Capítulo Dois
Palavras proféticas de consolo que afetam você
1. Por que nos devem interessar as profecias de Isaías?
ISAÍAS escreveu o livro que leva seu nome quase 3 mil anos atrás, mas ele ainda tem valor real para nós hoje. Podemos aprender princípios vitais dos eventos históricos que Isaías registrou. E podemos edificar a nossa fé pelo estudo das profecias que ele escreveu em nome de Jeová. Sim, Isaías era um profeta do Deus vivo. Jeová inspirou-o a registrar história com antecedência — para narrar eventos antes de acontecerem. Jeová mostrou assim que pode tanto predizer como moldar o futuro. Depois de estudar o livro de Isaías, os cristãos verdadeiros se convencem ainda mais de que Jeová cumprirá tudo o que prometeu.
2. Que situação existia em Jerusalém quando Isaías escreveu seu livro profético, e que mudança ocorreria?
2 Na época em que Isaías terminou a escrita de suas profecias, Jerusalém havia sobrevivido à ameaça assíria. O templo ainda existia, e o cotidiano do povo era praticamente o mesmo havia centenas de anos. Mas essa situação mudaria. Chegaria o dia em que a riqueza dos reis judeus seria levada para Babilônia e jovens judeus seriam funcionários da corte nessa cidade.a (Isaías 39:6, 7) Isso ocorreria mais de cem anos depois. — 2 Reis 24:12-17; Daniel 1:19.
3. Que mensagem se encontra no capítulo 41 de Isaías?
3 A mensagem de Deus por meio de Isaías, porém, não era apenas uma condenação. O Is capítulo 40 do livro começa com a palavra “Consolai”.b Os judeus seriam consolados com a certeza de que eles, ou então seus filhos, retornariam para a sua terra natal. O Is capítulo 41 prossegue com essa mensagem consoladora e prediz que Jeová suscitaria um rei poderoso para cumprir a Sua vontade. Contém a garantia do apoio divino e encorajamento para confiar Nele. Também expõe como impotentes os deuses falsos em quem os povos das nações confiavam. Nisso tudo havia muita coisa para fortalecer a fé nos dias de Isaías, bem como nos nossos.
Jeová desafiava as nações
4. Com que palavras Jeová desafiava as nações?
4 Jeová diz por meio de seu profeta: “Atentai para mim caladas, ó ilhas; e recuperem poder os próprios grupos nacionais. Aproximem-se eles. Falem nesse tempo. Cheguemo-nos perto para o próprio julgamento.” (Isaías 41:1) Com essas palavras, Jeová desafiava as nações que se opunham ao seu povo. Que comparecessem à Sua presença e se preparassem para falar! Como se verá mais adiante, Jeová exigia, como se fosse um juiz num tribunal, que essas nações apresentassem provas de que seus ídolos eram realmente deuses. Poderiam esses deuses predizer atos de salvação para seus adoradores ou condenações de seus inimigos? Em caso positivo, poderiam cumprir tais profecias? A resposta era não. Somente Jeová podia fazer tais coisas.
5. Exemplifique como as profecias de Isaías têm mais de um cumprimento.
5 Ao considerarmos as profecias de Isaías, tenhamos em mente que, como no caso de muitas outras profecias bíblicas, as suas palavras têm mais de um cumprimento. Em 607 AEC, Judá seria exilado em Babilônia. Contudo, as profecias de Isaías revelavam que Jeová libertaria os israelitas cativos ali. Isso ocorreu em 537 AEC. Essa libertação teve um paralelo no início do século 20. Durante a Primeira Guerra Mundial, os servos ungidos de Jeová na Terra passaram por um período de provação. Em 1918, as pressões do mundo de Satanás — instigadas pela cristandade como parte principal de Babilônia, a Grande — praticamente pararam a pregação organizada das boas novas. (Revelação [Apocalipse] 11:5-10) Alguns diretores da Sociedade Torre de Vigia (dos EUA) foram encarcerados sob acusações forjadas. Tudo indicava que o mundo vencera a batalha contra os servos de Deus. Daí, como aconteceu lá em 537 AEC, Jeová inesperadamente os libertou. Em 1919, os diretores foram libertados e, mais tarde, as acusações contra eles foram arquivadas. Em setembro de 1919, um congresso em Cedar Point, Ohio, EUA, revigorou os servos de Jeová para reiniciar a obra de pregação das boas novas do Reino. (Revelação 11:11, 12) Desde então, o alcance dessa obra de pregação tem aumentado notavelmente. Ademais, muitas das palavras de Isaías terão um magnífico cumprimento na vindoura Terra paradísica. Assim, as tão antigas palavras de Isaías têm a ver com todas as nações e povos hoje.
Convocado um libertador
6. Como o profeta descreve um futuro conquistador?
6 Por meio de Isaías, Jeová predisse o surgimento de um conquistador, que tanto salvaria o povo de Deus de Babilônia como puniria seus inimigos. Jeová pergunta: “Quem despertou alguém do nascente? Quem passou a chamá-lo em justiça a Seus pés, para dar diante dele as nações e para fazê-lo subjugar até mesmo reis? Quem continuou a entregá-los como pó à espada, de modo que foram impelidos pelo seu arco como o mero restolho? Quem os esteve perseguindo, passando pacificamente adiante com os seus pés na vereda pela qual não passou a vir? Quem tem estado ativo e tem feito isso, convocando as gerações desde o começo? Eu, Jeová, o Primeiro; e sou o mesmo com os últimos.” — Isaías 41:2-4.
7. Quem seria o futuro conquistador, e o que fez ele?
7 Quem seria despertado do nascente, de regiões orientais? Os países da Medo-Pérsia e do Elão ficavam a leste de Babilônia. Seria dali que Ciro, o Persa, marcharia junto com seus poderosos exércitos. (Isaías 41:25; 44:28; 45:1-4, 13; 46:11) Embora não fosse adorador de Jeová, Ciro agiria segundo a vontade de Jeová, o Deus justo. Ciro subjugaria reis, que seriam espalhados como pó perante ele. Na busca de conquistas, ele passaria “pacificamente”, ou seguramente, por veredas normalmente não percorridas, vencendo todos os obstáculos. No ano 539 AEC, Ciro chegou à poderosa cidade de Babilônia e a derrotou. Com isso, o povo de Deus foi libertado, de modo que pudesse voltar para Jerusalém e restabelecer a adoração pura. — Esdras 1:1-7.c
8. O que somente Jeová pode fazer?
8 Assim, por meio de Isaías, Jeová predisse a ascensão de Ciro muito antes que esse rei nascesse. Apenas o Deus verdadeiro poderia profetizar isso com exatidão. Jeová era sem igual entre os deuses falsos das nações. Com boa razão, ele declara: “A minha própria glória não darei a outrem.” Somente Jeová pode dizer legitimamente: “Sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus.” — Isaías 42:8; 44:6, 7.
Povos amedrontados confiavam em ídolos
9-11. Como as nações reagiriam ao avanço de Ciro?
9 A seguir, Isaías descreve a reação das nações diante desse futuro conquistador: “As ilhas viram isso e começaram a temer. As próprias extremidades da terra começaram a tremer. Chegaram-se e continuaram a vir. Foram ajudar cada um ao seu companheiro, e ele dizia ao seu irmão: ‘Sê forte.’ De modo que o artífice foi fortalecer o trabalhador em metal; aquele que fazia o alisamento com o malho, ao que martelava na bigorna, dizendo referente à soldadura: ‘É boa.’ Finalmente, alguém o prendeu com pregos para que não pudesse ser abalado.” — Isaías 41:5-7.
10 Olhando uns 200 anos no futuro, Jeová examinava o cenário mundial. Exércitos poderosos sob Ciro avançavam rapidamente, conquistando todos os oponentes. Os povos — mesmo os habitantes de ilhas mais remotas — tremiam diante de sua aproximação. Por medo, eles se uniam contra aquele a quem Jeová chamara do leste para executar a condenação. Tentavam encorajar uns aos outros, dizendo: “Sê forte.”
11 Artífices se uniam na fabricação de deuses-ídolos para salvar o povo. O carpinteiro fazia uma estrutura de madeira e incentivava o ourives a revesti-la de metal, talvez ouro. O escultor alisava o metal a martelo e aprovava a soldadura. Talvez com certa ironia, fala-se em prender o ídolo com pregos para que não fosse abalado, ou mostrasse fraqueza, como o ídolo de Dagom, que tombou diante da arca de Jeová. — 1 Samuel 5:4.
Não temais!
12. Que confirmação de apoio deu Jeová a Israel?
12 A seguir, Jeová voltou sua atenção para seu povo. Diferentemente das nações que confiavam em ídolos sem vida, os que confiavam no Deus verdadeiro jamais precisariam ter medo. A confirmação de apoio dada por Jeová começa por lembrar que Israel é a descendência de Seu amigo Abraão. Num trecho de grande ternura, Isaías registra as palavras de Jeová: “Tu, ó Israel, és meu servo, tu, ó Jacó, a quem escolhi, a descendência de Abraão, meu amigo; tu, a quem agarrei desde as extremidades da terra, e tu, a quem convoquei mesmo das suas partes remotas. E, assim, eu te disse: ‘Tu és meu servo; eu te escolhi e não te rejeitei. Não tenhas medo, pois estou contigo. Não olhes em volta, pois eu sou teu Deus. Vou fortificar-te. Vou realmente ajudar-te. Vou deveras segurar-te firmemente com a minha direita de justiça.’” — Isaías 41:8-10.
13. Por que as palavras de Jeová consolariam os judeus cativos?
13 Quão consoladoras seriam essas palavras para os judeus fiéis cativos no estrangeiro! Quão encorajador seria ouvir Jeová chamá-los de “meu servo” numa época em que eram exilados, servos do rei de Babilônia! (2 Crônicas 36:20) Mesmo que Jeová os disciplinasse por sua infidelidade, ele não os rejeitaria. Israel pertencia a Jeová, não a Babilônia. Não haveria razão para os servos de Deus tremerem diante da aproximação do conquistador Ciro. Jeová estaria com seu povo para ajudá-lo.
14. De que consolo são para os servos de Deus hoje as palavras de Jeová a Israel?
14 Essas palavras têm renovado a confiança e fortalecido os servos de Deus até os nossos dias. Em 1918, eles ansiavam saber o que Jeová desejava deles. Almejavam a libertação de seu estado espiritual cativo. Nós hoje ansiamos um alívio das pressões exercidas sobre nós por Satanás, pelo mundo e pela nossa própria imperfeição. Mas damo-nos conta de que Jeová sabe precisamente quando e como agir em favor de seu povo. Como criancinhas, seguramos a sua mão poderosa, confiantes de que ele nos ajudará a suportar o que for preciso. (Salmo 63:7, 8) Jeová preza os que o servem. Ele nos apoia hoje assim como apoiou seu povo durante o período difícil de 1918-1919, e assim como apoiou os israelitas fiéis tanto tempo atrás.
15, 16. (a) O que aconteceria com os inimigos de Israel, e em que sentido Israel era comparável a um verme? (b) Em vista de que ataque iminente as palavras de Jeová são especialmente encorajadoras hoje?
15 Veja o que Jeová diz a seguir, por meio de Isaías: “‘Eis que ficarão envergonhados e humilhados todos os que se acaloram contra ti. Os homens que têm uma altercação contigo ficarão como nada e perecerão. Tu os procurarás, mas não os acharás, estes homens que estão em briga contigo. Tornar-se-ão como algo inexistente e como nada, estes homens em guerra contigo. Pois eu, Jeová, teu Deus, agarro a tua direita, Aquele que te diz: “Não tenhas medo. Eu mesmo te ajudarei.” Não tenhas medo, ó verme Jacó, homens de Israel. Eu mesmo te ajudarei’, é a pronunciação de Jeová, sim, teu Resgatador, o Santo de Israel.” — Isaías 41:11-14.
16 Os inimigos de Israel não prevaleceriam. Os que se acalorassem contra Israel seriam envergonhados. Os que lutassem contra ele pereceriam. Embora os israelitas cativos parecessem tão fracos e indefesos como um verme que se retorcia no pó, Jeová os ajudaria. Que encorajamento isso tem sido durante todos os “últimos dias”, à medida que os cristãos verdadeiros têm enfrentado a decidida hostilidade de tantas pessoas no mundo! (2 Timóteo 3:1) E quão fortalecedora é a promessa de Jeová em vista do iminente ataque de Satanás, a quem a profecia se refere como “Gogue da terra de Magogue”! Sob o ataque feroz de Gogue, o povo de Jeová parecerá tão indefeso como um verme — um povo “habitando sem muralha” e sem “nem mesmo tranca e portas”. No entanto, os que esperam em Jeová não precisarão tremer de medo. O próprio Todo-Poderoso lutará para livrá-los. — Ezequiel 38:2, 11, 14-16, 21-23; 2 Coríntios 1:3.
Consolo para Israel
17, 18. Como Isaías descreve o fortalecimento de Israel, e de que cumprimento podemos ter certeza?
17 Jeová continua a consolar o seu povo: “Eis que fiz de ti um trenó debulhador, um instrumento de debulhar novo, com dentes de fio duplo. Trilharás os montes e os esmagarás; e farás os morros iguais à pragana. Tu os joeirarás e o próprio vento os levará embora, e o próprio vendaval os impelirá por caminhos diferentes. E tu mesmo jubilarás em Jeová. No Santo de Israel jactar-te-ás de ti mesmo.” — Isaías 41:15, 16.
18 Israel receberia força para tomar a ofensiva e, em sentido espiritual, subjugar seus inimigos ‘montanhescos’. Ao retornar do exílio, Israel triunfaria sobre inimigos que tentariam impedir a reconstrução do templo e das muralhas de Jerusalém. (Esdras 6:12; Neemias 6:16) No entanto, as palavras de Jeová se cumpririam em larga escala no “Israel de Deus”. (Gálatas 6:16) Jesus prometeu aos cristãos ungidos: “Àquele que vencer e observar as minhas ações até o fim, eu darei autoridade sobre as nações, e ele pastoreará as pessoas com vara de ferro, de modo que serão despedaçadas como vasos de barro, assim como recebi de meu Pai.” (Revelação 2:26, 27) Certamente virá o dia em que os irmãos de Cristo, ressuscitados à glória celestial, participarão na destruição dos inimigos de Jeová Deus. — 2 Tessalonicenses 1:7, 8; Revelação 20:4, 6.
19, 20. O que escreve Isaías a respeito de Israel ser reinstalado num lugar de beleza, e como isso se cumpriu?
19 Em linguagem figurada, Jeová a seguir reitera a sua promessa de socorrer o seu povo. Escreve Isaías: “Os atribulados e os pobres estão procurando água, mas não há nenhuma. Por causa da sede ressecou-se a própria língua deles. Eu mesmo, Jeová, lhes responderei. Eu, o Deus de Israel, não os abandonarei. Em morros calvos abrirei rios, e no meio dos vales planos, mananciais. Farei do ermo um banhado de juncos e da terra árida, nascentes de água. Porei no ermo o cedro, a acácia e a murta, e o oleastro. Na planície desértica colocarei ao mesmo tempo o junípero, o freixo e o cipreste; a fim de que as pessoas ao mesmo tempo vejam, e saibam, e atentem, e tenham perspicácia, que a própria mão de Jeová fez isso e o próprio Santo de Israel o criou.” — Isaías 41:17-20.
20 Embora os israelitas exilados residissem na capital de uma rica potência mundial, para eles aquilo era como um deserto árido. Sentiam-se como Davi, quando se escondia do Rei Saul. Em 537 AEC, Jeová abriu-lhes o caminho para que voltassem a Judá e reconstruíssem Seu templo em Jerusalém, restaurando assim a adoração pura. Jeová, em seguida, os abençoou. Numa profecia posterior, Isaías predisse: “Jeová certamente consolará Sião. Com certeza consolará todos os lugares devastados dela, e fará seu ermo igual ao Éden e sua planície desértica igual ao jardim de Jeová.” (Isaías 51:3) Isso realmente aconteceu depois que os judeus voltaram para a sua terra natal.
21. Que restauração ocorreu nos tempos modernos, e o que acontecerá no futuro?
21 Algo similar ocorreu nos tempos modernos, quando o Ciro Maior, Jesus Cristo, libertou seus seguidores ungidos do cativeiro espiritual para que pudessem trabalhar pela restauração da adoração pura. Os fiéis foram abençoados com um magnífico paraíso espiritual, um simbólico jardim do Éden. (Isaías 11:6-9; 35:1-7) Em breve, quando Deus destruir seus inimigos, a Terra inteira será transformada num paraíso literal, como Jesus prometeu ao malfeitor na estaca. — Lucas 23:43.
Um desafio para os inimigos de Israel
22. Com que palavras Jeová volta a desafiar as nações?
22 A seguir, Jeová retorna à sua controvérsia com as nações e seus deuses-ídolos: “‘Apresentai o vosso litígio’, diz Jeová. ‘Exponde os vossos argumentos’, diz o Rei de Jacó. ‘Exponde e contai-nos as coisas que vão acontecer. As primeiras coisas — quais foram — contai-nos deveras, para que empenhemos nosso coração e saibamos o futuro delas. Ou fazei-nos ouvir até mesmo as coisas vindouras. Contai as coisas que hão de vir posteriormente, para que saibamos que sois deuses. Sim, devíeis fazer o bem ou fazer o mal, para que possamos olhar em volta e ao mesmo tempo vê-lo. Eis que sois algo inexistente e vossa realização não é nada. Coisa detestável é todo aquele que vos escolhe.’” (Isaías 41:21-24) Tinham os deuses das nações a capacidade de profetizar com exatidão, provando assim ter conhecimentos sobrenaturais? Se tivessem, certamente haveria alguns resultados, bons ou maus, para apoiar suas alegações. Na verdade, porém, os deuses-ídolos nada conseguiam realizar e eram como algo inexistente.
23. Por que Jeová, por meio de seus profetas, condenou com tanta insistência os ídolos?
23 Hoje alguns talvez se perguntem por que Jeová, por meio de Isaías e de outros profetas, gastou tanto tempo condenando a tolice da idolatria. A inutilidade de ídolos feitos pelo homem pode parecer óbvia a muitos hoje. Contudo, uma vez que um sistema de crenças falso se instale e seja amplamente aceito, é difícil desarraigá-lo da mente dos que creem nele. Muitas crenças contemporâneas são tão insensatas como a crença de que imagens sem vida sejam realmente deuses. Não obstante, as pessoas se agarram a tais crenças apesar de argumentos convincentes contra elas. É somente por ouvirem a verdade vez após vez que algumas são induzidas a ver a sabedoria de confiar em Jeová.
24, 25. Que outra menção de Ciro faz Jeová, e de que outra profecia isso nos lembra?
24 Jeová novamente se refere a Ciro: “Despertei alguém do norte, e ele virá. Do nascente do sol ele invocará meu nome. E ele virá sobre os delegados governantes como se fossem barro e assim como o oleiro pisa a massa úmida.” (Isaías 41:25)d Em contraste com os deuses das nações, Jeová é capaz de realizações. Quando do leste trouxesse Ciro, do “nascente do sol”, Deus demonstraria sua habilidade de predizer e daí moldar o futuro para cumprir suas predições.
25 Essas palavras nos lembram a descrição profética que o apóstolo João fez dos reis que entrariam em ação nos nossos dias. Em Revelação 16:12 lemos que seria preparado o caminho “para os reis do nascente do sol”. Esses reis são os próprios Jeová Deus e Jesus Cristo. Assim como Ciro muito tempo atrás libertou o povo de Deus, esses reis muito mais poderosos aniquilarão os inimigos de Jeová e guiarão Seu povo através da grande tribulação para um novo mundo justo. — Salmo 2:8, 9; 2 Pedro 3:13; Revelação 7:14-17.
Jeová é supremo!
26. Que pergunta faz Jeová a seguir, e é respondida?
26 Mais uma vez, Jeová declara a verdade de que somente ele é o Deus verdadeiro. Ele pergunta: “Quem é que contou alguma coisa desde o começo, para que a saibamos, ou dos tempos passados, para que digamos: ‘Ele tem razão’? Realmente, não há quem conte algo. Realmente, não há quem faça outro ouvir. Realmente, não há quem ouça quaisquer declarações de vós.” (Isaías 41:26) Nenhum deus-ídolo havia anunciado a chegada de um conquistador para libertar os que confiassem nele. Todos aqueles deuses eram sem vida, mudos. Realmente não eram deuses.
27, 28. Que verdade vital se acentua nos versículos finais de Isaías 41, e somente quem proclama isso?
27 Depois de registrar essas incitantes palavras proféticas de Jeová, Isaías volta a mencionar uma verdade vital: “Há primeiro um, dizendo a Sião: ‘Eis que estão aqui!’ e eu darei a Jerusalém um portador de boas novas. E eu estava vendo, e não havia homem; e dentre estes tampouco havia quem desse conselho. E continuei a perguntar-lhes, para que dessem uma resposta. Eis que todos eles são algo inexistente. Seus trabalhos não são coisa alguma. Suas imagens fundidas são vento e irrealidade.” — Isaías 41:27-29.
28 Jeová é ‘o primeiro’. Ele é supremo! É o Deus verdadeiro, que anuncia a libertação de seu povo, trazendo-lhe boas novas. Apenas suas Testemunhas proclamam a sua grandeza às nações. Desdenhosamente, Jeová condena os que confiam na adoração de ídolos, desprezando seus ídolos como “vento e irrealidade”. Que forte motivo para se apegar ao Deus verdadeiro! Só Jeová merece nossa confiança explícita.
[Nota(s) de rodapé]
c O Ciro Maior, que em 1919 libertou “o Israel de Deus” do cativeiro espiritual, é o próprio Jesus Cristo, entronizado como Rei do Reino celestial de Deus desde 1914. — Gálatas 6:16.
d Embora a terra natal de Ciro ficasse a leste de Babilônia, ao fazer seu ataque final contra a cidade ele veio do norte, da Ásia Menor.
[Foto na página 19]
Ciro, embora fosse pagão, foi escolhido para cumprir uma tarefa divina
[Foto na página 21]
As nações confiavam em ídolos sem vida
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Israel, como “trenó debulhador”, ‘esmagaria os montes’