humanidade. Toda esta provisão seria expressão de benevolência da parte de Deus.
16. Assim, além de mandamentos, o que forneceu a lei de Moisés, segundo o escritor de Hebreus 8:4, 5?
16 “Assim, havia muito mais envolvido na Lei dada por meio de Moisés do que simplesmente mandamentos para indicar o que era o pecado e para dizer aos judeus qual era a coisa pura, justa, santa e altruísta a ser feita, a fim de mantê-los andando em harmonia com Deus. Além disso, a Lei ordenava certas cerimônias significativas a serem realizadas regularmente, a fim de traçar esboços proféticos que dão um verdadeiro quadro de grandiosas coisas a vir, segundo o propósito de Deus. O inspirado escritor chama estes esboços proféticos de ‘sombras’, dizendo: “Havendo homens que oferecem as dádivas segundo a Lei, os quais, porém, prestam serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais; assim como Moisés, quando estava para completar a tenda, recebeu o mandado divino: Pois ele diz: ‘Cuida de que faças todas as coisas segundo o seu modelo que te foi mostrado no monte [Sinai].’” — Heb. 8:4, 5.
17. Em que sentido a Lei proveu ‘sombras’ do corpo humano perfeito que tinha de ser apresentado pelos pecados?
17 De novo, o mesmo escritor menciona ‘sombras’ quando arrazoa sobre a necessidade dum corpo humano perfeito a ser apresentado em sacrifício a Deus, afirmando: “Visto que a Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria substância das coisas, os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente, de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam. De outro modo, não se teria parado de oferecer os sacrifícios, visto que os que prestam serviço sagrado, purificados uma vez para sempre, não teriam mais consciência de pecados? Ao contrário, por meio destes sacrifícios há de ano em ano uma lembrança dos pecados, porque não é possível que o sangue de touros e de bodes tire pecados. Por isso, ao entrar no mundo, ele diz: ‘Sacrifício e oferta não quiseste, porém, preparaste-me um corpo.’” — Heb. 10:1-5.
18. Quais eram algumas das ‘sombras’ da lei mosaica, e por que podiam ser chamadas apropriadamente de ‘sombras’?
18 Muitas outras coisas ordenadas na Lei, tais como o jantar da páscoa, a festa das semanas ou Pentecostes, o sábado semanal, o ano do Jubileu, o festivo primeiro dia de cada mês ou lua nova, especialmente a sétima lua nova de cada ano, todas eram ‘sombras’. Eram verdadeiras em si mesmas, traçando verdadeiro esboço ou pequeno quadro de coisas maiores e vindouras. No entanto, eram apenas ‘sombras’. A sombra é a imagem ou forma escura projetada sobre alguma superfície por alguma substância sólida e opaca que obstrui a passagem da luz. A sombra não é substancial; não é a coisa real. A substância ou corpo que a sombra delineia ou espelha é a coisa real. Se a substância ou corpo estiver na frente da luz, então a sua sombra se estende à frente da substância ou corpo. Por essa razão, é ditado comum: “Os eventos vindouros projetam sua sombra adiante deles.” No propósito de Deus, a sombra veio primeiro, para dar uma ideia em pequena escala das coisas grandiosas que ele tinha em mente para o futuro da humanidade. Tais sombras suscitaram verdadeiras expectativas nas pessoas que guardavam obedientemente a lei de Deus. Porque as ‘sombras’ eram verdadeiras, tais pessoas não ficariam desapontadas em suas expectativas.
19. Por que, então, podia João dizer corretamente: ‘A Lei foi dada por intermédio de Moisés, . . . a verdade veio por intermédio de Jesus Cristo’?
19 A sombra é verdadeira, mas não é a plena verdade do assunto. Somente quando chega a substância que foi prefigurada é que chega a verdade. Então a verdade se cristaliza. A substância ou corpo é a verdade. Visto que a lei mosaica continha apenas as sombras, tinha de dar lugar à vinda da coisa real, a substância ou corpo que a Lei prefigurava. Por isso, as regras delineadas na lei de Moisés a respeito de comer, beber, observar cerimônias e guardar dias santos, tinham de desaparecer quais quadros ou sombras. E desapareceram mesmo, pois o apóstolo Paulo escreve à congregação cristã em Colossos, na Ásia Menor: “Portanto, nenhum homem vos julgue pelo comer ou pelo beber, ou com respeito a uma festividade ou à observância da lua nova ou dum sábado; pois estas coisas são sombra das coisas vindouras, mas a realidade pertence ao Cristo.” (Col. 2:16, 17) Por conseguinte, foi em completa harmonia com os fatos históricos que o apóstolo João podia dizer: “A Lei foi dada por intermédio de Moisés, a benignidade imerecida e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo.” — João 1:17.
20, 21. Para tornar plenamente verdadeira a declaração de João, o que isso exigiu da parte de Jesus, no que toca a fazer ele expiação pelo pecado?
20 A fim de tornar verdadeira esta declaração em seu sentido mais pleno, isso exigia mais da parte de Jesus Cristo do que apenas falar, pregar, ensinar. Exigia que este Filho de Deus deixasse sua glória espiritual no céu e nascesse qual criança humana perfeita a fim de poder cumprir a verdade dos sacrifícios do Dia de Expiação que, de forma figurada, tiravam os pecados de toda a nação judia. Exigia que apresentasse a si mesmo, com trinta anos, qual vítima humana apropriada para um sacrifício aceitável a Deus, a fim de que fosse designado Sumo Sacerdote de Deus, para expiar os pecados de toda a humanidade. (Heb. 5:1-5; 7:27; 8:1-4) Isto fez quando se apresentou para ser imerso no Rio Jordão por João Batista, seu corpo sendo sepultado momentaneamente da vista na água. Assim, ‘veio ao mundo’ com o corpo humano sacrificial que Deus preparara para ele. — Heb. 10:5-10; Sal. 40:6-8; João 18:37.
21 Ao morrer, três anos e meio mais tarde, ele, qual Sumo Sacerdote de Jeová, fez realmente a oferta de seu sacrifício humano “uma vez para sempre”. Para que apresentasse o valor de seu perfeito sacrifício humano a Deus, no céu, teve de ser ressuscitado dentre os mortos. Isto ocorreu no terceiro dia depois de sua morte. Então, como o sumo sacerdote judeu que atravessava o véu interior do templo para chegar ao Santíssimo ou quarto mais recôndito, Jesus Cristo foi levantado dentre os mortos para o domínio espiritual e, no tempo devido, apareceu perante a presença literal de Deus, a fim de apresentar o valor vitalício de seu sacrifício.
22. Como foi isto tudo parte de Jesus dar testemunho da verdade?
22 Tudo isto provou a veracidade das sombras que se achavam contidas na Lei dada mediante Moisés. Estabeleceu o sumo sacerdócio de Jesus Cristo como sendo verdade real, como tendo sido executado com êxito. Deste fato fluirão para a humanidade as mais preciosas bênçãos. Todas estas coisas foram parte de Jesus dar testemunho da verdade, de ele pôr as coisas que foram prefiguradas e preditas pela lei de Moisés no domínio da verdade real.
VERDADE DO REINO
23. (a) Será que as coisas que tinham que ver com o sacrifício sacerdotal pelo pecado eram toda a verdade de interesse para nós, e como foi que isto se tornou claro no julgamento de Jesus? (b) Portanto, que outras coisas da lei de Moisés precisavam ser provadas como sendo ‘sombras’ corretas?
23 No entanto, será a verdade a respeito do serviço sacerdotal e de ser feito o sacrifício propiciatório pelos pecados do mundo toda a verdade que é de importância e de interesse para nós? Não! Pois, quando Jesus estava sendo interrogado pelo Governador Pôncio Pilatos, a questão do governo real foi a principal em pauta. Os inimigos que o entregaram para o julgamento romano o acusaram de afirmar ser “Cristo, um rei”. (Luc. 23:1, 2) Em realidade, nessa mesma ocasião, havia muita verdade a ser estabelecida com respeito à questão de governo, não apenas o governo local dos judeus, mas o governo de todo o mundo da humanidade. Quanta coisa dependia de Jesus Cristo naquela ocasião, e ele avaliava isto e estava completamente determinado a ser fiel! Sem ser inesperado, as coisas na Lei de Moisés que tinham de ver com o vindouro governo do povo de Deus precisavam ser provadas como sendo profecias corretas, ‘sombras’ corretas que se ajustariam a fatos futuros. Como é que mostraram que eram?
24. (a) Que cargo em Israel estabeleceu Deus em Aarão e em sua família? (b) Por que foi que Deus não estabeleceu também um rei humano sobre Israel?
24 Na ocasião de a Lei ser dada mediante Moisés, no Monte Sinai, não havia rei humano visível sobre Israel. Moisés não era o rei de Israel, mas servia qual mediador entre Jeová Deus e a nação de Israel. O irmão mais velho de Moisés era Aarão, o primogênito de Anrão, o levita. Na família de Aarão, Jeová Deus estabeleceu o sacerdócio sobre Israel. Por que Deus não estabeleceu também um rei humano sobre Israel? Ou, por que ele não fez de Aarão um rei-sacerdote? Foi porque Jeová Deus, embora invisível, era o Rei legislador de Israel. Não poderia ser também o Sacerdote de Israel. Os assuntos em Israel eram exatamente como Moisés cantou a respeito deles junto ao Mar Vermelho, cerca de três meses antes de a Lei ser dada mediante Moisés: “O Senhor [Jeová] é rei sempre e perpetuamente. Os cavalos de Faraó, com efeito, tinham entrado no mar com seus carros e seus cavaleiros, e o Senhor [Jeová] os tinha envolvido nas águas, enquanto que os israelitas tinham passado a pé enxuto pelo leito do mar.” (Êxo. 15:18, 19, CBC) Assim, Jeová não se retirou do cargo de Rei.
25. Que referências a um rei humano sobre Israel fez Deus na Lei fornecida por meio de Moisés?
25 Na lei mosaica, Jeová Deus realmente sugeriu que viria talvez o tempo em que os israelitas desejariam ser como as nações pagãs não-teocráticas e ter um rei visível sobre eles. Então, disse Jeová: “Elegerás aquele rei que o Senhor [Jeová], teu Deus, tiver escolhido, e este será um de teus irmãos: não poderás escolher para rei de Israel um estrangeiro que não seja teu irmão. . . . Quando subir ao trono de seu reino, escreverá para si uma cópia desta lei, segundo o texto que os sacerdotes levíticos têm.” (Deu. 17:14-18, CBC) Mais tarde, Moisés admoestou que, se os israelitas não executassem seu contrato ou pacto solene com Deus, então: “O Senhor [Jeová] te levará a ti e ao teu rei que tiveres sobre ti, ao meio de um povo que nem tu nem teus pais conheceram. Ali renderás culto a outros deuses, deuses de pau e de pedra.” (Deu. 28:35, 36, CBC) Mais de trezentos e cinquenta anos depois, a inteira nação de Israel realmente pediu tal rei, e Deus lhes deu Saul, filho de Quis. — 1 Sam. 8:4 a 12:5.
26. (a) A que tribo israelita pertencia Saul, filho de Quis? (b) Mas, a quem viria o poder real em Israel, segundo profetizado pelo patriarca Jacó, e, assim, quem deveria vir daquela tribo?
26 O Rei Saul era da tribo de Benjamim. Mas, muito antes de a Lei ser dada mediante Moisés, Jeová Deus inspirou o patriarca Jacó ou Israel a profetizar que o poder real em Israel viria a estar nas mãos da tribo de Judá, e que o cetro e a vara de comando jamais se apartariam daquela tribo. Alguém chamado Siló (significando “Aquele de Quem É”) viria daquela tribo, “e a ele pertencerá a obediência do povo”.
27. Como é que se poderia dizer que essa profecia de Jacó se achava na Lei dada por meio de Moisés?
27 Esta profecia a respeito da realeza foi escrita no primeiro livro da Bíblia, em Gênesis 49:8-10. No entanto, o livro de Gênesis foi escrito por Moisés. O que constitui agora os primeiros cinco livros da Bíblia era inicialmente apenas um livro escrito por Moisés. Nos dias de Jesus Cristo, quando os judeus falavam das grandes divisões dos livros das Escrituras Hebraicas, os primeiros cinco livros da Bíblia, escritos por Moisés, foram chamados de Lei ou “Tora”, de modo que o livro de Gênesis veio a estar sob o cabeçalho de “a Lei”, a Tora. Depois de ser ressuscitado dentre os mortos, disse Jesus a seus discípulos: “Estas são as minhas palavras que vos falei enquanto ainda estava convosco [na carne], que todas as coisas escritas [1] na lei de Moisés, e [2] nos Profetas, e [3] nos Salmos, a respeito de mim, têm de se cumprir.” (Luc. 24:44) Por tal razão, a expressão “a Lei” podia incluir as coisas escritas no livro de Gênesis, inclusive esta profecia feita pelo patriarca Jacó a respeito de a realeza ficar na tribo de Judá.
28. (a) Para que Jesus ‘desse testemunho da verdade’ de forma cabal, por que tinha de nascer de determinada família, além de determinada tribo? (b) Como foi que Deus tornou ainda mais forte a promessa do reino, e a quem realmente pertencia o reino?
28 A fim de “dar testemunho da verdade” a respeito do reino de Deus, Jesus nasceu da tribo de Judá. (Heb. 7:14) Mas, a fim de que ele ‘desse testemunho da verdade’ de forma cabal, o nascimento de Jesus não poderia se dar em qualquer família da tribo de Judá. Seu nascimento teria de ocorrer na linhagem de Davi de Belém; e ocorreu. (Rom. 1:1-4) Por que isto se dava? Porque Davi, da tribo de Judá, foi feito rei de Israel, a fim de suceder ao Rei Saul e a seu filho Is-Bosete, e, então, Jeová Deus fez um contrato ou pacto solene com o Rei Davi para a realeza do povo de Deus permanecer para sempre na linhagem real de Davi. Isso significava que, por fim, Davi teria um herdeiro permanente do reino. (2 Sam. 7:11-16; 1 Crô. 17:11-15) Jeová Deus não só fez esta promessa ao fiel Rei Davi, mas apegou-se mais fortemente a esta promessa por jurar cumpri-la. Ao jurar assim, Deus realmente jurava a favor de seu próprio reino, pois o próprio Rei Davi reconheceu que o reino sobre Israel realmente pertencia a Jeová e que o trono em que se sentava em Jerusalém era realmente “o trono de Jeová”. (1 Crô. 29:10, 11, 23) A respeito deste juramento que deveria confirmar o pacto feito com Davi para um reino eterno, lemos:
29. O que tinha a dizer o Salmo 89 a respeito deste pacto e do juramento de Deus a respeito do reino de Davi?
29 “Concluí um pacto com meu escolhido; jurei a Davi, meu servo: ‘Estabelecerei firmemente a tua semente por tempo indefinido, e edificarei o teu trono de geração em geração. . . . Não profanarei o meu pacto, e não mudarei a expressão que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei na minha santidade, não mentirei a Davi. A sua própria descendência provará existir até tempo indefinido, e o seu trono como o sol diante de mim. Como a lua, será estabelecido firmemente, por tempo indefinido, e será uma testemunha fiel nos céus.” — Sal. 89:3, 4, 34-37; Atos 2:30.
30. Portanto, quais eram as “benevolências para com Davi”, mencionadas em Isaías 55:3, e por que deveriam ser fiéis?
30 Este pacto do reino e todas as suas modalidades foram o que a Palavra de Deus chama de as “benevolências para com Davi”, e o juramento de Deus quanto a ele aumentou a sua fidelidade e fidedignidade. Por isso, num tempo de perseguição, o povo de Deus, que depende dele para executar este pacto do reino, bem pode assumir as palavras do salmista, não com qualquer dúvida a respeito do pacto, mas, num apelo a Deus no tocante ao mesmo, a dizer: “Senhor [Jeová], onde estão as tuas antigas benignidades, que juraste a Davi pela tua verdade?” (Sal. 89:49, Al) De forma considerada, Deus assegura a seu povo de sua fidelidade ao pacto, dizendo: “Celebrarei prontamente convosco um pacto que durará indefinidamente com respeito às benevolências para com Davi, que são fiéis.” (Isa. 55:3) Jesus Cristo, em especial, pôde obter consolo desta promessa divina.
31. (a) Assim, por que nasceu Jesus na linhagem real de Davi? (b) Como foi que Jeová assim respondeu à oração no Salmo 132:1-18?
31 Assim, para tornar o pacto do reino uma verdade eterna, Jesus nasceu na linhagem real de Davi, para se tornar o Herdeiro Permanente de Davi. Assim, Jeová não se provou inverídico ao Rei Davi e não se esquivou de dar àquele rei ungido um herdeiro permanente. Jeová respondeu à oração feita a ele no Salmo 132:1-18 (Al): “Por amor de Davi, teu servo, não faças virar o rosto do teu ungido. O Senhor [Jeová] jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto do teu ventre porei sobre o teu trono. . . . Ali farei brotar a força de Davi: preparei uma lâmpada para o meu ungido: Vestirei os seus inimigos de confusão; mas sobre ele florescerá a sua coroa.”
32, 33. Como foi que Pedro, no dia de Pentecostes, deu testemunho do juramento do reino feito por Deus a Davi, e de seu cumprimento?
32 O apóstolo Pedro foi um dos que deram testemunho da verdade de tudo isso. No dia da festa de Pentecostes, cinquenta dias depois de Jesus Cristo ser ressuscitado dentre os mortos, Pedro explicou o derramamento do espírito santo de Deus sobre os discípulos de Cristo ali em Jerusalém, e disse:
33 “Irmãos, é permissível falar-vos com franqueza a respeito do chefe de família Davi, que ele tanto faleceu como foi enterrado, e o seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. Portanto, visto que era profeta e sabia que Deus lhe havia jurado com juramento que faria sentar um dos frutos dos seus lombos sobre o seu trono, previu e falou a respeito da ressurreição de Cristo, que ele nem foi abandonado no Hades, nem viu a sua carne a corrupção. A este Jesus, Deus ressuscitou, fato de que todos nós somos testemunhas. Portanto, visto que ele foi enaltecido à direita de Deus e recebeu do Pai o prometido espírito santo, derramou isto que vedes e ouvis. Realmente, Davi não ascendeu aos céus, mas ele mesmo diz: ‘Jeová disse a meu Senhor: “Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos como escabelo para os teus pés.”‘ Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a este Jesus, a quem pendurastes numa estaca.” — Atos 2:29-36.
“SENHOR” DO REI DAVI
34. (a) Como foi que Jesus Cristo se tornou o Senhor de Davi, e onde foi que Davi predisse este desenrolar de eventos? (b) Quando é que Davi reconhecerá pessoalmente a condição de senhor que Jesus tem?
34 Aqui o apóstolo Pedro, sob inspiração do espírito santo derramado, declarou que o enaltecido Jesus Cristo era o Senhor do Rei Davi, isto é, mais elevado que o Rei Davi. O trono do Rei Davi era simplesmente terrestre, chamado de “o trono de Jeová”, mas a posição de Jesus Cristo num trono era celestial, à própria direita de Deus. Ele deveria ser um rei imorredouro, eterno e celestial. No futuro próximo, quando Davi for ressuscitado dos mortos, virá a saber a respeito de seu descendente, Jesus Cristo, e reconhecerá a este enaltecido como seu Senhor, o verdadeiro Cristo ou O Ungido. No Salmo 110, o Rei Davi predisse a condição de senhor que Jesus Cristo tem. O apóstolo Pedro citou o primeiro verso deste salmo e o aplicou a Jesus Cristo, como sendo cumprido nele. Assim, com efeito, o inspirado Pedro aplicou o salmo inteiro a Jesus Cristo. O apóstolo Paulo também o aplica a ele.
35. A quem jurou Jeová no Salmo 110:4, e a respeito do quê?
35 Este salmo de Davi relata que Jeová jura de novo, mas, desta vez, não ao Rei Davi, mas ao Senhor de Davi, à direita de Deus nos céus. Dirigindo-se a ele, o verso quatro do Salmo 110 anuncia: “Jeová jurou (e ele não se lastimará): ‘Tu és sacerdote por tempo indefinido de acordo com a maneira de Melquisedeque!’” Por isso, Jeová assim jurou a seu Filho, Jesus Cristo.
36. O que havia de especial na “maneira” de Melquisedeque, e como se mostrou maior que Abraão?
36 Quem era este Melquisedeque, cuja “maneira” deveria ser imitada pelo Senhor de Davi, Jesus Cristo? A Lei dada por meio de Moisés, incluindo o livro de Gênesis, nos informa. Melquisedeque não só era sacerdote, mas também rei. Segundo Gênesis 14:17-20 (CBC), saiu de sua cidade real para encontrar-se com o patriarca Abraão, quando este retornava vitorioso duma batalha. Lemos: “Melquisedec, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho, e abençoou Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão, pelo Deus Altíssimo que criou o céu e a terra! Bendito seja o Deus Altíssimo que te entregou os teus inimigos em tuas mãos!’ E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” Melquisedeque era assim maior do que Abrão.
37. (a) De quem herdou Jesus o reino? (b) Será que Jesus obteve seu sacerdócio para sempre do Sumo Sacerdote Aarão, ou como?
37 Em Hebreus 6:20 a 7:17, a declaração juramentada do Salmo 110:4 se aplica a Jesus Cristo. A “maneira” em que ele é semelhante ao Rei-Sacerdote, Melquisedeque, é explicada, ponto por ponto. Melquisedeque qual rei-sacerdote não teve sucessor na terra. Jesus Cristo não herdou nem o sacerdócio nem o reino de Melquisedeque. Tornou-se o Herdeiro Permanente do Rei Davi, segundo o pacto do reino, mas não herdou seu sacerdócio do Sumo Sacerdote Aarão, da tribo de Levi. Jesus não nasceu da tribo de Levi, pois tinha de ser descendente de Davi. Como foi que Jesus obteve seu sacerdócio para sempre? Foi por meio do juramento de Jeová, conforme proferido no Salmo 110:4.
38. Como foi que aquilo que Melquisedeque prefigurou se tornou realidade em Jesus Cristo, e, assim, a respeito do que Jeová não sentirá nenhuma lástima?
38 Visto que o antigo Melquisedeque deveria indicar a “maneira” do futuro Rei-Sacerdote, Melquisedeque era figura profética e histórica, e prefigurou ao Rei-Sacerdote maior, Jesus Cristo. O que Melquisedeque prefigurou se tornou realidade em Jesus Cristo. O nome de Melquisedeque significa “Rei de Justiça”; e qual rei de Salém, nome que significa “Paz”, era também “rei de paz”. Entretanto, Jesus Cristo era o verdadeiro Melquisedeque a quem Deus tinha presente já muito antes; era o verdadeiro “Rei de justiça”, o verdadeiro “Rei de paz”. É o verdadeiro Rei-Sacerdote que faz a expiação eterna a favor de toda a humanidade e que reinará pacificamente sobre toda a terra. Jeová Deus jamais sentirá lástima de ter jurado fazê-lo Rei-Sacerdote.
A VERDADE PERSONIFICADA
39. Como era Jesus Cristo a verdade, e como deu realmente testemunho da verdade?
39 De tudo isto, torna-se manifesto que Jesus Cristo é a Verdade. É a realização da verdade para a qual apontavam as sombras da lei mosaica, bem como as profecias das Escrituras Hebraicas. Todas estas coisas de natureza profética se focalizaram nele. Para isso nasceu e para isso veio ao mundo, para que pudesse dar testemunho da verdade dessas coisas por cumpri-las. Era a Verdade viva daquelas revelações do propósito de Deus, as coisas a respeito das quais Deus jurara.
40, 41. (a) Nestes respeitos, por que Jesus estava certo em dizer que era a verdade? (b) Como tal, a que pessoas traz benefícios, e como é que Paulo mostra isto em Romanos 15:8-12?
40 Quando na terra qual homem, Jesus determinara dar testemunho da verdade da palavra registrada de Deus nas Escrituras Hebraicas. Na noite de cair nas mãos de seus inimigos, disse a seus apóstolos fiéis: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6) Estava certo em afirmar isto? Sim, pois era realmente a Verdade. Não era nenhuma sombra do Messias ou Cristo. Era o verdadeiro prometido. Não era nenhuma sombra de rei-sacerdote. Era substancialmente o verdadeiro que fora prefigurado. Como tal, beneficia não só aos judeus circuncisos, mas também a todas as nações não-judias. Por isso, o apóstolo Paulo diz:
41 “Pois eu digo que Cristo se tornou realmente ministro dos circuncisos em favor da veracidade de Deus a fim de confirmar as promessas que Ele fez aos antepassados deles, e para que as nações glorificassem a Deus pela sua misericórdia. Assim como está escrito: ‘É por isso que eu te reconhecerei abertamente entre as nações, e farei melodia para o teu nome.’ E novamente ele diz: ‘Regozijai-vos, ó nações, com o seu povo: E novamente ‘Louvai a Jeová, ó todas as nações, e louvem-no todos os povos: E, novamente, Isaías diz: ‘Haverá a raiz de Jessé [pai do Rei Davi], e haverá um surgindo para governar as nações; nele é que as nações basearão a sua esperança.’ — Rom. 15:8-12; Sal. 18:49; 117:1; Deu. 32:43; Isa. 11:10.
42. (a) Como foi que Jesus realmente se tornou “ministro dos circuncisos”? (b) Como foi que Jesus ‘confirmou’ as promessas de Deus, feitas aos antepassados?
42 Certa vez, quando encontrou uma senhora fenícia, Jesus Cristo disse: “Não fui enviado a ninguém senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” Quando enviava seus doze apóstolos para pregar o reino dos céus, Jesus lhes disse: “Não vos desvieis para a estrada das nações, e não entreis em cidade samaritana; mas, ide antes continuamente às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mat. 15:24; 10:5, 6) Assim, porque nasceu e foi circuncidado qual judeu, sob a lei mosaica, Jesus “se tornou realmente ministro dos circuncisos”. Este ministério de Jesus Cristo aos judeus circuncisos foi prestado “em favor da veracidade de Deus”, porque Jeová Deus dissera aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó que todas as nações da terra se abençoariam por meio de sua descendência. Naturalmente, pelo nascimento humano, sua “descendência” seriam os israelitas ou judeus, hebreus. (Gên. 22:18; 26:4; 28:14) Por isso segundo a ordem natural das coisas, foi necessário que Jesus Cristo estabelecesse a “veracidade de Deus” no tocante a tais promessas feitas aos três patriarcas hebreus; como? Por oferecer primeiro aos judeus a oportunidade de receber a bênção de Abraão e de se tornarem a descendência espiritual de Abraão. Era absolutamente obrigatório que Jesus respeitasse o juramento de Jeová Deus, porque Deus jurara que suas promessas aos patriarcas eram verdadeiras, e Jesus tinha de “confirmar” tais promessas.
43. (a) A fim de guardar o que foi que Jeová tirou do Egito os descendentes dos antepassados? (b) Como foi que Ele fortaleceu suas promessas feitas aos antepassados?
43 Aos descendentes circuncisos dos patriarcas, disse Moisés: “Porque o Senhor [Jeová] vos amava, e para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou . . . da mão de Faraó, rei do Egito.” (Deu. 7:8, Al) O juramento de Deus aos patriarcas é mencionado ademais no Salmo 105:7-11 (Al),b que diz: “Ele é o Senhor [Jeová], nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra. Lembra-se perpetuamente do seu concerto, da palavra que mandou, até milhares de gerações. Do concerto que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque. O qual ele confirmou a Jacó por estatuto, e a Israel por concerto eterno, dizendo: A ti darei a terra de Canaã, por limite da vossa herança.” — Veja-se também Gênesis 24:6, 7; 50:24; Êxodo 6:8; Jeremias 11:4, 5.
44. Que pessoas, acima de todas as outras, respeitam o juramento de Deus?
44 Jeová Deus respeita seu próprio juramento e jamais se prova falso ao mesmo. Semelhantemente, Jesus Cristo, quando na terra, respeitou o juramento de Jeová e procurou provar a sua veracidade.
45. (a) Em quem se cumprem os juramentos de Deus a respeito do reino e do sacerdócio? (b) Com que eventos históricos chegou a verdade de Deus?
45 Assim, em Jesus Cristo achamos cumprido o juramento de Deus em afirmação do pacto feito com Davi para um reino eterno, e o juramento de Deus, apoiando a sua designação de um sacerdote para sempre segundo a maneira de Melquisedeque. Nascendo Jesus na terra, vindo ao mundo por ocasião do seu batismo em água, seus três anos e meio de serviço público a favor do reino de Deus, sua morte em fidelidade a Deus, sua ressurreição dos mortos e sua exaltação aos céus, tendo chegado todos estes eventos históricos da verdade, a verdade de Deus chegou. A inteira carreira de Jesus Cristo foi assim um testemunho da verdade.
POR FIM A RESPOSTA!
46. Qual, então, é a resposta da Bíblia à pergunta do governador romano: “Que é verdade?”
46 Como, então, responderemos à pergunta que o Governador romano, Pôncio Pilatos, propôs a Jesus, a saber: “Que é verdade?” Sob as circunstâncias em que a pergunta foi suscitada, a resposta da Bíblia têm de ser: A “verdade” é o reino de Deus, com Jesus Cristo o “Filho de Davi”, servindo qual Rei-Sacerdote no trono.
47. (a) Por conseguinte, o que não é estranho quanto à doutrina bíblica? (b) Como é destacada a realeza de Deus no último livro das Escrituras Hebraicas e no primeiro livro das Escrituras Gregas Cristãs?
47 Será de admirar, então, que o reino de Deus por Cristo seja a principal doutrina ou ensinamento da Bíblia Sagrada? Desde seu primeiro livro, Gênesis, que fala da figura profética, Melquisedeque, até seu último livro, Revelação, que descreve o nascimento do Reino e seu domínio durante mil anos, a Bíblia se apega ao tema do reino messiânico de Deus. Em harmonia com isso, no último livro escrito das antigas Escrituras Hebraicas, Deus traz à atenção a sua própria realeza, dizendo: “Sou um grande Rei, diz o Senhor [Jeová], e o meu nome é temível entre as nações.” (Mal. 1:14, CBC) E, segundo o primeiro livro das Escrituras Gregas Cristãs, quando Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo para começar seu serviço messiânico prestado a Deus, foi precedido por um precursor, João Batista, que proclamou aos judeus circuncisos: “Arrependei-vos, pois o reino dos céus se tem aproximado.” — Mat. 3:1, 2.
48. Como foi que Jesus deu ênfase à doutrina do Reino quando seguiu a João Batista, e quando predisse a conclusão deste sistema de coisas?
48 Quando Jesus Cristo seguiu a João Batista, também disse: “Tem-se cumprido o tempo designado e o reino de Deus se tem aproximado: Arrependei-vos e tende fé nas boas novas.” (Mar. 1:14, 15) Por fim, quando Jesus Cristo predisse a pregação que assinalaria sua volta e segunda presença e a conclusão do sistema de coisas, que doutrina bíblica em especial disse ele que seria pregada pelos seus discípulos? Suas palavras registradas em Mateus 24:14 fornecem a resposta: “Estas boas novas do reino serão pregadas em toda a terra habitada, em testemunho a todas as nações; e então virá o fim.” — Mat. 24:3, 14.
49, 50. (a) Segundo Revelação 11:15-18, por que há boa razão hoje em dia para se pregar com destaque essa doutrina bíblica? (b) A expulsão de Satanás dos céus deveria ser seguida de que anúncio pertinente por todo o céu?
49 Atualmente, há boa razão para que essa doutrina bíblica seja pregada com destaque. Por quê? Porque esta “terminação do sistema de coisas” deveria ser o tempo de nascer nos céus o reino messiânico de Deus, conforme representado profeticamente no último livro da Bíblia, Revelação. Neste evento, muitas vozes no céu se uniriam em anunciar: “O reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” Também, ao Senhor Deus, que é o verdadeiro Poder por trás do reino messiânico se devia dar graças, nestas palavras: “Agradecemos-te, Jeová Deus, o Todo-poderoso, aquele que é e que era, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar. Mas as nações ficaram furiosas, e veio o teu próprio furor.” (Rev. 11:15-18) Ademais, depois de Satanás, o principal oponente do reino celeste, ser lançado do céu para a terra, deveria ser feito o anúncio em voz alta por todo o céu:
50 “Agora se realizou a salvação, e o poder, e o reino de nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, o qual os acusa dia e noite perante o nosso Deus!” — Rev. 12:5-10.
A “PALAVRA DA VERDADE”
51. Por causa dos pormenores que nos dá, e por causa de seus escritores, como é chamada corretamente a Bíblia?
51 O reino messiânico de Deus é a “verdade”, Jesus nascendo e vindo ao mundo para dar testemunho dela. Visto que a Bíblia Sagrada nos fornece plenamente os pormenores a respeito deste reino, a Bíblia Sagrada é mencionada corretamente como sendo “a palavra da verdade”. Os homens que tiveram parte em escrever a Bíblia, sob inspiração, eram buscadores da verdade. Por exemplo, o Rei Salomão se referiu a si mesmo como o congregante do povo de Deus e escreveu: “O congregante procurou descobrir palavras deleitosas e a escrita de palavras corretas da verdade.” (Ecl. 12:10) O anjo que foi enviado para falar ao profeta Daniel muitas informações vitais a respeito do “tempo do fim”, em que vivemos agora, disse: “Far-te-ei conhecer o que está escrito no livro da verdade. . . . Agora, vou fazer-te conhecer a verdade.” (Dan. 10:21; 11:2; 12:4, CBC) O apóstolo Paulo, notável contribuinte da Bíblia, escreveu aos concristãos:“A fim de que servíssemos para o louvor da sua glória, nós os que temos sido os primeiros a esperar no Cristo. Mas vós também esperastes nele, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, as boas novas acerca da vossa salvação.” — Efé. 1:12, 13.
52, 53. (a) Para servir de instrumento da verdade, como deve ser manejada a Bíblia, e o que mostra se a cristandade a tem manejado desta forma? (b) Em que devem andar os cristãos, tanto atualmente como no primeiro século, e como isto pode ser feito?
52 A fim de que a Bíblia pudesse servir qual instrumento de nossa pregação e ensino da verdade, tem de ser manejada da forma correta. Assim, quando o apóstolo Paulo disse a um superintendente da congregação cristã que prestasse constante atenção a si mesmo e a seu ensino, disse: “Faze o máximo para te apresentar a Deus aprovado, obreiro que não tem nada de que se envergonhar, manejando corretamente a palavra da verdade.” (2 Tim. 2:15; 1 Tim. 4:16) Atualmente a cristandade se jacta de ter mais de 900.000.000 de membros e já tem tido a Bíblia por escrito ou impressa durante muitos séculos. Será que ela tem manejado corretamente esta “palavra da verdade”? Não; pois ensina religião de mil formas diferentes, conforme representadas em suas centenas de seitas religiosas. A cristandade, qual representação do Cristianismo, é uma mentira. Pelo contrário, o Cristianismo, que se baseia na Bíblia Sagrada e que maneja corretamente a Bíblia, é a verdade. Os verdadeiros cristãos têm de seguir a Bíblia, se hão de andar na verdade.
53 É isso que fizeram os cristãos no primeiro século, na pureza de sua fé. Testificando disto, o apóstolo João escreveu a um concrente chamado Gaio, e disse: “Eu me alegrei muitíssimo quando os irmãos vieram e deram testemunho da verdade que reténs, assim como estás andando na verdade. Não tenho nenhuma causa maior para gratidão do que estas coisas, de que eu esteja ouvindo que os meus filhos estão andando na verdade.” — 3 João 3, 4.
54. (a) Lá naquele tempo, que “palavra” era necessária para que a pessoa fosse gerada qual filho espiritual de Deus? (b) A fim de sermos cristãos verdadeiros, do que temos de nos originar, e como temos de amar?
54 Lá naquele tempo, a pessoa não poderia ser verdadeiro cristão, gerado como filho espiritual de Deus, a menos que ouvisse e estudasse a verdade e cresse nela. O discípulo Tiago traz à atenção esta necessidade da verdade, quando escreve: “Não sejais desencaminhados, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo presente perfeito vem de cima, pois desce do Pai das luzes celestiais, com quem não há variação da virada da sombra. Porque ele o quis, ele nos produziu pela palavra da verdade, para que fossemos certas primícias das suas criaturas.” (Tia. 1:16-18) O verdadeiro cristão somente pode provir da verdade. O apóstolo João, que se deleitava em escrever a respeito da verdade, escreveu aos cristãos que lhe eram caros: “Filhinhos, amemos, não em palavra nem com a língua, mas em ação e em verdade. Por meio disso é que saberemos que nos originamos da verdade e asseguraremos os nossos corações diante dele.” (1 João 3:18, 19) Portanto, se desejarmos assegurar nossos corações diante de Deus de que somos cristãos genuínos, temos de nos originar da verdade que nos é trazida e temos de ter amor fraternal. Se nos originarmos do mundo, estaremos no erro. — 1 João 4:4-7.
55. Como podemos evitar estar no erro e ser um anticristo?
55 Tendo em vista que Jesus Cristo é “a verdade”, conforme ele mesmo disse em João 14:6, temos de ter a crença correta sobre ele se havemos de nos originar da verdade e estar na verdade, e não ser um anticristo. Se não crermos que nasceu na carne e veio ao mundo para ser a principal testemunha da “verdade” de Deus, então estamos no erro e nos originamos do mundo e não somos cristãos verdadeiros. — 1 João 4:1-6.
56. Por causa de conhecer a verdade, com que organização desejamos associar-nos, segundo 1 Timóteo 3:14, 15?
56 Por meio da Bíblia Sagrada, a “palavra da verdade” de Deus, sabemos a resposta à pergunta: “Que é verdade?” Desejamos também nos associar com a organização visível da verdade de Deus. Usou Jesus Cristo, seu Filho glorificado, para fundar esta organização no dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da ressurreição dele. Segundo as palavras inspiradas de 1 Timóteo 3:14, 15, esta organização é a “família de Deus, que é a congregação do Deus vivente, coluna e amparo da verdade”. Sim, deveras, é com ela que nos desejamos associar, a “coluna e amparo da verdade”.
57. Por conseguinte, o que estamos determinados a fazer com respeito à verdade?
57 Portanto, ao invés de tentarmos derrubar a verdade — algo impossível — faremos nossa parte em apoiar a verdade do Reino, levantando-a bem alto para que todos a vejam. A todas as nações, daremos a resposta bíblica à pergunta: “Que é verdade?” Participaremos com a “congregação do Deus vivente” em pregar a verdade, “estas boas novas do reino”, fazendo isso em toda a terra habitada, para testemunho a todas as nações, antes que chegue o fim. (Mat. 24:14) Todo o que é da verdade ouvirá a nossa voz, ao servirmos como substitutos de Cristo. — João 18:37; 2 Cor. 5:20.
[Nota(s) de rodapé]
a A declaração em latim reza: “Auctor nominis eius Christus, Tiberio imperitante, per procuratorem Pontium Pilatum supplicio affectus est.”
Vejam-se as Obras de Tácito, Volume 1, página 423, edição de 1858, de Harper and Brothers, Nova Iorque, N. I., E. U. A. Também, a Cyclopoedia de M’Clintock e Strong, Volume 8, página 199, coluna 2. Também, The Encyclopedia Americana, Volume 22, da edição de 1929, página 83, sob “Pilate” (Pilatos).
b Outros casos de Deus jurar com um juramento ou com a mão levantada são: Aos antepassados: Números 11:12; 32:11; Deuteronômio 1:8, 35; Miquéias 7:20. A Israel: Números 14:16, 28, 30; Neemias 9:15; Salmo 95:10, 11; Hebreus 3:17, 18; 4:3; Ezequiel 20:5, 6. A Moisés: Deuteronômio 4:21.
É interessante observar que Jeová Deus jura por seu próprio nome (Jer. 44:26, 27); por sua própria alma (Jer. 51:14; Amós 6:8); pela sua santidade (Amós 4:2); pela “Superioridade de Jacó” (Amós 8:7); por êle próprio (Isa. 45:23; Jer. 49:13; 22:5); assim como ele vive para sempre (Deu. 32:40, 41); e a respeito de seu propósito (Isa. 14:24); a respeito de outro dilúvio (Isa. 54:9); e a respeito do comer e do beber de seus servos. — Isa. 62:8, 9.