Reconciliação pela misericórdia de Deus antes do Har-Magedon
1. Como se pode ilustrar o resultado da reconciliação de Jeová com o restante dos israelitas espirituais a partir de 1919 E. C.?
QUANDO uma esposa volúvel e separada é misericordiosamente tomada de volta pelo seu marido legítimo, que espécie de atitude devia ela ter para com ele? E depois de ele a tomar de volta, quando ele lhe fizer toda espécie de expressões amorosas, como o devia encarar, como se devia sentir para com ele? Devia ter-lhe grande estima, por sua benignidade imerecida. Ela teria motivos para estar mais achegada a ele do que antes. Há uma razão para ela o respeitar ainda mais e para tornar seus renovados vínculos maritais com ele invioláveis e inquebrantáveis. Reações similares, à maneira de esposa, resultaram da reconciliação de Jeová com seu povo pactuado na terra. E agora, desde o ano de 1919 E. C., o resultado foi o mesmo com respeito ao restante reconciliado dos israelitas espirituais.
2. O que indica, a respeito da esposa. ela não mais chamar seu marido de “ba’ali”, mas chamá-lo de “Ishi” e como se deu isso com respeito ao restante israelita depois de 537 A. E. C.?
2 Nos antigos tempos bíblicos, para a esposa chamar seu cônjuge de “Meu esposo” em vez de “Meu dono” certamente exigia uma mudança de atitude, um aprofundamento do apreço por parte dela. Em hebraico, ela o chamaria de ‘Ishi” em vez de “Ba’ali”. (Osé. 2:18, Leeser) Na antiguidade, Sara mostrou respeito ao patriarca Abraão por chamá-lo de “meu senhor”, ou, em hebraico, adoni. Era sua esposa legítima e honrava seu marido Abraão. Não se considerava escrava dele, tal como a serva egípcia, comprada, Agar, que tinha de ser despedida do lar de Abraão. (Gên. 18:12; 1 Ped. 3:6) Por causa da cooperação devota de Sara com seu marido, que temia a Deus, Jeová a recompensou milagrosamente com seu único filho, quando já tinha noventa anos de idade. (Gên. 21:1-7) Respeito igual ao de Sara para com Abraão foi demonstrado pelo restante reconciliado de israelitas para com Jeová, depois de ele os ter libertado de Babilônia, em 537 A. E. C. O restante sentiu-se de novo como verdadeira organização-esposa de Jeová. A misericórdia Deste induziu o restante a chamá-lo de ishi, “Meu esposo”.
3, 4. (a) Desde 1919 E. C., os do restante do Israel espiritual mostraram maior apreço de que relação, e que pacto não haviam entendido direito, por muito tempo? (b) Que artigo publicou a Torre de Vigia em 1934?
3 No paralelo do século vinte, os do restante arrependido dos israelitas espirituais foram libertos de Babilônia, a Grande, em 1919 E. C. Até então, esses israelitas espirituais haviam dado importância preponderante ao Messias Jesus e à Noiva deste, a congregação cristã. Mas então começaram a mostrar maior apreço pelo Pai celestial do Messias, Jeová Deus. A relação dele como Marido celestial com o Israel espiritual não havia sido tomada em conta, especialmente desde 1892 E. C. Seu novo pacto fora mal entendido!
4 “Quem Honrará a Jeová?” Este foi o título do artigo principal publicado no número de 1.º de janeiro de 1926 da Torre de Vigia (Sentinela), em inglês. A partir de então, intensificou-se o interesse no Deus do Israel espiritual. Depois veio o ano de 1934, e com ele a publicação, na Torre de Vigia, duma série de artigos intitulada “Seus Pactos”. Os leitores da Torre de Vigia tiveram assim as oito partes deste artigo nos números de 1.º de abril a 15 de julho de 1934 (em inglês). O que se destacou é que este artigo em série fez lembrar aos do restante do Israel espiritual que o novo pacto de Jeová, conforme mediado pelo Messias Jesus, aplicava-se a eles.
5. (a) Mais tarde, em 1934, que livro foi publicado, que reproduziu a matéria do artigo sobre “Seus Pactos”? (b) A chamarem a Jeová de que nome com respeito a Sua organização foram induzidos os beneficiados pela Sua misericórdia?
5 Pouco depois, em 15 de novembro de 1934, o livro intitulado “Jeová” saiu dos prelos da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados em Brooklyn, Nova Iorque. Os capítulos 4 a 11, do mesmo, reproduziram o artigo “Seus Pactos”, publicado anteriormente no mesmo ano na Torre de Vigia. Sim, o restante do Israel espiritual estava no novo pacto com Jeová! Aos poucos, a partir de então, a relação marital entre Jeová e o Israel espiritual começou a exigir atenção. Em resposta a todo o tratamento misericordioso que ele havia concedido ao restante liberto e reconciliado do Israel espiritual, a organização-esposa ficou induzida a chamá-lo de ishi, “Meu esposo”. A organização dele, não a organização de Satanás, era a única organização legítima a que se devia pertencer. A devoção exclusiva pertencia a Jeová, como Soberano Universal. Isto foi reconhecido pelo restante.
PROSPERIDADE ESPIRITUAL E SEGURANÇA
6. O apego devoto do restante a Jeová, como Marido celestial, resultou em que bênçãos, conforme pormenoriza Oséias 2:17-20?
6 O apego devoto do restante reconciliado a Jeová, o Marido celestial, levou a grandes bênçãos. Isto foi predito pelas palavras adicionais de Jeová por meio de seu profeta Oséias: “E vou remover de sua boca os nomes das imagens de Baal e não serão mais lembradas pelo seu nome [pelos israelitas restabelecidos]. E naquele dia certamente concluirei para eles um pacto em conexão com o animal selvático do campo, e com a criatura voadora dos céus, e com a coisa rastejante do solo, e quebrarei o arco e a espada, e a, guerra, eliminando-os do país, e vou fazer que se deitem em segurança. E vou tomar-te por noiva por tempo indefinido e vou tomar-te por noiva em Justiça, e em juízo, e em benevolência, e em misericórdias. E vou tomar-te por noiva em fidelidade; e certamente conhecerás a Jeová.” — Osé. 2:17-20.
7. Por que decidiu o restante restabelecido não mais chamar o Marido celestial de Israel de “ba’ali”, e a que adoração nunca mais voltou?
7 Se o restante restabelecido, depois da sua volta do exílio em Babilônia, continuasse a chamar Jeová de ba’ali, “Meu dono”, lembrar-se-ia de seus próprios pecados, ou dos de seus antepassados, por terem adorado as imagens de Baal. Os tratos de Jeová com os do restante arrependido criou neles repugnância pelos baalins, e assim ele eliminou os nomes das imagens de Baal de sua boca. Decidiram não mais lembrar-se dos nomes sujos delas. Logicamente, preferiram não chamar o Marido celestial da nação israelita pelo nome de “Meu Baal”, ou ba’ali. (Osé. 2:16 [18], Centro Bíblico Católico; Pontifício Instituto Bíblico; Matos Soares) Em harmonia com esta aversão a Baal, nunca mais voltaram à adoração de imagens materiais, feitas pelos homens.
8. Como mostrou o restante judaico que aceitou o Messias, que se opunha à adoração de Baal, e de que modo evita hoje o restante do Israel espiritual participar com a cristandade no ajuste de contas que Deus fará com ela?
8 Uma oposição similar à idolatria de toda espécie foi expressa pelo restante judaico que aceitou a Jesus como o Messias. Este restante foi incluído no novo pacto mediado por Jesus Cristo. Nos tempos modernos, a oposição à adoração de tudo o que fosse idólatra foi demonstrada pelo restante dos israelitas espirituais, que Jeová libertou de Babilônia, a Grande, em 1919 E.C., por meio de seu Messias Jesus. Eles se têm esforçado a prestar devoção exclusiva a Jeová, seu Deus, mesmo ao ponto de recusarem fazer continência à bandeira de qualquer nação. (Êxo. 20:1-6; 2 Cor. 6:15 a 7:1) Simplesmente não se querem contaminar com nada que se pareça com a adoração de Baal. Não toleram rivalidade com deuses idólatras contra Jeová. Evitam assim ter de entrar no ajuste de contas que Jeová realizará com a cristandade. Ele diz: “Vou ajustar contas com ela por todos os dias das imagens de Baal, às quais ela continuou a fazer fumaça sacrificial, quando se ataviava com seu anel e com seu adorno, e quando ia atrás dos seus amantes apaixonados, e era eu quem ela esquecia.” — Osé. 2:13, também v. 8.
9. Semelhante a que reino antigo tratará Deus a cristandade na “grande tribulação”, mas, segundo Oséias 2:18, o que promete Ele ao restante que aboliu o baalismo?
9 É iminente uma “grande tribulação” para a cristandade, antítipo moderno do reino de Israel, de dez tribos. (Mat. 24:21, 22) Deus realiza um ajuste de contas com ela e fará a ela exatamente assim como fez a Israel: “Terei de fazer cessar o domínio real da casa de Israel. E naquele dia terá de acontecer que terei de quebrar o arco [de guerra] de Israel na baixada de Jezreel.” (Osé. 1:4, 5) Ela não tem reconciliação com Deus. Que dizer, porém, do restante arrependido que aboliu a adoração de Baal? A este aplicam-se as palavras de Oséias 2:18: “Naquele dia certamente concluirei para eles um pacto em conexão com o animal selvático do campo, e com a criatura voadora dos céus, e com a coisa rastejante do solo, e quebrarei o arco e a espada, e a guerra, eliminando-os do país, e vou fazer que se deitem em segurança.” Que promessa de segurança!
O PACTO DE DEUS EM CONEXÃO COM OS ANIMAIS
10. Como se tem dado que Jeová quebrou o arco de guerra e a espada, e eliminou a guerra no “país” do Israel espiritual, desde 1919 E. C., bem como no primeiro século?
10 Cerca de oito séculos depois de se dar esta promessa, um restante do Israel natural aceitou Jesus como o Messias. Obtiveram a realização desta promessa divina. Haviam sido tirados das doze tribos de Israel, tais como Judá, Benjamim, Levi e Aser. Contudo, não irrompeu nenhuma guerra intertribal entre esses discípulos israelitas de Jesus Cristo. O mesmo se dá com os do restante dos israelitas espirituais, que Jeová libertou de Babilônia, a Grande, desde 1919 E. C. Embora os deste restante hodierno fossem tirados de pessoas de todas as nações, nunca houve entre eles uma guerra internacional, neste mundo louco pela guerra. (Mat. 28:19) De fato, Jeová quebrou e eliminou do seu “país” ou domínio espiritual, na terra, “o arco e a espada, e a guerra”. (Osé. 2:18) Como membros do Israel espiritual, do qual Jeová é o Marido celestial, persistem em manter a paz entre si mesmos. — Mar. 9:50.
11. Como foi possível que Deus quebrasse o arco, a espada, e eliminasse a guerra no domínio espiritual do seu povo pactuado, na terra?
11 Como foi isto possível? Foi porque transformaram sua personalidade numa semelhante à de seu Líder messiânico, o Príncipe da Paz. (Isa. 9:6, 7) Jeová, por meio de seu espírito santo e de sua Palavra escrita, transformou a personalidade deles e eliminou tendências ferozes e prejudiciais, semelhantes às dos animais selvagens da terra. (Rom. 12:1, 2) Jeová cumpriu, em sentido figurativo, o que ele disse a respeito do restante reconciliado: “E naquele dia certamente concluirei para eles um pacto em conexão com o animal selvático do campo, e com a criatura voadora dos céus, e com a coisa rastejante do solo, . . . e vou fazer que se deitem em segurança.” (Osé. 2:18) Desde a Primeira Guerra Mundial, de 1914-1918 E. C., o mundo, em geral, ficou cada vez mais animalesco, pior do que os animais selvagens. Mas Jeová levou seu restante reconciliado a um paraíso espiritual de relação aprovada com ele. Para certificar-se disso, todo aquele que duvidar só precisa ir a um Salão do Reino das testemunhas cristãs de Jeová e observar o espírito pacífico de Deus prevalecer ali.
12. Como se contrasta o domínio religioso, terrestre da cristandade com o do restante reconciliado?
12 Em nítido contraste com aquele paraíso de prosperidade espiritual e segurança há o domínio religioso, terrestre, da cristandade, que afirma estar numa relação pactuada com Jeová Deus. Nela se cumprem as suas palavras devastadoras de Oséias 2:12: “Vou constituí-las em floresta e o animal selvático do campo certamente as devorará.” A espiritualmente adúltera cristandade tornou-se igual a uma mata virgem, que não oferece nenhum senso de segurança, nenhuma proteção contra perigos espirituais ou contra nações animalescas, que professam ser cristãs. Os membros de suas igrejas ficam expostos à sabedoria mundana que “é terrena, animalesca, demoníaca”. (Tia. 3:15) São devorados espiritualmente. Jeová não deu à cristandade alguma promessa pactuada em conexão com os animais selváticos e as aves. Ele não a faz ‘deitar-se em segurança’.
O NOIVADO RENOVADO EM BASE DURADOURA
13. Com respeito a que qualidades nobres disse Jeová que ele se tornaria novamente noivo de sua “esposa” organizacional?
13 Jeová, o Marido celestial do Israel espiritual, mostrou ter misericórdia extraordinária com o restante dos israelitas espirituais. Continua a mostrar amor leal e fidelidade a este restante. Em tal espírito nobre, ele disse profeticamente à sua “esposa” organizacional, representada pelo restante: “E vou tomar-te por noiva por tempo indefinido e vou tomar-te por noiva em justiça, e em juízo, e em benevolência [ou: amor leal], e em misericórdias. E vou tomar-te por noiva em fidelidade; e certamente conhecerás a Jeová.” — Osé. 2:19, 20, e variante da edição de 1971, em inglês.
14. (a) O que é indicado por Jeová dizer três vezes: “Vou tomar-te por noiva”? (b) De que modo é a renovação da relação marital de Jeová com o Israel espiritual não só misericordiosa, mas também justa e reta, e não em vão?
14 Três vezes disse Jeová ao restante arrependido: “Vou tomar-te por noiva.” Isto torna a sua declaração muito enfática. Mostra que seu amor é tão intenso, que o induz a demonstrar misericórdia divina de modo notável. Sua renovação da relação do pacto matrimonial não é somente misericordiosa, mas também justa e reta. De que modo, Porque ele renova o compromisso à base do sacrifício propiciatório oferecido pelo Messias Jesus, sacrifício que satisfaz os requisitos da justiça. (1 João 1:7 até 2:1) De modo que o restabelecimento do restante dos israelitas espirituais na relação aprovada com Jeová prova a realidade da fidelidade e do amor leal Dele. Também, quando contrai núpcias com os do restante fiel em justiça, juízo, benevolência, misericórdias e fidelidade, isso não vem a ser em vão. Todos os leais corresponderão em fidelidade e devoção exclusiva a tal Deus misericordioso e leal, por tempo indefinido, sim, para sempre! Isto significa, também, durante a vindoura “grande tribulação” que acaba no Har-Magedon. — Rev. 16:14, 16.
15, 16. (a) Ser Jeová conhecido pelo restante reconciliado deve-se a que fatores? (b) Em Oséias 2:21-23, o que diz Jeová para mostrar que Ele é supridor de todas as nossas necessidades da vida?
15 Jeová disse ao restante arrependido, com quem, então, contraiu núpcias; “E certamente conhecerás a Jeová.” (Osé. 2:20) Isto significa que o conheceriam não só por causa da misericordiosa reconciliação que ele proporcionou, mas também por causa do que ele propõe fazer depois. Chegarem a conhecê-lo os do restante, assim como nunca antes, aguçou o discernimento que tinham dele como Fonte de todas as bênçãos que recebem continuamente. Portanto, notemos que Jeová, como Supridor de todas as nossas necessidades da vida, acrescenta amorosa e alegremente as seguintes palavras poéticas:
16 “ ‘E naquele dia terá de acontecer que responderei’, é a pronunciação de Jeová, ‘responderei aos céus, e eles, da sua parte, responderão à terra; e a terra, da sua parte, responderá ao cereal, e ao vinho doce, e ao azeite; e eles, da sua parte, responderão a Jezreel [Deus semeará]. E certamente a semearei como semente para mim na terra, e vou ter misericórdia para com aquela com que não se teve misericórdia [em hebraico: com Lo-Ruama], e vou dizer aos que não são meu povo [em hebraico: Lo-Ami]: “Tu és meu povo”; e eles, da sua parte, dirão: “Tu és meu Deus.” ’ ” — Osé. 2:21-23, e variante na edição de 1971, em inglês; Impressa Bíblica Brasileira; Centro Bíblico Católico.
17. Que resultado tem esta cadeia de respostas ou reações, terminando finalmente com Jeová, o Criador?
17 Vamos considerar como é que funciona esta cadeia de respostas ou reações: Nos tempos antigos, o restante reconciliado, que Jeová semeou qual semente na sua pátria, a terra de Judá, precisava de cereais, vinho doce e azeite. Essas boas coisas da vida têm por fonte direta a terra. Em benefício do restante necessitado, o cereal, o vinho doce e o azeite exigem que a terra forneça seus minerais aos caules dos cereais, às videiras que produzem uvas e às oliveiras que fornecem o azeite. Para isso, a terra depende da chuva caída do céu, para impedir que as plantas em crescimento ressequem por causa da estiagem. De modo que a terra requer do céu a chuva no tempo devido. O céu não se fecha, mas atende a necessidade da terra. Mas, o que pode o céu fazer de si mesmo? Depende do Criador, para produzir nuvens de chuva capazes de precipitação pluvial sobre a terra. Ele é o grande Produtor de Chuva. — Jer. 10:12, 13.
18. Portanto, que resposta ou reação principal dá início a todo o ciclo de operações, que acabam numa resposta a Jezreel?
18 Então, por fim, o céu requer que Jeová forme nuvens de chuva e que estas precipitem sua água. Jeová responde assim ao céu, a favor do seu povo reconciliado, semelhante a uma esposa, agora no solo de sua pátria. Logo começa todo o ciclo de operações que produz cereais, vinho doce e azeite para Seu povo. Estes produtos da terra dão assim sua resposta a Jezreel, cujo restante Jeová semeou na sua pátria.
19. Assim, em que sentido chega o restante restaurado a conhecer a Jeová, de modo a não dar mais crédito ao baalismo?
19 Foi desta maneira que o restante restabelecido de Jeová ficou sabendo que todas as operações benéficas no seu meio ambiente natural se deram por arranjo Dele. Não se deviam a um imaginário Baal ou a baalins, adorados anualmente pelos idólatras deles com vergonhosos e repugnantes ritos de fertilidade. Assim, pois, o restante, esclarecido com conhecimento exato, ofereceu devoção exclusiva ao verdadeiro Deus.
20. (a) A quem reconhece hoje o restante do Israel espiritual como responsável por seu paraíso espiritual? (b) Como entrou uma “grande multidão” de outros no paraíso espiritual, para usufruí-lo junto com o restante?
20 E agora, que dizer do restante restabelecido dos israelitas espirituais na atualidade? Eles também passaram a reconhecer que o Deus que os libertou de Babilônia, a Grande, é responsável pelo paraíso espiritual de abundância, paz e segurança ao qual os levou desde 1919 E. C. Centenas de milhares de pessoas tementes a Deus têm observado este paraíso espiritual do restante dos israelitas espirituais, conforme predito nas palavras de Ezequiel 36:35, 36: ”As pessoas hão de dizer: ‘Aquela terra lá, que fora desolada, tem-se tornado como o jardim do Éden, . . .’ E as nações que se deixarão restar em volta de vós terão de saber que eu, Jeová, é que construí as coisas derrubadas, plantei o que estava desolado.” Assim, uma “grande multidão” de observadores sinceros passou para o paraíso espiritual, usufruindo sua abundância espiritual, paz e segurança ao lado do restante reconciliado.
21. (a) A respeito de quem declara assim Jeová que é seu povo, e quem participa em lazer declaração pública de que Ele é seu Deus? (b) Como cumpre ali Jeová o significado do nome Jezreel?
21 Desta maneira espiritualmente benéfica, Jeová mostra ter misericórdia com o restante que fora privado da misericórdia Dele enquanto estava no exílio em Babilônia, a Grande, durante a Primeira Guerra Mundial. Jeová diz assim, agora, aos que não eram seu povo: “Tu és meu povo.” E o restante diz, respondendo de coração: “Tu és meu Deus.” (Osé. 2:23) A “grande multidão” de companheiros semelhantes a ovelhas, que agora também habitam o paraíso espiritual, junta-se ao restante em fazer declaração pública de que Jeová é seu Deus. (Rev. 7:9-17; João 10:16) Tudo isso ocorre no restabelecido domínio terreno, no qual Jeová semeou o restante dos israelitas espirituais qual semente, a fim de cumprir o significado do nome Jezreel: “Deus semeará.”
UMA ILUSTRAÇÃO NA VIDA REAL DA MISERICÓRDIA DE DEUS
22, 23. Segundo o capítulo três de Oséias, o que se lhe mandou fazer e para que fim?
22 Com uma demonstração animadora de misericórdia, Jeová conseguiu resolver seu problema marital com o seu povo pactuado. A fim de ilustrar isso vividamente, Jeová fez com que seu profeta Oséias encenasse um drama na vida real. Oséias nos fala sobre isso no capítulo três de sua profecia, dizendo:
23 “E Jeová prosseguiu, dizendo-me: ‘Vai mais uma vez, ama uma mulher amada por um companheiro e comete adultério, como no caso do amor de Jeová para com os filhos de Israel, ao passo que eles se viram para outros deuses e amam bolos de passas [associados com isso].’ E passei a adquiri-la para mim por quinze moedas de prata, e por um ômer de cevada e meio ômer de cevada. Então eu lhe disse: ‘Morarás por muitos dias como sendo minha. Não deves cometer fornicação e não deves vir a pertencer a outro homem; e também eu serei para ti.’ Isto é porque os filhos de Israel morarão por muitos dias sem rei, e sem príncipe, e sem sacrifício, e sem coluna, e sem éfode e terafins. Depois, os filhos de Israel voltarão e certamente procurarão a Jeová, seu Deus, e a Davi, seu rei; e certamente virão trêmulos a Jeová e à sua bondade, na parte final dos dias.” — Osé. 3:1-5.
24. (a) A quem comprou Oséias então, de quem e por quanto? (b) Como cumpriu Jeová este drama profético em 537 A. E. C. e em 1919 E. C.?
24 No drama profético que Oséias encenou em obediência, ele retratava a Jeová. Oséias trouxe de volta sua esposa legítima, Gômer, tirando-a dum homem não mencionado por nome, com quem ela havia vivido em adultério e para quem ela se tornara escrava. Para comprá-la de volta, Oséias pagou o equivalente a trinta siclos de prata, o preço dum escravo. (Êxo. 21:32) Fiel a este quadro, Jeová, em 537 A. E. C., comprou de volta os israelitas escravizados, exilados na terra de Babilônia. O preço de redenção ele pagou ao conquistador de Babilônia, o persa Ciro, o Grande, conforme indicado em Isaías 43:1-4. (Isa. 44:26 a 45:4) De modo similar, em 1919 E. C., Jeová, como Marido celestial, comprou de volta o restante do Israel espiritual da escravidão em Babilônia, a Grande, e dos associados políticos, mundanos, que esta possuía. Jeová libertou misericordiosamente o restante por meio de seu Ciro Maior, a saber, Jesus Cristo, a quem Ele deu ‘as nações por sua herança e os confins da terra por sua propriedade’. — Sal. 2:8, 9.
25. (a) Conforme ilustrado por Oséias, como disciplinou Jeová seu povo pactuado nos tempos antigos? (b) Como aguardavam a “Davi, seu rei”, e a quem dos que o aguardavam mostrou-se a misericórdia de Jeová?
25 Depois de Oséias, amorosamente, tomar de volta sua esposa legítima, Gômer, ele a disciplinou com restrições sexuais, inclusive, pelo que parece, negando-lhe suas próprias atenções conjugais. Do mesmo modo, também, foram disciplinados os israelitas exilados não se lhes permitindo ter israelitas como reis, príncipes reais ou sacerdotes idólatras, nem outros acessórios da adoração idólatra. (Osé. 13:11) Amorosamente, em 537 A. E. C., Jeová tomou de volta os de seu restante disciplinado, arrependido, tirando-o da religião apóstata. Estes começaram a aguardar e esperar sua libertação do domínio gentio por meio de seu Libertador messiânico. Este Messias era o Rei que havia de vir da linhagem real de Davi. (Dan. 9:24-27) No tempo devido de Deus, ele veio realmente. Em 33 E. C., Jeová glorificou o Messias Jesus como Rei no céu. Um restante de israelitas crente o seguiu como seu Rei messiânico, celestial. (Col. 1:13) Esses obtiveram a misericórdia de Jeová. — Rom. 9:24-26; 1 Ped. 2:9, 10.
26. Lá naquele tempo, quem mostrou ser Lo-Ruama (Não Lastimada)?
26 A nação incrédula de Israel tornou-se como Lo-Ruama (Não Lastimada). A Jerusalém impenitente foi destruída pelos romanos, em 70 E. C., e os sobreviventes judeus foram espalhados por todo o mundo. — Mat. 24:15-22; Luc. 21:20-24.
27. (a) Neste “tempo do fim”, como veio o restante trêmulo a Jeová. e, depois de achar “Davi, seu rei”, o que passou a fazer? (b) Isto resultou em que a misericórdia de Jeová se estendesse a quem mais?
27 Já se passaram agora dezenove séculos. Este mundo impiedoso, inclusive a cristandade, já está no seu “tempo do fim” desde 1914 E. C. (Dan. 12:4) Depois da Primeira Guerra Mundial, um restante arrependido de verdadeiros israelitas espirituais, que estava no novo pacto, começou a olhar para Jeová, seu Deus. Trêmulos, receosos, chegaram-se a ele em busca duma relação pactuada, aprovada, com Ele. (Sal. 50:5) Acharam “Davi, seu rei”, a saber, o já entronizado Jesus Cristo, reinando como o Rei empossado nos céus, desde o fim dos Tempos dos Gentios em 1914. Com santo entusiasmo passaram a cumprir a sua profecia oportuna de Mateus 24:14. Assim, o que fazem desde então? O seguinte: Pregam “estas boas novas do reino” em toda a terra, “em testemunho a todas as nações”, antes de irromper a “grande tribulação”, que atinge seu grandioso clímax no Har-Magedon. Isto tem resultado em estender-se a misericórdia de Deus a uma “grande multidão” de pessoas semelhantes a ovelhas, que também procuram o único Deus verdadeiro, Jeová, e seu Rei messiânico, o Davi Maior, especialmente a partir de 1935.
28. Quando atingirá seu brilho maior a misericórdia de Jeová, já em operação para com o restante e a “grande multidão”? E como?
28 Até agora, a misericórdia de Jeová já tem sido grande e maravilhosa para com o seu restante reconciliado e a “grande multidão” de súditos do Messias, que são semelhantes a ovelhas. Mas, a misericórdia dele atingirá o seu brilho maior quando ele poupar o restante e a “grande multidão” durante a “grande tribulação” global, até que ela acabe no Har-Magedon. Como os beneficiados por sua misericórdia sem paralelo, demonstrada perante todo o universo, ele os levará à sua Nova Ordem após o Har-Magedon! “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de ternas misericórdias e o Deus de todo o consolo.” — 2 Cor. 1:3.