Capítulo Cinco
O Deus verdadeiro predisse a libertação
1, 2. (a) Que perguntas faz Jeová? (b) Como Jeová provaria que somente ele é o Deus verdadeiro?
‘QUEM é o Deus verdadeiro?’ Essa pergunta tem sido feita ao longo dos séculos. Como é surpreendente, então, que no livro de Isaías o próprio Jeová faça essa pergunta! Ele convida os humanos a considerar: ‘É Jeová o único Deus verdadeiro? Ou existe outro que pode desafiar a sua posição?’ Aberta a discussão, Jeová fornece critérios razoáveis para resolver a questão da Divindade. Os argumentos apresentados levam os sinceros a uma conclusão incontestável.
2 Nos dias de Isaías havia muita adoração de imagens. Na consideração franca e clara registrada no Is capítulo 44 do livro profético de Isaías, quão fútil revela ser a adoração de imagens! No entanto, o próprio povo de Deus havia caído na armadilha da adoração de ídolos. Assim, como se viu nos capítulos anteriores de Isaías, os israelitas mereciam uma forte disciplina. Amorosamente, porém, Jeová garantiu à nação que, mesmo permitindo aos babilônios levar Seu povo cativo, ele os libertaria no seu tempo devido. O cumprimento das profecias de libertação do cativeiro e da restauração da adoração pura provaria além de dúvidas que somente Jeová é o Deus verdadeiro, para vergonha de todos os que adoravam os deuses sem vida das nações.
3.Como as palavras proféticas de Isaías ajudam os cristãos hoje?
3 As profecias nessa parte de Isaías e seu cumprimento nos tempos antigos fortalecem a fé dos cristãos hoje. Além do mais, as palavras proféticas de Isaías têm um cumprimento em nossos dias e ainda terão no futuro. E esses eventos envolvem um libertador e uma libertação ainda maiores do que os preditos para o antigo povo de Deus.
Esperança para os que pertenciam a Jeová
4. Que encorajamento deu Jeová a Israel?
4 O capítulo 44 começa num tom positivo, com um lembrete de que Israel fora escolhido por Deus, separado das nações vizinhas para se tornar servo dele. Diz a profecia: “Agora escuta, ó Jacó, meu servo, e tu, ó Israel, a quem escolhi. Assim disse Jeová, Aquele que te fez e Aquele que te formou, que te estava ajudando mesmo desde o ventre: ‘Não tenhas medo, ó meu servo Jacó, e tu, Jesurum, a quem escolhi.’” (Isaías 44:1, 2) Jeová havia cuidado de Israel desde o ventre de sua mãe, por assim dizer, desde que Israel se tornara uma nação após ter saído do Egito. Ele chama seu povo coletivamente de “Jesurum”, que significa “O Reto”, um título que expressa afeto e ternura. Esse nome era também um lembrete de que os israelitas tinham de permanecer retos, o que muitas vezes não acontecia.
5, 6. Que reanimadoras provisões faria Jeová para Israel, e com que resultado?
5 Quão agradáveis e reanimadoras são as palavras seguintes de Jeová! Ele diz: “Despejarei água sobre o sedento e regatos sobre o lugar seco. Despejarei meu espírito sobre a tua descendência e minha bênção sobre os teus descendentes. E eles certamente brotarão como entre a grama verde, como os choupos junto às valas de água.” (Isaías 44:3, 4) Mesmo numa terra quente e seca, arvoredos podem crescer junto a fontes de água. Quando Jeová suprisse as suas vitalizadoras águas da verdade e derramasse seu espírito santo, Israel floresceria majestosamente, como árvores ao longo de canais de irrigação. (Salmo 1:3; Jeremias 17:7, 8) Jeová daria aos de seu povo o vigor para cumprirem seu papel de testemunhas de sua Divindade.
6 Um dos efeitos desse derramamento do espírito santo seria uma renovação de apreço, por parte de alguns, da relação de Israel com Jeová. Assim, lemos: “Este dirá: ‘Pertenço a Jeová.’ E aquele se chamará pelo nome de Jacó, e outro escreverá na sua mão: ‘Pertencente a Jeová.’ E assumir-se-á por título o nome de Israel.” (Isaías 44:5) Sim, seria honroso levar o nome de Jeová, pois ele seria visto como único Deus verdadeiro.
Um desafio aos deuses
7, 8. Que desafio Jeová lançou aos deuses das nações?
7 Sob a Lei mosaica, o resgatador — normalmente um dos parentes masculinos mais próximos — podia resgatar uma pessoa da servidão. (Levítico 25:47-54; Rute 2:20) Jeová agora se identificava como Resgatador de Israel — que redimiria a nação, para o constrangimento de Babilônia e de todos os seus deuses. (Jeremias 50:34) Ele confrontou os deuses falsos e seus adoradores, dizendo: “Assim disse Jeová, o Rei de Israel e seu Resgatador, Jeová dos exércitos: ‘Sou o primeiro e sou o último, e além de mim não há Deus. E quem é semelhante a mim? Que clame, para contá-lo e para apresentá-lo a mim. Desde que designei o povo de há muito tempo, tanto as coisas vindouras como as coisas que chegarão, contem-no da sua parte. Não fiqueis apavorados e não fiqueis estupefatos. Não fiz que ouvisses individualmente e não o contei daquele tempo em diante? E vós sois as minhas testemunhas. Acaso existe outro Deus além de mim? Não, não há nenhuma Rocha. Não reconheci nenhuma.’” — Isaías 44:6-8.
8 Jeová desafiou os deuses para que se defendessem. Poderiam eles falar de coisas inexistentes como se existissem, prevendo eventos futuros com tanta precisão como se já estivessem ocorrendo? Somente ‘o primeiro e o último’, que já existia quando todos os deuses falsos foram concebidos, e ainda existirá quando todos eles há muito tiverem sido esquecidos, poderia fazer tal coisa. O seu povo não precisava temer dar testemunho dessa verdade, pois tinha o apoio de Jeová, que é firme e estável como uma rocha! — Deuteronômio 32:4; 2 Samuel 22:31, 32.
A futilidade da adoração de imagens
9. Era errado para os israelitas fazer algum tipo de representação de coisas vivas? Explique.
9 O desafio lançado por Jeová aos deuses falsos lembra o segundo dos Dez Mandamentos. Esse mandamento diz claramente: “Não deves fazer para ti imagem esculpida, nem semelhança de algo que há nos céus em cima, ou do que há na terra embaixo, ou do que há nas águas abaixo da terra. Não te deves curvar diante delas, nem ser induzido a servi-las.” (Êxodo 20:4, 5) Naturalmente, isso não proibia os israelitas de fazer representações de coisas para fins decorativos. O próprio Jeová mandara colocar no tabernáculo representações de plantas e querubins. (Êxodo 25:18, 33; 26:31) Mas essas não deviam ser veneradas ou adoradas. Ninguém devia orar ou ofertar sacrifícios a essas representações. O mandamento inspirado por Deus proibia fazer qualquer imagem que fosse usada como objeto de adoração. Adorar imagens ou curvar-se diante delas em reverência é idolatria. — 1 João 5:21.
10, 11. Por que Jeová considerava vergonhosas as imagens?
10 A seguir, Isaías descreve a inutilidade de imagens sem vida e a vergonha que passariam seus fabricantes: “Os formadores da imagem esculpida são todos uma irrealidade, e seus próprios queridinhos não serão de proveito algum; e como suas testemunhas não veem nada e não sabem de nada, para que fiquem envergonhados. Quem é que formou um deus ou fez uma mera imagem fundida? Foi de absolutamente nenhum proveito. Eis que mesmo todos os seus associados ficarão envergonhados, e os artífices são dos homens terrenos. Todos eles se reunirão. Ficarão parados. Estarão apavorados. Ao mesmo tempo estarão envergonhados.” — Isaías 44:9-11.
11 Por que para Deus essas imagens eram tão vergonhosas? Primeiro, com coisas materiais é impossível fazer uma representação exata do Todo-Poderoso. (Atos 17:29) Ademais, adorar algo criado e não o Criador é uma afronta à Divindade de Jeová. E não fere realmente a dignidade do homem, criado “à imagem de Deus”? — Gênesis 1:27; Romanos 1:23, 25.
12, 13. Por que o homem não podia talhar nenhuma imagem digna de adoração?
12 Poderia a matéria física de algum modo adquirir santidade se fosse talhada em objeto de adoração? Isaías nos lembra de que fazer imagens é mera obra humana. As ferramentas e as técnicas do fabricante de imagens eram as mesmas de qualquer outro artesão: “Quanto ao escultor de ferro, com o podão, tem estado ocupado nisso com os carvões; e passa a formá-lo com martelos e mantém-se ocupado nisso com seu poderoso braço. Também fica com fome e assim sem poder. Não bebeu água; de modo que se cansa. Quanto ao escultor de madeira, estendeu o cordel de medir; demarca-a com giz vermelho; trabalha-a com a raspadeira; e continua a demarcá-la com o compasso, e aos poucos a faz semelhante à representação de um homem, semelhante à beleza da humanidade, para ficar assentada numa casa.” — Isaías 44:12, 13.
13 O Deus verdadeiro fez todas as criaturas vivas da Terra, incluindo o homem. A vida consciente é um testemunho maravilhoso da Divindade de Jeová, mas é claro que tudo o que Jeová criou é inferior a ele. Tinha o homem a capacidade de fazer melhor? Podia ele fazer algo superior a si mesmo — tão superior que merecesse sua devoção? Ao fazer uma imagem, o homem se cansava, sentia fome e sede. Eram limitações humanas, mas pelo menos indicavam que o homem estava vivo. A imagem que ele fazia talvez tivesse aparência humana. Podia até ser bela. Mas era sem vida. As imagens de modo algum eram divinas. Além disso, nenhuma imagem esculpida jamais “caiu do céu”, como se procedesse de algo maior do que o homem mortal. — Atos 19:35.
14. De que modo os fabricantes de imagens dependiam inteiramente de Jeová?
14 Isaías passa a mostrar que os fabricantes de imagens dependiam inteiramente de processos naturais e materiais criados por Jeová: “Há um cujo negócio é cortar cedros; e ele toma certa espécie de árvore, mesmo uma árvore maciça, e deixa-a ficar forte para si entre as árvores da floresta. Plantou o loureiro, e a própria chuvada o faz crescer. E este se tornou algo para o homem manter o fogo aceso. De modo que toma parte dele para se aquecer. De fato, faz um fogo e realmente coze pão. Também trabalha num deus diante do qual se possa curvar. Fez dele uma imagem esculpida e se prostra diante dele. Metade realmente queima no fogo. Sobre metade assa bem a carne que come e fica satisfeito. Também se aquece e diz: ‘Ah! Aqueci-me. Vi a luz do fogo.’ Mas do restante é que faz mesmo um deus, sua imagem esculpida. Prostra-se diante dele e curva-se, e ora para ele e diz: ‘Livra-me, pois tu és o meu deus.’” — Isaías 44:14-17.
15. Que total falta de entendimento mostrou o fabricante de imagens?
15 Poderia um pedaço de madeira não queimado salvar alguém? É claro que não. Somente o Deus verdadeiro pode salvar. Como podiam as pessoas idolatrar coisas inanimadas? Isaías mostra que o verdadeiro problema jazia no coração da pessoa: “Não chegaram a saber nem entendem, porque os seus olhos foram untados para não verem, seu coração, para não terem perspicácia. E ninguém revoca ao coração, ou tem conhecimento ou entendimento, dizendo: ‘Metade queimei no fogo e também cozi pão sobre as suas brasas; assei carne e comi. Mas, farei do resto apenas uma coisa detestável? Prostrar-me-ei diante da madeira ressequida duma árvore?’ Ele se alimenta de cinzas. Seu próprio coração ludibriado o desencaminhou. E ele não livra a sua alma, nem diz: ‘Não há falsidade na minha direita?’” (Isaías 44:18-20) Sim, imaginar que a idolatria possa fornecer algo bom espiritualmente é como comer cinzas em vez de alimentos nutritivos.
16. Como se originou a idolatria, e o que a torna possível?
16 Na verdade, a idolatria começou no céu, quando a poderosa criatura espiritual que se tornou Satanás cobiçou a adoração que é devida somente a Jeová. Seu desejo era tão forte que isso a afastou de Deus. Esse foi realmente o começo da idolatria, visto que o apóstolo Paulo disse que a cobiça é o mesmo que idolatria. (Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:13-15, 17; Colossenses 3:5) Satanás induziu o primeiro casal humano a entreter ideias egoístas. Eva cobiçou o que Satanás lhe oferecera: “Forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é mau.” Jesus declarou que a cobiça brota do coração. (Gênesis 3:5; Marcos 7:20-23) A idolatria se torna possível com a corrupção do coração. Portanto, como é importante que todos nós ‘resguardemos os nossos corações’, jamais permitindo que alguém ou algo ocupe o lugar que, de direito, pertence a Jeová! — Provérbios 4:23; Tiago 1:14.
Jeová apelava aos corações
17. De que Israel se devia lembrar?
17 A seguir, Jeová instou os israelitas a se lembrarem de que eles ocupavam uma posição privilegiada e de responsabilidade. Eram suas testemunhas! Diz ele: “Lembra-te destas coisas, ó Jacó, e tu, ó Israel, porque és meu servo. Eu te formei. Tu és um servo que me pertence. Ó Israel, da minha parte não serás esquecido. Vou obliterar as tuas transgressões como que com uma nuvem, e teus pecados como que com uma massa de nuvens. Volta deveras a mim, porque vou resgatar-te. Gritai de júbilo, ó céus, pois Jeová tomou ação! Bradai em triunfo, partes mais baixas da terra! Ficai animados, ó montes, com clamor jubilante, ó floresta e todas as árvores nela! Porque Jeová resgatou a Jacó e mostra a sua beleza em Israel.” — Isaías 44:21-23.
18. (a) Por que Israel tinha motivo para se alegrar? (b) Como podem os atuais servos de Jeová imitar seu exemplo de misericórdia?
18 Não foi Israel que formou Jeová. Ele não era um deus de fabricação humana. Na verdade, Jeová formara Israel para ser seu servo escolhido. E ele provaria sua Divindade mais uma vez quando libertasse a nação. Ele falava com ternura aos de seu povo, garantindo-lhes que, se eles se arrependessem, ele cobriria totalmente os pecados deles, escondendo as transgressões como que atrás de nuvens impenetráveis. Que motivo para Israel se alegrar! O exemplo de Jeová motiva seus servos atuais a imitar a sua misericórdia. Podem fazer isso procurando ajudar os errantes — tentando restabelecê-los espiritualmente, se possível. — Gálatas 6:1, 2.
O clímax do teste de Divindade
19, 20. (a) Como Jeová leva seus argumentos a um clímax? (b) Que coisas acalentadoras Jeová profetiza para seu povo, e quem seria seu agente para realizar tais coisas?
19 A seguir, Jeová leva seu argumento jurídico a um vigoroso clímax. Ele estava para apresentar a sua própria resposta ao mais severo teste de Divindade — a capacidade de predizer o futuro com exatidão. Certo erudito bíblico chamou os próximos cinco versículos do capítulo 44 de Isaías de “poema da transcendência do Deus de Israel”, o único e exclusivo Criador, o único Revelador do futuro e esperança de libertação de Israel. O trecho chega ao clímax com o anúncio, por nome, do homem que libertaria a nação das mãos de Babilônia.
20 “Assim disse Jeová, teu Resgatador e Aquele que te formou desde o ventre: ‘Eu, Jeová, faço tudo, estendendo os céus por mim mesmo, estirando a terra. Quem estava comigo? Eu frustro os sinais dos paroleiros e eu sou Aquele que faz os próprios adivinhos agir como doidos; Aquele que torna os sábios para trás e Aquele que transforma até mesmo seu conhecimento em estultícia; Aquele que faz que se efetue a palavra de seu servo e Aquele que executa completamente o conselho dos seus próprios mensageiros; Aquele que diz de Jerusalém: “Ela será habitada”, e das cidades de Judá: “Serão reconstruídas, e erigirei os seus lugares desolados”; Aquele que diz à água de profundeza: “Evapora-te, e secarei todos os teus rios”; Aquele que diz a respeito de Ciro: “Ele é meu pastor e executará completamente tudo aquilo em que me agrado”; dizendo eu de Jerusalém: “Ela será reconstruída”, e do templo: “Lançar-se-á teu alicerce.”’” — Isaías 44:24-28.
21. Que garantia deram as palavras de Jeová?
21 Sim, Jeová não só tinha a capacidade de predizer eventos futuros, mas também o poder de realizar integralmente seu propósito revelado. Essa declaração serviria de fonte de esperança para Israel. Era uma garantia de que, embora os exércitos babilônios desolassem o país, Jerusalém e suas cidades dependentes se reergueriam e a adoração verdadeira seria restabelecida ali. Mas como?
22. Em que sentido o rio Eufrates evaporou?
22 Adivinhadores não inspirados em geral não ousam ser muito específicos nas suas predições, temendo que o tempo revele seu erro. Em contraste com isso, por meio de Isaías, Jeová revelou até mesmo o nome do homem que usaria para libertar Seu povo do cativeiro, para que pudessem voltar para sua terra e reconstruir Jerusalém e o templo. Seu nome era Ciro, e ele era conhecido como Ciro, o Grande, da Pérsia. Jeová forneceu também detalhes da estratégia que Ciro usaria para furar o maciço e sofisticado sistema de defesa de Babilônia. Ela estaria protegida por altas muralhas e cursos de água que corriam pela cidade e a rodeavam. Ciro reverteria em vantagem para si um dos principais elementos daquele sistema — o rio Eufrates. Segundo os antigos historiadores Heródoto e Xenofonte, num ponto acima de Babilônia Ciro desviou as águas do Eufrates até que o nível do rio baixasse o suficiente para que seus soldados pudessem cruzá-lo a pé. Quanto à sua capacidade de proteger Babilônia, o poderoso Eufrates evaporou.
23. Que registro existe do cumprimento da profecia de que Ciro libertaria Israel?
23 Que dizer da promessa de que Ciro libertaria o povo de Deus e providenciaria a reconstrução de Jerusalém e do templo? O próprio Ciro, numa proclamação oficial preservada na Bíblia, declarou: “Assim disse Ciro, rei da Pérsia: ‘Jeová, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra, e ele mesmo me comissionou para lhe construir uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem dentre vós for de todo o seu povo, mostre seu Deus estar com ele. Portanto, suba ele a Jerusalém, que está em Judá, e reconstrua a casa de Jeová, o Deus de Israel — ele é o verdadeiro Deus — que havia em Jerusalém.’” (Esdras 1:2, 3) As palavras de Jeová por meio de Isaías se cumpriram plenamente!
Isaías, Ciro e os cristãos hoje
24. Que relação existe entre a saída da ordem de Artaxerxes de “restaurar e reconstruir Jerusalém” e a vinda do Messias?
24 O capítulo 44 de Isaías magnifica Jeová como único Deus verdadeiro e Libertador de seu antigo povo. Além disso, essa profecia tem profundo significado para todos nós hoje. O decreto de Ciro de reconstruir o templo de Jerusalém, emitido em 538/537 AEC, desencadeou eventos que culminaram no cumprimento de outra profecia notável. O decreto de Ciro foi seguido por outro de um governante posterior, Artaxerxes, que ordenou a reconstrução da cidade de Jerusalém. O livro de Daniel revelou que “desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém [em 455 AEC] até o Messias, o Líder”, passariam 69 “semanas” de 7 anos cada uma. (Daniel 9:24, 25) Essa profecia também se cumpriu. Bem na hora, no ano 29 EC, 483 anos depois que o decreto de Artaxerxes entrou em vigor na Terra Prometida, Jesus foi batizado e iniciou seu ministério terrestre.a
25. O que a queda de Babilônia às mãos de Ciro prenuncia para os tempos modernos?
25 A libertação de judeus leais do exílio, possibilitada pela queda de Babilônia, prefigurou a libertação de cristãos ungidos do exílio espiritual, em 1919. Essa libertação era uma evidência de que outra Babilônia, descrita como meretriz, Babilônia, a Grande — um símbolo de todas as religiões falsas do mundo encaradas coletivamente — havia tido uma queda. Conforme registrado no livro de Revelação (Apocalipse), o apóstolo João previu a sua queda. (Revelação 14:8) Ele previu também a sua súbita destruição. A descrição de João da destruição desse império mundial cheio de ídolos lembra, em certos aspectos, a descrição de Isaías da bem-sucedida conquista da antiga cidade de Babilônia, por Ciro. Assim como os protetores cursos de água de Babilônia não a salvaram de Ciro, as ‘águas’ da humanidade que apoiam e protegem Babilônia, a Grande, ‘secarão’ antes de ela ser merecidamente destruída. — Revelação 16:12.b
26. De que modo as profecias de Isaías e seus cumprimentos fortalecem a nossa fé?
26 De nossa perspectiva, mais de dois milênios e meio depois de Isaías ter enunciado a sua profecia, podemos ver que Deus deveras “executa completamente o conselho dos seus próprios mensageiros”. (Isaías 44:26) O cumprimento das profecias de Isaías é, pois, um exemplo notável da confiabilidade de todas as profecias das Escrituras Sagradas.
[Nota(s) de rodapé]
a Veja o capítulo 11 do livro Preste Atenção à Profecia de Daniel!, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
b Veja os capítulos 35 e 36 do livro Revelação — Seu Grandioso Clímax Está Próximo!, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
[Foto na página 63]
Poderia um pedaço não queimado de madeira salvar alguém?
[Foto na página 75]
Ciro cumpriu profecia ao desviar as águas do Eufrates