Sujeição às autoridades superiores
“Então lhes disse: ‘Pagai, pois, a César as coisas de César, a Deus as coisas de Deus.’” —Mat. 22:21, NM.
22. Como devem proceder onde a lei exige a votação?
22 NALGUNS países hoje a legislatura quer responsabilizar todos os cidadãos adultos pelo governo. Para impor-lhes o modo democrático exige que votem nas eleições nacionais. Sob tais circunstâncias, o que farão os cristãos, sendo que estão sujeitos à ordem divina de guardarem-se da corrupção do mundo? Dedicando-se sem reserva a Deus mediante Cristo eles fizeram votos da sua fidelidade inabalável ao reino de Deus, e esta não podem dividir. Assim, como devem, então, proceder? Podem registar-se como eleitores habilitados? Sim. O apóstolo Paulo reteve sua cidadania romana e defendeu os direitos dela, recorrendo até a César na defesa do seu direito de pregar o evangelho. Nos países em que a conscrição militar está em vigor, as testemunhas de Jeová tiram o certificado de alistamento assim como todos os demais dentro dos limites de idade, e inscreve sua relação ao assunto. Lembram-se de José e Maria cumpriram o decreto de Cesar e viajaram a Belém-Judá para se alistarem na sua cidade nativa. (Luc 2:1-5, NM) Mas quando esses ministros da Palavra de Jeová são chamados para introduzirem-se no exército é que eles se apresentam e definem segundo a Palavra de Deus e lhe pagam o que pertence a ele. O mesmo se dá no caso em que César obriga os cidadãos a votar. Depois de registarem-se, no dia das eleições podem ir aos centros eleitorais e entrar nas células. É aqui que se lhes exige que marquem a cédula ou inscrevam o que representam. Os eleitores fazem o que querem com as cédulas. De modo que aqui na presença de Deus é que suas testemunhas precisam atuar em harmonia com os mandamentos divinos e de acordo com sua fé.
23, 24. Que fazem onde a votação não é obrigatória, e por quê?
23 Não é nossa a responsabilidade de instruir-lhes o que devem fazer com a cédula. Compete-lhes atuar de acordo com a consciência segundo esclarecida pelo estudo da Palavra de Deus. Nos países em que não é obrigatório votar, os ministros da Palavra de Jeová se lembram de que seu povo está organizado de modo teocrático. Em conformidade com a lei divina sob a qual estão organizados o voto popular da maioria não instala os servos na função, mas todas as designações na organização teocrática emanam de Deus mediante os a quem ele coloca em autoridade na sua organização. Mesmo na sua organização visível os membros individuais da congregação não votam de modo democrático para instalar homens idôneos nas posições de superintendentes e servos ministeriais pelo voto da maioria. Não, mas as designações a todas as posições oficiais de serviço são feitas pelo espírito de Deus mediante o corpo administrativo segundo os requisitos bíblicos. Mesmo o corpo administrativo que faz as designações está sujeito às instruções das “autoridades superiores”, Deus e seu Cristo. A eles está escrito: “Nunca imponhas precipitadamente as mãos a ninguém; nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo.” (1 Tim. 3:1-13 e 1Ti 5:22, NM) Portanto os ministros da Palavra de Jeová não possuem o voto dentro da sua organização. Quanta ao corpo administrativo, este não impõe as mãos precipitadamente a nenhuma pessoa consagrada, a não ser que se torne responsável pelos seus pecados no cargo em razão da designação sem reflexão de uma pessoa não habilitada nem fidedigno.
24 Desde que não exercem o voto popular para colocar até servos consagrados na função mesmo dentro da organização teocrática, eles consideram impróprio exercer o voto democrático pelo qual se instalam pessoas não-consagradas em cargos políticos mundanos. Eles não querem participar da responsabilidade pelos pecados de tais mundanos em posições governamentais. Desejam conservar-se puros deste mundo. Conformam-se com as designações de Deus por meio da sua organização teocrática, e aceitam sua designação de Jesus Cristo à realeza do justo novo mundo.
AS AUTORIDADES ORDENADAS POR DEUS
25, 26. Onde é que as autoridades existentes são colocadas em sua posição por Deus?
25 Paulo era membro do corpo administrativo da congregação do primeiro século. Ele nos dá o motivo de estarmos em sujeição às autoridades superiores, dizendo: “As autoridades existentes permanecem designadas às suas relativas posições por Deus.” (Rom. 13:1, NM) Como pode ser isto verdade no tocante aos governos políticos mundanos? Nestes os que ocupam as posições oficiais são instalados pelo voto popular, pela política da organização de partido, pelo golpe ditatorial de poder, pela designação executiva, pela lei hereditária duma dinastia, pela ação legislativa ou designação parlamentar, Deus não está manipulando a política mundana como mandão político. É só dentro da sua organização teocrática que as autoridades existentes permanecem colocadas por Deus nas várias posições com relação umas às outras. No capítulo precedente Paulo escreve: “Pois assim como em um corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros tem a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em união com Cristo, contudo membros que pertencemos individualmente uns aos outros.” —Rom. 12:4, NM.
26 Numa carta anterior à congregação em Corinto Paulo escreve com respeito ao mesmo corpo teocrático e diz: “Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles, como lhe aprouve. . . . Deus formou o corpo, dando honra muito mais abundante a parte que carecia dela, para que não houvesse divisão no corpo, mas que os membros tivessem igual cuidado uns pelos outros. Ora vós sois corpo de Cristo, e individualmente membros. E Deus colocou os respectivos na congregação, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; terceiro, mestres; depois obras poderosas; dai dons de curar, serviços de socorro, habilidades de dirigir, variedades de línguas.”—1 Cor. 12:12, 13, 18, 24, 25, 27, 28, NM.
27, 28. Por isso quem é mais alto, e quem foi colocado no segundo lugar mais alto?
27 Jeová Deus de direito reservou para si a posição como o Supremo das “autoridades superiores”. Ele não compartilha esta posição com ninguém, embora sejam os trinitários de ideia contrária. A quem, então, colocou ele no segundo lugar mais alto com relação a ele próprio? Jesus Cristo, que provou a lealdade a seu Pai celestial até uma morte violenta no meio do mundo hostil de Satanás. “Mantende esta atitude mental que houve também em Cristo Jesus, que, embora subsistisse em forma de Deus, não deu consideração à usurpação, a saber, que devesse ser igual a Deus. Não, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de escravo, tornando-se semelhante aos homens. Além disso, quando se achou na forma de homem, humilhou-se a si mesmo e se fez obediente até a morte, sim, morte sobre o madeiro de tortura. Por esta razão também Deus o exaltou a uma posição superior e bondosamente lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que em nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus e na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse abertamente que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai.” —Fil. 2:5-11, NM.
28 Testificando ainda mais que o Deus Altíssimo constituiu Jesus Cristo uma das “autoridades superiores”, Paulo escreve: “E segundo a operação da força do seu poder, pela qual ele operou no caso de Cristo quando o ressuscitou dentre os mortos e o fez sentar-se à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de todo governo e autoridade e poder e domínio e de todo nome que se nomeia, não só neste sistema de coisas, mas também no vindouro. Também sujeitou todas as coisas debaixo de seus pés, e o constituiu cabeça sobre todas as coisas à congregação, que é seu corpo.” (Efé. 1:19-23, NM) “Ele está à destra de Deus, pois seguiu caminho para o céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos e as autoridades e as potestades.”—1 Ped. 3:22, NM.
29. A quem, portanto, manda Deus, de direito, que estejamos sujeitos? Como é representada nossa sujeição a ele?
29 Desde que Jesus foi assim exaltado logo abaixo de Deus e muito acima de todo governo neste mundo ou naquele que há de vir, então Deus tem o direito de ordenar que nós, que aderimos à sua organização, nos sujeitemos a Cristo Jesus por Cabeça da congregação, a qual é seu corpo. Para representar esta sujeição teocrática da congregação à sua Cabeça Cristo Jesus, as esposas cristãs mantêm-se sujeitas a seus maridos. Para mostrar que estão sujeitas às “autoridades superiores”, não usurpam autoridade sobre os homens na congregação, exaltando-se por mestras. (1 Cor. 14:33-35; 1 Tim. 2:11 -13) Quando receberem uma designação por meio da organização teocrática e temporariamente ocupam a posição de serviço que um homem deve desempenhar dentro da congregação, elas se sujeitam à regra em 1 Coríntios 11:10 (NM): “Por isso a mulher deve trazer sobre a cabeça o sinal de autoridade por causa dos anjos.” Por meio de tal sujeição elas são protegidas.
CORPO ADMINISTRATIVO
30. Quem mais eram autoridades superiores no primeiro século?
30 O corpo inteiro de Cristo estará associado com Jesus no reino celestial no mundo vindouro. Este corpo do Reino junto com Jesus Cristo por Rei dos reis e Senhor dos senhores será a organização capital de Jeová sobre o universo. Foi durante o primeiro século que “Deus colocou os respectivos na congregação, primeiramente, apóstolos.” (1 Cor. 12:28, NM) Portanto na organização teocrática os apóstolos, quer dizer, os “doze apóstolos do Cordeiro”, estavam logo abaixo de Jesus Cristo a Cabeça.” (Apo. 21:14) Por conseguinte eles formavam parte das “autoridades superiores” às quais toda alma cristã devia estar sujeita. Isto é-nos indicado por vários textos.
31. Como Paulo manifesta ainda isso, até no seu próprio caso?
31 Por exemplo, Paulo fala dos que então governavam dentro da congregação inteira, dizendo: “Lembrai-vos dos que vos governam, os quais vos falaram a palavra de Deus, e ao contemplardes como resulta seu comportamento imitai-lhes a fé. Sede obedientes aos que vos governam e sede submissos, porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas, para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso vos prejudicaria. Saudai a todos os que vos governam e a todos os santos.” (Heb. 13:7, 17, 24, NM) De maneira nenhuma poderia isto referir-se aos governadores políticos designados por César nem pelo Senado romano. Paulo diz que esses santos governadores falaram a Palavra de Deus aos cristãos e que seu comportamento mostrou a fé que é digna da imitação cristã e velavam sobre as almas da congregação mui conscienciosamente por que lhes competia prestar contas a Deus. Paulo constava desse corpo administrativo, e em diversos lugares ele fala da sua autoridade, que Deus lhe deu na congregação a fim de edificar e não a destruir.—1 Cor. 9:12, 18; 2 Cor. 10:8; 13:10; 2 Tes. 3:9.
32. Que se pode dizer com respeito ao corpo governante sobre a terra no dia anual?
32 Segundo o arranjo teocrático hoje é necessário que haja um corpo administrativo para a congregação das testemunhas de Jeová por toda a terra. Os fatos indicam que estas se associam com a Watch Tower Bible & Tract Society. Não obstante, o corpo administrativo do século vinte não forma parte das “autoridades superiores” como formavam os doze apóstolos. Estão sujeitos às invisíveis “autoridades superiores” e apenas as representam sobre a terra.
33. Quem é o Governador Principal? Que classe é que ele já promoveu no serviço, e isto a torna parte das autoridades superiores?
33 Cristo Jesus já está invisivelmente presente na sua segunda parousia no cargo de Principal Governante sobre sua congregação. É aquele cujo nascimento na terra foi predito em Miquéias 5:2, profecia essa que se cita em Mateus 2:6: “Tu, porém, ó Belém da terra de Judá, não és de modo algum a cidade mais insignificante entre os governadores de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará o meu povo, Israel.” (NM) Na função de Governador, tendo autoridade superior, Jesus nesta segunda Parousia designa sua classe de escravo ao serviço de maior responsabilidade e destarte cumpre sua própria profecia: “Quem é, na verdade, o escravo fiel e discreto, a quem o seu senhor constituiu sobre os seus domésticos para dar-lhes o sustento ao tempo devido? Feliz é aquele escravo se o seu senhor, quando vier, o achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o constituirá sobre todos os seus bens.” (Mat. 24:45-47, NM) Mas isto não significa tornar esta classe do “escravo fiel e discreto” parte das “autoridades superiores” para brandir a espada de execução. Visto que é teocrática a designação desta classe fiel, eles devem ser respeitados e os serviços deles aceitos com alegria como emanando das “autoridades superiores”.