Testemunhas de Jeová: Relatório do anuário de 1998
NUM tom de grande urgência, o profeta Joel predisse a vinda do dia de Jeová. E identificou a chave para a sobrevivência ao escrever: “Terá de acontecer que todo aquele que invocar o nome de Jeová salvar-se-á.” — Joel 1:15; 2:1, 28-32.
Tal dia de Jeová veio sobre Jerusalém em 607 AEC. Foi um tempo em que ele executou julgamento. Com anos de antecedência, ele avisara os habitantes de Judá e de Jerusalém de que se confrontavam com uma prestação de contas de peso em razão de o tratarem com desrespeito. Eles conheciam seu nome e o usavam, mas não pediam sinceramente a orientação de Jeová. Não pensavam realmente que Jeová fosse exigir deles uma prestação de contas pelo que faziam. (Nee. 9:26; Sof. 1:4-6, 12) Clamarem eles a Jeová no dia do aperto seria zombar dele, e Jeová disse que não os escutaria. (Jer. 11:10, 11) Mas, quando Jerusalém foi destruída, os que amavam a justiça, como Jeremias, Baruque, Ebede-Meleque e os filhos de Jonadabe, foram poupados, pois buscaram sinceramente fazer o que era justo e o que agradava a Deus.
O apóstolo Pedro explicou que a profecia de Joel tinha também um cumprimento no primeiro século. Sob a direção do espírito santo, Pedro mostrou que aquilo que ocorreu no Pentecostes de 33 EC era em cumprimento do que Joel havia escrito sobre o derramamento do espírito de Deus antes de vir o dia de Jeová. Esse dia de Jeová veio com fúria destrutiva sobre Jerusalém em 70 EC. (Atos 2:16-21) Entretanto, uns 14 anos antes, o apóstolo Paulo havia escrito aos cristãos em Roma e citado Joel 2:32. (Rom. 10:13) Por quê? Para sublinhar a imparcialidade de Deus para com judeus e gregos. Conforme o profeta escrevera, a salvação estava disponível a ‘todo aquele que invocasse o nome de Jeová’. Mas por que precisavam os cristãos em Roma ser avisados da destruição que viria sobre Jerusalém, que ficava tão distante? Para que permanecessem fora da zona de perigo. Os que foram à festividade da Páscoa judaica em Jerusalém, em 70 EC, ficaram encurralados quando sobreveio a calamidade. Mas, quase quatro anos antes, os que aceitaram a palavra de Deus por intermédio de seu Filho partiram daquela cidade condenada à destruição. — Luc. 21:20-22.
Um dia de Jeová, de âmbito muito maior, está agora logo adiante de nós. A execução do julgamento de Jeová atingirá todo canto do globo. Mas a salvação é possível para todos os que — não importa qual a sua nacionalidade, raça ou língua —, invocam com plena fé o nome de Jeová e exercem fé no sacrifício expiatório de seu Filho, Jesus Cristo. (Rev. 7:9, 10) Contudo, Romanos 10:14 faz a pergunta: “Como invocarão aquele em quem não depositaram fé? Por sua vez, como depositarão fé naquele de quem não ouviram falar?” As Testemunhas de Jeová reconhecem a urgência de dar a todos essa oportunidade.
No último ano de serviço, de setembro de 1996 a agosto de 1997, as Testemunhas de Jeová deram um impressionante testemunho a respeito de Jeová, de seu Filho e do Reino messiânico. Relataram testemunho público em 232 países, grupos de ilhas e territórios. O relatório mostra que mais de um bilhão de horas, precisamente 1.179.735.841, foram dedicadas a essa atividade! Em média, 4.552.589 estudos bíblicos foram dirigidos e um novo auge de 375.923 pessoas foram batizadas em símbolo de sua dedicação a Jeová.
É especialmente impressionante este testemunho global quando observamos quem participa nele. São pessoas de todas as nações e raças — de centenas de línguas. Muitas delas lutam com sérios problemas econômicos, assim como se dá com as pessoas no mundo ao seu redor. Milhares delas acham-se em países dilacerados pela guerra. Muitos dos que fielmente dão testemunho lutam com doenças graves. Apesar dos eventos traumatizantes em Ruanda, cada Testemunha ali, sem incluir os pioneiros, dedica em média mais de 20 horas por mês ao serviço de campo. Durante a agitação política na Albânia, os publicadores programavam dar testemunho cedo no dia, quando havia relativa calma — antes que começassem os tiroteios.
Todo mês houve mundialmente, em média, 5.353.078 que participaram na obra de proclamação do Reino. Um auge de 5.599.931 pessoas participaram no ministério de campo em algum período durante o ano. Isto inclui um vasto exército de pioneiros — 706.270, em média, cada mês. Foram mais do que em qualquer época antes. O que contribuiu para isso?
Uma resposta entusiástica a um convite especial
Em princípios de 1997, a convocação foi: “Precisa-se de . . . pioneiros auxiliares.” Através de Nosso Ministério do Reino, foram dadas sugestões práticas para programar tempo, a fim de conseguir fazer isso. Deu-se caloroso encorajamento para a participação nisso, por um ou mais meses, entre março e maio. Cada filial estabeleceu seu alvo. Por exemplo, 100.000 para os Estados Unidos, 20.000 para as Filipinas, 10.000 para a República da Coréia, 2.000 para a Nova Zelândia, 350 para a Libéria.
Qual foi a resposta? Foi uma evidência maravilhosa de que os servos de Jeová deveras ‘se oferecem voluntariamente’, conforme predito no Salmo 110:3. Em março, Guadalupe ultrapassou seu alvo de pioneiros auxiliares em 43 por cento; o Equador, em 73 por cento. Porto Rico, com 4.173, teve mais que o dobro do que se esperava. Apesar das condições econômicas difíceis na Ucrânia, quando a convocação foi feita para 5.000 pioneiros auxiliares, 10.365 se alistaram. Nos Estados Unidos, o número total nos três meses de campanha foi de 251.880 pioneiros auxiliares; isto representou 130 por cento mais do que durante o mesmo período do ano precedente.
Muito esforço extra foi feito para participar nessa campanha especial. Quais os resultados? A filial na Libéria relatou: “O serviço de campo começou a progredir realmente com a campanha especial de março. É um grande sacrifício servir como pioneiro auxiliar neste país dilacerado pela guerra, onde alguns de nossos irmãos sofreram até três vezes a perda de todos os seus bens materiais. Para a maioria, a principal preocupação é prover à sua família meramente uma refeição básica, diária, consistindo talvez em uma simples tigela de ‘azeite-de-dendê com arroz’ ou com ‘bulgur’ (trigo). Parecia improvável que alcançássemos nosso alvo de 350 pioneiros auxiliares, o que representaria 25 por cento da média de publicadores do ano passado. Entretanto, confiando em Jeová, nossos irmãos reagiram bem, e houve um surpreendente auge, como nunca antes, de 496 que participaram no serviço de pioneiro auxiliar em março! Com os 150 pioneiros regulares e 29 pioneiros especiais, 42 por cento de todos os publicadores relataram alguma forma de serviço de pioneiro em março!”
Que dizer de lugares onde o território já vinha sendo trabalhado semanalmente ou até mesmo com mais freqüência? Em certa comunidade perto da filial na Colômbia, um homem disse a um pioneiro: “É incrível. Quando me dirigia para tomar um ônibus em Faca, eles me abordaram. Encontraram-me o dia todo — no ônibus e em toda a parte. Agora já são 8 horas da noite, e você ainda está trabalhando.” Por quê? Porque as Testemunhas de Jeová querem ajudar as pessoas a trilhar o caminho para a vida. Querem também estar livres da culpa de sangue dos que rejeitam essa oportunidade. — Eze. 3:19; Atos 20:26, 27.
Março foi, naturalmente, o mês da Comemoração da morte de Cristo. De que outra forma melhor poderíamos mostrar nosso apreço pelo seu significado do que mediante uma participação maior na obra que o Filho de Deus confiou a seus seguidores? — Mat. 28:19, 20; Atos 1:8.
‘Persistam em fazer isso’
A morte e a ressurreição de Jesus Cristo influíram grandemente na vida de todo cristão verdadeiro. O apóstolo Paulo escreveu: “O amor de Cristo nos compele . . . Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivessem mais para si mesmos, mas para aquele que morreu por eles e foi levantado.” (2 Cor. 5:14, 15) No último dia de sua vida como humano, Jesus Cristo instituiu a comemoração de sua morte. Todo ano, seus seguidores ungidos pelo espírito haviam de comemorar sua morte sacrificial. Em 23 de março de 1997, fizeram isso em obediência à ordem de Jesus. (1 Cor. 11:25) Milhões de outros se reuniram com eles como observadores. A assistência total em todo o mundo foi de 14.322.226, bem mais de um milhão acima da assistência do ano de 1996. Que evidência maravilhosa do favor de Jeová e de sua bênção!
Em muitas regiões, as Testemunhas de Jeová mostraram-se realmente zelosas em convidar outros a estar também presentes à Comemoração. Em Togo, os 19 publicadores no povoado de Game Seva tiveram a alegria de ver 820 na assistência. Os 209 publicadores que compõem a congregação em Aksu, no Casaquistão, acolheram 1.080 nessa ocasião especial. Em Ekpe, Benin, os 56 publicadores ficaram certamente surpresos e satisfeitos quando 1.351 compareceram a esse evento. Um grupo de apenas quatro publicadores em Gbapa, na Libéria, fizeram repetidas visitas em março para lembrar às pessoas a importância da Comemoração. Em resultado disso, 193 estiveram presentes naquele povoado.
Agir com base no conhecimento que conduz à vida
Uma parte de suma importância do ministério cristão é fazer discípulos. Jesus, antes de voltar para o céu, ordenou a seus seguidores que fizessem “discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as . . . , ensinando-as”. (Mat. 28:19, 20) Em harmonia com isso, as Testemunhas de Jeová no mundo inteiro convidam as pessoas a aproveitar o programa de instrução bíblica, pessoal e gratuita. No ano passado, foram dirigidos mensalmente, em média, 4.552.589 estudos bíblicos.
Alguns desses foram com pessoas que estavam à procura da verdade. Certo homem no Líbano encontrou no lixo exemplares das revistas A Sentinela e Despertai!. Depois de os ler e observar a oferta de um estudo bíblico domiciliar gratuito, ele foi à procura das Testemunhas de Jeová.
Outros não pensavam estar interessados. Em Vanuatu, no sudoeste do Pacífico, o filho do chefe de uma aldeia, que estava aprendendo a verdade, ficou aborrecido porque seus pais haviam abandonado a igreja presbiteriana e estavam associando-se com as Testemunhas de Jeová. Mas, certo dia, um pioneiro pôde falar com ele e se ofereceu para demonstrar-lhe um estudo bíblico “só a título de experiência”. Usou-se a brochura O Que Deus Requer de Nós?. Depois de estudarem um assunto, o jovem quis um segundo estudo e um terceiro. Logo passou a estudar duas vezes por semana e a assistir às reuniões.
Depois de experimentarem, muitos querem estudar várias vezes por semana. Isso se deu com Lars, um homem na Dinamarca que se dizia ateu. Depois de concordar em ler o livro A Vida — Qual a Sua Origem? A Evolução ou a Criação?, convenceu-se rapidamente que Deus existe. Daí, estava ansioso por aprender mais — tão ansioso que logo passou a estudar três vezes por semana no livro Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna. Três irmãos se revezavam para dirigir o estudo.
Naturalmente, não basta ter conhecimento. É preciso fazer a vontade de Deus. As mudanças são muitas vezes grandes. A conduta de um rapaz na Indonésia era tão aterradora que seus pais, seguidores do confucionismo, o haviam entregue às autoridades como incorrigível. Mas a sinceridade e o amor que lhe foram demonstrados quando ele por fim foi às reuniões das Testemunhas de Jeová fizeram com que desejasse conhecer a Jeová. Depois de apenas dois meses de estudo, ele fez grandes mudanças em sua vida — não mais fumava, não mais usava drogas. Logo se tornou publicador, depois foi batizado e passou a ser pioneiro auxiliar, em seguida tornou-se pioneiro regular — tudo isso em questão de um ano e três meses!
Realmente, conforme predito em Revelação 7:9, 10, “uma grande multidão” de todas as nações, tribos, povos e línguas apresenta-se para servir a Jeová.
Engenhosidade para alcançar as pessoas
Ao empreender seu ministério, Jesus Cristo foi aonde havia pessoas. Isto fez com que fosse às casas das pessoas. Deu também testemunho onde os pescadores limpavam suas redes, junto a um poço e no templo em Jerusalém. (Mat. 13:1, 2; 26:55; Luc. 5:1-3; João 4:5-26) O apóstolo Paulo também pregou publicamente e foi “de casa em casa”, porque era o melhor modo de assegurar que ninguém fosse passado por alto. (Atos 20:20) Imitando isso, as Testemunhas de Jeová hoje vão aonde se encontram as pessoas.
Está sendo dado testemunho por telefone como nunca antes. Isto torna possível às Testemunhas de Jeová contatar regularmente as pessoas que moram em apartamentos de alta segurança, em edifícios com a entrada principal trancada e em condomínios fechados. O telefone é também usado para alcançar habitantes de centenas de pequenas ilhas isoladas que compõem as Bahamas. A distância e o custo para alcançá-las foi sempre uma enorme barreira. Agora, porém, são feitas “visitas” regulares por telefone.
Um publicador na República Dominicana gosta de dar testemunho no aeroporto. Esse publicador relata: “O território do aeroporto é especial. Sem mesmo possuir um passaporte, posso falar com pessoas de muitas nacionalidades. Apresento artigos de interesse que os viajantes podem levar a bordo. Falo também com os que trazem passageiros ao aeroporto ou com os que aguardam a chegada de passageiros. Coloco cerca de 30 revistas numa hora. Agora os funcionários do aeroporto me aguardam para obter os últimos números. Iniciei um estudo bíblico com um dos funcionários.” No ano passado, na República Dominicana, as Testemunhas de Jeová também colocaram uma banca na Feira Nacional do Livro, que é um grande evento nesse país. Ótimas palestras ali resultaram em iniciar vários estudos bíblicos.
Os anciãos numa congregação em Taiwan (Formosa) providenciaram que irmãos e irmãs qualificados visitassem grandes hospitais em seu território. Duas irmãs visitaram o setor de diálise. Tinham por objetivo mostrar-se amistosas com os pacientes que têm de ficar ali muitas horas. Houve algum bom resultado? Como exemplo, quando certo senhor mostrou interesse, a irmã levou o marido e o apresentou a ele. Iniciou-se um estudo que é dirigido semanalmente no hospital. Esse senhor logo passou a assistir regularmente às reuniões da congregação.
Algumas Testemunhas na Austrália prepararam um jogo de publicações para oferecer a agentes funerários. Ele continha as brochuras Quando Morre Alguém Que Amamos e Importa-se Deus Realmente Conosco?, bem como alguns tratados ideais para os enlutados. As publicações foram bem recebidas. Os irmãos continuam a fazer visitas periódicas para reabastecer o suprimento de brochuras e tratados.
Em muitos países, a população carcerária tem aumentado tremendamente. Quando possível, as Testemunhas de Jeová também pregam aos que estão na prisão. Cerca de 15 anos atrás, as Testemunhas de Jeová em São Paulo, no Brasil, começaram a visitar um complexo penitenciário que inclui uma casa de detenção para cerca de 6.000 presos. Quarenta e cinco estudos bíblicos regulares estão sendo dirigidos ali. Nove detentos são agora proclamadores do Reino, e todos eles aprenderam a verdade na prisão. Ao serem batizados, ingressam no serviço de pioneiro auxiliar. Alguns dos detentos dirigem estudos bíblicos semanais com a própria família, um deles dá aulas de leitura e escrita para cerca de 30 outros detentos. Em resultado disso, as autoridades carcerárias elogiam o trabalho feito entre os presos.
Na África do Sul, duas Testemunhas visitaram juízes, advogados e funcionários nos prédios do fórum. Encontraram ali uma juíza de paz que lhes perguntou: “Por que não vieram mais cedo?” Ela explicou que já havia realizado o casamento de mais de 20 pessoas naquela manhã. Ficou com o livro O Segredo de Uma Família Feliz e o mesmo fizeram três casais sentados em seu escritório. Agora os irmãos vão lá três vezes por semana e dão um discurso de cinco minutos a uma assistência de 60 a 100 pessoas. Explicam o conceito de Jeová sobre o casamento e mencionam que toda sexta-feira, naqueles mesmos prédios do fórum, mais de 100 casamentos terminam em divórcio. Daí, oferecem o livro Família Feliz para ajudar os casais ali a tornar seu casamento bem-sucedido.
Para ir a um dia de assembléia especial, um membro da família de Betel nas Filipinas fez um longo percurso de ônibus. A fim de ocupar a mente dos passageiros, os condutores do ônibus usam muitas vezes um vídeo para passar filmes. Mas, nessa viagem, nosso irmão perguntou se podia passar uma fita de vídeo que levava consigo. O condutor concordou. Em resultado disso, 70 passageiros assistiram ao vídeo Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome. Realmente, há muitos meios de fazer as pessoas ouvir as boas novas.
A alegria de pregar em “território virgem”
Assim como o apóstolo Paulo que tinha prazer de pregar em lugares onde antes não havia sido dado testemunho, algumas Testemunhas de Jeová hoje se dispõem a trabalhar em “território virgem”, bem como em regiões onde não foi dado testemunho regularmente. — Rom. 15:23.
Grandes zonas rurais da Moldávia, na Europa Oriental, são, a bem dizer, territórios virgens no que diz respeito à pregação das boas novas. Contudo, quando se dá atenção a esses, alguns acabam sendo muito produtivos. Uma congregação em Tighina trabalhou em dois povoados nesses territórios em janeiro de 1997. Logo foram iniciados estudos, e no congresso de distrito, em meados do ano, 13 pessoas desses povoados foram batizadas. Que motivo de alegria!
Uma pioneira em Lima, Peru, queria expandir seu serviço dando testemunho numa região isolada. Ela viajou 15 horas de ônibus para sua cidade natal, no distrito de Andamarca. Não havia Testemunhas entre as 7.000 pessoas que moravam naquele lugar. Ficou surpresa de conseguir logo um emprego. Sua colega pioneira foi para junto dela. Acharam surpreendentemente fácil dar testemunho a médicos, engenheiros, arquitetos e a outros profissionais ali. Alguns tinham genuína fome espiritual. Em apenas alguns meses, três das reuniões de congregação já estavam sendo realizadas regularmente, com 15 na assistência. A assistência à Comemoração foi de 66 pessoas.
Um casal de pioneiros, que servia onde a necessidade é grande na Guiana, teve resultados excelentes mesmo antes de chegar ao território. Quando eles pernoitaram num povoado durante a viagem, deram testemunho a alguns ali. Na manhã seguinte, antes de poderem continuar a viagem, uma moça se aproximou da tenda deles e disse que sua mãe queria falar com eles. Quão admirados ficaram de encontrar uma senhora que já vinha lendo as publicações da Sociedade por 14 anos! Uma irmã dela as enviava dos Estados Unidos. A influência dessas publicações na vida da família dessa senhora foi tão forte que a família abandonou a Igreja Católica, sofrendo até mesmo ostracismo na comunidade em razão disso! No domingo seguinte, programou-se uma reunião. Estiveram presentes 47 pessoas, incluindo 23 membros da família dessa senhora. Mais tarde, programou-se realizar a Comemoração ali, e 66 compareceram. Quão abundantes são as bênçãos para os que respondem à convocação: ‘Passe à Macedônia e ajude-nos.’ — Atos 16:9.
Jovens que ‘louvam o nome de Jeová’
É animador ver muitos jovens entre os que zelosamente servem a Jeová. O Salmo 148:7-13 faz o convite: “Louvai a Jeová desde a terra, . . . vós, jovens e também vós, virgens, vós, homens idosos junto com os rapazes. Louvem eles o nome de Jeová, pois só o seu nome é inalcançavelmente elevado. Sua dignidade está acima da terra e do céu.” Muitos milhares de pessoas estão aceitando esse convite gracioso. Aproveitam as oportunidades de dar testemunho tanto verbalmente como pela sua conduta cristã.
Uma análise dos publicadores no país de Gana mostrou que 12 por cento dos mais de 50.000 publicadores tinham entre 6 e 20 anos de idade. A filial da Argentina relata que metade dos 3.411 que foram batizados na sua última série de congressos eram jovens de 12 anos ou mais. A maioria desses jovens ainda freqüenta a escola. Eles têm acesso a um território excepcional que outros não podem alcançar facilmente. E muitas vezes revela ser um território produtivo.
Daniel, um publicador não-batizado, de seis anos de idade, no país de Gana, dirige dez estudos bíblicos, a maioria deles com colegas de escola. Um deles, de 19 anos, assistiu à Comemoração no mês de março passado. Quando o professor de Daniel fez uma observação errada na classe sobre a origem da vida animal, Daniel aproveitou a oportunidade. Durante o recreio, ele se dirigiu ao professor e educadamente disse-lhe que tinha uma publicação que dava mais esclarecimento sobre o que haviam considerado. Depois de o professor ler uma brochura, ele escreveu um bilhete ao pai de Daniel. Esse professor está agora progredindo no conhecimento que conduz à vida eterna.
Até mesmo crianças em idade pré-escolar que receberam instrução de pais tementes a Deus podem participar eficazmente em dar testemunho. Na Rússia, quando certa mãe com sua filhinha de cinco anos viajam de metrô, com freqüência é a menininha que começa a conversa. Se alguém estiver sentado ao lado delas, a menina pergunta: “Com licença, senhora, sabia que o nome de Deus é Jeová?” A resposta geralmente é: “Não.” Daí, a menina vira-se para a mãe e diz: “Mamãe, explique isso para ela, por favor.”
Há entre os jovens algumas Testemunhas muito corajosas e zelosas. Um menino, agora com dez anos, de nome Bjarki, muitas vezes prega a seus colegas de escola na Islândia. Recentemente, insistiram que ele não era cristão porque cria em Jeová, não em Deus, segundo a versão deles. Quando tentou explicar o assunto, eles se recusaram a acreditar nele. A caminho de casa, de volta da escola, Bjarki pediu a um dos meninos de sua classe que fosse com ele a sua casa porque tinha uma coisa para lhe mostrar. Ali, Bjarki abriu sua Bíblia em Gênesis 2:5, onde o nome de Deus aparece ao pé da página na Bíblia em islandês, usou também a Tradução do Novo Mundo em inglês para convencer seu amigo de que o nome de Deus é Jeová. Daí, Bjarki disse: “Viu agora por si mesmo que, segundo a Bíblia, o nome de Deus é Jeová. Assim, quando os meninos na escola disserem que Jeová não é o nome de Deus, poderá dizer-lhes que o que estão falando não é certo porque você mesmo viu isso na Bíblia.” De modo que Bjarki não só ensinou a verdade a seu amigo, mas também lhe deu instruções sobre como pregar.
Às vezes, tem sido possível dar testemunho com tato na própria sala de aula. Um irmãozinho no Líbano fez um relatório perante a classe sobre as Testemunhas de Jeová. Ele incluiu a exibição do vídeo intitulado Testemunhas de Jeová — A Organização Que Leva o Nome. Quando se pediu a uma jovem publicadora em Portugal que fizesse uma composição sobre o que ela havia feito durante sua ausência da escola nos feriados da “Páscoa”, ela incluiu o fato de que assistira à Comemoração. Em resultado do interesse que isso criou, em pouco tempo a professora concordou em ter um estudo bíblico e agora é publicadora não-batizada.
O zelo de muitos jovens os tem motivado a ingressar no serviço de pioneiro auxiliar — alguns como pioneiros regulares. Marie Rose, em Ruanda, é um exemplo disso. Ao mesmo tempo que faz o curso secundário, ela trabalha arduamente para ajudar sua mãe idosa, é pioneira regular e dirige 15 estudos bíblicos. Em Camarões, Glory era pioneira auxiliar enquanto freqüentava a escola, embora ninguém de sua família imediata fosse Testemunha de Jeová. Agora é pioneira regular, e três outros membros de sua família se tornaram Testemunhas batizadas. Glory diz: “Ser pioneira enquanto freqüentava a escola foi o melhor modo de me proteger das drogas, da imoralidade e da violência que permeiam muitas escolas hoje em dia.”
Uma escola para quem escolhe ser pioneiro
Há um curso especial de treinamento disponível aos pioneiros regulares que já estão no serviço por pelo menos um ano. Em novembro de 1977, os primeiros convites para cursar a Escola do Serviço de Pioneiro foram enviados nos Estados Unidos. Nos últimos 20 anos, só nos Estados Unidos mais de 195.000 pioneiros tiraram proveito dessa escola. Isto inclui os 10.345 estudantes que a cursaram no último ano de serviço. Centenas de milhares no mundo todo receberam esse treinamento.
Qual é o objetivo dessa escola? O curso se destina a ajudar os pioneiros (1) a andar com Jeová em imitação de Jesus Cristo, (2) a aumentar mais plenamente seu amor pela associação inteira dos irmãos e (3) a melhorar suas habilidades de pregação e de ensino, a fim de brilharem mais eficazmente “como iluminadores no mundo”. — Fil. 2:15.
Dois instrutores disseram que, além de dar treinamento prático para o ministério de campo, o curso ajudou os estudantes a serem “equilibrados no serviço de pioneiro e a não deixar que as coisas deste sistema os façam perder o enfoque certo”. Em resultado disso, mais foram ajudados a empreender o ministério de tempo integral como carreira satisfatória.
Nos últimos oito anos, quando as proscrições da atividade das Testemunhas de Jeová na Europa Oriental e na África foram suspensas, providenciou-se logo que os pioneiros nessas partes pudessem tirar proveito da Escola do Serviço de Pioneiro. A Eslovênia relata: “Os efeitos positivos da escola podem ser vistos na melhora da qualidade e eficiência de cada pioneiro.” O entusiasmo expresso pelos que cursaram a escola muitas vezes motiva outros a se tornarem pioneiros. Isso se deu na Hungria, onde uma congregação que tinha 5 pioneiros ganhou mais 21 depois que alguns cursaram a Escola do Serviço de Pioneiro.
A colheita é realmente grande. Há necessidade de ministros dispostos e bem-treinados no campo. Não resta dúvida de que a Escola do Serviço de Pioneiro continuará a ajudar a preencher essa necessidade.
Os dez anos da Escola de Treinamento Ministerial
Cerca de dez anos depois de ter começado a Escola do Serviço de Pioneiro, foi inaugurada a Escola de Treinamento Ministerial em 1.º de outubro de 1987, em Pittsburgh, Pensilvânia, EUA. Anciãos e servos ministeriais solteiros que fazem esse curso podem ser convidados a servir onde há necessidade no campo mundial. Dez anos atrás, havia 54.911 congregações no mundo inteiro; hoje temos 85.256. Há grande necessidade de homens qualificados, para pastorearem, ensinarem e tomarem a liderança na grande obra de evangelização. A Escola de Treinamento Ministerial prepara homens dedicados para que cuidem dessas necessidades. — 2 Tim. 2:2.
Desde que começou, 3.698 cursaram a escola nas Américas, 1.208 na África, 1.804 na Ásia e nas ilhas do Pacífico e 2.295 na Europa. Os formados dessa escola servem agora em 126 países.
Muitos dos formados são multilíngües. Essa habilidade é usada imediatamente, quer no seu próprio país, onde há muitos grupos étnicos, quer em campos estrangeiros. Outros aprenderam línguas faladas nos países para os quais foram enviados.
Centenas de formados estão no serviço de pioneiro especial, ajudando a abrir áreas isoladas. As congregações que precisam de anciãos e de servos ministeriais tiraram proveito do serviço prestado por eles. Alguns são designados para participar no serviço de circuito. Por exemplo, a Nigéria relata que 50 formados estão no serviço como viajantes naquele país. Quase essa mesma quantidade está servindo assim no México, onde se formaram muitas novas congregações. Nas Filipinas, 37 formados estão no serviço de circuito e 111 servem como superintendentes de circuito substitutos. Alguns formados que têm habilidades técnicas foram designados para cuidar de necessidades em operações de filial.
A escola é uma ótima provisão para dar treinamento valioso a irmãos que se dispõem a servir os interesses do Reino. (Sal. 110:3) Por se lhes confiar maiores responsabilidades, mais se exige deles, contudo são muitas as bênçãos que recebem. — Luc. 12:48b.
“Tendes de alegrar-vos perante Jeová”
No antigo Israel, os adoradores de Jeová se reuniam regularmente para as festividades sazonais. Aos que iam anualmente à Festividade das Barracas, a ordem era: “Tendes de alegrar-vos perante Jeová, vosso Deus, por sete dias.” (Lev. 23:40) Assim também hoje, os congressos anuais de distrito são uma ocasião para alegria especial entre o povo de Jeová. No início do ano de serviço, ainda estavam sendo realizados em alguns países os Congressos de Distrito “Mensageiros da Paz Divina”.
Que tema apropriado foi para um congresso na Libéria, país dilacerado pela guerra! Durante várias semanas antes, nossos irmãos podiam ser vistos nas vilas e cidades usando com orgulho seus crachás com os dizeres “Mensageiros da Paz Divina”. As Testemunhas de Jeová tinham todo o direito de usar esse crachá de identificação. O povo liberiano sabe que, durante os anos de guerra, só as Testemunhas de Jeová provaram que são verdadeiros mensageiros da paz divina. Enquanto milhares de membros de outras religiões se juntaram às facções armadas e usavam armas de guerra, os do povo de Jeová eram vistos em toda a parte com Bíblias na mão, compartilhando mensagens de paz divina com os liberianos cansados de guerra.
Em meados de 1997, a série de congressos “Fé na Palavra de Deus” estava em andamento. Muitos expressaram profunda gratidão pelo drama “Mantenha o Olho Singelo”. Outros focalizaram a atenção no discurso oportuno “A qualidade da sua fé é provada agora”. A brochura que foi lançada — Um Livro para Todas as Pessoas — já foi publicada em 58 línguas. Na Polônia, o ponto alto do congresso foi o lançamento simultâneo da Tradução do Novo Mundo, completa, em polonês, a assistências entusiásticas em Varsóvia e Wrocław. Na Grécia, quando a assistência soube que a edição grega da inteira Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas havia sido impressa e estava sendo lançada, antes mesmo de o anúncio acabar de ser dado, irrompeu em prolongados aplausos de pé, acompanhados de lágrimas de alegria e apreço.
Além dos congressos de distrito, houve outras assembléias notáveis em vários lugares. Uma dessas envolvia a dedicação de um novo prédio de filial, junto com um Salão de Assembléias, com 3.000 assentos, e um Salão do Reino na República Dominicana, em novembro de 1996. Entre os que estiveram presentes havia muitos que atravessaram o período de dez anos de atroz perseguição durante o regime do ditador Trujillo. A ex-missionária Juanita Brandt relatou que os missionários permaneceram no país, pregando discretamente ao mesmo tempo que faziam algum serviço secular e encorajavam as Testemunhas locais — muitas presas e torturadas. Ao aprender a verdade, Luis Montás, parente do ditator Trujillo, era tesoureiro do partido político. Ele foi perseguido, encarcerado e várias vezes enfrentou a morte. Mas, com 91 anos de idade, estava presente à dedicação da filial e sentia-se feliz de estar entre os 35.678 na assembléia nacional realizada em seguida.
Outra reunião notável foi realizada em março de 1997 em conexão com as ampliações das dependências da filial no Brasil. No programa de dedicação, estavam presentes Testemunhas de Jeová de todos os 26 estados do Brasil. Além disso, havia representantes de 24 outros países, bem como missionários que representavam 43 turmas da Escola de Gileade e que serviram no Brasil. Que ocasião festiva! Numa reunião especial realizada no dia seguinte, Milton Henschel, membro do Corpo Governante, deu um discurso no Estádio do Maracanã, no Rio de janeiro, ao mesmo tempo que multidões em quatro outras cidades também ouviam o programa. A assistência total foi de mais de 200.000 pessoas. O tema animador dele, sobre Eclesiastes 12, foi: “Jeová ama os jovens”. Ele instou com os jovens para que ‘sirvam plenamente a Jeová, participando no serviço de pioneiro, antes que cheguem os dias calamitosos’.
Mais tarde naquele mês, uma assembléia na Argentina incluiu a dedicação do nosso novo Salão de Congressos, com 9.400 assentos, em Cañuelas. Essas dependências fornecerão espaço para congressos de distrito e assembléias de circuito, para os que moram na capital da Argentina ou perto. Entre outras coisas, o programa de dedicação incluiu um relato fascinante da atividade das Testemunhas de Jeová na Argentina, onde, apesar de proscrição e outras restrições por 33 anos, continuou o crescimento teocrático. No dia seguinte, após o programa de dedicação, realizou-se uma reunião no grande Estádio do Rio da Prata, na cidade de Buenos Aires. O estádio ficou lotado, e os irmãos afluíram para o gramado do campo. A assistência total foi de mais de 71.800 pessoas. Alguns haviam viajado longas distâncias. Um ônibus lotado veio da Patagônia, de uma distância de 3.100 quilômetros. Ao todo, cerca de 1.200 ônibus chegaram de várias partes do país ao Estádio do Rio da Prata.
Carey Barber, membro do Corpo Governante, então com 91 anos, proferiu discursos nessas ocasiões. Durante a dedicação, ele instou para que se fizesse leitura regular da Bíblia, dizendo: “Irmãos e irmãs, estamos todos nós lendo a Bíblia diariamente? Há muitos que dizem estar ocupados demais para ler a Bíblia diariamente; mas parecem ter suficiente tempo para três boas refeições por dia, e isso fica evidente, não é mesmo? Se lerem a Bíblia diariamente, isso também ficará evidente, não é mesmo?” No dia seguinte, no estádio, quando discorria sobre “Como resistir ao espírito deste mundo”, foi interrompido diversas vezes com aplausos da assistência entusiástica e atenta. Quando ele incentivou a todos que continuassem a progredir no que é bom e reto, mostrou também que precisamos da ajuda de Jeová, de seu espírito, a fim de sermos bem-sucedidos. O irmão Barber salientou a importância de “dar as costas à linguagem suja e à conduta imoral do mundo”. Daí, instou: “Encontre alegria e felicidade servindo, adorando e agradando a Jeová.” O efeito deste programa especial sobre os que estavam presentes foi realmente impressionante.
‘Alongue os cordões da tenda’
Nos anos recentes houve um aumento mundial surpreendente no número de pessoas que estão subindo à grande casa espiritual de Jeová, a fim de aprenderem seus caminhos e andarem neles. (Isa. 2:2-4) Nos últimos cinco anos, 1.593.995 pessoas foram imersas em símbolo de sua dedicação a Jeová. Há necessidade de Salões do Reino onde possam reunir-se para receber instrução e para adoração. Há necessidade de Salões de Assembléias para acomodá-los em dias de assembléia especial, assembléias de circuito e congressos de distrito. Escritórios e gráficas são necessários para prover dependências onde se possam traduzir publicações bíblicas para os idiomas locais, bem como para fazer impressão e coordenar a atividade das Testemunhas de Jeová, a fim de que o maior número possível de pessoas tenham a oportunidade de ouvir a mensagem do Reino. Quão apropriada é, pois, a declaração profética: “Faze mais espaçoso o lugar da tua tenda. . . . Não te refreies. Alonga os teus cordões de tenda e faze fortes as tuas estacas de tenda.” — Isa. 54:2.
Como são providenciadas essas dependências? Por meio da bênção de Jeová sobre os esforços unidos de suas Testemunhas. Quando possível, as Testemunhas locais cuidam da construção e das despesas com donativos voluntários. Quando necessário — e este é muitas vezes o caso — a ajuda é fornecida por Testemunhas de outras partes do país ou pela fraternidade internacional. Às vezes, voluntários de cinco, dez ou mais nações ajudam em grandes obras de construção de filiais.
Entre as construções concluídas e dedicadas durante o último ano de serviço, estão diversos Salões do Reino, alguns Salões de Assembléias e diversas dependências de filiais. Estes projetos incluíram construções totalmente novas de dependências para filiais na Guiana Francesa, Jamaica, Madagascar, Maurício, República Dominicana, Rússia e Serra Leoa, também ampliações das filiais da Argentina, Austrália e Brasil. O que tem acontecido nessas terras que tornaram necessárias essas dependências?
ARGENTINA: Desde que foi suspensa em 1980 a proscrição imposta pelo governo à atividade das Testemunhas de Jeová na Argentina, tem havido um aumento vertiginoso no número de publicadores do Reino no país. Em 1981, havia 38.869 Testemunhas ativas — uma proporção de 1 Testemunha para 717 habitantes. Há atualmente 116.151 publicadores, e a proporção é de 1 para 281. Foi preciso ampliar várias vezes as dependências da gráfica. Recentemente, mais dois prédios foram adquiridos e modernizados, e a área residencial foi ampliada. Tudo isso foi acrescentado ao já existente grande complexo da filial.
AUSTRÁLIA: Desde que a filial se mudou para onde se acha hoje, num subúrbio de Sydney, o número de Testemunhas no país quase dobrou, subindo para 60.946. Novos departamentos foram acrescentados, a saber, o Escritório Regional de Engenharia, a mesa de Serviços de Informações sobre Hospitais, o Departamento Legal e outros. O Departamento de Expedição é agora depósito de publicações para grande parte da região do Pacífico. Para preencher as necessidades, três prédios — para escritórios, serviços e residência — foram anexados ao complexo de prédios da filial na Austrália.
BRASIL: Desde que as construções da filial foram dedicadas em 1981, em Cesário Lange, essas dependências triplicaram em tamanho. Por quê? Mais de 338.600 pessoas aumentaram as fileiras das Testemunhas de Jeová no Brasil. Elas dedicaram mais de 80.300.000 horas à pregação das boas novas no último ano, distribuíram milhões de publicações bíblicas e dirigiram, em média, 443.028 estudos bíblicos. As atividades de 6.960 congregações e de 340 superintendentes viajantes são coordenadas por essa filial.
REPÚBLICA DOMINICANA: Este é um campo produtivo. Os 21.007 publicadores do Reino, na República Dominicana, estão dirigindo 35.362 estudos bíblicos domiciliares. As novas dependências da filial eram uma necessidade urgente para cuidar da obra ali.
GUIANA FRANCESA: Houve época em que a pregação aqui era feita em grande parte por Testemunhas de Jeová procedentes de Guadalupe e da Martinica. Em 1990, havia 660 publicadores que relatavam e uma filial foi aberta, e com que resultado? Em cinco anos, o número de publicadores dobrou. A pregação das boas novas está prosperando nessa terra que em grande parte é coberta pela floresta tropical úmida da Amazônia. Há atualmente 1 Testemunha aqui para cada 100 habitantes. O fato de que 2.167 estudos bíblicos estão sendo dirigidos por 1.468 publicadores e 5.506 assistiram à Comemoração em 1997 indica que haverá mais crescimento.
JAMAICA: As boas novas foram pregadas pela primeira vez na Jamaica em 1897, de modo que a dedicação de belas e novas dependências da filial em 1997 coincidiu com o centésimo ano de pregação nessa terra. O complexo de novos prédios inclui um prédio de escritórios/serviços, Lar de Betel, Salão de Assembléias e um Salão do Reino. Sem dúvida essas dependências contribuirão de modo significativo para maior expansão teocrática no país.
MADAGASCAR: Tem-se feito muito em Madagascar desde que os servos de Jeová visitaram essa ilha pela primeira vez em 1925. Em anos recentes, o ritmo de atividade acelerou-se grandemente. Em março de 1997, quando 8.404 publicadores participavam no serviço de campo e dirigiam 22.321 estudos bíblicos, 45.300 assistiram à Comemoração. O novo complexo da filial ajudará a cuidar das necessidades dessa crescente multidão de adoradores de Jeová.
MAURÍCIO: Foram construídos nessa ilha no oceano Índico uma nova e bela filial, bem como um Salão de Assembléias sem paredes laterais. Por quê? Porque aqui, nas ilhas, as pessoas se mostram receptivas ao atraente convite da Bíblia de participarem em louvar a Jeová. (Isa. 42:10) Durante os últimos oito anos, o número de Testemunhas quase dobrou nessa área.
SERRA LEOA: A prolongada guerra civil e a agitação política nesse país têm feito com que muitas pessoas anseiem a segurança, que só o Reino de Deus pode trazer. Em meio a essas condições, a construção de uma nova filial serviu de bom testemunho. Profissionais na área de construção, vindos de vários países, oferecerem voluntariamente seus préstimos, sem remuneração — foi a princípio uma coisa incrível para o público. E o fato de estrangeiros de pele clara participarem no trabalho braçal com as Testemunhas de Jeová de Serra Leoa tornou-se “assunto do dia na cidade”. Evidenciou-se que as Testemunhas de Jeová aprenderam a viver e a trabalhar em paz e em verdadeira fraternidade.
RÚSSIA: A dedicação das novas dependências da filial na Rússia atraiu especial atenção internacional. Notáveis desenvolvimentos teocráticos ocorreram nessa parte do mundo. Estavam presentes para o programa, em 21 de junho de 1997, pessoas de 42 países.
Havia 10.000 Testemunhas em toda a União Soviética em 1972. Quando, em 1991, a obra das Testemunhas de Jeová foi finalmente reconhecida legalmente, 49.171 Testemunhas relatavam nas 15 repúblicas da União. Em maio de 1997, mais de 215.000 Testemunhas estavam ativas, e uns 600.000 assistiram à Comemoração em março.
A própria Rússia e nove das antigas repúblicas estão sob a supervisão da filial russa. A fim de coordenar a sua atividade e traduzir publicações para elas, foram construídas novas dependências de filial a uns 40 quilômetros de São Petersburgo, perto da comunidade de Solnechnoye. Isto foi feito de acordo com o registro legal do Centro Administrativo da Organização Religiosa Regional das Testemunhas de Jeová na Federação Russa. Esse belo complexo de prédios inclui sete blocos residenciais que acomodam cerca de 250 pessoas, um Salão do Reino e um refeitório, tendo cada um assentos para mais de 500 pessoas, bem como um espaçoso complexo de escritórios e depósito.
No programa de dedicação, Theodore Jaracz, membro do Corpo Governante, deu o discurso principal “Edificando para o futuro”. Outros relataram interessantes desenvolvimentos históricos. Em grandes quadros de exibição, na área da recepção, havia fotos e experiências que documentavam a atividade das Testemunhas de Jeová na Rússia por mais de 100 anos. Os observadores ficaram sabendo que já em 1892, por instigação do metropolitano ortodoxo de Moscou, certo homem que falava a outros a respeito do que havia aprendido dos Estudantes da Bíblia (como eram conhecidas as Testemunhas de Jeová naquele tempo) foi exilado para onde é hoje conhecido por Casaquistão. Leram a respeito de centenas de russos que aprenderam a verdade bíblica das Testemunhas de Jeová, quando estas estavam nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Leram experiências sobre milhares de Testemunhas de Jeová que foram exilados para a Sibéria e para o Extremo Oriente Russo em 1951, durante a ditadura de Stalin.
Entre os que estavam presentes à dedicação, havia muitos dos que sofreram longos anos de prisão e padeceram nos campos de trabalhos forçados na Sibéria por causa de sua fé. Imagine como esses veteranos se maravilharam e se alegraram ao visitarem as belas dependências localizadas neste lugar, que parece um jardim, numa área de sete hectares! Muitos tinham lágrimas nos olhos, especialmente quando os irmãos reconheceram entre eles alguns que não haviam visto desde os dias de prisão. Que alegria foi estar presente quando irmãos e irmãs no grande pátio começaram a entoar espontaneamente cânticos do Reino em quatro vozes, como haviam cantado quando estavam no exílio, na Sibéria, décadas antes!
Muitos dos que trabalharam na construção, vindos de uns 20 países, haviam labutado juntos por mais de quatro anos para construir essas dependências. Alguns haviam deixado sua casa e feito mudanças radicais na vida para ajudar seus irmãos russos. Que evento emocionante foi para eles a dedicação ao passo que se preparavam para se mudar para outras designações teocráticas!
Ao todo, há mundialmente 16.982 voluntários que trabalham regularmente na sede da Sociedade e nas filiais. Por causa das circunstâncias em que servem, esses membros da família de Betel estão todos incluídos na Ordem de Servos Especiais de Tempo Integral.
‘Campos maduros para a colheita’
“Erguei os vossos olhos e observai os campos, que estão brancos para a colheita”, disse Jesus. (João 4:35) Isto se dá agora em sentido mais amplo do que nunca. Desde 1919, quando foi iniciada uma campanha global de testemunho do Reino, uma vasta quantidade de “sementes” foi plantada no campo mundial. Foram distribuídas publicações bíblicas aos bilhões. Dezenas de bilhões de palestras foram mantidas com as pessoas a respeito do propósito de Jeová. Todos os meios apropriados de publicidade têm sido usados para colocar diante das pessoas a mensagem vital do Reino de Deus como a única esperança para a humanidade. Agora é tempo de colheita.
No México, na América Central e do Sul, nas ilhas do Caribe, nos últimos cinco anos, 590.760 foram batizados. E no ano passado, nesses lugares, 1.858.462 estudos bíblicos, em média, foram dirigidos com pessoas que mostram desejo de conhecer e servir a Jeová.
A África e ilhas vizinhas relatam que, desde 1993, 274.724 tornaram-se servos dedicados e batizados de Jeová. Por ocasião da Comemoração, estiveram presentes nessas terras 2.863.594 pessoas. Em Malaui, houve mais de 125.000. Em Angola, 160.414. Na República Democrática do Congo (antes Zaire), dilacerada pela guerra, compareceram 574.736. Certamente, muitos mais aceitarão a adoração verdadeira.
Desde que o Muro de Berlim começou a ser demolido, em 1989, 309.589 aprenderam a verdade e foram batizados nos países que antes compunham o bloco de nações soviéticas. Esses se mostram dispostos não só a ser ensinados por Jeová, mas também a fazer a Sua vontade.
Na América do Norte e na Europa, onde as Testemunhas de Jeová vêm pregando por bem mais de um século, grandes populações de imigrantes estão fornecendo um campo fértil para fazer discípulos.
Deveras, quando chegar o dia de Jeová, “todo aquele que invocar o nome de Jeová salvar-se-á”. (Joel 2:32) Quão vital é, pois, que ajudemos as pessoas agora a conhecer a Jeová, a confiar nele e a harmonizar sua vida com as Suas normas justas! Se elas derem esses passos, poderão estar entre os que Jeová olhará com favor quando chegar o grande e atemorizante dia de Jeová. — Sof. 2:3.
[Fotos nas páginas 4, 5]
O apóstolo Paulo citou a profecia de Joel e sublinhou a urgência da pregação
[Foto na página 20]
Luis Montás, Testemunha de longa data
[Foto na página 21]
No Estádio do Rio da Prata, Carey Barber instou com mais de 71.800 para que resistissem ao espírito do mundo
[Foto na página 22]
Novo Salão de Congressos, com 9.400 assentos, em Cañuelas, Argentina
[Fotos nas páginas 27-29]
(1) Rússia
(2) Argentina
(3) Serra Leoa
(4) Austrália
(5) Guiana Francesa
(6) Brasil
(7) Madagascar
(8) República Dominicana
(9) Maurício
(10) Jamaica